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SMA Grid Integration Executive Summit 2025 reúne líderes e expõe revolução tecnológica na estabilidade do sistema elétrico brasileiro

Por Ricardo Honório | Especial para o EnergyChannel


São Paulo, 02 de dezembro de 2025

Num momento em que o sistema elétrico brasileiro enfrenta a maior transformação tecnológica desde a expansão hidrelétrica, o SMA Grid Integration Executive Summit 2025 reuniu, em São Paulo, algumas das principais lideranças do setor elétrico, especialistas internacionais, representantes do governo federal, ONS, empresas de tecnologia e investidores.


SMA Grid Integration Executive Summit 2025 reúne líderes e expõe revolução tecnológica na estabilidade do sistema elétrico brasileiro
SMA Grid Integration Executive Summit 2025 reúne líderes e expõe revolução tecnológica na estabilidade do sistema elétrico brasileiro

A pauta central: estabilidade de rede, armazenamento de energia, inversores grid forming, cybersegurança e o avanço regulatório necessário para que o Brasil sustente sua transição energética com segurança e competitividade.


O evento, promovido pela SMA Solar Technology, tornou-se rapidamente um dos encontros mais estratégicos do ano não como uma vitrine de produtos, mas como um fórum técnico de alto nível para discutir o futuro da operação elétrica em um país que já ultrapassa 90% de geração renovável instantânea em diversos períodos.


A nova espinha dorsal do sistema elétrico: eletrônica de potência com papel protagonista



O presidente da ABSAE, Markus Vlasits, abriu os debates reforçando que o Brasil está vivendo um ponto de inflexão na operação elétrica:

“O inversor se tornou o coração do sistema elétrico moderno tanto para renováveis quanto para armazenamento. Ele deixa de ser apenas um conversor e passa a ser peça estratégica para autonomia do consumidor, segurança energética e modicidade tarifária.”

Vlasits destacou que os desafios atuais resposta a perturbações, suporte à estabilidade, capacidade de curto-circuito e inércia sintética fazem dos inversores atores centrais da nova rede elétrica. A ABSAE defendeu que "grid forming" não é mais futuro: é uma necessidade imediata.


Pontos-chave trazidos por Markus Vlasits:

  • Inversores passam a cumprir funções históricas de máquinas síncronas.

  • A estabilidade deixa de ser um efeito natural da geração convencional e passa a ser “prestada” pela eletrônica de potência.

  • Debate sobre autonomia energética e tarifas precisa considerar tecnologia de controle avançado.

  • Equipamentos de fabricantes globais como SMA tornam-se parte estratégica da segurança energética.


Cibersegurança: a nova fronteira da infraestrutura crítica



Num setor cada vez mais digitalizado, a proteção cibernética ganhou destaque especial.Luiz Fernando Moraes da Silva, diretor de Cibersegurança do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, alertou para a crescente exposição dos sistemas de energia:

“Descarbonização, digitalização e descentralização trazem uma nova camada de risco. A infraestrutura elétrica passa a ser também uma infraestrutura digital. O governo está avançando em políticas, normativos e ações concretas para proteger o setor.”

Luiz Fernando destacou que o governo está trabalhando em:

  • Políticas nacionais de cibersegurança voltadas ao setor elétrico;

  • Padronização de requisitos mínimos para ativos digitais de energia;

  • Integração entre operadores, governo e empresas privadas para troca de inteligência;

  • Apoio à criação de padrões para redes híbridas de TI e OT, cada vez mais comuns em plantas renováveis.


Quando a rede perde inércia: o alerta técnico sobre o novo sistema elétrico



O consultor e referência nacional em sistemas elétricos, José Marangon, trouxe uma explicação crucial para entender o momento do setor:

“Estamos migrando de um sistema baseado em máquinas síncronas para um sistema baseado em inversores. Isso muda tudo.”

Marangon lembrou que:

  • A redução da inércia e da corrente de curto-circuito está por trás de eventos reais, como os apagões de agosto de 2023.

  • Inversores convencionais não oferecem naturalmente as mesmas funções de estabilização que turbinas girantes oferecem.

  • A tecnologia grid forming da SMA e de outros fabricantes já é capaz de suprir parte dessas lacunas, oferecendo inércia sintética, contribuição de corrente de falta e suporte avançado à estabilidade transitória.

“Essa tecnologia não é apenas desejável ela é necessária para que a rede continue estável com a penetração massiva das renováveis.”

Mercado, regulação e a experiência internacional: o que o Brasil precisa aprender



O painel com Aaron Gerdemann, líder global de novos negócios da SMA, trouxe um panorama claro: o mundo não está fazendo ajustes está vivendo uma revolução energética.

“É uma revolução, não uma transição gradual. O Reino Unido, por exemplo, criou um mercado aberto para compra de estabilidade. Fabricantes e investidores podem ofertar soluções tecnológicas para manter a rede segura. O Brasil deve seguir esse caminho.”

Aaron detalhou casos da Austrália, Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido, onde:

  • A estabilidade se tornou um serviço remunerado, não uma consequência da geração;

  • Sistemas BESS grid forming substituem usinas térmicas em funções de estabilidade;

  • A regulação evoluiu mais rápido do que a expansão de renováveis — o oposto da realidade latino-americana.

SMA: experiência global e ambição de liderar o mercado brasileiro



O gerente de vendas da SMA no Brasil, Henrique Almeida, reforçou que o evento foi pensado como um fórum técnico, e não comercial:

“O objetivo foi compartilhar conhecimento global sobre estabilidade de rede. Sistemas de controle, comunicação, redundância cibernética tudo isso passa a ser tão importante quanto o inversor em si.”

