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O Brasil precisa falar sobre baterias: o papel do armazenamento na transição energética

Por Laís Víctor – Especialista em energias renováveis e Diretora executiva


O Brasil precisa falar sobre baterias: o papel do armazenamento na transição energética
O Brasil precisa falar sobre baterias: o papel do armazenamento na transição energética

O Brasil vem avançando de forma consistente na diversificação da sua matriz elétrica, impulsionado pelo crescimento expressivo de fontes renováveis, principalmente solar e eólica.


Esse movimento é um marco positivo da transição energética e posiciona o país como referência internacional em energia limpa. No entanto, junto com essa expansão, surgem desafios técnicos e estruturais que exigem atenção: como garantir a estabilidade da rede elétrica diante da intermitência natural dessas fontes? Como manter a segurança do fornecimento energético em horários de pico ou em dias nublados e com pouco vento? E, mais do que isso, como transformar esse crescimento em um modelo de geração cada vez mais eficiente, flexível e acessível?


A resposta para essas questões passa por um tema ainda pouco debatido com a profundidade necessária no Brasil: o armazenamento de energia. Esse recurso, cada vez mais estratégico, permite compensar oscilações na geração, otimizar o uso de fontes renováveis e dar suporte técnico ao sistema elétrico nacional. Em outras palavras, armazenar energia é tão importante quanto gerá-la. Ignorar essa etapa compromete a solidez da transição energética e limita o pleno aproveitamento do potencial das renováveis no país.


Por que o armazenamento é essencial para a segurança energética

O avanço das fontes renováveis no Brasil, especialmente solar e eólica, representa uma conquista importante do ponto de vista ambiental e estratégico. No entanto, essas fontes têm uma característica que, apesar de natural, impõe desafios técnicos significativos: a intermitência.


Sol e vento não seguem a lógica da demanda elétrica. A geração depende de condições climáticas que variam ao longo do dia, da semana e das estações. Quando há sol em excesso, por exemplo, parte da energia gerada pode ser desperdiçada por falta de uso imediato. Por outro lado, em momentos de maior consumo, como no início da noite, a geração solar já caiu, forçando o acionamento de outras fontes, geralmente térmicas, que são mais caras, mais poluentes e, muitas vezes, menos eficientes.


É nesse contexto que o armazenamento de energia se torna essencial para a segurança e a estabilidade do sistema elétrico brasileiro. Ele atua como um "pulmão" da rede, absorvendo o excedente de energia gerada em horários de baixa demanda e devolvendo essa energia em momentos de necessidade.


Com isso, o armazenamento oferece mais previsibilidade ao operador do sistema, ajuda a reduzir picos de carga, evita o acionamento de usinas fósseis e melhora a gestão de frequência e tensão da rede. Para o consumidor, o impacto se traduz em maior confiabilidade no fornecimento, menor exposição a variações tarifárias e acesso a soluções mais inteligentes de gestão energética.


O tema já é tratado com alta prioridade em outras partes do mundo. De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA, 2024), os sistemas de armazenamento são considerados o “elo crítico” para que as redes elétricas possam operar com segurança e eficiência em cenários de alta penetração renovável. A BloombergNEF projeta que o mercado global de baterias estacionárias deve crescer mais de 15 vezes até 2030, movimentando investimentos e impulsionando uma cadeia tecnológica robusta em diversos países.


O Brasil, apesar do enorme potencial, ainda caminha de forma tímida nessa frente o que pode comprometer a resiliência do sistema e limitar os benefícios da transição energética.

Para que possamos consolidar uma matriz mais limpa e estável, o armazenamento precisa deixar de ser uma discussão técnica restrita e passar a integrar o planejamento energético nacional de forma transversal, conectando geração, distribuição, consumo e inovação.


Geração distribuída e baterias: o novo modelo de negócio

A geração distribuída (GD) viveu uma verdadeira revolução nos últimos anos no Brasil, impulsionada pela popularização dos sistemas fotovoltaicos e pela percepção de que produzir sua própria energia representa, ao mesmo tempo, uma economia e um ato de sustentabilidade. Com mais de 2 milhões de unidades consumidoras conectadas, a GD solar passou a ocupar um espaço relevante na matriz elétrica brasileira, transformando consumidores em produtores e mudando a lógica centralizada do setor. No entanto, o cenário regulatório evoluiu.


