Brasil se prepara para o primeiro grande leilão de baterias e mira 2 GW em armazenamento de energia
- EnergyChannel Brasil
- há 29 minutos
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Nova secretaria de Eletromobilidade e Conselho Nacional de Política Energética devem reforçar a estratégia do governo para acelerar a transição energética e integrar fontes renováveis.

O Brasil está prestes a dar um passo histórico na modernização de sua matriz elétrica. O Ministério de Minas e Energia (MME) projeta que o primeiro leilão dedicado exclusivamente a sistemas de armazenamento por baterias poderá contratar até 2 gigawatts (GW) de capacidade instalada, marcando o início de uma nova era para o setor elétrico nacional.
O anúncio foi feito pelo ministro Alexandre Silveira, que destacou o papel estratégico do armazenamento de energia no equilíbrio entre oferta e demanda e na expansão das renováveis, especialmente solar e eólica. “O leilão de baterias será um marco na nossa política energética, garantindo segurança, estabilidade e eficiência no sistema”, afirmou o ministro.
Avanço institucional: Eletromobilidade e planejamento integrado
Além do leilão, o MME prepara duas novas estruturas que reforçam a agenda da transição energética brasileira: a Secretaria de Eletromobilidade, voltada à integração de veículos elétricos na matriz, e o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) reformulado, que deve ampliar sua atuação sobre temas como descarbonização, eficiência energética e inovação tecnológica.
Essas medidas se alinham ao compromisso do Brasil de alcançar neutralidade de carbono até 2050, ao mesmo tempo em que ampliam o papel do país como potência verde e hub de tecnologia limpa na América Latina.
Armazenamento: o novo pilar da transição energética
O armazenamento de energia é considerado essencial para a consolidação das fontes renováveis intermitentes. No Brasil, onde a geração solar e eólica já ultrapassa 35 GW, o uso de baterias promete estabilizar o fornecimento, reduzir custos com termelétricas e evitar sobrecargas na rede.
Especialistas apontam que o modelo do leilão deve considerar não apenas o preço da energia armazenada, mas também os serviços prestados ao sistema — como regulação de frequência, reserva de capacidade e suporte à rede em horários de pico.
Mercado em expansão e oportunidades para investidores
Empresas de energia, fabricantes de baterias e investidores internacionais acompanham de perto o movimento. O mercado brasileiro pode se tornar um dos maiores polos de armazenamento energético da América Latina, impulsionando tanto a produção local de equipamentos quanto a atração de novas tecnologias.
Para o EnergyChannel, esse leilão representa um divisor de águas: o momento em que o Brasil começa a construir, de forma estruturada, a infraestrutura energética do futuro baseada em flexibilidade, eficiência e baixo impacto ambiental.
Brasil se prepara para o primeiro grande leilão de baterias e mira 2 GW em armazenamento de energia