GM Reage à Concorrência da BYD e Inicia Montagem Local do Chevrolet Spark EUV no Brasil
- EnergyChannel Brasil

- 16 de set.
- 2 min de leitura
Por EnergyChannel | Especial para o setor de Mobilidade Elétrica
A General Motors está redesenhando sua estratégia para conquistar espaço no mercado de veículos elétricos (VEs) na América Latina. Após um início turbulento com o lançamento do Chevrolet Spark EUV importado da China, a montadora decidiu iniciar a montagem local do modelo no Brasil e reduzir os preços em mercados estratégicos, como a Colômbia.

O anúncio vem em um momento de forte movimentação no setor: a BYD começou recentemente a produzir o compacto Seagull em sua fábrica em Camaçari (BA), ampliando a pressão competitiva. Além disso, desde julho de 2025, o Brasil elevou as tarifas de importação de VEs para 25%, encarecendo os modelos que chegam prontos do exterior — um cenário que tornou o Spark EUV menos competitivo frente a rivais como o BYD Dolphin e o Yuan Pro.
Montagem no Polo Automotivo do Ceará
Para contornar o impacto das tarifas e melhorar sua posição no mercado, a GM optou por montar o Spark EUV em uma fábrica multimarcas no Polo Automotivo do Ceará. Inicialmente, a operação será feita com kits semiacabados (SKD), com previsão de início antes do fim de 2025.
Embora essa solução ainda não configure produção nacional completa, ela garante à GM uma redução de custos e um fôlego estratégico: a partir de 2027, os kits SKD passarão a ser tarifados de forma mais pesada, pressionando a empresa a investir em produção local.
Competitividade e Preços
O Spark EUV chegou ao mercado brasileiro com preço sugerido de R$ 159 mil, valor acima de concorrentes diretos como o Dolphin. Com a montagem local, a expectativa é de uma queda nos preços para estimular as vendas e tornar o modelo mais acessível.
Na Colômbia, onde o Spark EUV também enfrentava desafios de aceitação, a GM anunciou uma redução de preços, sinalizando uma estratégia regional mais agressiva para os próximos anos.
Perspectivas para o Mercado de VEs
O movimento da GM reforça a tendência de que fabricantes tradicionais não podem ignorar o apelo crescente dos VEs no Brasil e na América Latina. Além de competir com players chineses, as montadoras precisam se adaptar ao cenário regulatório e às expectativas de consumidores que buscam modelos mais acessíveis e eficientes.
Com a montagem local, a GM ganha tempo para desenvolver um plano de produção nacional completo, que deverá ser crucial para manter sua relevância no mercado latino-americano de veículos elétricos.
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