Agrovoltaicos Verticais: O Duplo Valor do HJT no Campo
- EnergyChannel Brasil
- há 2 dias
- 4 min de leitura
Produzir energia e alimentos na mesma área não é mais uma utopia. A tecnologia HJT está impulsionando sistemas agrovoltaicos verticais na Europa e essa inovação pode transformar o agronegócio brasileiro.

Energia e agricultura, lado a lado
Por muito tempo, energia solar e agricultura foram vistas como atividades concorrentes pelo uso do solo. Mas uma nova abordagem está mostrando que, na verdade, elas podem se complementar perfeitamente. Trata-se dos sistemas agrovoltaicos verticais uma forma inteligente de gerar eletricidade e cultivar alimentos simultaneamente, otimizando espaço, recursos e rentabilidade.
Essa tendência está ganhando força na Europa e tem na Huasun Energy uma das suas principais impulsionadoras, com a aplicação de módulos bifaciais HJT em sistemas instalados verticalmente.O resultado: mais eficiência, mais produção agrícola e mais sustentabilidade.
O conceito agrovoltaico em prática
Nos projetos-piloto da Alemanha, Suíça e Áustria, as estruturas verticais com módulos Huasun HJT bifaciais são instaladas de forma perpendicular ao solo, geralmente no sentido leste-oeste.Essa configuração permite que a luz solar seja captada em ambos os lados do módulo, enquanto o espaço entre as fileiras permanece livre para o plantio e o tráfego de máquinas agrícolas.
Estudos realizados pela Universidade de Ciências Aplicadas de Weihenstephan-Triesdorf (Alemanha) mostraram que os sistemas verticais HJT conseguem gerar até 12% mais energia anual do que os sistemas fixos convencionais voltados ao sul, e isso com menor impacto térmico sobre as plantações.Além disso, o sombreamento parcial e dinâmico ajuda a proteger culturas sensíveis ao calor, como frutas vermelhas, alfaces e flores.

Por que o HJT é ideal para o campo
A tecnologia HJT oferece um conjunto de vantagens que a tornam perfeita para sistemas agrovoltaicos:
Alta bifacialidade (até 95%), garantindo captação eficiente da luz refletida pelo solo e pelas plantas;
Excelente desempenho sob baixa irradiância, fundamental em dias nublados ou em regiões com variação sazonal de luminosidade;
Baixo coeficiente térmico (–0,24%/°C), assegurando performance estável mesmo sob altas temperaturas;
Estética superior, com módulos de estrutura fina e vidro duplo, que se integram harmoniosamente à paisagem rural.
Além disso, por serem mais leves e resistentes, os módulos HJT reduzem o esforço estrutural e facilitam a montagem em estruturas verticais ou móveis, sem comprometer a durabilidade.
O impacto econômico: colheita dupla
O modelo agrovoltaico representa duas fontes de receita para o agricultor:
A geração de energia elétrica, que pode ser usada na própria fazenda ou vendida para a rede;
A produção agrícola, que segue normalmente sob o arranjo fotovoltaico.
Essa combinação permite melhor aproveitamento da terra, aumenta a autossuficiência energética das propriedades rurais e contribui para a redução do custo de irrigação, uma vez que o sombreamento diminui a evaporação da água do solo.
Na Europa, projetos comerciais agrovoltaicos com HJT já apresentam retorno financeiro até 15% superior em relação a sistemas solares convencionais de mesma potência.
Sustentabilidade e inovação rural
A implantação dos sistemas Agri-HJT vai além do retorno financeiro.Eles ajudam a mitigar as mudanças climáticas ao diminuir o uso de combustíveis fósseis nas fazendas e reduzir a pegada de carbono da produção agrícola.Com a digitalização crescente do campo, essas estruturas também podem alimentar sensores, sistemas de irrigação inteligentes e maquinários elétricos, conectando a agroenergia à agricultura de precisão.
Segundo especialistas da Huasun, essa integração cria uma nova lógica para o campo: cada hectare passa a produzir tanto alimento quanto energia limpa, multiplicando o valor da terra e diversificando as fontes de renda rural.
O potencial brasileiro: o agro como vetor solar
O Brasil tem tudo para ser o berço da agrovoltaica na América Latina. Com um dos maiores potenciais solares do mundo e uma vocação agrícola inquestionável, o país reúne condições ideais para essa simbiose entre energia e produção rural.
Imagine o impacto: fazendas de soja, milho, frutas e pastagens que geram eletricidade durante o dia e abrigam culturas agrícolas sob os painéis, com melhor controle térmico e hídrico.Ou ainda cooperativas rurais autossuficientes, que produzem, armazenam e comercializam energia limpa como um novo ativo econômico.
Com o HJT, tecnologia de alto desempenho e baixíssimo impacto ambiental, o Brasil pode liderar uma revolução na fronteira entre agro e energia, unindo seus dois maiores patrimônios: o sol e o solo.
O futuro do agro é solar e vertical
O modelo Agri-HJT é a expressão de uma nova mentalidade energética: gerar sem competir, produzir em harmonia com o ambiente.Com eficiência superior, durabilidade e estética refinada, os módulos HJT redefinem o papel da energia solar no campo, transformando áreas produtivas em fazendas duplamente sustentáveis.
Para o Brasil, onde a agricultura responde por mais de 25% do PIB e a energia solar cresce de forma explosiva, a união dessas forças pode ser a chave para a próxima década de inovação verde.O HJT não apenas gera mais energia, ele cria novas formas de valor, promovendo o desenvolvimento rural e consolidando o país como líder em soluções solares sustentáveis.
Agrovoltaicos Verticais: O Duplo Valor do HJT no Campo
Maravilha pessoal, ótimo conteúdo.
Muito bom.