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- Ferrari Acelera Rumo à Neutralidade: Mega contrato de Energia Limpa com a Shell Redesenha o Futuro de Maranello
Acordo de 10 anos e 650 GWh com a Shell Energy Italia garante suprimento renovável para quase metade da fábrica, consolidando a meta de carbono zero da montadora até 2030. Ferrari Acelera Rumo à Neutralidade: Mega contrato de Energia Limpa com a Shell Redesenha o Futuro de Maranello Por EnergyChannel A icônica fabricante de carros esportivos de luxo, Ferrari, deu um passo decisivo em sua jornada de descarbonização ao selar um Contrato Corporativo de Compra de Energia (PPA) de longo prazo com a Shell Energy Italia. O acordo, que se estende por 10 anos, garante o fornecimento de 650 GWh de eletricidade renovável, um volume que promete transformar a matriz energética da lendária fábrica de Maranello, na Itália. Este movimento estratégico não é apenas uma transação comercial, mas um pilar fundamental na ambiciosa meta da Ferrari de alcançar a **neutralidade carbônica** até 2030. A energia limpa fornecida pela Shell, uma parceira histórica da Scuderia nas pistas, será crucial para cobrir as necessidades energéticas da unidade de produção, respondendo por cerca de metade do consumo total da fábrica. O Fim da Era do Gás e a Virada Verde A transição para fontes renováveis na Ferrari tem sido marcada por ações concretas. Recentemente, a montadora italiana encerrou as operações de sua planta de trigeração a gás, um passo ousado para reduzir o consumo de metano e realinhar sua infraestrutura energética. O PPA com a Shell Energy Italia chega em um momento chave, preenchendo a lacuna de energia e garantindo que a eletricidade consumida venha de fontes com **Garantias de Origem** certificadas. Fontes próximas à negociação indicam que o volume de 650 GWh ao longo da década é projetado para gerar uma redução de até 90% nas emissões de carbono relacionadas ao consumo de energia da fábrica. Este é um indicador poderoso de que a Ferrari está investindo em soluções de grande escala para cumprir seus compromissos ESG (Ambiental, Social e Governança). Shell: De Combustível de Pista a Fornecedora de Sustentabilidade A parceria entre Ferrari e Shell, que remonta a décadas no automobilismo, agora se expande para o campo da sustentabilidade industrial. A Shell Energy Italia, braço da gigante energética focado em soluções de baixo carbono, reforça sua posição no mercado europeu de PPAs, um instrumento financeiro e ambiental cada vez mais vital para grandes corporações. O contrato não apenas assegura o fornecimento de energia renovável, mas também inclui a provisão de energia adicional e as certificações necessárias, simplificando a gestão energética da Ferrari. Contexto Estratégico: A Descarbonização do Luxo A Ferrari não está agindo isoladamente. O setor de veículos de luxo e alta performance está sob crescente pressão para demonstrar liderança em sustentabilidade. A estratégia da Ferrari inclui: 1. Fechamento da Trigeração : Eliminação do consumo de gás metano na produção de energia. 2. Comunidades de Energia Renovável (REC): Acordo com a Enel X para criar uma usina fotovoltaica e comunidades de energia em Maranello e Fiorano, beneficiando a comunidade local. 3. Parceria Global: Colaboração com empresas como a Ambipar para mapear e desenhar a estratégia global de descarbonização. O PPA com a Shell é o elo que conecta a ambição de neutralidade carbônica da Ferrari com a capacidade de fornecimento de energia limpa em escala industrial. Ao garantir um preço fixo e um suprimento estável de energia renovável por uma década, a Ferrari mitiga riscos de volatilidade do mercado e solidifica sua imagem como pioneira na mobilidade sustentável de alto desempenho. Ferrari Acelera Rumo à Neutralidade: Mega contrato de Energia Limpa com a Shell Redesenha o Futuro de Maranello
- Texas acelera produção solar de alta tecnologia enquanto incertezas políticas sacodem o setor nos EUA
Mesmo em meio à reviravolta política em Washington, uma gigante texana da energia solar decidiu fazer exatamente o oposto do que o ambiente regulatório sugere: investir mais, produzir mais e nacionalizar cada etapa possível da cadeia de valor. Texas acelera produção solar de alta tecnologia enquanto incertezas políticas sacodem o setor nos EUA A T1 Energy, empresa baseada na região metropolitana de Dallas, está ampliando rapidamente sua presença industrial e apostando em um mercado que, segundo a própria companhia, vive “ o momento mais favorável das últimas décadas ”. Robôs, música alta e produção 24/7: dentro da superplanta solar texana O cenário encontrado na fábrica de 800 metros de extensão lembra mais um hub industrial futurista do que o estereótipo tradicional de uma linha de montagem americana. Robôs autônomos circulam entre corredores iluminados tocando rock clássico um toque excêntrico implementado pelos próprios técnicos da linha enquanto sete linhas paralelas de produção fabricam milhares de módulos fotovoltaicos por dia. A operação já funciona ininterruptamente, em esquema 24/7, e a T1 Energy confirma que trabalha para atingir 5 GW de capacidade anual , superando com folga a meta inicial de 3 GW para 2025. “Há uma demanda explosiva por eletricidade nos EUA, e a energia solar é hoje a única fonte capaz de escalar rapidamente”. Expansão agressiva da cadeia produtiva 100% americana Mesmo com o governo Trump sinalizando uma guinada pró-combustíveis fósseis e revendo políticas pró-renováveis, a empresa decidiu seguir no caminho oposto: está substituindo materiais importados por insumos produzidos integralmente nos EUA. A T1 já