top of page

Hidrogênio verde e neoindustrialização, o Brasil pronto para liderar uma nova revolução energética!

Por Laís Víctor – Especialista em energias renováveis e Diretora executiva


Hidrogênio verde e neoindustrialização, o Brasil pronto para liderar uma nova revolução energética!
Hidrogênio verde e neoindustrialização, o Brasil pronto para liderar uma nova revolução energética!

O mundo vive uma corrida histórica em direção à descarbonização, e cada país busca definir qual será o seu papel na nova economia de baixo carbono. Entre as várias tecnologias em disputa, o hidrogênio verde (H2V) emerge como uma das peças mais promissoras e estratégicas.


Ele não é apenas uma fonte de energia alternativa, mas um vetor capaz de redefinir indústrias inteiras, criar cadeias produtivas inovadoras e atrair bilhões em investimentos. O Brasil, dono de uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta e de abundância natural incomparável em sol, vento e água, encontra-se diante de uma oportunidade única.


A pergunta é clara: seremos protagonistas dessa revolução, construindo valor e tecnologia dentro de casa, ou ficaremos limitados ao papel de exportadores de commodities energéticas? Para que essa decisão se materialize, o país precisa assumir uma agenda sólida de neoindustrialização verde, capaz de estruturar cadeias locais de valor, estimular P&D, criar empregos qualificados e posicionar o Brasil como referência mundial. A seguir, analiso as vantagens competitivas já existentes, os desafios que ainda precisam ser enfrentados e os exemplos internacionais que podem iluminar o caminho.


O Brasil já possui vantagens estruturais

O ponto de partida para compreender o potencial do Brasil no hidrogênio verde é observar suas bases energéticas. Em 2024, a matriz elétrica nacional alcançou 88,2% de renovabilidade, resultado da consolidação das fontes hídrica, eólica e solar como pilares da geração elétrica, segundo dados da Agência Gov. Esse é um diferencial significativo em relação a outros países industrializados, onde a dependência de combustíveis fósseis ainda é predominante.


De acordo com a ANEEL, o país também ultrapassou a marca de 200 GW de capacidade instalada, impulsionado principalmente pela rápida expansão das usinas solares, que vêm se multiplicando em todas as regiões. Essa diversificação fortalece a segurança energética e amplia a resiliência do sistema elétrico. Além disso, a matriz brasileira segue majoritariamente limpa, composta por aproximadamente 55% de hidrelétricas, 14,8% de eólica e 8,4% de biomassa, enquanto o uso de fontes fósseis (gás natural, óleo e carvão) ocupa uma fatia cada vez menor.


Quando ampliamos a análise para o balanço energético total, o Brasil continua se destacando. Em 2023, as fontes renováveis representaram 49,1% da Oferta Interna de Energia (OIE), segundo a Agência Gov, um marco que reforça a posição do país como líder mundial na transição para fontes sustentáveis. Esse cenário não apenas demonstra a força da matriz, mas também evidencia a vantagem competitiva brasileira diante da corrida global pela descarbonização.


Esses indicadores criam um ambiente extremamente favorável: com abundância de energia limpa, disponibilidade de recursos naturais e custos de geração cada vez mais competitivos, o Brasil já desponta entre os poucos países capazes de produzir hidrogênio verde em larga escala a preços atrativos. Projeções da BloombergNEF indicam que o custo da produção brasileira de H2V pode chegar a US$ 1,47 por quilo até 2030, colocando o país em posição privilegiada para atender tanto a demanda interna quanto os mercados internacionais.


Hidrogênio verde e neoindustrialização, o Brasil pronto para liderar uma nova revolução energética!
Hidrogênio verde e neoindustrialização, o Brasil pronto para liderar uma nova revolução energética!

Hidrogênio como vetor de descarbonização industrial

Um dos maiores desafios da transição energética global é descarbonizar setores de difícil abatimento de emissões, conhecidos como indústrias de base pesada (hard-to-abate sectors). Nessa lista estão a siderurgia, a produção de fertilizantes, a indústria química e o transporte de cargas pesadas em longa distância.