O novo Marco Legal da Geração Distribuída (Lei nº 14.300/2022) trouxe alterações importantes na forma como a energia excedente é compensada na rede, o que impactou diretamente o tempo de retorno dos investimentos especialmente para quem ainda não considera soluções integradas como o armazenamento.


Com essas mudanças, as baterias ganham protagonismo. Mais do que uma tecnologia complementar, elas podem se tornar a chave para a viabilidade econômica e técnica da geração distribuída no médio e longo prazo. Armazenando parte da energia gerada durante o dia, o consumidor pode utilizar essa energia nos períodos de maior consumo (e tarifas mais altas), reduzindo sua exposição à rede e, em alguns casos, até operando em modo de backup durante interrupções.


Esse movimento cria uma dinâmica mais inteligente, na qual o consumo deixa de ser passivo e passa a responder estrategicamente a sinais de preço, disponibilidade e estabilidade da rede.


Mas o potencial vai além da autossuficiência individual. Já começam a surgir no Brasil projetos-piloto que combinam geração distribuída, armazenamento e serviços de rede, como resposta à demanda (demand response), geração virtual e até participação em mercados de capacidade e serviços ancilares. Isso abre espaço para um novo ecossistema de negócios, em que consumidores residenciais, comerciais e industriais podem se agrupar, compartilhar recursos energéticos e operar como agregadores, prestando serviços para o sistema elétrico e recebendo por isso.


Modelos híbridos também se destacam. Usinas solares com baterias já são realidade em diversos países, e começam a surgir no Brasil como soluções para regiões remotas, áreas com infraestrutura de rede precária ou locais que sofrem com tarifas elevadas. Essas usinas podem operar com mais flexibilidade, atendendo à demanda local e oferecendo suporte à rede, além de contribuírem para reduzir perdas e melhorar a qualidade do fornecimento.


A combinação de geração distribuída com armazenamento não apenas torna o sistema mais eficiente, como também cria novas oportunidades para empreendedores, integradores e investidores. É a base de um modelo energético descentralizado, dinâmico e adaptável, alinhado às necessidades do século XXI.


O que dizem as perspectivas regulatórias e tecnológicas no Brasil

Embora o armazenamento de energia seja reconhecido internacionalmente como uma tecnologia essencial para a consolidação de matrizes renováveis, o Brasil ainda está construindo os fundamentos regulatórios e institucionais necessários para que o setor se desenvolva com escala e segurança jurídica. Atualmente, não há uma regulamentação específica que defina as regras de acesso, remuneração, conexão ou comercialização de serviços relacionados ao armazenamento. Isso cria um vácuo normativo que dificulta tanto a atração de investimentos quanto o planejamento de projetos viáveis tecnicamente e financeiramente.


Em 2024, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) publicou uma Nota Técnica sinalizando o início das discussões sobre a regulamentação de sistemas de armazenamento. O documento reconhece que essa tecnologia será estratégica para o equilíbrio da rede elétrica nos próximos anos, especialmente diante do crescimento das fontes intermitentes. No entanto, ainda há uma série de temas em aberto: como será feito o enquadramento tarifário? Os sistemas de baterias poderão participar do mercado de energia ou apenas como apoio à operação? Haverá incentivos fiscais ou financiamento específico? Essas definições são urgentes para que o setor possa sair do papel e avançar com segurança.


O armazenamento de energia também aparece no Plano Decenal de Expansão Energética (PDE 2035) como uma das tecnologias de apoio à modernização do sistema elétrico nacional. O plano aponta o armazenamento como um elemento de flexibilidade, com potencial de reduzir o custo marginal da operação e contribuir para a segurança energética em cenários de alta penetração renovável. No entanto, o próprio documento reconhece a ausência de modelos de negócio estruturados e a necessidade de articulação entre diferentes órgãos e políticas públicas para que essa solução avance de forma integrada com a geração, transmissão, distribuição e consumo.


No campo tecnológico, o Brasil conta com centros de pesquisa de excelência que vêm desenvolvendo alternativas em baterias, principalmente à base de íon-lítio, sódio e materiais de menor impacto ambiental. Instituições como o LNLS (Laboratório Nacional de Luz Síncrotron), o Instituto de Energia e Ambiente da USP e o Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica têm atuado em frentes como eficiência energética, novos materiais e gestão inteligente do armazenamento.


Apesar desses esforços, a cadeia industrial ainda é incipiente, com forte dependência de insumos importados, especialmente da Ásia. Isso impacta os custos e limita a competitividade de soluções nacionais no curto prazo.