fechou contratos nacionais para: Polissilício fabricado em território americano Estruturas de aço produzidas pela Nextpower (ex-Nextracker) Desenvolvimento de sua própria fábrica de células solares nos próximos anos A prioridade é clara: reduzir dependências externas e fortalecer a indústria solar nacional , aproveitando a crescente pressão política contra incentivos que beneficiem fabricantes chineses. Uma fábrica moderna mas com um DNA mais complexo do que parece Embora a T1 Energy adote uma narrativa fortemente nacionalista, a reportagem apurou que parte significativa dos equipamentos instalados na unidade foi desenvolvida originalmente pela chinesa Trina Solar , uma das maiores fabricantes do mundo. A fábrica havia sido construída pela empresa estrangeira antes de ser assumida e reconfigurada pela T1, em meio ao movimento de relocalização produtiva que ganhou força a partir de 2018, quando tarifas foram impostas às importações chinesas. Nos armazéns, módulos embalados ainda exibiam marcas ligadas à antiga controladora um lembrete de como a transição industrial americana depende, ao menos por enquanto, de uma herança tecnológica global. Oscilações em Washington freiam a expansão do setor mas o mercado segue quente Especialistas consultados pelo EnergyChannel destacam que a indústria solar nos EUA vive um ambiente de grande contradição: Há demanda em forte crescimento , impulsionada pela eletrificação acelerada. Mas há também incertezas profundas , provocadas pela mudança brusca nas políticas energéticas federais. Dados da Atlas Public Policy, analisados pela nossa redação, mostram que anúncios de novas fábricas, que se multiplicaram na era Biden, deram lugar a suspensões, revisões e cancelamentos após a vitória de Trump. “Os fabricantes americanos precisam de previsibilidade e é exatamente o que não têm hoje”. Por que, então, a T1 dobra a aposta? Segundo a empresa, o mercado não depende mais exclusivamente de incentivos federais. A demanda reprimida por geração solar, especialmente em grandes projetos de utilities, seria suficiente para garantir rentabilidade mesmo em um cenário político hostil. “Nós estamos vendo um salto histórico no consumo de eletricidade, impulsionado por data centers, veículos elétricos e pela digitalização da economia. O solar é hoje a fonte mais rápida, escalável e financeiramente competitiva para suprir essa demanda”, diz Gold. Um retrato da disputa pela liderança industrial do século XXI A expansão da T1 Energy mostra que a corrida pela liderança global na energia solar deixou de ser apenas uma batalha de preços: tornou-se uma disputa estratégica envolvendo segurança energética, empregos, autonomia industrial e tecnologia. Enquanto o governo norte-americano revisita sua política energética, empresas como a T1 buscam ocupar espaços deixados pela China ao mesmo tempo em que utilizam, de forma pragmática, parte da estrutura que os próprios chineses ajudaram a montar no país. Texas acelera produção solar de alta tecnologia enquanto incertezas políticas sacodem o setor nos EUA
- Após atingir R$ 1 bilhão em 6 meses da Tela N5X, plataforma lança funcionalidades para políticas de risco bilateral
Resultado de 4,56 TWh negociados reflete a entrega de funcionalidades cocriadas para atender às demandas do mercado Após atingir R$ 1 bilhão em 6 meses da Tela N5X, plataforma lança funcionalidades para políticas de risco bilateral Seis meses após seu lançamento, em abril deste ano, a Tela N5X alcançou R$ 1 bilhão em transações no Mercado Livre de Energia. O volume negociado totalizou 4,56 TWh, equivalente ao consumo anual da Estônia. Com entregas contínuas e alinhadas às necessidades dos agentes, a N5X mantém seu compromisso de construir, em parceria com o mercado, uma plataforma preparada para os próximos ciclos de modernização do setor elétrico brasileiro. De abril a outubro, mais de 3 mil ordens foram inseridas na plataforma e 30 evoluções foram disponibilizadas em ciclos curtos. Atualmente, utilizam a Tela N5X empresas como Axia, Casa dos Ventos, Danske, Eneva, Energisa, Genco, Hydro, Minerva, Newcom e Statkraft. Entre as principais evoluções, está o automatching, que executa automaticamente ordens no melhor preço e respeitando limites de crédito bilaterais. Como resultado, a taxa de conversão em trades fechados por ordem cresceu 211% entre setembro e outubro, indicando ganhos de eficiência nas mesas de trading. O período também contou com um ciclo de entregas voltadas a fortalecer processos relacionados às políticas de risco de crédito bilateral, ponto crítico para o setor. Foi lançada a API de Risco, que permite automatizar a gestão de risco de crédito bilateral entre os participantes da plataforma, incluindo recortes como período de suprimento por volume financeiro e volumétrico. “Ultrapassar a marca de R$ 1 bilhão em seis meses mostra que temos escuta ativa e compromisso com os participantes. Se a principal dor hoje é a gestão de risco de crédito bilateral enquanto não há contraparte central, a N5X tem implementado funcionalidades, como a API de Risco com período de suprimento, para atender ao modelo bilateral”, afirma Dri Barbosa, CEO da N5X. Além dessas entregas, os agentes agora podem executar negociações bilaterais com o Contrato Padrão da N5X de forma integrada aos seus sistemas por meio da API de Boleta. A nova estrutura de permissionamento de ordens permite que traders de uma mesma empresa gerenciem ordens abertas por colegas ausentes, garantindo continuidade operacional. O Túnel de Preços passou a aplicar travas automáticas de PLD, assegurando conformidade e prevenindo erros de digitação (“fat finger”).
