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Brasil pode criar 760 mil novos empregos em bioenergia até 2030, aponta estudo da Schneider Electric e Systemiq

País já representa 26% da força de trabalho global do setor e pode crescer 63% até o fim da década; qualificação profissional é o principal desafio para que o país lidere a economia "desfossilizada"


Brasil pode criar 760 mil novos empregos em bioenergia até 2030, aponta estudo da Schneider Electric e Systemiq
Brasil pode criar 760 mil novos empregos em bioenergia até 2030, aponta estudo da Schneider Electric e Systemiq

São Paulo, novembro de 2025 – A Schneider Electric, líder global em tecnologia de energia, anuncia a publicação do estudo “Shaping Brazil’s Workforce for a De-fossilized Economy”, realizado em parceria com a consultoria Systemiq com o objetivo de ressaltar as oportunidades de crescimento e transformações na força de trabalho do Brasil a partir da transição energética. Entre os destaques, o novo relatório aponta que o Brasil tem potencial para ampliar em até 760 mil empregos sua força de trabalho em bioenergia até 2030, o que representa um aumento de 63% em relação ao nível atual.


De acordo com dados da International Renewable Energy Agency (IRENA), o país já concentra cerca de 26% da força de trabalho global da bioenergia, com 1,16 milhão de trabalhadores distribuídos entre a produção de insumos agrícolas, plantas industriais e logística. O levantamento reforça que a bioenergia é um dos principais vetores de descarbonização da economia global e coloca o Brasil em uma posição estratégica para liderar a produção de combustíveis de baixo carbono, como etanol, biodiesel, biometano e combustível sustentável de aviação (SAF).


Brasil no centro da transição energética

Com base em projeções da Agência Internacional de Energia (IEA), o estudo da Schneider Electric e Systemiq indica que, mesmo sob os cenários mais ambiciosos de eletrificação, a economia global continuará demandando moléculas de carbono, especialmente em setores de difícil descarbonização, como aviação, transporte marítimo e indústrias de base.


Nesse contexto, a bioenergia deve quase triplicar sua participação na matriz global até 2050, passando de 7% para cerca de 18% e o Brasil, com sua base agrícola robusta e grandes extensões de terras degradadas, pode liderar essa transição. Além de reduzir emissões, essa expansão pode impulsionar o desenvolvimento regional, gerar renda no campo e fortalecer cadeias produtivas locais, desde a agricultura até a indústria de equipamentos e serviços técnicos.


“Este estudo mostra que a descarbonização é mais do que uma agenda ambiental - trata-se de um caminho para fortalecer a competitividade do Brasil no longo prazo”, afirma Rafael Segrera, presidente da Schneider Electric para a América do Sul e líder do grupo de trabalho para Empregos e Habilidades Verdes na SB COP30. “Os dados indicam que, cada novo emprego direto na cadeia da bioenergia pode gerar até três postos indiretos em setores como transporte e manutenção. Estamos falando de um efeito multiplicador que impulsiona inovação, renda e desenvolvimento regional. A transição energética será vencedora se for também uma transição justa e isso começa com a capacitação das pessoas.”


Para Patricia Ellen, Sócia da Systemiq LATAM, a pesquisa evidencia que o avanço da bioenergia depende da coordenação entre políticas públicas, investimento privado e modernização do ensino técnico. “Estamos diante de uma oportunidade de redesenhar o vínculo entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade. O desafio não é apenas gerar empregos, mas garantir que eles sejam qualificados, verdes e inclusivos. O Brasil pode se tornar um modelo global de como preparar sua força de trabalho para a nova economia de baixo carbono.”


Lacunas de qualificação ameaçam o avanço

O estudo da Schneider Electric e Systemiq evidencia que a falta de mão de obra qualificada já é um gargalo para o avanço da bioenergia, com carência de profissionais em áreas como automação, eletrificação, manutenção industrial e transporte.


