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Brasil é o berço das Energias Renováveis - mas é protagonista da própria história?

Por Ansgar Pinkowski


Brasil é o berço das Energias Renováveis - mas é protagonista da própria história?
Brasil é o berço das Energias Renováveis - mas é protagonista da própria história?

O Brasil é o berço das Energias Renováveis - mas é protagonista da própria história? Não é novidade: o país se destaca internacionalmente por sua matriz energética predominantemente renovável, alimentada por fontes como a hídrica, eólica e solar. No entanto, é necessário expandir a visão para se valer dessas características e potencialidades únicas no cenário global de transição energética.


Brasil é o berço das Energias Renováveis - mas é protagonista da própria história?
Brasil é o berço das Energias Renováveis - mas é protagonista da própria história?

Moro, trabalho, realizo pesquisas e negócios no Brasil há mais de 12 anos. Transito entre as realidades da América Latina e da Europa, e é evidente que o Brasil pode ser um parceiro estratégico para atender parte das necessidades e soluções de descarbonização que a Europa busca. Mas hoje os países europeus têm metas próprias para produção de energia limpa e renovável - atrelada ao desejo de segurança e independência energética.


Isso significa que o cenário de poucos anos atrás mudou. E agora? Cabe ao Brasil encarar as novas oportunidades, igualmente interessantes, mas que vão além da exportação de energia renovável à Europa. Os novos caminhos passam pela produção de hashtag#amônia verde e outros derivados de hashtag#hidrogênio, como o hashtag#metanol, que são grandes exemplos e opções altamente interessantes e competitivas no mercado global.


Por isso reforço que mesmo o Brasil sendo o berço das hashtag#energiasrenováveis, deve construir sua própria agenda de transição energética, sem limitar-se a atender apenas definições e demandas externas.


O Brasil tem um imenso potencial para produção de biocombustíveis. O hashtag#etanol e o hashtag#biometano, além da hashtag#biomassa, o colocam em uma condição estratégica interessante, não apenas para atender demandas externas, mas também para resolver desafios internos para além das necessidades energéticas.


Com a abundância de resíduos orgânicos, tanto do setor agrícola quanto dos resíduos sólidos urbanos, temos aqui oportunidades de transformar resíduos em energia (térmica, elétrica, veicular) de forma eficiente e sustentável, contribuindo diretamente tanto para o desenvolvimento econômico e social, como também para promover a hashtag#descarbonização de setores chave, como o de transporte, siderurgia e mineração.


De Norte a Sul, essa vocação para os hashtag#biocombustíveis é inclusive democrática, pois cada região tem como aproveitar práticas e insumos locais, naturalmente diversificado pelas características geográficas, sociais e culturais para essa produção. Eu acredito fortemente que o Brasil não deve ser fornecedor de hashtag#energia para o mundo, mas sim focar em ser um ator central, que molda suas próprias estratégias e aproveita as suas vantagens para o desenvolvimento sustentável.


Vejo que o protagonismo da hashtag#transiçãoenergética estará nas mãos dos países que souberem balancear os interesses internos e externos de forma eficaz e estratégica. E como resultado dessa priorização, veremos uma transição energética justa, inclusiva, e que desenvolva, atenda e prepare a sociedade para o futuro das próximas gerações. E o Brasil tem tudo para ser o protagonista da própria história.

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