- Inovação que pavimenta o futuro da engenharia
Como a integração entre engenharia e tecnologia redefine a qualidade do pavimento. Inovação que pavimenta o futuro da engenharia O avanço da pavimentação moderna depende da integração entre tecnologia e engenharia. Mais do que corrigir falhas estruturais, o setor busca hoje desenvolver soluções inteligentes que tornem o asfalto mais resistente, econômico e sustentável. Cada etapa do processo, da formulação dos ligantes ao controle de qualidade em campo, exige precisão técnica e inovação constante para garantir resultados duradouros nas vias brasileiras. Com esse propósito, a Fremix tem se destacado pela capacidade de transformar desafios em oportunidades de melhoria contínua. A empresa alia pesquisa, tecnologia e experiência prática para desenvolver produtos e processos que respondem às necessidades reais das obras. Em um dos seus cases mais recentes, a equipe técnica aplicou um ligante modificado de alto desempenho em uma rodovia com intenso tráfego de carga, reduzindo em até 30% o surgimento de deformações plásticas e prolongando a vida útil do pavimento. Outro exemplo vem de um projeto urbano, onde a combinação entre emulsões especiais e controle tecnológico rigoroso resultou em um acabamento superior, mesmo em trechos com elevado índice de umidade. O uso de soluções personalizadas e o acompanhamento técnico próximo permitiram entregar uma via com melhor aderência, conforto e resistência ao desgaste, fatores essenciais para a segurança e a durabilidade. Esses resultados refletem a filosofia de atuação da Fremix: unir conhecimento técnico à inovação para oferecer soluções que superam os desafios diários da pavimentação. Em um cenário em que eficiência e sustentabilidade são prioridades, a integração entre engenharia e tecnologia se mostra o caminho certo para construir infraestruturas mais seguras, modernas e de longa vida útil. Sobre a Fremix A Fremix é uma empresa líder em demolição, britagem e pavimentação, com quase três décadas de experiência. Comprometida com a inovação e a responsabilidade ambiental, a Fremix continua a transformar o setor de infraestrutura viária, oferecendo soluções de alta qualidade e sustentáveis. Inovação que pavimenta o futuro da engenharia
- Toronto inaugura centro infantil-modelo e acelera corrida para emissões zero até 2040
Toronto deu mais um passo estratégico rumo à neutralidade climática com a entrega de seu primeiro edifício municipal operando com emissões zero de carbono . Toronto inaugura centro infantil-modelo e acelera corrida para emissões zero até 2040 O novo espaço, dedicado à educação infantil, foi projetado como um laboratório vivo de eficiência energética e descarbonização urbana e já se tornou referência para futuras construções públicas na cidade. Um marco para políticas climáticas urbanas A inauguração reforça o plano climático ambicioso de Toronto, que pretende zerar suas emissões até 2040 , uma década antes de muitas capitais globais. De acordo com autoridades locais, o centro infantil é o primeiro de uma série de empreendimentos que adotarão padrões rígidos de eficiência energética, eletrificação total e uso de materiais de baixo carbono. A edificação utiliza sistemas de climatização totalmente elétricos, isolamento térmico avançado e geração renovável integrada, reduzindo de forma estrutural a dependência de combustíveis fósseis. Além disso, sensores inteligentes monitoram em tempo real o desempenho energético e a qualidade interna do ar. Arquitetura voltada ao futuro Com design pensado para maximizar luz natural e reduzir perdas térmicas, o prédio combina: Bombas de calor de alta eficiência Ventilação com recuperação de energia Superfícies de construção com baixa pegada de carbono Sistema fotovoltaico de apoio Operação automatizada para otimização de consumo A cidade afirma que o modelo servirá de base para escolas, bibliotecas e centros comunitários que serão modernizados nos próximos anos. Educação infantil como símbolo de transformação A escolha de um centro de cuidados infantis para inaugurar essa nova fase não foi aleatória. Segundo gestores locais, o objetivo é conectar a agenda climática ao bem-estar das novas gerações, entregando espaços mais saudáveis e resilientes. O prédio oferece salas amplas, ventilação aprimorada e ambientes planejados para reduzir ruídos e maximizar conforto térmico benefícios diretos resultantes dos padrões de construção de emissão zero. Roteiro de descarbonização ganha tração Toronto tem se posicionado entre as cidades norte-americanas mais proativas em políticas climáticas. A entrega do novo edifício funciona como prova de conceito , mostrando que é possível unir infraestrutura social, inovação tecnológica e metas ambientais ambiciosas. Para os próximos anos, a prefeitura planeja ampliar as exigências de construção sustentável, acelerar a eletrificação da frota pública e expandir a geração renovável distribuída pilares essenciais para alcançar 2040 com emissões net zero. Toronto inaugura centro infantil-modelo e acelera corrida para emissões zero até 2040
- Setor global de energia prepara megainvestimento de US$ 1 trilhão para redes inteligentes e renováveis até 2030
Em um movimento que sinaliza a maior reorganização estrutural do setor elétrico em décadas, as principais concessionárias de energia do mundo anunciaram que irão direcionar mais de US$ 1 trilhão para acelerar a transição energética até 2030. Créditos, sala de imprensa: Setor global de energia prepara megainvestimento de US$ 1 trilhão para redes inteligentes e renováveis até 2030 O pacote de investimentos, consolidado sob compromissos internacionais firmados por empresas e instituições financeiras, prevê uma expansão robusta das redes elétricas, novos sistemas de armazenamento e a ampliação em larga escala da geração de energia renovável. Segundo informações reunidas pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) , o montante anual aplicado pelo setor deve crescer de US$ 117 bilhões para US$ 148 bilhões ao longo dos próximos anos — um salto estratégico motivado pela necessidade de preparar a infraestrutura global para um sistema mais limpo, descentralizado e digitalizado. Prioridade às redes e ao armazenamento: o novo eixo da transição A projeção mostra uma mudança clara no foco dos investimentos. Para cada dólar destinado a novas usinas renováveis, as concessionárias comprometem-se a aplicar US$ 1,24 em reforços e expansões de rede, além de novos sistemas de armazenamento em baterias. Ao EnergyChannel, especialistas destacam