Essas áreas são responsáveis por uma parcela significativa das emissões de gases de efeito estufa no mundo e, em muitos casos, não podem ser descarbonizadas apenas pela eletrificação direta. É nesse ponto que o hidrogênio verde (H2V) se apresenta como um verdadeiro divisor de águas, oferecendo soluções tecnológicas capazes de transformar cadeias produtivas inteiras.


Na siderurgia, por exemplo, o hidrogênio pode substituir o carvão mineral ou o coque vegetal como agente redutor nos altos-fornos, resultando no chamado “aço verde”. Essa inovação é estratégica porque o setor siderúrgico é hoje um dos maiores emissores industriais de CO₂ no planeta. Países da Europa, pressionados por políticas climáticas rígidas, já iniciaram projetos-piloto em escala industrial para testar essa tecnologia, e clientes globais começam a valorizar produtos com menor pegada de carbono. Para o Brasil, grande produtor de minério de ferro e com vocação exportadora, essa rota representa uma oportunidade única de agregar valor ao produto final, evitando que o país continue preso ao papel de mero exportador de commodities minerais.


Na produção de fertilizantes, a amônia verde – sintetizada a partir do hidrogênio verde – vem ganhando protagonismo no debate internacional. Segundo análise publicada pela Revista FT, essa cadeia desperta crescente interesse de mercados que buscam reduzir emissões em suas bases agrícolas e industriais. A Europa e a Ásia já estudam contratos de importação de amônia verde em larga escala, justamente para descarbonizar setores intensivos em insumos agrícolas e químicos. Para o Brasil, que é um dos maiores consumidores de fertilizantes do mundo e ao mesmo tempo fortemente dependente de importações, investir nessa rota tecnológica pode não apenas abrir portas para exportação, mas também reforçar a soberania energética e agrícola nacional.


O setor de transporte pesado também desponta como um campo fértil para aplicação do hidrogênio. Enquanto veículos leves podem ser atendidos pela eletrificação via baterias de íon-lítio, os modais de grande porte – caminhões de longa distância, ônibus rodoviários, trens e até navios – enfrentam barreiras relacionadas à densidade energética das baterias. Nesse contexto, as células a combustível de hidrogênio surgem como alternativa promissora, já em fase de testes em corredores logísticos internacionais.


Países como Japão e Alemanha investem pesadamente em frotas de ônibus movidos a hidrogênio, e grandes montadoras globais anunciam protótipos de caminhões com essa tecnologia. O Brasil, como país continental, com transporte de cargas altamente dependente do modal rodoviário, teria ganhos expressivos se apostar em corredores verdes de hidrogênio em rotas estratégicas de exportação agrícola e industrial.


Assim, o hidrogênio verde não deve ser visto apenas como mais uma fonte energética, mas como uma ponte estratégica entre a matriz elétrica renovável e as indústrias que não podem ser eletrificadas diretamente. Ele é o elo que conecta o potencial limpo da energia solar, eólica e hídrica brasileira com a realidade concreta de setores industriais intensivos em carbono. E, mais importante, é o instrumento que pode transformar desafios climáticos em oportunidades de desenvolvimento econômico e industrial.


Estratégia de neoindustrialização: P&D, regulação e capacitação

Para transformar o potencial em realidade e não perder espaço na corrida global pelo hidrogênio verde, o Brasil precisa construir não apenas projetos pontuais, mas uma estratégia de Estado que seja consistente, de longo prazo e capaz de articular setor público, iniciativa privada, universidades e investidores internacionais. Essa estratégia deve estar alinhada à agenda de neoindustrialização verde, que vai muito além da simples exportação de moléculas energéticas. Trata-se de estruturar cadeias produtivas completas, gerar empregos qualificados, atrair indústrias de base e posicionar o país como hub tecnológico global.


