Impacto da IA acelera transformação nos data centers e Brasil enfrenta barreiras
- EnergyChannel Brasil
- há 23 minutos
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A rápida adoção de soluções de inteligência artificial está impondo uma mudança estrutural no design e na operação de data center's, elevando demandas por energia, refrigeração, segurança e escalabilidade.

O cenário é promissor, mas o Brasil ainda precisa superar gargalos regulatórios e infraestrutura limitada para se posicionar como destino competitivo para investimentos internacionais. A avaliação é de Reinaldo Nakamitsu, Diretor de Engenharia e Construção de Data Centers da Engemon, em análise recente sobre o avanço dessa tecnologia e seus impactos no setor.
Segundo Nakamitsu, a explosão da IA generativa e dos modelos de larga escala já exige ambientes com altíssima densidade energética, arquiteturas mais inteligentes e operações automatizadas. “Não estamos falando apenas de um upgrade técnico.
A inteligência artificial está redesenhando a espinha dorsal dos data centers. Projetos hoje precisam prever escalabilidade acelerada, resiliência e integração total entre sistemas críticos, algo que há poucos anos não estava no horizonte de forma tão urgente”, destaca.
IA aumenta pressão por energia e refrigeração avançada
A demanda por clusters de alta performance tem expandido a necessidade de soluções térmicas inovadoras, como refrigeração líquida, e ampliado o uso de sensores, automação e análises preditivas para garantir eficiência operacional.
“Um data center preparado para cargas de IA não opera mais com margens convencionais. Ele requer monitoramento contínuo, infraestrutura flexível e capacidade de suportar densidades energéticas muito acima da média do mercado atual”, afirma o diretor.
Brasil avança, mas ainda não é competitivo globalmente
Embora o país tenha dado passos importantes na expansão da capacidade instalada e na consolidação de um ecossistema digital robusto, a disputa global por grandes players de tecnologia esbarra em limitações estruturais.
Nakamitsu explica que há entraves claros no ambiente regulatório e na disponibilidade de energia de qualidade em regiões estratégicas. “O Brasil tem potencial, tem demanda e tem capital humano. Mas ainda enfrentamos uma burocracia pesada para aprovações, além de limitações de infraestrutura energética em regiões que poderiam receber grandes campuses de data centers. Isso afasta investimentos que hoje migram para mercados mais previsíveis e eficientes”, observa.
Oportunidade de liderança, se o país avançar rapidamente
Com a intensificação da IA, países capazes de entregar energia estável, incentivos competitivos e velocidade nas licenças estão capturando o movimento global e o Brasil precisa acelerar.
“Se quisermos atrair hyperscalers e investimentos bilionários, precisamos alinhar política pública, modernização regulatória e expansão de infraestrutura. A janela de oportunidade está aberta agora, e quem se mover rápido terá vantagem estratégica nos próximos anos”, completa.
Engemon reforça compromisso com a inovação
A Engemon, que já atua no desenvolvimento e construção de data centers de alta complexidade no país, segue investindo em tecnologias voltadas a eficiência energética, automação e projetos adaptados à nova realidade da IA.
“Nosso foco é entregar engenharia de precisão, com soluções que combinem robustez técnica e visão de futuro. A IA não é uma tendência passageira; ela redefinirá o setor nos próximos ciclos. Estamos preparados para liderar essa transformação”, conclui Nakamitsu.
Impacto da IA acelera transformação nos data centers e Brasil enfrenta barreiras