que essa virada representa a evolução natural de uma matriz elétrica que já cresce mais rápido do que a infraestrutura capaz de suportá-la. A capacidade instalada renovável deve triplicar até 2030 , tomando como base os níveis de 2023, exigindo um esforço global para evitar gargalos energéticos e garantir estabilidade. O conjunto de empresas participantes planeja entregar dezenas de milhares de quilômetros de linhas de transmissão novas ou modernizadas , além de expandir significativamente a instalação de baterias de grande porte. Divisão anual dos investimentos projetados US$ 66 bilhões/ano → Projetos de energia renovável US$ 82 bilhões/ano → Expansão de redes e soluções de armazenamento Apoio global financeiro e institucional O pacote de compromissos recebeu respaldo de organismos multilaterais e entidades internacionais de peso, fortalecendo a credibilidade e a coordenação dos esforços. Entre os apoiadores dos Princípios de Financiamento Climático para Redes Verdes estão: Banco Africano de Desenvolvimento British International Investment Banco Interamericano de Desenvolvimento Banco de Desenvolvimento da África Oriental Climate Bonds Initiative Institutional Investors Group for Climate Change Asia Investor Group on Climate Change Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) Global Renewables Alliance GridWorks Climate High-Level Champions Governo do Reino Unido Segundo analistas, esse alinhamento institucional é essencial para destravar capital, reduzir riscos e acelerar o ritmo de implementação de projetos considerados críticos para a segurança energética global. Por que isso importa O investimento massivo marca uma nova fase da transição energética: a etapa em que o mundo deixa de olhar apenas para a expansão da geração renovável e passa a investir na inteligência, resiliência e flexibilidade das redes elétricas . Sem isso, dizem especialistas, a energia limpa não chega aos consumidores. Setor global de energia prepara megainvestimento de US$ 1 trilhão para redes inteligentes e renováveis até 2030
- COP 30 e o setor elétrico: o Brasil no centro da transição energética global
Por Marcelo Mendes A realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima - COP30 em Belém coloca o Brasil sob os holofotes da transição energética global. COP 30 e o setor elétrico: o Brasil no centro da transição energética global Com toda essa grande movimentação, o mundo espera de nós, não apenas discursos sobre sustentabilidade, mas sim, demonstrações práticas de como uma economia emergente pode se desenvolver com base em uma matriz limpa, estável e competitiva. No entanto, para converter essa capacidade em liderança, é preciso fortalecer o setor elétrico em sua infraestrutura, regulamentação e capacidade para inovação. Sem dúvida, possuímos um ponto de partida vantajoso. Hoje, cerca de 90% da eletricidade consumida no País vem de fontes limpas, frente a uma média global de 40%. Os dados fazem parte de um documento com recomendações estratégicas para o fortalecimento da matriz elétrica brasileira apresentado pela Coalizão do Setor Elétrico, articulado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), com curadoria técnica e estratégica da PSR Consultoria ao embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30. O material teve o apoio de seis associações do setor e a participação de mais de 70 entidades, reunidas em quatro eixos temáticos: Geração, Transmissão, Distribuição e Consumo. A pesquisa sugere ações práticas para assegurar que o País mantenha uma percentagem superior a 90% de energia renovável no setor, com uma diminuição de até 176 milhões de toneladas de CO₂ anualmente, unindo descarbonização e progresso industrial. Entre as demandas apresentadas no documento, destacam-se a modernização regulatória, a eliminação de subsídios ineficientes, o planejamento coordenado da ampliação da infraestrutura elétrica e o incentivo à inovação tecnológica. Esta é uma agenda madura, que destaca a importância do setor elétrico como líder na transição energética e mostra que o Brasil possui capacidade para liderar, com equilíbrio e responsabilidade, a nova economia de carbono reduzido. Com todo esse crescente debate, percebe-se claramente que o setor elétrico será sem dúvida, o coração da descarbonização da economia, como defendido por muitos especialistas. É ele que viabiliza a eletrificação de transportes, a indústria verde e o avanço das cidades inteligentes. No entanto, há um ponto de atenção, ou seja, precisamos discernir matriz limpa de sistema seguro. O Brasil precisa enfrentar a crescente complexidade da operação do sistema, compensando fontes intermitentes como solar e eólica e a geração firme, proveniente de hidrelétricas com reservatórios e térmicas de baixo carbono. Essa expansão das renováveis precisa vir acompanhada de investimentos robustos em transmissão, digitalização e armazenamento. Esse é o único caminho para garantir que a energia limpa gerada nos extremos do país chegue com confiabilidade aos grandes centros consumidores. Nos próximos anos, a estabilidade do setor dependerá de como enfrentaremos questões estruturais. Elas envolvem a atualização do marco regulatório, a previsibilidade dos leilões, o aprimoramento da precificação da energia e a integração tecnológica das redes. Um ponto para ser levado em consideração é de que a falta de uma regulamentação clara ainda impede que se atraiam investimentos de longo prazo, especialmente em iniciativas que precisam de segurança jurídica e um retorno gradual. Desafios que precisam de coragem e um planejamento regulatório. No entanto, ao olharmos para o futuro com uma perspectiva otimista, sem dúvida, a COP30 servirá para mostrar que o Brasil pode ser um líder não só em geração de energia limpa, mas sim, na governança climática. Para isso, debater agora o fortalecimento do setor energético incorporado a políticas que fomentem a fabricação local de equipamentos e que refletem na geração de empregos, aumento de renda e inovação, é mais do que necessário. Com a COP30, o Brasil vive um momento extremamente oportuno para ressaltar o quão o setor elétrico é indispensável para o desenvolvimento da sustentabilidade tão em pauta pelo momento. Para que o setor possa estar no centro da transição energética global precisamos mais do que nunca fomentar o debate da importância dele e agir com visão, ousadia e comprometimento a longo prazo. Marcelo Mendes é gerente geral da KRJ Conexões. É economista e executivo de marketing e vendas do setor eletroeletrônico há mais de 15 anos, e com atuação em vários mercados internacionais. COP 30 e o setor elétrico: o Brasil no centro da transição energética global