Três eixos centrais são fundamentais para dar sustentação a essa visão:


1. Incentivo robusto a P&D e inovação

A pesquisa e o desenvolvimento tecnológico (P&D) são a base de qualquer política industrial sólida em setores emergentes. O Brasil já demonstra passos importantes nesse sentido. Em 2025, o país obteve a 1ª colocação entre 26 países participantes em uma chamada internacional de hubs de hidrogênio, o que abre caminho para a captação de recursos concessionais da ordem de US$ 250 milhões voltados para apoiar projetos de H2V e acelerar a descarbonização industrial. Essa conquista não apenas confere visibilidade, mas demonstra capacidade institucional de liderar a agenda em escala global.


Para além do acesso a recursos, é fundamental que o país invista em mapear rotas de produção regionais, identificando vocações energéticas específicas (como o potencial eólico no Nordeste ou a solar no Centro-Oeste), e que estabeleça centros de eletrolisadores e inovação aplicada. Essa integração deve estar ancorada em parcerias com universidades, institutos de pesquisa e empresas do setor. Como destaca estudo do Ipea, o fortalecimento de ecossistemas locais de inovação é decisivo para evitar que o Brasil fique restrito ao papel de exportador e consiga, de fato, internalizar tecnologia, gerar know-how e criar valor.


2. Regulação clara, incentivos e segurança jurídica

Nenhum investidor colocará capital em projetos de grande porte sem previsibilidade regulatória. A ausência de um marco legal específico é hoje um dos maiores gargalos ao desenvolvimento do mercado de hidrogênio no Brasil. É urgente avançar em legislações como o PL 725/2022, que busca inserir o hidrogênio de forma explícita na matriz energética nacional e reconhecê-lo como combustível estratégico.


Além disso, o Brasil precisa criar mecanismos claros de estímulo ao mercado: incentivos fiscais específicos, linhas de crédito verde com juros diferenciados, mecanismos de garantia de compra (os chamados offtake agreements) e até mesmo leilões dedicados ao hidrogênio e seus derivados. Essas ferramentas já são aplicadas em outros países para viabilizar economicamente os primeiros grandes projetos, reduzindo riscos e atraindo capital privado. Sem um ambiente regulatório estável e atrativo, dificilmente o Brasil conseguirá competir com hubs internacionais que já oferecem pacotes robustos de incentivos e segurança jurídica.


3. Capacitação técnica e formação de mão de obra (a expandir depois)

(O próximo passo seria trabalhar esse terceiro eixo sobre qualificação profissional e educação técnica de forma igualmente detalhada, para fechar a tríade P&D, regulação e capacitação).


4. Formação e qualificação técnica

Sem mão de obra habilitada, projetos em escala vão enfrentar grave escassez de profissionais. É vital desenvolver programas de formação técnica e universitária focados nas etapas da cadeia: operação de eletrolisadores, sistemas de compressão, transporte, armazenamento e manutenção.


A articulação entre indústria, governo e instituições de ensino superior será decisiva para formar um “polo nacional de competências em hidrogênio”.


Casos internacionais que inspiram

O hidrogênio verde já não é apenas um conceito em estudos acadêmicos ou protótipos de laboratório. Em várias partes do mundo, ele se transformou em política de Estado, com investimentos bilionários, marcos regulatórios definidos e estratégias industriais que conectam inovação, geração de empregos e competitividade global. Alguns exemplos se destacam e servem de referência para o Brasil.


No Chile, o governo vem apostando de forma ousada em projetos localizados no Deserto do Atacama, uma das regiões com maior índice de irradiação solar do planeta. A ideia é aproveitar esse diferencial para produzir hidrogênio a custos extremamente competitivos e consolidar o país como exportador de moléculas limpas para mercados exigentes, como o europeu e o asiático. Além da abundância solar, o Chile estruturou uma política clara de atração de investimentos, estabelecendo metas de produção e criando um plano nacional para hidrogênio verde, o que aumenta a confiança dos investidores internacionais.