Faltam ainda políticas industriais que incentivem a nacionalização de componentes, a capacitação da mão de obra e a criação de um ecossistema de inovação voltado para o armazenamento. Em paralelo, também é necessário desenvolver ferramentas de financiamento específicas, como linhas do BNDES e fundos de investimento voltados à infraestrutura de energia limpa, para viabilizar projetos que incluam baterias em suas soluções estruturadas.


Sem um avanço coordenado entre regulação, tecnologia e financiamento, o Brasil corre o risco de perder a janela de oportunidade para liderar a integração do armazenamento em sua matriz elétrica. O momento exige planejamento, articulação interinstitucional e visão estratégica de longo prazo.


Lições do cenário internacional

Enquanto o Brasil ainda debate como incluir o armazenamento de energia de forma estruturada no planejamento do setor elétrico, outros países já tratam essa tecnologia como uma infraestrutura essencial e estratégica para a transição energética. Em mercados mais maduros, o armazenamento é integrado aos instrumentos regulatórios, aos mecanismos de mercado e às políticas públicas de incentivo à inovação e à descarbonização.


Nos Estados Unidos, por exemplo, o armazenamento faz parte do planejamento energético estadual e federal. A Califórnia, uma das regiões mais avançadas nesse tema, já superou a marca de 6 GW de capacidade instalada de armazenamento conectado à rede, atuando como reserva estratégica para o sistema. A política estadual inclui metas obrigatórias para armazenamento, incentivos financeiros para projetos residenciais e industriais, e programas de resposta à demanda que remuneram consumidores por usar suas baterias em horários de pico. Além disso, as baterias participam ativamente do mercado atacadista de energia, oferecendo serviços de regulação de frequência, suporte à tensão e resposta rápida a oscilações.


Na Alemanha, o movimento é semelhante, mas com ênfase na integração entre geração distribuída e armazenamento. Já são mais de 600 mil residências equipadas com sistemas de baterias acopladas a painéis solares, formando uma rede de prosumidores capaz de atuar de forma coordenada em apoio ao sistema elétrico. Os alemães também investem pesadamente em pesquisa e desenvolvimento de baterias mais sustentáveis, com foco em segurança, reciclagem e independência da cadeia asiática. O país oferece subsídios diretos para a aquisição de baterias e reduções de impostos para quem instala sistemas híbridos.


A Austrália é outro exemplo notável, especialmente no que diz respeito à escala. O país abriga alguns dos maiores projetos de armazenamento em baterias do mundo, incluindo a Hornsdale Power Reserve, que ficou conhecida como a “Tesla Big Battery”. Esses sistemas ajudam a equilibrar a rede, estabilizar frequências e evitar apagões, principalmente em regiões isoladas com alta penetração de solar e eólica. A estratégia australiana combina incentivos financeiros, abertura de mercado para serviços ancilares e políticas locais que estimulam a descentralização energética.


Um fator que tem viabilizado essa expansão é a redução significativa no custo das baterias de íon-lítio, que caiu mais de 80% entre 2010 e 2023, segundo a BloombergNEF. Essa queda abriu espaço para que soluções de armazenamento se tornassem economicamente viáveis não apenas para grandes projetos, mas também para consumidores residenciais e pequenos negócios. A tendência é que o custo continue caindo, impulsionado por ganhos de escala, inovação em materiais e aumento da concorrência internacional.


Esses países mostram que, quando há visão estratégica, clareza regulatória e incentivos bem desenhados, o armazenamento de energia pode evoluir rapidamente, beneficiando toda a cadeia do consumidor final ao sistema elétrico como um todo. O Brasil tem muito a aprender com esses exemplos e, mais do que isso, tem potencial para adaptar essas lições à sua própria realidade, tropicalizando soluções e construindo um modelo nacional de armazenamento alinhado às suas características geográficas, econômicas e sociais.


O que falta para o Brasil avançar

Em um cenário onde as fontes renováveis assumem protagonismo crescente, o armazenamento de energia não pode mais ser visto como um luxo ou uma tecnologia futurista. Ele se tornou um elemento estruturante para garantir a viabilidade técnica, econômica e ambiental da transição energética.


De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), os sistemas de armazenamento serão responsáveis por até 15% da flexibilidade global necessária para redes elétricas com alta penetração de renováveis até 2030. Já a BloombergNEF estima que o mercado mundial de baterias estacionárias deve alcançar mais de 1.100 GWh até o final da década, impulsionado pela queda contínua de custos e pela expansão das aplicações residenciais, comerciais e utilitárias.


