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  • O DILEMA DA TARIFA DE TRANSMISSÃO E O SINAL LOCACIONAL NO SETOR ELÉTRICO

    Por Arthur Oliveira O DILEMA DA TARIFA DE TRANSMISSÃO E O SINAL LOCACIONAL NO SETOR ELÉTRICO O Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 365/2022, de autoria do deputado Danilo Forte (UNIÃO-CE), foi apresentado em 19 de outubro de 2022 e propõe sustar as Resoluções Normativas nº 1.024 e nº 1.041 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Essas resoluções alteraram a metodologia de cálculo da Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (TUST), intensificando o chamado sinal locacional um mecanismo tarifário que define quanto cada agente do setor elétrico paga pelo uso da rede de transmissão de acordo com o impacto que causa sobre ela. Em termos simples, quanto mais distante o ponto de geração estiver dos principais centros de consumo, maior tende a ser a tarifa de transmissão aplicada a esse agente. Na prática, as novas regras aumentaram o custo da TUST para geradores situados em regiões mais afastadas da carga, como o Norte e o Nordeste, e reduziram os custos para empreendimentos localizados no Sul e Sudeste, próximos dos grandes centros consumidores. A ANEEL justificou a medida como uma forma de corrigir distorções históricas e alinhar o sistema brasileiro a práticas internacionais, defendendo que as tarifas reflitam com maior precisão o uso efetivo e os custos reais da infraestrutura de transmissão. A REAÇÃO POLÍTICA E A MOBILIZAÇÃO DO NORDESTE A decisão provocou forte reação entre parlamentares do Nordeste, que enxergaram nas resoluções uma ameaça ao equilíbrio federativo do setor elétrico. O autor do PDL, deputado Danilo Forte, afirmou que a mudança da ANEEL “encarece artificialmente os novos projetos de geração renovável nas regiões que mais contribuem para a diversificação da matriz nacional”. Para ele, o modelo tarifário pune justamente as regiões com maior potencial natural como o Nordeste, líder em energia eólica e solar e favorece aquelas que já dispõem de infraestrutura consolidada. Na Câmara dos Deputados, o PDL foi aprovado em 9 de novembro de 2022, por 210 votos a favor e 71 contrários, após parecer favorável do deputado Juscelino Filho (UNIÃO-MA), também nordestino, que destacou a importância de proteger a competitividade da geração renovável na região. O texto seguiu para o Senado, onde obteve apoio do senador Cid Gomes (PSB-CE), relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). No entanto, em 5 de novembro de 2025, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) apresentou pedido de vista coletiva, adiando a votação e ampliando o debate sobre os impactos econômicos e políticos do modelo. A VISÃO DO RELATOR NO SENADO E O EMBATE NA CCJ O senador Cid Gomes defendeu a constitucionalidade do PDL 365/2022 e argumentou que as resoluções da ANEEL “provocaram impactos econômicos expressivos e assimétricos entre as regiões do país, comprometendo o desenvolvimento das fontes renováveis e o equilíbrio federativo”. Em sua avaliação, o modelo criado pela agência “pune quem está longe da carga e beneficia quem já possui infraestrutura consolidada”, contrariando os princípios de desenvolvimento regional equilibrado. Cid também alertou que o aumento do custo da TUST pode desestimular investimentos em novas usinas de geração no Norte e Nordeste, justamente as regiões com maior potencial de energia limpa. Segundo o relator, “a geração vai ser mais cara nos lugares que já têm menos infraestrutura isso estabelece a pior lógica possível: o incentivo à concentração da renda e à desigualdade regional”. A POSIÇÃO DA ANEEL E DOS GRANDES CONSUMIDORES Por outro lado, a ANEEL e entidades representativas dos grandes consumidores de energia, como a ABRACE Energia, defenderam a manutenção das resoluções. A agência argumenta que as novas metodologias seguem práticas internacionais e foram amplamente discutidas em consultas públicas. Já a ABRACE alertou que a aprovação do PDL representaria um retrocesso regulatório, lembrando que a Lei nº 9.427/1996 confere à ANEEL competência exclusiva para fixar as tarifas de transmissão. Segundo a entidade, a revogação das resoluções criaria insegurança jurídica e poderia elevar custos para consumidores do Norte e Nordeste, que atualmente se beneficiam de tarifas mais baixas devido à redistribuição dos encargos. Assim, o debate ultrapassa o campo técnico e assume contornos políticos: trata-se de definir quem deve arcar com o custo da interligação do sistema elétrico nacional e de que forma esse custo deve ser socializado entre as regiões. UMA QUESTÃO DE EFICIÊNCIA OU DE JUSTIÇA REGIONAL? O embate em torno do sinal locacional vai muito além da engenharia tarifária. Ele traduz uma disputa entre duas visões de país: de um lado, os que defendem uma precificação estritamente econômica e concentrada nos custos de transmissão; de outro, aqueles que valorizam o papel estratégico do desenvolvimento regional e da transição energética equilibrada. O modelo proposto pela ANEEL, ao intensificar o sinal locacional, acaba por ampliar desigualdades estruturais, penalizando justamente o Nordeste a região que mais tem atraído investimentos em energia eólica e solar e que contribui decisivamente para a diversificação da matriz elétrica nacional. O verdadeiro desafio não é apenas buscar eficiência tarifária, mas assegurar justiça federativa e sustentabilidade no longo prazo. O sistema elétrico brasileiro, fortemente interligado e geograficamente diverso, requer políticas que conciliem competitividade e equidade, sem inviabilizar os investimentos em geração limpa nas regiões que lideram a transição energética do país. O FUTURO DO PDL 365/2022 E SUAS IMPLICAÇÕES PARA O SETOR Com o pedido de vista na CCJ, o PDL 365/2022 ainda aguarda nova data para votação no Senado. Seu desfecho será decisivo para o futuro da política tarifária no país. Caso aprovado, as resoluções da ANEEL serão suspensas, restabelecendo a metodologia anterior e abrindo espaço para revisão do modelo. Caso rejeitado, a decisão consolidará o novo paradigma do sinal locacional como princípio de precificação da rede. Independentemente do resultado, o episódio expõe a urgência de uma política energética que una previsibilidade regulatória, incentivo à geração renovável e equilíbrio regional. O desafio é construir um sistema tarifário que, ao buscar eficiência, não sacrifique o desenvolvimento sustentável e a coesão federativa pilares essenciais para a transição energética justa que o Brasil precisa liderar. O DILEMA DA TARIFA DE TRANSMISSÃO E O SINAL LOCACIONAL NO SETOR ELÉTRICO

