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Um setor solar em transição

Conhecimento aprofundado, decisões técnicas e conexões estratégicas para investimentos rentáveis serão fundamentais para o posicionamento de quem investe


Um setor solar em transição
Um setor solar em transição

O mercado solar brasileiro vive um momento de transição. Após anos de expansão acelerada, marcada pelo avanço da geração distribuída (GD) e geração centralizada (GC), além da consolidação de players em diversos elos da cadeia, o setor enfrenta hoje um novo tipo de desafio: como sustentar a rentabilidade dos modelos existentes e ao mesmo tempo se adaptar às novas tecnologias e tendências de mercado?


Após anos de expansão acelerada, marcada pelo avanço da geração distribuída (GD)
Após anos de expansão acelerada, marcada pelo avanço da geração distribuída (GD)

De um lado, investidores e empresas lidam com a complexidade regulatória, incertezas econômicas e a necessidade de garantir performance em projetos já em operação. De outro, surgem novas fronteiras — como armazenamento de energia, usinas híbridas, abertura do mercado e até modelos adjacentes à geração solar — que exigem visão estratégica, protagonismo e inovação.


Entender essa transição e antecipar os próximos movimentos do setor é o que norteia os debates do Greener Summit 2025. Mais do que um evento, ele se propõe a ser um espaço estratégico de construção de futuro — onde os principais players do mercado se reúnem para trocar visões, debater riscos e desenhar, juntos, o próximo capítulo da energia no Brasil.


O tempo da consolidação (ou maturação)


A primeira pergunta que muitos investidores fazem em 2025 é: ainda vale a pena investir nos modelos tradicionais de solar? Para quem já está investindo no setor, o momento pede otimismo realista. Mesmo diante de desafios como as altas taxas de juros — representadas pela Selic em 14,75% a.a. — e a oscilação cambial, ainda há oportunidades para quem souber avaliar riscos, mas a seleção de ativos e parceiros exige cada vez mais sofisticação e eficiência.


É possível observar um amadurecimento do mercado em torno de temas regulatórios, financeiros e operacionais. A volatilidade de preços, seus respectivos descolamentos entre submercados e a expectativa de reforma do Setor Elétrico impactam diretamente os PPAs e o fluxo de caixa dos projetos. A Reforma Tributária adiciona mais uma camada de complexidade:  as importações, o regime de transição e o novo modelo de tributação a partir da Lei Complementar nº 214/2015 afetam desde a estruturação financeira de projetos até a precificação de produtos e serviços. Para alguns modelos de negócio, como locação de usinas ou comercialização de créditos de energia, os impactos podem ser significativos.


Em paralelo, a profissionalização da operação e o crescimento do mercado de fusões e aquisições demandam que empresas repensem seu posicionamento. O investidor precisa decidir: construir um novo ativo ou adquirir um já em operação? Diante da qualidade dos ativos e da evolução do setor acerca das melhores práticas de O&M, quando optar pelo retrofit ou pela venda dos ativos? E como valorar corretamente durante a compra e venda?

O Boletim de M&A da Greener identificou mais de 100 transações nos últimos 3 anos no setor solar brasileiro, sendo mais da metade registradas em 2024 e com muitas delas envolvendo empresas com portfólio em geração compartilhada. O crescimento desse mercado evidencia a busca por escala, sinergia operacional e expansão geográfica como diferenciais para se destacar.


Onde está o futuro: inovação como diferencial competitivo


Ao mesmo tempo em que o setor ajusta suas engrenagens, novas possibilidades emergem com força. Um dos destaques está no armazenamento de energia, tema que deixou de ser tendência e já começa a se materializar em projetos reais no Brasil.


O Estudo de Armazenamento da Greener aponta que o mercado brasileiro de sistemas de armazenamento (BESS) atingiu 685 MWh em aplicações junto ao consumidor em 2024, com potencial para ultrapassar 7 GWh até o fim da década. A maior parte da capacidade instalada está concentrada em aplicações off-grid para dar acesso à eletricidade em regiões remotas. Além disso, aplicações comerciais e industriais começam a ganhar tração para garantir confiabilidade e qualidade de energia ao consumidor final. Modelos como o Energy Storage as a Service (ESaaS) têm sido utilizados no mercado com aplicações práticas que vão de peak shaving à arbitragem e backup energético, especialmente em áreas com baixa qualidade de rede e restrições de escoamento.