- O retrocesso da energia: lei que perpetua energias sujas é sancionada
O repúdio à Lei nº 15.269 sancionada ontem é inevitável. Nosso potencial está sendo barrado pela incapacidade de avançar em um verdadeiro “mapa do caminho” para a transição energética. O retrocesso da energia: lei que perpetua energias sujas é sancionada Por Renato Zimmermann é desenvolvedor de negócios sustentáveis e ativista da transição energética O eixo temático da COP, a transição energética era um dos mais esperado, mas se perdeu em meio aos lobbies das indústrias de petróleo e combustíveis fósseis, revelando que, apesar do discurso, o país segue prisioneiro de interesses poderosos. Entre esses interesses, a indústria do gás natural ocupa lugar de destaque. Nos últimos anos, grandes grupos empresariais vêm adquirindo usinas termelétricas em série, consolidando um poder que se estende sobre a política energética nacional. Embora nomes não sejam citados aqui, basta pesquisar quem é chamado de “rei do gás” para encontrar um dos protagonistas dessa concentração. O resultado é um setor elétrico cada vez mais dependente de contratos bilionários que favorecem poucos e perpetuam a lógica das energias fósseis. Não por acaso, o ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, denunciou que medidas provisórias vinham sendo manipuladas para favorecer negócios bilionários ligados ao setor energético. Sua saída da estatal foi marcada por atritos com o governo e acusações de “intrigas palacianas”. Em entrevistas, Prates apontou que havia pressão para moldar políticas públicas em benefício de grupos específicos, especialmente no mercado de gás e termelétricas. Embora parte das denúncias tenha sido arquivada pela Comissão de Ética Pública, o episódio expôs a fragilidade institucional diante de interesses privados e reforçou a percepção de captura regulatória. O golpe final veio em 24 de novembro de 2025, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, sem vetos neste ponto, a Lei nº 15.269, oriunda da MP 1.304. O dispositivo pró-carvão perpetua a contratação obrigatória de energia de termelétricas a carvão mineral até 2040, além de prorrogar por 25 anos as concessões dessas usinas. Trata-se de uma decisão que garante vida longa a uma das fontes mais poluentes da matriz elétrica brasileira, em contradição direta com os compromissos climáticos assumidos pelo país. Estima-se que os contratos movimentem bilhões de reais em subsídios e tarifas, recursos que poderiam ser destinados a armazenamento de energias limpas, como baterias de larga escala, na geração distribuída e sistemas de hidrogênio verde. O contraste é gritante: enquanto a Agência Nacional do Petróleo projeta R$ 609 bilhões em investimentos em petróleo e gás entre 2025 e 2029, sendo R$ 140 bilhões apenas em 2025, o setor solar prevê R$ 39 bilhões em aportes no mesmo ano, elevando a capacidade instalada para 64,7 GW. Há ainda planos de R$ 3,2 trilhões em renováveis até 2034, mas o curto prazo segue dominado por fósseis. A COP30, abastecida por geradores a diesel, foi o retrato simbólico desse atraso. A ironia é que a Amazônia, palco da conferência, continua abastecida por gás e diesel, quando poderia ser referência mundial em projetos inovadores de energia solar, eólica e armazenamento. O entrave não é técnico, mas político: os interesses de grupos poderosos que articulam junto ao governo para manter privilégios e contratos. Os valores bilionários destinados à manutenção de carvão e gás poderiam inaugurar uma nova era energética, mais descentralizada, democratizada, digitalizada e limpa. Mas a MP 1.304 não modernizou absolutamente nada: apenas redesenhou contratos e fortaleceu energias sujas. O Brasil tem potencial para liderar uma revolução energética, mas escolheu ser refém do gás e do carvão. O resultado é um setor elétrico que não se moderniza, não se democratiza e não se descarboniza e uma sociedade que paga a conta desse atraso. A COP30 mostrou que o Brasil tem vozes fortes e diversificadas clamando por mudança. Mas também revelou que, quando se trata de energia, o país segue prisioneiro de lobbies poderosos. O repúdio à Lei nº 15.269 é inevitável: ela cristaliza um retrocesso histórico e compromete o futuro da transição energética. O Brasil poderia ser protagonista de uma matriz limpa e inovadora, mas preferiu perpetuar modelos comerciais que beneficiam poucos e atrasam muitos. O fechamento é amargo: a COP30 ficará marcada não pelo avanço da transição energética, mas pelo retrato de um país que pensa errado, investe mal e insiste em manter viva a energia suja em sua matriz. O retrocesso da energia: lei que perpetua energias sujas é sancionada
- COP30 : Mulheres Inspiradoras que estão transformando o mundo
A COP30, realizada em novembro de 2025 na cidade de Belém do Pará, não foi apenas uma conferência climática, foi um momento simbólico e concreto de transformação profunda. No coração da Amazônia, lideranças femininas de diferentes geografias, etnias e trajetórias subiram ao palco, deram voz à ciência, às comunidades tradicionais e à mobilização social. COP30 : Mulheres Inspiradoras que estão transformando o mundo Entre elas, duas brasileiras que admiro profundamente ,Zilda Costa e Valcléia Lima , têm papel especial: representam conhecimento, dedicação, força e amor ao próximo , principalmente a urgência de uma transição energética socialmente justa. Zilda Costa é uma profissional multifacetada, com uma trajetória marcante no setor energético. Ela ocupa o cargo de vice-presidente da ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída) e outras mais funções.Sua carreira de mais de 20 anos inclui projetos de geração renovável, eficiência energética e mobilidade sustentável. Tem uma visão estratégica sobre a descarbonização da Amazônia, defendendo a substituição de embarcações movidas a diesel por fontes limpas, como baterias com energia solar , o que conecta diretamente com os temas centrais da COP30. Em reconhecimento à sua liderança, foi homenageada pela Câmara dos Deputados da Argentina durante um congresso latino-americano. Essa homenagem reforça seu papel como uma voz transformadora não apenas no Brasil, mas no continente, especialmente na agenda de energia limpa e acessível. Eu admiro profundamente sua competência técnica, sua visão estratégica e sua dedicação à justiça energética. - Valcléia Lima, é uma das mulheres mais influentes da Amazônia quando se trata de