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Hidrogênio em Alerta: Onda de Cancelamentos Expõe Fase Crítica da Transição Energética Global

O ano de 2025 marca um ponto de inflexão para a economia do hidrogênio. Um conjunto expressivo de projetos equivalente a 4,9 milhões de toneladas de produção planejada foi cancelado ou colocado em pausa por empresas de energia, siderúrgicas e indústrias de base.


Hidrogênio em Alerta: Onda de Cancelamentos Expõe Fase Crítica da Transição Energética Global
Hidrogênio em Alerta: Onda de Cancelamentos Expõe Fase Crítica da Transição Energética Global

O movimento sinaliza que o setor entrou definitivamente em uma fase de “realidade operacional”, em que ambições climáticas começam a esbarrar em desafios econômicos, regulatórios e estruturais.


Um mercado que desacelera antes de ganhar força

Nos últimos anos, o hidrogênio verde tornou-se símbolo da descarbonização global. Governos anunciaram bilhões em subsídios, indústrias divulgaram metas agressivas e grandes companhias projetaram investimentos bilionários. Agora, porém, o setor enfrenta o primeiro choque de maturidade: projetos interrompidos por falta de demanda firme, custos elevados e atrasos em infraestrutura essencial.


Empresas de petróleo e gás, além de setores como o aço, vêm revisando seus portfólios. Gigantes industriais decidiram suspender eletrolisadores, rever cronogramas e até cancelar unidades completas planejadas na Europa.


A retração não indica o fracasso da tecnologia mas revela que o hype inicial perdeu força e que o mercado exige bases mais sólidas para avançar.


Por que tantos projetos travaram?

1. O custo ainda pesa


Produzir hidrogênio verde continua mais caro do que o hidrogênio cinza derivado de combustíveis fósseis. A conta inclui:

  • eletrolisadores com custo elevado,

  • eletricidade renovável ainda cara em alguns mercados,

  • e a necessidade de novas estruturas de transporte e armazenamento.


2. Demanda instável

Sem um mercado maduro ou contratos de longo prazo, investidores hesitam. As indústrias consumidoras também têm dificuldade em absorver um produto mais caro enquanto enfrentam pressões de competitividade global.


3. Políticas que avançam devagar

Algumas regiões ainda não estabeleceram metas obrigatórias ou sinalizações de preço de carbono robustas o suficiente para garantir previsibilidade. Mesmo com subsídios, a ausência de regras claras reduz a segurança para investimentos de bilhões.


4. Infraestrutura insuficiente

A Europa, por exemplo, ainda não dispõe de redes amplas de dutos, hubs e sistemas de armazenamento. Atrasos em licenças e obras paralisam plantas prontas para serem construídas.


Ajustes de rota e novos caminhos

A onda de cancelamentos não é isolada faz parte do processo natural de consolidação de qualquer tecnologia. Solar, eólica e baterias passaram por fases semelhantes, em que um número elevado de projetos não avançou até o mercado atingir competitividade e escala.

Especialistas afirmam que o hidrogênio vive agora a transição entre a fase da ambição e a fase da entrega real, em que somente modelos tecnicamente e economicamente sólidos seguirão adiante.


Tecnologias alternativas ganham atenção

Enquanto o hidrogênio verde busca se estruturar, cresce o interesse por soluções como o e-metano, produzido ao adicionar hidrogênio renovável a reatores de biogás, convertendo CO₂ em CH₄.Vantagem estratégica: a infraestrutura já existe boa parte das plantas está conectada a redes de gás natural, o que reduz custos e acelera a integração ao mercado energético.


Perspectivas: pessimismo ou maturação saudável?

A atualização das projeções internacionais, com crescimento mais lento até 2030, reflete prudência não retrocesso. Para analistas, o setor está apenas ajustando expectativas, abandonando projetos inviáveis e focando em iniciativas que realmente podem transformar a matriz energética.


Os próximos passos dependerão de três fatores-chave:

  • queda de custos dos eletrolisadores,

  • expansão das energias renováveis a preços competitivos,

  • e políticas que criem mercados sustentáveis e previsíveis.


A transição energética nunca foi linear e o hidrogênio verde vive exatamente o momento em que entusiasmo e realidade precisam se equilibrar.


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