Itaipu conclui 1ª fase da usina solar flutuante até novembro
- EnergyChannel Brasil
- há 3 dias
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A usina hidrelétrica de Itaipu avança na transição energética com a instalação de sua primeira usina solar flutuante no Rio Paraná. O projeto-piloto, com 1,5 mil painéis solares, deve ser concluído até novembro e poderá dobrar a capacidade de geração no futuro.

Brasil amplia fronteiras da energia limpa com a usina solar flutuante de Itaipu
A Itaipu Binacional, uma das maiores geradoras hidrelétricas do mundo, está prestes a concluir a primeira fase de sua usina solar flutuante no Rio Paraná. O projeto-piloto, que marca um novo passo rumo à diversificação da matriz energética brasileira, deve ser finalizado até novembro, segundo o consórcio responsável pela obra.
Nesta etapa inicial, 1,5 mil placas fotovoltaicas foram ancoradas sobre as águas do reservatório da usina, em uma área próxima à barragem principal. A instalação tem como objetivo testar a viabilidade técnica e ambiental da tecnologia flutuante em larga escala uma tendência global que promete aumentar a eficiência energética e reduzir a ocupação de solo.
Potencial para dobrar a geração da hidrelétrica
De acordo com os engenheiros do projeto, o desempenho inicial superou as expectativas. Os painéis instalados sobre a superfície da água operam em temperaturas mais baixas, o que melhora a performance dos módulos solares e reduz perdas por aquecimento.
Com base nos resultados desta fase, a Itaipu avalia expandir o sistema para outras áreas do reservatório, o que poderia dobrar a capacidade total de geração da usina sem a necessidade de novos empreendimentos em terra.
“A energia solar flutuante complementa a produção hidrelétrica e representa um modelo de geração híbrida mais estável e sustentável”, destacou um porta-voz técnico da Itaipu.
Energia flutuante: uma tendência global em expansão
A instalação da usina solar flutuante de Itaipu coloca o Brasil em sintonia com países que já adotam a tecnologia em grande escala, como China, Japão, Coreia do Sul e Índia. Além de aproveitar áreas já alagadas, as plataformas flutuantes reduzem a evaporação da água e ajudam na preservação dos ecossistemas aquáticos.
Segundo a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), o potencial global da energia solar flutuante ultrapassa 4.000 GW o equivalente a quatro vezes toda a capacidade de geração hidrelétrica atual do planeta.
Integração com a transição energética brasileira
A iniciativa reforça o papel estratégico de Itaipu na transição energética do Brasil, integrando fontes limpas e renováveis. O país, que já possui uma das matrizes elétricas mais verdes do mundo, busca acelerar a diversificação com solar, eólica e hidrogênio verde para atender à crescente demanda e reduzir emissões de carbono.
“Projetos como este simbolizam a nova fase da energia no Brasil mais inteligente, sustentável e conectada às metas globais de descarbonização”, afirmou um analista do setor ouvido pelo EnergyChannel.
Conclusão
A usina solar flutuante de Itaipu é um marco na inovação energética latino-americana. Além de aproveitar sinergias entre hidrelétricas e energia solar, o projeto sinaliza um futuro em que tecnologia e sustentabilidade caminham lado a lado na geração de eletricidade limpa.
Com a conclusão prevista para novembro, Itaipu se consolida não apenas como uma potência hídrica, mas também como referência em transição energética e inovação ambiental.
Itaipu conclui 1ª fase da usina solar flutuante até novembro
Muito bom saber que as usinas flutuantes estão se tornando realidade.