Henrique destacou:

  • O Power Plant Manager da SMA como núcleo digital do sistema;

  • A crescente demanda por segurança cibernética integrada à automação das usinas;

  • A preocupação dos clientes com a complexidade técnica dos projetos de estabilidade;

  • A importância de ter parceiros experientes:

    “A SMA é hoje a empresa com maior experiência global em serviços ancilares para estabilidade de rede.”


ONS: aproximação com a indústria é crucial para o futuro


Representando o Operador Nacional do Sistema (ONS), André Della Rocca Medeiros destacou o valor do encontro:



“Eventos como este ajudam o ONS a se aproximar da indústria de baterias e inversores avançados. Precisamos entender profundamente as características e possibilidades desses equipamentos para operá-los com segurança.”

André reforçou:

  • O ONS está estudando experiências internacionais para adaptar requisitos técnicos brasileiros;

  • A regulação impacta diretamente a decisão de investimento em armazenamento;

  • Baterias com controle avançado serão parte integrante da operação do sistema no futuro próximo.


Cibersegurança na prática: vulnerabilidade e risco para sistemas elétricos


O CEO da Vultus CyberSecurity, Alexandre Brum, apresentou dados inéditos sobre risco digital no setor elétrico brasileiro:

“O setor vive um descompasso entre a evolução da TI e da OT. Isso cria superfícies de ataque perigosas. É fundamental integrar segurança desde a concepção dos projetos.”


Entre os principais achados:

  • O setor elétrico brasileiro está entre os mais atrativos para atacantes por seu valor estratégico;

  • Vulnerabilidades crescem com redes híbridas, inversores conectados e sistemas SCADA expostos;

  • A indústria precisa avançar em monitoramento, criptografia, hardening e políticas de compliance.


Mercado responde: empresas buscam tecnologia para estabilidade imediata



Para Carlos Café, fundador da Aevo Energia, o Brasil vive um momento crítico:

“Estabilidade de rede é hoje o tema mais moderno das redes elétricas do mundo. A SMA é pioneira. Estamos aqui para aprender e replicar soluções reais no Brasil.”

Ele reforçou que os estudos apresentados mostram aplicações já consolidadas na Alemanha, Austrália e Inglaterra e que o Brasil precisa acelerar.


Modelagem, simulação e rigor técnico: o novo padrão exigido para o setor


O engenheiro da SMA, Bruno Furtado, destacou que o desafio agora não é apenas construir sistemas de bateria, mas provar matematicamente que eles funcionam em condições extremas:



“O Brasil está seguindo o caminho de mercados avançados. Equipamentos precisam atender requisitos rigorosos, e a performance simulada deve ser comprovada em campo. Esse é o grande desafio dos projetos.”

Bruno apontou:

  • A necessidade de modelos detalhados e validados junto ao ONS;

  • Requisitos de grid forming que exigem tecnologia madura;

  • Possibilidade de empilhamento de receitas para viabilizar economicamente os projetos.


SMA na América Latina: educação, transferência tecnológica e impacto social



Em entrevista exclusiva ao Power Storage Show (EnergyChannel), apresentada por Peter Salles Geib, o gerente geral da SMA na América do Sul, Daniel Rosende, enfatizou que a educação técnica e a transferência de conhecimento são pilares do desenvolvimento regional:

“Transferência tecnológica não é só importar equipamentos. É treinar pessoas, capacitar instaladores, formar equipes locais. Sem isso, não há transição energética justa.”

Rosende detalhou:

  • Programas contínuos de treinamento técnico com parceiros no Brasil, Chile e México;

  • A importância de alinhar tecnologia com normas internacionais e locais;

  • O compromisso da SMA em apoiar projetos-piloto e replicar modelos globais bem-sucedidos na região.

Sobre o mercado brasileiro, Rosende foi enfático:

“O Brasil é um dos maiores mercados energéticos do mundo. O potencial é enorme, mas a regulação precisa evoluir para permitir estabilidade e segurança com alta penetração renovável.”

Ele também revelou casos de sucesso da SMA no Brasil, como:

  • Gestão de demanda em indústria de grande porte (Coca-Cola);

  • Showroom de estabilidade em Brasília;

  • Primeiro sistema de irrigação off-grid com solar + baterias + térmica da América Latina.


Conclusão: o Brasil está pronto falta acelerar regulatórios e integrar tecnologia


O SMA Grid Integration Executive Summit 2025 deixou claro que o país tem:

  • Mercado;

  • Competência técnica;

  • Experiência internacional disponível;

  • Fabricantes prontos para entregar soluções avançadas.


O que falta é sincronizar regulação, investimento e implementação técnica para que o Brasil lidere a próxima etapa da transição energética global.

E, como resumiu Aaron Gerdemann na plenária final:

“O futuro do setor elétrico não será uma adaptação será uma reinvenção.”

Rodrigo Cardoso Gatti - Gerente Geral da SMA Brasil

SMA Grid Integration Executive Summit 2025 reúne líderes e expõe revolução tecnológica na estabilidade do sistema elétrico brasileiro

6 comentários

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Mauricio
05 de dez.
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Um post incrível completo e recheado de detalhes, obrigado SMA.

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Valdo
04 de dez.
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Muito interessante, o evento da SMA cobriu detalhes especiais sobre grid, tecnologia, e segurança, parabéns SMA.

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Lucas
04 de dez.
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Ótimo evento parabéns pessoal.

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Paula Ramos
04 de dez.
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Muito bom pessoal, evento incrível, com toda certeza a tecnologia da SMA faz a diferença para a transição energética.

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Claudio Santos
04 de dez.
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Boa tarde, concordo material incr'vel, parabéns a SMA empresa de alta qualidade.

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