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O aquecimento global e o preço da indiferença

O aquecimento global deixou de ser um alerta distante para se tornar o centro das transformações que definem o presente. O aumento da temperatura média da Terra, provocado principalmente pela queima de combustíveis fósseis e pelo desmatamento, tem acelerado de forma preocupante. Desde a Revolução Industrial, a temperatura média global já subiu cerca de 1,5 °C, e os efeitos desse desequilíbrio estão cada vez mais visíveis em todos os continentes e em todos os setores da economia.


O aquecimento global e o preço da indiferença
O aquecimento global e o preço da indiferença

O planeta em desequilíbrio


Ondas de calor extremas, secas prolongadas, enchentes devastadoras e incêndios florestais não são mais eventos isolados. Eles se tornaram sintomas de um sistema climático que perdeu estabilidade. Em 2024, o mundo registrou recordes históricos de temperatura em mais de 30 países, e a Organização Meteorológica Mundial já alerta que os próximos cinco anos poderão ser os mais quentes da história.


Essas mudanças climáticas afetam diretamente a segurança alimentar, a disponibilidade de água, a saúde pública e a infraestrutura urbana. O degelo das calotas polares e o aumento do nível do mar ameaçam cidades costeiras, enquanto a perda de biodiversidade reduz a capacidade dos ecossistemas de regular naturalmente o clima.


Impactos econômicos e sociais


Os impactos econômicos do aquecimento global já se traduzem em perdas bilionárias anuais. A agricultura, por exemplo, sofre com a redução da produtividade e a escassez hídrica, afetando a oferta de alimentos e elevando preços. O setor energético enfrenta desafios para garantir fornecimento em meio a eventos climáticos extremos. E as empresas precisam lidar com riscos de cadeia de suprimentos, danos a ativos físicos e pressão crescente de investidores e consumidores por práticas sustentáveis.


Segundo o relatório The Global Risks Report 2025 do Fórum Econômico Mundial, os riscos ambientais estão entre os cinco maiores desafios globais da próxima década, com potencial de afetar mais vidas e economias do que qualquer crise financeira.


No campo social, as consequências são ainda mais profundas: o deslocamento climático já força milhões de pessoas a migrarem anualmente. A desigualdade se amplia, já que os países e comunidades mais pobres são os mais vulneráveis aos efeitos das mudanças do clima, apesar de serem, em tese, os que menos contribuem para o problema.


A transição necessária


Diante desse cenário, a transição para uma economia de baixo carbono é inevitável e urgente. Não se trata apenas de preservar o planeta, mas de garantir competitividade e sobrevivência. Países e empresas que compreenderam essa nova lógica estão investindo em inovação verde, energia renovável, economia circular e tecnologias limpas.


No Brasil, uma das matrizes energéticas mais sustentáveis do mundo oferece uma vantagem estratégica, mas o desafio é ampliar o investimento em inovação climática e em políticas públicas que acelerem a descarbonização da indústria, do transporte e da agricultura. Iniciativas como o Programa MOVER e o Rota 2030 demonstram que é possível alinhar política industrial e sustentabilidade, fortalecendo cadeias produtivas com foco em inovação e transição ecológica.


Do discurso à ação


O aquecimento global é, antes de tudo, um problema de governança e decisão. Reduzir emissões, proteger florestas, investir em tecnologias limpas e adaptar infraestruturas não são apenas pautas ambientais, são decisões estratégicas. Cada empresa, gestor público e cidadão desempenha um papel fundamental neste processo.


Apesar das evidências científicas serem contundentes, ainda existem pessoas e governos que insistem em negar o aquecimento global.


O negacionismo climático, muitas vezes sustentado por interesses econômicos, ideológicos ou desinformação, mina o avanço de políticas eficazes e retarda a adoção de soluções urgentes. Essa postura não apenas ignora o consenso de mais de 97% dos cientistas do clima no mundo, como também compromete gerações futuras ao adiar decisões que poderiam mitigar os impactos já em curso. Negar o aquecimento global hoje é o equivalente a fechar os olhos diante de uma enchente. Esta atitude não impede que a água suba, apenas atrasa a resposta que poderia salvar vidas e preservar o planeta.


A inação tem um custo alto. A transformação, ainda que desafiadora, pode ser uma oportunidade sem precedentes de reconfigurar economias, gerar empregos verdes e atuar como protagonista na agenda climática global.


O Brasil assumirá um papel de destaque ao sediar a conferência 2025 Conference of Parties (COP30), que ocorrerá na cidade de Belém (Pará) de 10 a 21 de novembro de 2025. O evento reunirá líderes mundiais, negociadores, representantes da sociedade civil e setor privado para discutir ações contra o aquecimento global, redução de emissões e outros temas ambientais. Ser a sede de uma COP na Amazônia dá ao Brasil uma oportunidade singular de vincular a conservação florestal, a bioeconomia e o papel estratégico da região à agenda global de clima, ao mesmo tempo em que expõe desafios logísticos e simbólicos relativos à infraestrutura, inclusão internacional e credibilidade ambiental.


Em suma, o futuro será definido não por quanto entendemos o problema, mas por quanto agimos diante dele. O aquecimento global não é uma previsão é o presente que insiste em nos cobrar uma resposta.


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