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MERCADO LIVRE DE ENERGIA EM 2026: ESQUEÇA O MILAGRE E EVITE O PIOR

Por Arthur Oliveira


Tornou-se recorrente a busca por uma suposta energia a R$ 180/MWh para 2026, apresentada como solução garantida e de preço fixo uma expectativa que, na prática, não se sustenta no mercado.


MERCADO LIVRE DE ENERGIA EM 2026: ESQUEÇA O MILAGRE E EVITE O PIOR
MERCADO LIVRE DE ENERGIA EM 2026: ESQUEÇA O MILAGRE E EVITE O PIOR

A resposta é sempre a mesma: esse preço não existe e nunca vai existir de forma sustentável. Quem oferece sabe que não vai entregar, porque nenhuma empresa sobrevive comprando energia por 10 e revendendo por 9. É matemática elementar. 


Considerando hidrologia, encargos regulatórios, expansão renovável e curva real de preços, o resultado é cristalino: 2026 será mais caro que 2025. Não é opinião, é fato já precificado pelo mercado. 


O QUE OS NÚMEROS REAIS ESTÃO MOSTRANDO HOJE 


Na última semana útil antes de dezembro de 2025, o contrato convencional para o primeiro trimestre de 2026 subiu 9,28% e fechou a R$ 262,79/MWh.


A energia incentivada 50% já bateu R$ 291,77/MWh, segundo a BBCE. Isso não é ruído, é tendência. A Anace estima que os novos encargos setoriais, custo de transmissão e antecipação de usinas de reserva vão acrescentar até R$ 65/MWh ao custo final do consumidor livre. A TUSD para indústrias já foi reajustada em 18,5% em algumas regiões. A NOAA confirma La Niña fraco com 70% de probabilidade até fevereiro de 2026, o que significa chuvas irregulares no Sul e Sudeste exatamente onde estão 60% dos reservatórios. 


Some tudo isso à liquidez altíssima nos contratos de 2026 e você entende por que o mercado inteiro está correndo para travar volume agora. 


CENÁRIOS REALISTAS 

Esqueça o cenário de energia barata. Ele tem probabilidade próxima de zero. Após cruzar hidrologia com regulação, renováveis com demanda e preços atuais com projeções de longo prazo, chegamos aos seguintes cenários para 2026: 


O CENÁRIO MAIS PROVÁVEL (65% de chance) é o de pressão sustentada. Preços médios entre R$ 260 e R$ 290/MWh no convencional e entre R$ 290 e R$ 330/MWh na incentivada 50%. Isso representa aumento real de 12% a 18% em relação a 2025. 


Há um CENÁRIO DE ESTABILIDADE TENSA (25% de chance) caso tenhamos hidrologia neutra e entrada forte de renováveis. Nesse caso os preços ficariam entre R$ 220 e R$ 250/MWh no convencional, ainda assim mais caro que 2024 e 2025. 


O CENÁRIO DE VOLATILIDADE EXTREMA (10% de chance) traria oscilações brutais, com momentos abaixo de R$ 200/MWh e picos acima de R$ 320/MWh. 


Quem depender só do mercado spot pode ver contas saltarem entre 50 e 70% em meses críticos. 


A previsão base realista, considerando todos os cruzamentos, aponta para R$ 250/MWh médio no convencional e R$ 290/MWh na incentivada 50%, com 60% de chance de ficar acima disso se a hidrologia for apenas mediana. 


O IMPACTO NO BOLSO DE UMA INDÚSTRIA MÉDIA 


Para uma empresa com consumo médio de 5 a 10 MW, o cenário mais provável significa entre R$ 2,5 milhões e R$ 3,5 milhões a mais na conta de energia em 2026 comparado a 2025. No cenário de volatilidade extrema, esse valor pode chegar a R$ 4 milhões ou mais em anos ruins. É dinheiro que sai direto do lucro ou vai para o preço final do produto. 


O QUE FAZER AGORA AÇÕES CONCRETAS E REALISTAS 

Contrate hoje o máximo de volume que o orçamento comportar, mesmo que o preço esteja entre R$ 255 e R$ 295/MWh. É infinitamente melhor pagar 12-15% a mais do que você sonhava do que 40-60% a mais no spot quando chegar 2026. 


Dê preferência absoluta a contratos com modulação sazonal ou mensal. Essa flexibilidade permite reduzir volume nos meses caros e aumentar nos meses eventualmente mais baratos. 


Avalie com seriedade autoprodução solar com ou sem bateria, ou parceria em pequenas centrais hidrelétricas e usinas fotovoltaicas com equity. Para cargas acima de 4-5 MW médio, a APE irá proteger o consumidor contra desgastes futuros. 


Fuja como o diabo da cruz de qualquer proposta boa demais para ser verdade. Energia incentivada 50% a R$ 180-200/MWh para 2026 com contrato longo é sinônimo de calote ou falência da trading antes da entrega. 


Considere travar parte do volume em 2027 e 2028. Em vários momentos o mercado está precificando esses anos mais barato que 2026 é oportunidade real de reduzir o custo médio da década. 


SEM RODEIOS 


2026 não será o ano da energia barata. Será o ano em que apenas quem tomou decisões consistentes em 2025 conseguirá conviver com um custo elevado, porém previsível. Quem aguardou por milagres enfrentará um cenário mais caro, mais volátil e possivelmente sem disponibilidade firme de contrato. 


A solução continua sendo a combinação de realismo e estratégia: contratar o que é possível agora, estruturar proteção via hedge e considerar seriamente a autoprodução como mecanismo de estabilidade de longo prazo. 


Se desejar, posso elaborar em 24 horas três cenários quantitativos otimista, base e pessimista — com o impacto direto no fluxo de caixa da sua empresa entre 2026 e 2028. Basta enviar o consumo mensal e a posição contratada atual. 


O tempo da espera acabou. O que resta são decisões inteligentes. 


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