Sistemas de Armazenamento de Energia (BESS) e o atraso brasileiro: o que está acontecendo?
- Daniel Lima
- há 2 dias
- 2 min de leitura
Por Daniel Lima - ECOnomista
O mundo já entendeu que a geração de energia renovável combinada com sistemas de armazenamento de energia (BESS) é a combinação essencial para a evolução energética. Países estão investindo pesado em tecnologias que garantem eletricidade limpa e confiável. Mas no Brasil, onde o potencial solar e eólico é gigantesco, o avanço dessa revolução energética está travado. E o motivo? Interesses contrários que estão segurando a transição energética.

Os dados do setor mostram um crescimento expressivo desse modelo em diversos países. China e Estados Unidos lideram, com capacidades instaladas muito superiores às demais nações. As projeções dos 10 países analisados, imagem abaixo, registram um avanço significativo consolidando a tendência de expansão da tecnologia.
Os números mostram um movimento claro: os países que estão investindo em geração limpa + BESS estão garantindo um futuro energético mais seguro, sustentável e competitivo. Mas enquanto o mundo avança, o Brasil continua sem regulamentação adequada e sem incentivar a iniciativa privada a investir no setor, o que impede o crescimento dessa tecnologia no Brasil.
Atualmente o Brasil não está nem entre os 20 maiores países em capacidade instalada.
Quem está freando a transição energética no Brasil?
O setor elétrico brasileiro não tem regras claras e seguras para o desenvolvimento de grandes sistemas de armazenamento. Isso cria incertezas e afasta investidores. Enquanto isso, grupos poderosos que lucram com a energia tradicional fazem lobby para manter o país dependente de fontes fósseis.
Além disso, existe outro problema preocupante: o risco de obsolescência. Se não agirmos rápido, o Brasil pode virar um depósito de tecnologias ultrapassadas. O que está sendo descartado em países avançados pode acabar sendo vendido aqui, atrasando ainda mais nossa evolução energética.
Precisamos de regulamentação clara para garantir segurança aos investimentos, incentivos para armazenamento de energia em grande escala, bem como, na geração distribuída de energia e apoio a projetos inovadores.
Combater o lobby contrário, garantindo que interesses econômicos não prejudiquem o progresso energético do país.
A transição energética não é uma questão de escolha, mas de necessidade. O mundo está avançando, enquanto isso, o Brasil perde tempo, arriscando sua posição no cenário global e desperdiçando uma oportunidade única de se tornar referência na revolução energética.
Cada dia de atraso significa menos investimentos, menos inovação e mais dependência de tecnologias ultrapassadas. Mas ainda há tempo para agir. Se mobilizarmos sociedade, mercado e governo, podemos transformar essa realidade e garantir que o Brasil seja protagonista da nova era energética.
Os ventos da mudança já sopram pelo mundo. Agora, cabe ao Brasil decidir se quer liderar ou apenas observar a evolução acontecer de longe.

Sistemas de Armazenamento de Energia (BESS) e o atraso brasileiro: o que está acontecendo?
Comentários