No Brasil, a ausência de uma estrutura regulatória específica, aliada à escassez de incentivos e à dependência de uma cadeia industrial internacional, tem atrasado a inserção estratégica do armazenamento no sistema elétrico. Ainda que o Plano Decenal de Expansão Energética (PDE 2035) mencione o armazenamento como uma tecnologia habilitadora, ainda falta clareza sobre sua função no planejamento integrado de geração, transmissão e consumo. Não há mecanismos regulatórios que reconheçam a multifuncionalidade das baterias – que podem atuar como geradoras, cargas controladas, ou prestadoras de serviços ancilares – nem políticas fiscais que incentivem sua adoção por parte de consumidores, distribuidores e investidores institucionais.


Enquanto isso, outros países avançam de forma coordenada. A Alemanha já subsidia a instalação de baterias residenciais há mais de uma década. A Califórnia impôs metas obrigatórias de armazenamento para suas distribuidoras. A China, maior fabricante de baterias do mundo, implementou um programa nacional de estímulo à industrialização local de tecnologias de armazenamento e à criação de hubs logísticos estratégicos. Esses exemplos mostram que o tempo é um fator competitivo e que os países que souberem agir com visão, coordenação e agilidade ocuparão posições centrais na economia de baixo carbono que se consolida globalmente.


Portanto, quanto mais rapidamente o Brasil reconhecer o armazenamento como infraestrutura crítica, e não apenas como apoio técnico, mais resiliente, eficiente e competitiva será sua matriz elétrica. Ignorar esse movimento global é abrir mão de protagonismo, inovação e oportunidades. Avançar nesse tema, por outro lado, significa posicionar o país de forma estratégica em uma nova era energética mais descentralizada, limpa, flexível e segura.


Investir em armazenamento é investir em segurança energética

A transição energética no Brasil está em andamento, mas ainda carece de um elemento fundamental para ser, de fato, estruturada e completa: o armazenamento de energia. Gerar eletricidade limpa é essencial, mas não suficiente. É preciso ir além da geração e incorporar, com inteligência e estratégia, soluções que garantam a estabilidade do sistema elétrico, especialmente em um contexto de crescimento acelerado de fontes intermitentes como a solar e a eólica. Sem a capacidade de armazenar energia de forma eficiente, o país corre o risco de limitar o uso pleno de seu potencial renovável e de comprometer a confiabilidade da rede em momentos de maior demanda ou de variações climáticas intensas.


Como especialista em parcerias no setor de energias renováveis, tenho acompanhado de perto tanto o avanço tecnológico quanto as barreiras institucionais que ainda travam a expansão do armazenamento no Brasil. A ausência de incentivos financeiros consistentes, a falta de uma regulação específica que reconheça o valor técnico e econômico das baterias, e a inexistência de uma cadeia produtiva nacional sólida fazem com que o país caminhe de forma lenta e desarticulada nessa agenda. Enquanto isso, o mundo já trata o armazenamento como peça-chave para garantir segurança energética, estabilidade de preços e atração de investimentos em projetos sustentáveis.


Apesar disso, o Brasil possui um potencial extraordinário para se destacar nessa frente. Nossa matriz majoritariamente limpa, combinada à crescente digitalização do setor elétrico e à demanda por soluções descentralizadas, cria um ambiente favorável para o crescimento do mercado de armazenamento. Com visão estratégica e articulação entre governo, iniciativa privada e academia, o país pode transformar essa tecnologia em um vetor de eficiência operacional, redução de custos sistêmicos e geração de novos modelos de negócio voltados para a inovação e a sustentabilidade.


O Brasil precisa falar sobre baterias com a seriedade e a prioridade que o tema exige. E mais do que isso, precisa agir com planejamento, coragem institucional e compromisso de longo prazo, colocando o armazenamento de energia no centro das políticas públicas, do planejamento setorial e das decisões estratégicas que moldarão o futuro do setor energético brasileiro.


Sobre a autora 

Laís Víctor é especialista em energias renováveis e diretora executiva de parcerias, com 14 anos de atuação no setor de energia. Sua atuação inclui o desenvolvimento de negócios, estruturação de alianças estratégicas e apoio à atração de investimentos para projetos de transição energética, com foco na construção de ecossistemas sustentáveis e inovação no mercado global de renováveis. 


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