A Alemanha, por sua vez, assume uma posição distinta, mas igualmente estratégica. Reconhecendo que não dispõe de recursos renováveis suficientes para atender sua própria demanda, o país optou por se tornar um importador global de hidrogênio. Para isso, investe em acordos bilaterais e parcerias com países produtores, inclusive no Brasil, além de financiar o desenvolvimento tecnológico doméstico para uso do H2 em setores industriais e de transporte. Essa postura pragmática mostra que, mesmo sem vantagens naturais, é possível se posicionar como liderança global com base em política externa ativa e visão de longo prazo.


O Japão é outro caso emblemático. Pioneiro na criação de uma estratégia nacional de hidrogênio — a Basic Hydrogen Strategy — o país estabeleceu metas claras para uso da molécula em setores de mobilidade e energia. Ônibus, caminhões e até mesmo frotas de veículos leves movidos a célula a combustível já circulam em cidades japonesas. Além disso, o governo incentiva projetos-piloto em geração elétrica com hidrogênio e fomenta parcerias internacionais para garantir fornecimento seguro. O Japão demonstra como a clareza de metas e investimentos consistentes em P&D podem acelerar a entrada de novas tecnologias no cotidiano da população.


Esses exemplos têm um ponto em comum: onde há compromisso regulatório, estratégia de longo prazo e políticas consistentes de incentivo, o hidrogênio verde deixa de ser promessa distante e se converte em motor real de competitividade econômica. Para o Brasil, observar essas experiências não significa copiá-las, mas sim adaptar as melhores práticas às suas condições singulares uma matriz elétrica já predominantemente renovável e uma abundância de recursos naturais que poucos países possuem.


Desafios a serem superados

Se o Brasil apresenta vantagens competitivas inquestionáveis para liderar a agenda do hidrogênio verde, também é verdade que existem barreiras relevantes a serem enfrentadas. Ignorá-las seria subestimar a complexidade dessa transição. O sucesso do H2V no país dependerá da capacidade de superar quatro grandes desafios estruturais.


O primeiro deles é o custo de produção. Embora o Brasil tenha uma matriz elétrica limpa e abundante, a produção de hidrogênio em escala comercial ainda envolve altos custos de investimento (CAPEX) em eletrolisadores e sistemas de purificação. Além disso, é necessário garantir acesso contínuo a fontes renováveis com alta disponibilidade, para evitar períodos de intermitência que possam comprometer a competitividade. A redução desses custos depende tanto da inovação tecnológica quanto de políticas de incentivo que viabilizem os primeiros grandes projetos.


Outro desafio está na infraestrutura de transporte e logística. Para consolidar o hidrogênio como commodity global, será preciso investir em gasodutos, unidades de liquefação, plantas de amônia verde e portos adaptados para exportação. Sem essa infraestrutura, mesmo que a produção avance, haverá dificuldades em escoar a oferta para os mercados consumidores, sobretudo a Europa e a Ásia. Planejar essa rede logística desde já é essencial para não transformar uma vantagem natural em um gargalo estrutural.


A concorrência internacional também é um ponto de atenção. Países como Chile, Arábia Saudita e Austrália já se posicionam agressivamente como hubs globais de produção e exportação de hidrogênio, com pacotes robustos de incentivos e infraestrutura em rápida expansão. Isso significa que o Brasil não pode se dar ao luxo de avançar lentamente. A disputa por investimentos e contratos de fornecimento já começou, e quem chegar primeiro ocupará os mercados mais estratégicos.


Por fim, há o tema do escalonamento e financiamento. Projetos de hidrogênio verde em grande porte demandam bilhões de dólares em investimento, exigindo não apenas robustez financeira, mas também estabilidade regulatória. Nenhum investidor se arriscará em um setor sem clareza sobre regras, tributação, incentivos e garantias de demanda. Criar um ambiente de confiança é tão importante quanto a própria tecnologia.


Apesar de todos esses obstáculos, o Brasil já mostra sinais de liderança. O país foi destaque em chamadas internacionais para hubs de hidrogênio e poderá acessar fundos internacionais de até US$ 250 milhões para apoiar projetos voltados à descarbonização industrial. Esse reconhecimento internacional é uma prova de que temos potencial, mas também um alerta de que precisamos agir rápido para não desperdiçar uma janela de oportunidade que pode não se repetir.


