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Rejeitos Minerais Podem Ser a Nova Mina de Ouro da Transição Energética

Pesquisadores apontam que toneladas de metais críticos para baterias e tecnologias limpas estão sendo desperdiçadas em rejeitos de mineração e recuperar esse potencial pode redefinir o futuro da indústria mineral.


Rejeitos Minerais Podem Ser a Nova Mina de Ouro da Transição Energética
Rejeitos Minerais Podem Ser a Nova Mina de Ouro da Transição Energética

A corrida global por metais essenciais à transição energética como lítio, cobalto, níquel e elementos de terras raras pode ter uma fonte inesperada: o lixo das próprias minas.


Um estudo conduzido pela Escola de Minas do Colorado (EUA) revelou que os rejeitos acumulados em operações de mineração escondem grandes quantidades desses materiais estratégicos, desperdiçados por não serem o foco principal da extração.

Esses rejeitos, muitas vezes descartados em lagoas de decantação ou utilizados para preencher crateras de antigas escavações, são o subproduto natural da extração de metais como ferro, cobre e ouro. Mas à medida que o mundo acelera a transição para fontes renováveis e tecnologias de baixo carbono, o valor desses “restos” ganha uma nova dimensão.

“Muitos dos elementos que hoje consideramos críticos nem eram analisados no passado, simplesmente porque não tinham uso comercial significativo,” explica Elizabeth Holley, pesquisadora líder do estudo. “Agora, percebemos que toneladas desses materiais estão literalmente sendo jogadas fora.”

Um potencial econômico subestimado

A equipe analisou milhares de amostras de minério e dados de produção de 54 minas de metais de rocha dura nos Estados Unidos. O resultado surpreende: recuperar apenas 1% dos elementos presentes nos rejeitos de algumas minas seria suficiente para eliminar completamente as importações desses minerais no país.


Em outros casos, taxas de recuperação entre 10% e 90% já tornariam possível suprir a demanda interna por materiais essenciais para baterias, painéis solares e turbinas eólicas pilares da economia verde.


Metais como ouro, platina e paládio, por sua vez, já são amplamente reaproveitados devido ao seu alto valor de mercado, mas outros metais críticos permanecem negligenciados.


Desafios técnicos e econômicos

Apesar do potencial promissor, transformar rejeitos em recursos exige mais do que boa vontade ambiental. A recuperação desses elementos envolve processos de refino completamente distintos dos aplicados aos metais principais das minas, o que implica investimentos em novas plantas industriais e tecnologias específicas de separação.


“É como tentar tirar o sal de uma massa de pão: o material está lá, mas isolá-lo exige tecnologia e custo,” compara Holley. “Precisamos de políticas públicas, pesquisa e inovação para tornar essa recuperação economicamente viável.”

Além disso, o teor desses metais nos rejeitos é, em geral, muito baixo o que desafia o modelo de negócio tradicional da mineração, voltado à extração de depósitos de alta concentração.


Uma nova fronteira para a mineração sustentável

A revalorização dos rejeitos pode redefinir a relação entre mineração e sustentabilidade. Em vez de abrir novas minas, o reaproveitamento de resíduos pode reduzir a pegada ambiental do setor e diminuir a dependência de importações estratégicas, especialmente em tempos de disputa geopolítica por recursos minerais.


Para a economia verde, o caminho é claro: os próximos tesouros minerais talvez já estejam extraídos apenas esquecidos nos rejeitos.


Rejeitos Minerais Podem Ser a Nova Mina de Ouro da Transição Energética



2 comentários

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Arthur Oliveira
14 de out.
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O baixo teor desses metais nos rejeitos dificulta o modelo tradicional de mineração, focado em depósitos de alta concentração.

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