sustentabilidade e desenvolvimento comunitário. Ela é superintendente de Desenvolvimento Sustentável de Comunidades da FAS (Fundação Amazônia Sustentável.Sua história é poderosa: nasceu em Murumuru, comunidade quilombola próxima a Santarém (PA), e cresceu com a consciência da desigualdade e da força comunitária. Formada em Gestão Pública, com especialização em Inovação e Difusão Tecnológica, dedica-se há mais de 27 anos a projetos socioambientais , como o Programa Bolsa Floresta. Durante sua gestão na FAS, ajudou a consolidar o Bolsa Floresta como um dos maiores programas de Pagamento por Serviços Ambientais do mundo, beneficiando milhares de famílias em unidades de conservação. Foi condecorada com a “Ordem do Mérito Legislativo” pela Assembleia Legislativa do Amazonas, em reconhecimento à sua trajetória em prol das comunidades tradicionais. Mais recentemente, Valcléia recebeu o Prêmio Mulheres da Energia 2025, na categoria “Impacto Social”, concedido pela ABGD, por seu trabalho em projetos de energia sustentável que transformam a vida de populações isoladas da Amazônia. Um de seus projetos de destaque é o “Sempre Luz”, que leva energia solar a comunidades ribeirinhas com painéis fotovoltaicos, baterias e inversores híbridos. Além disso, ela participou de formação na Universidade de Harvard, no programa de Liderança Executiva em Desenvolvimento da Primeira Infância, trazendo lições internacionais para aplicar em políticas comunitárias na Amazônia. O Que Essas Mulheres Representam para a COP30 e Além A presença de Zilda Costa e Valcléia Lima na COP30 , mesmo que simbolicamente ou por suas redes de influência , reforça algo essencial: Justiça energética e social : Zilda traz a voz da geração distribuída, da tecnologia limpa e do armazenamento, conectando energia renovável à equidade. Sustentabilidade com propósito comunitário : Valcléia representa a Amazônia viva, valorizando população tradicional, bioeconomia e modelos de conservação que combinam floresta em pé com empoderamento social. Pluralidade de gênero e etnicidade : suas trajetórias mostram que liderar a transição climática não é privilégio de poucos elites ,mulheres negras, quilombolas, profissionais técnicas e gestoras de comunidades também são centrais para o futuro. Inovação institucional : ambas demonstram a capacidade de articular entre público, privado e terceiro setor para desenvolver soluções escaláveis e sustentáveis. Destacaria várias amigas inspiradoras: Elbia Gannoum, Renata Becket, Milena Rosa, Aline Pan e muitas outras que dedicam e inspiram nós mulheres. A presença de mulheres e líderes internacionais : - Dame Jacinda Ardern, ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, é uma das figuras políticas mais admiradas do século XXI. Nascida em 1980, Ardern se tornou a chefe de governo mais jovem da história moderna da Nova Zelândia e rapidamente se destacou por um estilo de liderança raro, baseado em empatia, comunicação transparente, firmeza ética e tomada de decisão centrada nas pessoas.Em 2024, foi oficialmente reconhecida com o título de Dame, concedido pela Ordem de Mérito da Nova Zelândia ,uma das maiores honrarias do país ,pelo seu legado de serviço público e impacto global. Essa distinção simboliza seu papel não apenas como gestora, mas como construtora de políticas humanas e inclusivas . Uma liderança que redefiniu o que significa governar com coragem, empatia e humanidade Patricia Espinosa Cantellano, nasceu no México, diplomata, multilateralista e voz influente no clima global. Foi Ministra das Relações Exteriores do México de 2006 a 2012, durante o governo de Felipe Calderón.Atuou como embaixadora do México em vários países, incluindo Alemanha (duas vezes), Áustria, Eslovênia e Eslováquia, além de representar o México em organizações internacionais nas Nações Unidas. Em 2016, foi nomeada Secretária Executiva da UNFCCC (Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima), cargo que ocupou até 2022. Ela acredita firmemente que nenhum país pode enfrentar a crise climática sozinho. Ela defende que a governança global deve ser inclusiva, democrática e conectada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Para ela, a mudança climática é uma oportunidade difícil, urgente, mas também uma porta para reinventar modelos de desenvolvimento mais justos e resilientes. Laurence Tubiana Laurence Tubiana é economista, diplomata e acadêmica francesa. fundou, em 2002, o IDDRI (Institut du Développement Durable et des Relations Internationales) em Paris, que é um think tank muito influente sobre políticas de meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Foi designada como representante especial da França para a COP21, a conferência climática em que se firmou o Acordo de Paris, sendo considerada uma das arquitetas principais deste marco. Que o legado delas inspire mais mulheres a ocupar tanto os corredores dos organismos internacionais quanto as margens dos rios da Amazônia, pois é nesse entrelaçamento de saberes que reside o futuro sustentável que queremos construir. COP30 mostrou ao mundo que a transição climática não é apenas um processo técnico, econômico ou político é, antes de tudo, um movimento profundamente humano. E poucas vozes simbolizam essa virada de consciência quanto as mulheres que hoje escrevem, com coragem e lucidez, os capítulos mais urgentes da história planetária. De Dame Jacinda Ardern, que ensinou ao mundo que a empatia também governa, a Patricia Espinosa e Laurence Tubiana, arquitetas invisíveis de acordos que moldam o século, vemos surgir uma diplomacia que respira ciência sem perder o coração. Ao lado delas, Zilda Costa e Valcléia Lima mostram que a transformação também nasce nos territórios, nas comunidades, nas florestas, nas usinas solares, nas associações que tecem futuro com as próprias mãos. São mulheres que equilibram técnica e emoção, política e solidariedade, desenvolvimento e dignidade. O que une todas elas é mais do que o compromisso com o clima: é a crença inabalável de que nenhuma solução é legítima se não incluir pessoas , especialmente aquelas historicamente excluídas. Representam a pluralidade do planeta: diferentes etnias, origens, idades, profissões e visões que se entrelaçam para criar um tecido social mais forte, mais justo e mais capaz de enfrentar o que vem pela frente. As conquistas dessas líderes provam que a sustentabilidade não é uma meta distante: ela acontece quando políticas se encontram com afetos; quando ciência dialoga com territórios; quando governantes e comunidades se reconhecem como