Até 2030, será necessário qualificar cerca de 450 mil novos profissionais, dos quais 75 mil técnicos e engenheiros devem receber treinamento em tecnologias digitais e eficiência energética. Outros 380 mil trabalhadores precisarão de reciclagem e formação técnica básica, especialmente em segmentos de produção agrícola e logística.


Somadas às ocupações tradicionais, novas habilidades emergem como essenciais para a economia “desfossilizada”: controle e automação industrial; segurança cibernética operacional; eficiência energética; e rastreabilidade de carbono.


Cadeia de valor e impactos econômicos

Cada elo da cadeia de bioenergia deverá crescer significativamente ao longo da década. O segmento de produção de biomassa deve gerar o maior número de empregos, com até 530 mil novas vagas diretas e um impacto estimado entre US$ 21 bilhões e US$ 40 bilhões no PIB brasileiro. Já a indústria tende a somar até 170 mil empregos diretos e 480 mil indiretos, contribuindo com aproximadamente US$ 13 bilhões. A logística, por sua vez, deve ampliar sua participação com cerca de 34 mil novos empregos e movimentar US$ 700 milhões em valor adicionado.


O relatório da Schneider Electric e Systemiq também enfatiza que a automação, a conectividade e o uso de tecnologias de monitoramento inteligente podem estimular a competitividade de todo o setor, diminuindo perdas e ampliando a eficiência operacional. Com soluções digitais e sistemas de gestão energética integrados, a bioenergia brasileira pode se consolidar como um vetor estratégico na transição para a economia de baixo carbono.


Plano de ação em três fases

Para que o Brasil alcance esse potencial, o estudo propõe uma estratégia escalonada de qualificação profissional. No curto prazo, recomenda-se o uso de academias corporativas, programas de capacitação in company e certificações modulares, de modo a atender à demanda imediata por técnicos e operadores especializados.


No médio prazo, sugere-se a integração de dados entre governo, instituições de ensino e empresas, de forma a criar observatórios de competências e mecanismos de certificação verde capazes de alinhar a oferta e a demanda de talentos. Já no longo prazo, o plano prevê reformas estruturais na educação técnica e superior, a fim de incorporar competências digitais, industriais e de sustentabilidade nos currículos, bem como aprimorar a governança intersetorial.


Entre os exemplos citados como boas práticas estão os cursos de “Industrial Training for Productivity” do SENAI e o programa “Empreenda Rápido” do governo do estado de São Paulo, assim como o Open Talent Market da própria Schneider Electric - plataforma global baseada em inteligência artificial que conecta colaboradores a projetos, mentorias e oportunidades de desenvolvimento profissional.


Metodologia do estudo

O estudo foi conduzido pela Schneider Electric em parceria com a Systemiq combinando entrevistas estruturadas com especialistas de instituições públicas e privadas e análises quantitativas baseadas em dados oficiais e modelagens setoriais. O processo envolveu o mapeamento das cadeias de valor, a identificação das empresas e ocupações por meio das plataformas de Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), além da projeção de crescimento setorial com multiplicadores de emprego do BNDES.


Essas informações foram cruzadas com bases de qualificação governamentais e projeções de formação até 2030. A análise sobre as competências do futuro se baseou em documentos de referência de instituições como Confederação Nacional da Indústria (CNI), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), resultando em uma visão abrangente sobre o potencial de geração de empregos e o papel estratégico da qualificação na transição energética brasileira.


Sobre a Schneider Electric

A Schneider Electric é líder global em tecnologia de energia, promovendo eficiência sustentabilidade por meio da eletrificação, automação e digitalização de indústrias, negócios e residências. Suas tecnologias permitem que edifíciosdata centersfábricasinfraestruturas redes funcionem como ecossistemas abertos e interconectados, aumentando desempenho, resiliência e sustentabilidade.


O portfólio inclui dispositivos inteligentes, arquiteturas definidas por software, sistemas impulsionados por inteligência artificial, serviços digitais e consultoria especializada. Com 160 mil colaboradores e 1 milhão de parceiros em mais de 100 países, a Schneider Electric é constantemente reconhecida como uma das empresas mais sustentáveis do mundo.



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