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Parceria entre Ministério de Minas e Energia e Rosatom levanta questionamentos sobre os riscos da energia nuclear no Brasil

Recentemente, o Governo Federal anunciou a assinatura de um acordo de cooperação com a estatal russa Rosatom, com o objetivo de impulsionar a expansão da energia nuclear no Brasil. A iniciativa, que promete modernizar e ampliar a matriz energética brasileira com tecnologia de ponta, também desperta uma série de questionamentos sobre os riscos associados a essa fonte de energia, especialmente em um país que possui alternativas sustentáveis e menos arriscadas.


Parceria entre Ministério de Minas e Energia e Rosatom levanta questionamentos sobre os riscos da energia nuclear no Brasil
Parceria entre Ministério de Minas e Energia e Rosatom levanta questionamentos sobre os riscos da energia nuclear no Brasil

Seja para quem defende a tecnologia, ou para aqueles preocupados com os desafios, as questões permanecem: qual o real custo-benefício de apostar na energia nuclear, diante dos inúmeros riscos já identificados globalmente? Afinal, o que aprendemos até hoje sobre os acidentes com usinas nucleares, vazamentos de radiação e problemas de segurança que, apesar de controlados na maioria das vezes, ilustram os percalços de uma tecnologia potencialmente perigosa?


Riscos ambientais e de segurança nuclear


A história registra acidentes graves em usinas nucleares, como Chernobyl, Fukushima e Three Mile Island, que evidenciam os riscos de vazamentos radioativos com consequências devastadoras para o meio ambiente e a saúde pública. Para se proteger contra acidentes, o Brasil precisaria investir bilhões em sistemas de segurança avançados, além de garantir o gerenciamento de resíduos altamente perigosos por décadas, uma tarefa complexa e com riscos de contaminação permanente.


Embora o acordo preveja o desenvolvimento de tecnologias mais seguras, a realidade mostra que imprevistos sempre existem, e que um desastre nuclear poderia afetar milhões de brasileiros, especialmente em regiões próximas às futuras usinas. A questão é: o custo de uma possível acidente vale o risco que estamos dispostos a correr?


Corrupção, obras superfaturadas e insegurança na gestão


Outro ponto preocupante é o histórico brasileiro de obras públicas mal administradas, com desvios de recursos, superfaturamentos e obras paralisadas. Grandes projetos como hidrelétricas e linhas de transmissão estão frequentemente marcados por escândalos e má gestão. A construção de usinas nucleares não estaria imune a esses problemas?


A centralização de recursos em grandes obras de infraestrutura aumenta o risco de corrupção e desvio de valores. Essa tendência já é vista em outros projetos de enorme porte no setor de energia, levantando dúvidas sobre se o Brasil realmente está preparado para garantir transparência, fiscalização rígida e eficiência na execução dessas obras de alta complexidade e custo.


A questão da sustentabilidade e alternativas renováveis


Com toda a sua potencialidade, a energia nuclear também levanta questões sobre sustentabilidade e sua compatibilidade com o cenário de crescente adoção de fontes renováveis, como solar e eólica. Em um país com abundância de recursos solares e eólicos, será que não seria mais inteligente investir de forma mais robusta nessas fontes, que apresentam menor risco ambiental, menor perigo de acidentes e maior potencial de descentralização?


Por que continuar apostando em uma tecnologia que requer controles rigorosos, gera resíduos radioativos de difícil tratamento e está sujeita a crises internacionais, como a dependência da Rússia neste momento? Além disso, o risco de queda de braços políticos, sob suspeitas de interesses econômicos e políticos por trás de grandes obras, não deveria ser mais uma preocupação dos brasileiros?


Descentralização e geração distribuída: o caminho para um Brasil mais seguro?


Outra reflexão importante é sobre o modelo de geração de energia no país. Por que não priorizar uma estratégia de descentralização? A expansão de redes menores, mais independentes, com geração distribuída em residências e pequenas empresas, poderia reduzir perdas de transmissão, aumentar a segurança e democratizar o acesso à energia. Assim, o Brasil poderia evitar a concentração de poder e de riscos em uma fonte centralizada, como a nuclear.


Conclusão: vale a pena apostar na energia nuclear?


Com tantas opções renováveis à disposição, o Brasil precisa refletir se investir em energia nuclear é, de fato, o caminho mais seguro, sustentável e eficiente para garantir seu futuro energético. Além dos riscos ambientais, de segurança e de corrupção já destacados, o próprio cenário internacional demonstra que a tecnologia nuclear exige um controle rigoroso, recursos elevados e uma gestão transparente — elementos que muitas vezes escorregam na prática.


Diante de uma crise climática global, de avanços em energia limpa e de um crescente debate sobre a segurança, a autonomia e a sustentabilidade, será que o Brasil não deveria priorizar alternativas mais simples, baratas e seguras? Ou estamos apenas apostando em uma tecnologia que, por mais moderna e tecnologicamente avançada que seja, ainda carrega perigos que podem colocar em risco o futuro do próprio país?


Perguntas que não podem ficar sem resposta.

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