Resiliência das Redes Renováveis: IRENA Defende Preparação Global para Eventos Climáticos Extremos
- EnergyChannel Brasil

- há 12 horas
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À medida que a transição energética acelera e sistemas de energia com alta participação de fontes renováveis como solar e eólica tornam-se predominantes, cresce também a vulnerabilidade desses sistemas a eventos climáticos extremos impulsionados pelas mudanças climáticas.

Em relatório recente, a International Renewable Energy Agency (IRENA) alerta que redes energéticas baseadas em renováveis precisam passar por um processo de “clima-proofing” ou seja, serem projetadas e preparadas para suportar ondas de calor, secas, inundações e furacões sem comprometer a segurança energética dos países. (IRENA)
Por que a resiliência importa?
Segundo a IRENA, a eletrificação de setores como transporte e indústria deve elevar a participação da eletricidade para mais da metade do consumo final de energia até meados do século — com as renováveis na linha de frente dessa mudança. Mas, se essas redes não forem resistentes a choques climáticos frequentes e intensos, poderão enfrentar interrupções severas de fornecimento, afetando serviços críticos como saúde, comunicações e segurança pública. (IRENA)
Qualidade da infraestrutura como base de resiliência
No cerne da estratégia da IRENA está o conceito de “qualidade de infraestrutura” (Quality Infrastructure – QI) — um conjunto de padrões, testes, certificações e monitoramento contínuo que garantem que componentes de energia renovável, desde painéis solares até turbinas eólicas, sejam dimensionados e construídos para enfrentar condições climáticas extremas. (IRENA)
A agência destaca que sistemas com forte QI apresentam:
Maior rendimento e menos interrupções;
Custos de manutenção reduzidos;
Maior confiança de investidores. (IRENA)
Planejamento estratégico e políticas públicas
A IRENA aponta que medidas de resiliência não podem ser reativas ou pontuais — precisam estar integradas ao planejamento nacional de energia. O relatório recomenda que governos:
Incorporem critérios de resiliência em regulamentos, licitações e políticas de energia;
Mapeiem vulnerabilidades climáticas nas redes de transmissão e distribuição;
Prioritizem investimentos em tecnologias e soluções com maior retorno em resiliência;
Estimulem mecanismos financeiros inovadores, como “resilience bonds” e parcerias público-privadas para mitigar riscos e atrair capital. (IRENA)
Tecnologias e inovação na linha de frente
Além da infraestrutura tradicional, a IRENA destaca o papel de recursos energéticos distribuídos (DERs) e micro-redes como mecanismos para ampliar a confiabilidade. Quando combinados com armazenamento e medidores inteligentes, esses sistemas podem continuar operando mesmo durante falhas de grandes redes, garantindo eletricidade a comunidades e serviços essenciais em momentos críticos. (IRENA)
Colaboração entre setores é essencial
O relatório enfatiza que resiliência em escala global exige coordenação entre governos, utilities, investidores, fabricantes e comunidades. Compartilhar boas práticas entre países com riscos climáticos semelhantes também é apontado como um caminho para evitar erros e acelerar o fortalecimento das redes renováveis. (IRENA)
Fonte: IRENA — Strategies for Resilience: Ensuring Renewable Power Systems’ Readiness to Face Extreme Weather (publicado em maio de 2025 e atualizado em dezembro de 2025). (IRENA)
Resiliência das Redes Renováveis: IRENA Defende Preparação Global para Eventos Climáticos Extremos












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