Outro avanço importante é o Leilão de Reserva de Capacidade para baterias, que coloca os sistemas de armazenamento no centro da estratégia de segurança energética do país. A necessidade de uma rápida resposta do sistema em determinados momentos do dia é exemplificada através da recente previsão do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sobre a possibilidade de déficit de potência de 4 GW no 2º semestre de 2025. A entrada de agentes como a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e operadoras internacionais no debate mostra que o mercado caminha para uma nova fase, com players buscando receita estável por meio de serviços ancilares e regulação dedicada.


Além do armazenamento, o setor elétrico começa a olhar com ainda mais atenção para a abertura do mercado livre de energia. Por meio da Portaria nº 50/2022 do Ministério de Minas e Energia (MME), os consumidores do Grupo A foram permitidos a contratar bilateralmente o seu fornecimento no Ambiente de Contratação Livre (ACL). A abertura total, porém, poderá até ser adiantada nos moldes da Medida Provisória (MP) nº 1.300/2025, a Reforma do Setor, que propõe já para 2027 a livre contratação para todos os consumidores. Com o mercado livre atingindo níveis de varejo, a discussão será em torno das condições competitivas para a conversão de clientes diante das possibilidades ofertadas na GD em modelos como a energia por assinatura.


Começam a ganhar atenção também modelos híbridos (combinando solar e outras fontes), usinas flutuantes, mobilidade elétrica integrada à GD e até a transformação da matriz elétrica em vetores energéticos mais amplos, como Hidrogênio Verde e combustíveis sustentáveis (Power-to-X). É a transição do “solar tradicional” para um setor de energia distribuída, digital e multifuncional.


O desafio da “reinvenção” (ou “transformação”)


O cenário que se desenha pede uma nova postura dos investidores, geradores, comercializadores e demais agentes do setor. Consolidar modelos de negócio já existentes como a geração compartilhada, o autoconsumo remoto e a autoprodução continua essencial. Mas é preciso fazer isso com estratégia, escala e visão de longo prazo, reconhecendo que aquilo que funcionou até aqui talvez não seja suficiente para sustentar o crescimento futuro.


Nesse novo ciclo, destacam-se empresas com capacidade de estruturar projetos com governança, previsibilidade e gestão de risco. Isso se aplica tanto aos ativos em geração centralizada quanto à GD de maior porte, em modelos como locação de usinas e serviços integrados de gestão de créditos. A profissionalização dessas operações será determinante para atrair capital e garantir retorno sustentável.


Ao mesmo tempo, quem quiser se manter relevante precisará explorar novos caminhos. Os próximos anos exigirão mais que eficiência técnica ou ganhos operacionais: será preciso coragem para inovar, capacidade de ler tendências e, principalmente, compromisso com a transição energética brasileira.


Um novo ciclo pede novas conexões


Diante do atual e desafiador contexto da geração renovável no Brasil, o primeiro dia do Greener Summit 2025 tem como objetivo trazer reflexões e ensinamentos para que os investimentos atuais aumentem a sua rentabilidade diante dos riscos e desafios, com a presença de especialistas e responsáveis por cases de sucesso. Além de Marcio Takata e toda a equipe Greener, entre os principais nomes do primeiro dia estarão presentes Roberto Padovani, Economista-Chefe do Banco BV; Helder Sousa, Diretor de Regulação da TR Soluções; José Laydner, Diretor de Operações da Engie; entre outros.


Com os desafios do setor, surgem também as oportunidades. E novos modelos de negócio. É neste contexto que o segundo dia do evento aponta quais as soluções necessárias para a contínua evolução da matriz elétrica rumo à transição energética e como os investidores atuarão trazendo tais soluções: flexibilidade, armazenamento de energia, mobilidade elétrica, além de vetores de consumo alinhados às políticas Net Zero como Hidrogênio Verde no contexto de Power-to-X e Data Centers. Thiago Prado, Presidente da EPE; Sumara Ticom, Assessora Executiva da Diretoria de Planejamento do ONS; Thiago Hipólito, Diretor Sr. de Inovação da 99 e Raphael Gomes, Sócio da Lefosse Advogados serão alguns dos nomes presentes no segundo dia.


Ser capaz de maximizar o retorno do que já possui e de se antecipar às mudanças que ditam o futuro dos investimentos na transição energética exige conhecimento técnico e conexões direcionadas com quem toma decisões. Saiba mais como o Greener Summit 2025 vem para unir tudo isso em um só lugar:


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1 Comment

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Fabiana Garcia
há 3 dias
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Muito bom.

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