O Momento Mais Importante da História do Setor Elétrico – E não é um debate sobre riquezas e privilégios. MP 1.304 e suas narrativas.
- EnergyChannel Brasil
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Por Renato Zimmermann
A geração distribuída (GD) representa uma revolução silenciosa no setor elétrico: casas, escolas, hospitais, propriedades rurais e até comunidades isoladas passam de consumidoras a produtoras de energia.

Painéis solares, pequenas turbinas, baterias de armazenamento e sensores inteligentes conectados à rede transformam telhados em usinas, dados em inteligência, e consumo em autonomia. No entanto, um ataque sorrateiro a esse modelo vem se consolidando no Brasil, sustentado por uma narrativa falsa a de que gerar energia é coisa de rico, e que o pobre “acabará pagando a conta”.
Essa narrativa foi habilmente construída para manter os interesses dos grandes impérios financeiros do setor elétrico. Se qualquer brasileiro poderia instalar painéis, gerar sua própria energia e reduzir sua dependência da rede centralizada, o poder das distribuidoras e geradoras ficaria ameaçado. A GD democratiza energia e é disruptivo ao modelo tradicional, e isso gera pânico entre os que lucram com o controle de redes, tarifas e histórias públicas de “subsídios ocultos”.
O verdadeiro objetivo dessa narrativa anti‑GD é claro: manter o cidadão dependente de um sistema elétrico centralizado, controlado por poucos, lentificado por subsídios opacos e vulnerável a apagões e crises. A revolução da microrrede, das redes inteligentes e resilientes, do armazenamento, da produção local de energia não interessa a quem lucra com crise energética. Precisamos defender que o modelo seja multipolar milhões de pequenas usinas em telhados, propriedades rurais, cooperativas e não monolítico.
Se perdermos essa chance, o Brasil seguirá refém: altas tarifas, baixa participação, desempoderamento energético e atraso tecnológico.
A geração distribuída representa justiça social, transparência, resiliência e inovação.
Em resumo: este não é debate sobre riquezas ou privilégios é sobre a liberdade de produzir a própria energia, é sobre inclusive acesso, é sobre equidade. O momento exige a voz de todos não só dos poderosos.
A geração distribuída é o futuro. E devemos lutar para que seja uma realidade para todos, não apenas para alguns. Vamos olhar para a Medida Provisória 1.304 que sorrateiramente poderá acabar com este futuro energético justo, descarbonizado e democratizado.
Renato Zimmermann – Desenvolvedor de Negócios Sustentáveis e Ativista da Transição Energética
O Momento Mais Importante da História do Setor Elétrico – E não é um debate sobre riquezas e privilégios. MP 1.304 e suas narrativas.


