parte da mesma casa comum. Elas nos lembram que proteger o planeta é, sobretudo, proteger vidas e que não há projeto de futuro sem humanização, diversidade e coragem moral. Se a COP30 acendeu novas esperanças, foi porque o mundo, enfim, começou a ouvir mulheres que não pedem espaço , elas transformam espaços. Elas não esperam pelos próximos anos ,elas constroem os próximos anos. E, por isso, são hoje os rostos mais brilhantes da transição climática global. Aprendemos com elas, a fazer política com empatia, ciência com justiça, energia com propósito e futuro com humanidade. Kátia Rezende Moreira Esse é o legado que permanecerá quando a COP30 ficar para trás, um legado vivo, pulsante e feminino, guiando o planeta rumo ao que ele sempre mereceu: um amanhã possível. Principais fontes usadas : site oficial COP30; Wikipedia ; FAZ Por Head comercial PV Mob, Analista de negócios O&M e mobilidade veicular, Gestora de parcerias estratégicas, Especialista B2B, Consultora comercial, Agente de soluções e oportunidades. Graduação em Comunicação social – Jornalismos e Gestão comercial (em andamento). Prêmio Excelência Técnica pelo Congresso Brasileiro mulheres da energia - ABGD 2025. Colunista do Portal Solar e EnergyChannel. COP30 : Mulheres Inspiradoras que estão transformando o mundo
- Transição energética deixa de ser tendência e vira estratégia de mercado para empresas paranaenses
Associadas à AHK Paraná, Roadimex e Tecnotam mostram como inovação, economia circular e ESG fortalecem a competitividade e a cooperação Brasil-Alemanha Transição energética deixa de ser tendência e vira estratégia de mercado para empresas paranaenses A transição energética e a busca por modelos de negócios mais sustentáveis já são realidades incorporadas às estratégias de empresas que desejam se manter competitivas em um mercado cada vez mais exigente. No Paraná, companhias associadas à Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Paraná (AHK Paraná) vêm se destacando ao aliar inovação, compromisso ambiental e integração internacional. Dados da Agência Internacional de Energia (IEA) revelam que o avanço da transição energética global exigirá uma ação coordenada e acelerada, especialmente nos setores produtivos. A expectativa é de que a capacidade de energias renováveis seja triplicada até 2030 para garantir a estabilidade climática. Com soluções nas áreas de gestão de resíduos, economia circular, energia limpa e descarbonização, empresas como Roadimex Ambiental e Tecnotam Embalagens Industriais demonstram que é possível crescer, gerar valor e, ao mesmo tempo, reduzir impactos ambientais significativos. Premiada duas vezes pela Associação Comercial do Paraná por sua Gestão Sustentável, a Roadimex Ambiental desenvolve projetos que transformam desafios ambientais em oportunidades reais. A empresa atua como uma plataforma de soluções que conecta empresas, governos e comunidades para implementar tecnologias voltadas à transição climática, valorização de materiais e fortalecimento de cadeias produtivas locais. “As soluções ambientais precisam ser implementadas de forma prática, economicamente viável e com legado positivo para os territórios”, afirma Cris Baluta, diretora da Roadimex Ambiental. Para ela, a AHK Paraná cumpre um papel essencial nesse processo. “A AHK é uma catalisadora de projetos binacionais que combinam o conhecimento técnico alemão, a diversidade produtiva brasileira e a urgência global de soluções climáticas. Essa colaboração fortalece a construção de modelos de desenvolvimento sustentável que beneficiam pessoas, cidades e ecossistemas inteiros.” Na indústria, a Tecnotam Embalagens Industriais traduz seu compromisso com a sustentabilidade por meio de soluções reutilizáveis e certificadas, adequadas ao transporte de produtos perigosos, homologadas pelo Inmetro e pela Marinha do Brasil. A empresa detém as certificações ISO 9001 e 14001 (gestão de qualidade e gestão ambiental, respectivamente), mantém monitoramento constante de consumo energético e emissões atmosféricas e integra desde 2016 o programa estadual Selo Clima Paraná, alcançando em 2025 a Categoria A, nível máximo de reconhecimento. “Renovar é um processo que consiste em cuidar do hoje para garantir o futuro. É reutilizar de forma criativa. É restaurar sem perder a qualidade e sem desperdiçar os recursos naturais. Fazemos isso dando vida nova a embalagens utilizadas nas mais diversas aplicações da indústria”, explica Jefferson Duarte, gerente de Qualidade e Meio Ambiente da Tecnotam. A empresa também iniciou o uso da plataforma Vankka Carbon Score, que possibilita o rastreamento e a redução da pegada de carbono de suas operações, uma ferramenta que conheceram em um evento promovido pela própria AHK Paraná. “Foi através de um evento da Câmara Brasil-Alemanha do Paraná que conhecemos a plataforma Vankka Carbon Score”, lembra Jefferson. Além disso, a Tecnotam está construindo seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, que será publicado em 2026. A atuação da empresa também está diretamente ligada à logística reversa, especialmente no tratamento de embalagens vazias não limpas, conforme estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010). “O mundo se renova. Nossas embalagens também”, resume Jefferson. Neste cenário, o papel da AHK Paraná tem sido essencial para preparar empresas brasileiras para os novos padrões ambientais e fomentar cooperação binacional com a Alemanha, país referência em transição energética, indústria limpa e formação técnica. Por meio de grupos de trabalho, eventos, missões empresariais e conexões com especialistas, a Câmara tem impulsionado a troca de conhecimento entre as mais de 180 empresas associadas. A experiência da Roadimex e da Tecnotam mostra que investir em tecnologias sustentáveis, desempenho ambiental monitorado e inovação contínua é uma exigência do mercado global e da sociedade. E as empresas paranaenses associadas à AHK estão prontas para liderar esse novo ciclo. Sobre a AHK Paraná - Estimular a economia de mercado por meio da promoção do intercâmbio de investimentos, comércio e serviços entre a Alemanha e o Brasil, além de promover a cooperação regional e global entre os blocos econômicos. Essa é a missão da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK Paraná), entidade atualmente dirigida por Lourdes Manzanares, a primeira diretora mulher da AHK Paraná. Transição energética deixa de ser tendência e vira estratégia de mercado para empresas paranaenses
- Licenciamento Ambiental: a nova lei mudou o jogo para a energia solar?