O momento do Brasil é agora

O Brasil não pode se contentar em ser apenas um exportador de moléculas de hidrogênio verde. Temos todos os fatores para ir muito além: uma matriz elétrica majoritariamente renovável, abundância de recursos naturais, experiência acumulada em energias limpas e uma visibilidade internacional que nos coloca no centro da transição energética global.


Mas, se quisermos de fato assumir protagonismo, precisamos transformar essa vantagem comparativa em uma estratégia de Estado para a neoindustrialização verde.

Isso significa atrair indústrias, desenvolver tecnologia nacional, formar mão de obra altamente qualificada e garantir que o hidrogênio seja um vetor de valor agregado, e não apenas uma commodity a ser exportada. É nesse ponto que reside a minha convicção: o hidrogênio verde não é apenas uma solução climática, ele pode ser o motor de uma nova revolução industrial no Brasil, capaz de reposicionar o país nas cadeias globais de valor e gerar desenvolvimento de longo prazo.


O desafio é, de fato, gigantesco. Mas se não aproveitarmos agora essa janela histórica, corremos o risco de ver outros países ocuparem o espaço que naturalmente poderia ser nosso. O Brasil tem nas mãos a oportunidade de escrever um novo capítulo da sua história energética e industrial. E, na minha opinião, não se trata de “se” vamos trilhar esse caminho, mas de “quando” teremos coragem política e visão estratégica para fazê-lo.


Sobre a autora 

Laís Víctor é especialista em energias renováveis e diretora executiva de parcerias, com 14 anos de atuação no setor de energia. Sua atuação inclui o desenvolvimento de negócios, estruturação de alianças estratégicas e apoio à atração de investimentos para projetos de transição energética, com foco na construção de ecossistemas sustentáveis e inovação no mercado global de renováveis. 


Hidrogênio verde e neoindustrialização, o Brasil pronto para liderar uma nova revolução energética!

Foxess-300x300-1.gif
Solis-300x300-1.gif
SOLUÇÕES PARA FIXAÇÃO (715 x 115 px) (120 x 600 px).gif
120x600.gif
Brazil_Web-Banner_120 × 600.gif
120x600 Thopen.gif
120 × 600.gif
EnergyChannel
EnergyChannel Brasil

Canal Internacional
Correspondentes dedicados em cada nação.

Nossos Serviços:
  • Presença digital abrangente em 10 países, com site e aplicativo
  • Transmissão de TV e WEBTV Internacional
  • Anuário de Inovações Energéticas Internacional
  • EnergyChannel Academy

Nossos canais:
Global
China
Itália
México
Brasil
Índia
França
Alemanha
Estados Unidos
Coreia do Sul  

Acompanhe-nos para se manter informado sobre as últimas inovações e tendências no setor energético!
Central de Relacionamento

Telefone e WhatsApp
+55 (11) 95064-9016
 
E-mail
info@energychannel.co
 
Onde estamos
Av. Francisco Matarazzo, 229 - conjunto 12 Primeiro Andar - Bairro - Água Branca | Edifício Condomínio Perdizes Business Center - São Paulo - SP, 05001-000
QuiloWattdoBem
Certificações
Empresa associada ao QuiloWattdoBem
www.quilowattdobem.com.br
Saiba Mais

Quem Somos

Guia do Consumidor

Assinatura


Fale Conosco

Ajuda


Mapa do Site
Links Relacionados

Notícias

Sustentabilidade

Energia Renovável


Mobilidade Elétrica

Hidrogênio

Armazenamento de Energia

​​

EnergyChannel Group - Especializada em notícias sobre fontes renováveis

Todos os direitos reservados. |  Av. Francisco Matarazzo, 229 - conjunto 12 Primeiro Andar - Bairro - Água Branca | Edifício Condomínio Perdizes Business Center - São Paulo - SP, 05001-000

bottom of page