Demanda nacional de eletricidade recua em outubro com clima mais ameno, mostra análise da CCEE
- EnergyChannel Brasil

- há 59 minutos
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O consumo de energia no Brasil registrou uma queda relevante em outubro de 2025, reflexo direto das temperaturas mais brandas que reduziram o uso de refrigeração e sistemas de climatização em todo o país.

Dados consolidados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) revelam que o recuo foi de 1,7% na comparação com o mesmo período de 2024, interrompendo uma trajetória de crescimento observada ao longo do ano.
Segundo especialistas consultados pelo EnergyChannel, o comportamento climático teve papel decisivo na demanda das distribuidoras e consumidores livres especialmente em regiões que passaram por semanas consecutivas de temperaturas abaixo da média histórica. “Quando o calor diminui, o impacto é imediato nas cargas residenciais e comerciais, que deixam de acionar ar-condicionado e ventilação artificial”, explica a CCEE no relatório mensal.
Impacto setorial e comportamento dos consumidores
O mercado cativo composto por residências e pequenos negócios foi o segmento que mais sentiu a mudança. Já no mercado livre, que reúne grandes empresas e indústrias, o consumo apresentou estabilidade, influenciado pela retomada gradual de alguns setores produtivos ao longo do segundo semestre.
A análise da CCEE também indica que o cenário climático ajudou a suavizar a pressão sobre o sistema elétrico em um momento em que o país acompanha atentamente os níveis de reservatórios e a expansão das fontes renováveis. Com geração solar e eólica em alta, o despacho térmico permaneceu controlado durante boa parte do mês.
Perspectivas para o fim de 2025
A projeção para os últimos meses do ano dependerá da oscilação das temperaturas e do comportamento da economia. Se confirmados os prognósticos de um verão mais úmido e menos intenso, a tendência é de que o consumo siga em ritmo moderado, mantendo o equilíbrio entre oferta e demanda no Sistema Interligado Nacional.
Para o setor elétrico, o movimento reforça a importância de ampliar ferramentas de gestão e previsão de carga, cada vez mais influenciadas por variáveis climáticas. A CCEE deve divulgar um balanço atualizado no início de 2026, trazendo as primeiras leituras consolidadas sobre o comportamento do consumo pós-primavera.
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