A recém-sancionada Lei Geral do Licenciamento Ambiental (Lei nº 15.190/2025) promete modernizar o marco regulatório, mas, para o setor de energia solar e armazenamento, o cenário imediato é de uma calmaria que precede uma inevitável tempestade regulatória em nível estadual. Licenciamento Ambiental: a nova lei mudou o jogo para a energia solar? Por Daniel Pansarella A nova legislação, que unifica e atualiza regras com mais de 40 anos, gerou expectativas no mercado de infraestrutura. Contudo, ao contrário do que se poderia esperar, a lei não traz dispositivos específicos para empreendimentos solares fotovoltaicos ou para os estratégicos sistemas de armazenamento de energia por baterias (BESS). Na prática, a Lei nº 15.190/2025 mantém a lógica já praticada pelos órgãos ambientais, definindo padrões gerais de avaliação do potencial poluidor e os instrumentos de avaliação ambiental. Para o setor de energias renováveis, isso significa que, no curto prazo, nada muda . A responsabilidade de internalizar e regulamentar a nova lei recai sobre os estados, que são os entes competentes para o licenciamento. É nesse campo que a verdadeira batalha pela agilidade e segurança jurídica será travada. O que a nova lei realmente traz para a mesa? Apesar da ausência de especificidade, a lei consolida práticas e introduz conceitos que podem, indiretamente, beneficiar o setor. A formalização de modalidades de licenciamento simplificadas, como o procedimento bifásico (que aglutina licenças como LP/LI ou LI/LO) e a Licença Ambiental Única (LAU), oferece uma padronização mínima e maior segurança jurídica. Muitos estados já adotavam estudos simplificados para usinas solares, mas a positivação em lei federal é um avanço inegável. Outro ponto de destaque é a dispensa de licenciamento para obras de serviço público de distribuição de energia elétrica de até 138 kV. Isso pode acelerar a conexão de novos projetos à rede, um dos gargalos históricos do setor. Da mesma forma, o tratamento dado à infraestrutura de conexão, como linhas de transmissão e subestações, é um ponto de otimização. A nova lei permite que a Licença de Instalação (LI) já contemple condicionantes que viabilizem a operação imediata após a conclusão da obra, funcionando como uma licença de operação antecipada para a infraestrutura de conexão. Ponto Relevante da Lei nº 15.190/2025 Impacto Potencial para o Setor Solar e BESS Dispensa para Obras de Distribuição (Art. 8º, VI) Acelera a conexão de projetos de até 138 kV, reduzindo custos e prazos. Modalidades de Licenciamento Simplificadas (Art. 20) Oferece segurança jurídica e padronização para procedimentos já adotados por alguns estados. Infraestrutura de Conexão (Art. 5º, § 4º) Agiliza a energização de projetos ao permitir a operação da infraestrutura de conexão logo após a instalação. Prazos Máximos (Art. 47) Estabelece prazos de 3 a 10 meses para análise das licenças, o que pode reduzir a morosidade dos processos. O desafio da fragmentação e o papel do CONAMA A grande questão que permanece em aberto é como os estados irão traduzir as diretrizes da nova lei em suas próprias normas. A ausência de uma tipologia federal específica para projetos fotovoltaicos e de armazenamento mantém a porta aberta para a fragmentação regulatória . Hoje, um projeto de 5 MW pode ser isento de licenciamento em São Paulo, enquanto no Amazonas, um projeto de 10 MW já exige um Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) completo. Essa heterogeneidade é um entrave para investidores com portfólios nacionais, que precisam navegar em um cipoal de regras distintas, aumentando custos e a imprevisibilidade dos projetos. A esperança do setor se volta agora para a futura regulamentação da lei pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que terá a incumbência de definir as tipologias e os critérios de enquadramento para empreendimentos não detalhados na lei. A futura regulamentação pelo CONAMA será determinante para esclarecer o tratamento de projetos fotovoltaicos e de BESS, podendo criar um padrão nacional que finalmente destrave investimentos e acelere a transição energética no país. Até lá, o setor de energia solar e armazenamento de energia, embora beneficiado por algumas otimizações processuais, continua em um compasso de espera. A nova Lei Geral do Licenciamento Ambiental não foi a bala de prata que muitos esperavam, mas pode ter sido o tiro de partida para uma corrida regulatória que, se bem conduzida, tem o potencial de consolidar o Brasil como uma potência em energia limpa. Este artigo reflete uma análise sobre a Lei nº 15.190/2025 com base nas informações publicamente disponíveis e não constitui parecer jurídico. Licenciamento Ambiental: a nova lei mudou o jogo para a energia solar?
- MP 1.304 avança na abertura do mercado livre: precificação horária e gestão inteligente de energia devem ganhar força no novo cenário
Por Fred Menezes, diretor de Comercialização da Armor Energia A Medida Provisória 1.304, aprovada recentemente, representa uma evolução em relação à MP 1.300 e traz um texto mais equilibrado, embora com pontos positivos e negativos, avalia Fred Menezes, diretor de comercialização da Armor Energia. MP 1.304 avança na abertura do mercado livre: precificação horária e gestão inteligente de energia devem ganhar força no novo cenário A medida trouxe ganhos importantes para o setor de comercialização de energia, que enxerga com otimismo a abertura total do mercado livre, prevista em até 24 meses para consumidores industriais e 36 meses para os demais. O novo ambiente de mercado também deve estimular produtos e contratos com modulação horária de consumo, tendência já consolidada em países desenvolvidos. “Ainda se fala pouco sobre isso, mas o futuro do setor passa pela precificação horária e pela gestão inteligente do uso da energia”, avalia. Para acompanhar essa transformação, a Armor Energia está investindo em tecnologia e análise de dados. “Com a abertura total, o volume de dados vai crescer exponencialmente. Saber operacionalizar essa nova realidade exigirá inovação e capacidade analítica”, conclui Menezes. Entre os pontos de atenção que foram vetados, destacam-se o ressarcimento para geração eólica e solar relativo ao curtailment e a restrição de novos arranjos de autoprodução apenas a novas usinas. Segundo a justificativa do governo, a medida poderia gerar ineficiência no sistema elétrico, elevar custos para a cadeia produtiva e, consequentemente, para os consumidores. A lei manteve, entretanto, a prorrogação das concessões das usinas a carvão mineral nacionais. Menezes observa que os prazos para a abertura do mercado são curtos diante da complexidade técnica e regulatória das mudanças. “Os prazos são apertados, considerando tudo o que precisa ser feito e testado. Acreditamos que seja possível cumprir o cronograma, mas com pouca margem para erros”, comenta. Com relação aos impactos, a abertura tende a reduzir custos e aumentar a eficiência do setor elétrico. “Ao permitir que os consumidores escolham seu fornecedor e negociem condições mais vantajosas, a abertura trará economia e maior competitividade ao setor”, destaca. MP 1.304 avança na abertura do mercado livre: precificação horária e gestão inteligente de energia devem ganhar força no novo cenário











