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Caminhões a diesel da Zona Franca de Manaus concentram quase metade das emissões de transporte no Norte

Novo estudo da Rede de Trabalhos Amazônicos (GTA) revela como o diesel afeta comunidades e territórios da região e aponta a eletrificação como caminho para mitigar danos


Caminhões a diesel da Zona Franca de Manaus concentram quase metade das emissões de transporte no Norte
Caminhões a diesel da Zona Franca de Manaus concentram quase metade das emissões de transporte no Norte

A Rede de Trabalho Amazônico (GTA), membro da rede da Gigantes Elétricos (coalizão que reúne organizações da sociedade civil para acelerar a eletrificação do transporte pesado no Brasil), lançou hoje (18/11), durante a COP30, o relatório “Caminhões a Diesel na Zona Franca de Manaus: Impactos e Alternativas Sustentáveis para a Logística Amazônica”. 


Segundo o estudo, caminhões a diesel que abastecem a Zona Franca de Manaus são responsáveis por quase metade de todas as emissões do transporte na região Norte do Brasil com graves impactos sociais, climáticos e à saúde. Com 12 estações de recarga rápida, a região poderia operar 300 caminhões elétricos, reduzindo o tempo de viagem em 15% e economizando 5,4 milhões de litros de diesel por ano. para aprofundar sobre as descobertas do relatório. 


O estudo argumenta que o abismo entre as promessas globais e a falta de ação local expõe um grande risco de credibilidade para a indústria, especialmente à medida que a COP30 acontece em Belém principalmente porque, apesar das metas públicas de emissão zero, a Volvo e a Daimler, que dominam a frota regional, ainda não venderam um único caminhão elétrico na Amazônia.


Entre 2014 e 2022, as internações por doenças respiratórias em municípios amazônicos aumentaram 50%, gerando um custo anual de R$55 milhões ao sistema público de saúde do Brasil. O estudo também chama atenção para as consequências sociais e territoriais das grandes rodovias amazônicas como a BR-319, BR-163 e a Transamazônica. Essas rotas têm acelerado o desmatamento, a grilagem de terras, atividades ilegais como garimpo e tráfico, e a pressão sobre territórios indígenas e comunidades tradicionais muitas vezes sem consulta prévia, em violação à Convenção 169 da OIT.


A eletrificação das frotas ao longo desses corredores sensíveis traria benefícios diretos como:

  • Redução de ruído e preservação das paisagens sonoras naturais;

  • Eliminação das emissões tóxicas locais (NOₓ e PM2.5);

  • Menor risco de contaminação da água;

  • Criação de corredores de baixas emissões com monitoramento ambiental permanente.


Para garantir uma transição justa e sustentável, o relatório recomenda assegurar o Consentimento Livre, Prévio e Informado dos povos afetados, respeitar os protocolos comunitários de tráfego, implementar medidas de compensação ambiental e tecnológica como energia solar e conectividade indígena e garantir que a infraestrutura de recarga seja abastecida por fontes renováveis.


Sobre a Rede de Trabalho Amazônico (GTA)

A Rede de Trabalho Amazônico (GTA) é um movimento social de base fundado em 1992, na região amazônica brasileira, que atualmente integra dezesseis coletivos regionais em nove estados da Amazônia. Composta por mais de 400 entidades de base, a Rede GTA representa pescadores artesanais, seringueiros, agricultores familiares, povos indígenas, quebradeiras de coco babaçu, ribeirinhos, quilombolas, castanheiros, extrativistas, ambientalistas, pesquisadores, coletivo de mulheres, coletivo de juventudes, rádios comunitárias e organizações ambientalistas, de assessoria técnica e de direitos humanos, sendo 60% dessas entidades lideradas por mulheres.


Sobre a Gigantes Elétricos

A Gigantes Elétricos é uma iniciativa internacional que busca engajar os principais fabricantes de caminhões pesados em um compromisso concreto com uma transição justa para o transporte de carga elétrico. Faz parte de uma rede global dedicada a acelerar a transição para frotas de caminhões elétricos promovendo inovação, competitividade e benefícios sociais e ambientais no Brasil e no mundo.


Caminhões a diesel da Zona Franca de Manaus concentram quase metade das emissões de transporte no Norte

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