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INEL alerta para momento decisivo no setor elétrico e defende fortalecimento da geração distribuída e do armazenamento de energia

Em entrevista exclusiva ao EnergyChannel, o presidente do Instituto Nacional de Energia Limpa (INEL), Héber Galarce, fala sobre a Medida Provisória 1304/2025, os desafios da matriz elétrica brasileira e o papel das fontes renováveis na modicidade tarifária e autonomia do consumidor.



O setor elétrico brasileiro vive um ponto de inflexão. Em meio a debates sobre a reorganização de encargos e o equilíbrio tarifário, o presidente do Instituto Nacional de Energia Limpa (INEL), Héber Galarce, afirmou ao EnergyChannel que o país precisa acelerar a transição para um modelo mais moderno, descentralizado e compatível com o avanço das fontes renováveis.


Durante o bate-papo conduzido por Ricardo Honório, Galarce destacou que a Medida Provisória 1304/2025, atualmente em discussão no Congresso Nacional, representa uma oportunidade para corrigir distorções históricas do setor. “A proposta busca reorganizar encargos e reduzir o peso tarifário para o consumidor. É uma tentativa de promover a modicidade tarifária, algo que já deveria ter sido iniciado há mais tempo”, observou.


O desafio de um sistema ainda centralizado

Para o presidente do INEL, o modelo elétrico brasileiro ainda carrega características de um sistema antigo e centralizado, que precisa se adaptar à nova realidade tecnológica. “Vivemos o sucesso da geração distribuída e das renováveis, mas ainda enfrentamos gargalos estruturais encargos crescentes, subsídios cruzados e desequilíbrios na tarifa final. O consumidor sente isso diretamente no bolso”, afirmou.


Segundo Galarce, o setor elétrico precisa acompanhar o ritmo das inovações, especialmente em armazenamento de energia. “O Brasil é abundante em sol e ventos. Temos uma vantagem competitiva natural que não pode ser desperdiçada. A geração solar e eólica são fontes limpas, baratas e descentralizadas — elas empoderam o consumidor e reduzem o custo da energia”, ressaltou.


Mini e microgeração sob ataque injusto

Galarce também alertou para tentativas de atribuir à geração distribuída a responsabilidade por eventuais desequilíbrios no sistema elétrico, como o curtailment (redução forçada da geração).“É incorreto culpar a mini e microgeração por problemas de transmissão ou pela sobreoferta de energia. Esses desafios vêm da falta de planejamento e da lentidão das grandes obras de infraestrutura. A GD representa hoje cerca de 6% da matriz elétrica e tem sido uma aliada da eficiência energética e da modicidade tarifária”, defendeu.


Cenário e perspectivas

Na avaliação do presidente do INEL, o Brasil vive um paradoxo: uma matriz sobreofertada de energia, mas que ainda não consegue converter esse excedente em competitividade econômica.“Precisamos criar consumo e oportunidades. Políticas como a dos data centers e a neoindustrialização verde poderiam impulsionar a demanda e agregar valor à nossa energia limpa. Poderíamos até exportar produtos com selo verde”, sugeriu.

Sobre o andamento da MP 1304, Galarce destacou a importância da condução técnica do debate pelos senadores Eduardo Braga e Fernando Coelho Filho, ambos ex-ministros de Minas e Energia. “O texto final deve buscar equilíbrio. Em Brasília, o ideal nem sempre é possível, mas é essencial que a proposta final alivie a conta de luz para o consumidor e preserve os avanços das renováveis”, afirmou.


Compromisso com a transição limpa

Encerrando o diálogo, o presidente do INEL reforçou o compromisso da instituição com a defesa da geração limpa, descentralizada e acessível. “O INEL está em Brasília para garantir que as energias renováveis — especialmente a solar — continuem crescendo de forma sustentável e justa. Estamos olhando para o futuro, e o futuro é da energia limpa”, concluiu.


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INEL alerta para momento decisivo no setor elétrico e defende fortalecimento da geração distribuída e do armazenamento de energia
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