  • Siemens e GIZ se unem para desfossilizar a indústria e descarbonizar a economia no Brasil

    Acordo que será firmado às vésperas da COP30 une tecnologia e cooperação internacional para acelerar a descarbonização e o avanço da energia limpa no país Assinatura reforça relação entre Siemens e GIZ, consolidando o compromisso conjunto com soluções sustentáveis e de impacto global Siemens e GIZ se unem para desfossilizar a indústria e descarbonizar a economia no Brasil A Siemens Brasil, líder global em tecnologia e automação industrial, e a GIZ ( Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit) , agência alemã de cooperação internacional, oficializou no dia 8 de novembro, em São Paulo, a assinatura do Memorando de Entendimento (MoU)  Journey for Climate Action . O documento foi firmado por Pablo Fava, CEO da Siemens Brasil, Jochen Quinten, diretor nacional da GIZ no Brasil, e Dr. Markus Francke, diretor de Energia da GIZ no país.  A iniciativa aconteceu às vésperas da COP30, que será realizada em Belém (PA), entre os dias 10 e 21 de novembro, e reforça o papel do Brasil como protagonista global na agenda climática. Siemens e GIZ já atuam de forma integrada em diversas áreas de tecnologia e sustentabilidade. O objetivo da assinatura é fortalecer essa parceria estratégica, com foco no desenvolvimento de soluções conjuntas para a descarbonização da economia, o uso eficiente de recursos naturais e a expansão de fontes de energia limpa – conectando inovação tecnológica e cooperação internacional.  O memorando concentra-se em áreas estratégicas para a transição ecológica, como o avanço dos combustíveis sustentáveis de aviação (SAF), o uso do hidrogênio verde (H₂V), o aço verde e os data centers sustentáveis, além da promoção da inteligência artificial verde e de capacitações tecnológicas e digitais responsáveis. Além disso, também contempla estudos e ações voltadas à desfossilização da indústria, à exploração de minerais críticos para a transição energética e à rastreabilidade de cadeias produtivas, incluindo o agronegócio.  Entre os compromissos do acordo, destacam-se o desenvolvimento de projetos-piloto inovadores com foco em viabilidade técnica e comercial e o mapeamento de oportunidades para substituir fontes fósseis por alternativas limpas e sustentáveis. Estão previstas ainda missões técnicas e workshops para promover a troca de conhecimento, o fortalecimento de redes colaborativas e a identificação de sinergias entre iniciativas públicas e privadas.  A  Journey for Climate Action  cria também uma estrutura de governança colaborativa para garantir a implementação e o monitoramento das iniciativas, promovendo um modelo de desenvolvimento sustentável baseado em inovação, eficiência e impacto social.  Com essa iniciativa, Siemens e GIZ reafirmam o compromisso com a transição energética e o futuro sustentável do Brasil, alinhando-se às metas globais de descarbonização e combate às mudanças climáticas.  Sobre a Siemens Brasil    A  Siemens Brasil  iniciou suas primeiras atividades em 1867, com a instalação da linha telegráfica pioneira entre o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul. Em 1905, ocorria a fundação da empresa no País. Ao longo de sua história, a empresa contribuiu ativamente para a construção e para a modernização da infraestrutura brasileira, com um portfólio de tecnologias inovadoras que capacita seus clientes a acelerarem sua própria transformação digital e a alcançarem maior sustentabilidade. Além disso, oferece serviços financeiros, gestão imobiliária corporativa e serviços de negócios indiretos. O Grupo Siemens é formado pela Siemens Brasil, Siemens Healthineers e Mobility e está presente em praticamente todo o território nacional. Conta atualmente com sete centros de Pesquisa e Desenvolvimento, com o SITRAIN - Centro de excelência para clientes do setor industrial -, além do Digital Experience Center (DEX), um ambiente que permite uma experiência imersiva pelo ecossistema de soluções e serviços da companhia. Para mais informações acesse:  www.siemens.com.br  ou nosso Relatório Institucional e ESG.    Sobre a GIZ    A Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH é uma empresa do Governo da Alemanha que atua em mais de 120 países. Ela apoia o governo alemão na cooperação internacional para o desenvolvimento sustentável. No Brasil, atua, principalmente, com foco na proteção e uso sustentável da floresta tropical, no desenvolvimento socioeconômico, na promoção da educação profissional e de emprego, na transição justa nos setores de energias renováveis e transformação urbana. Em conjunto com seus parceiros brasileiros, a GIZ trabalha para desenvolver soluções eficazes e contribuir para a construção de um futuro mais justo e sustentável. Siemens e GIZ se unem para desfossilizar a indústria e descarbonizar a economia no Brasil

  • Warm Up do Energy Solutions Show promove debate sobre o futuro da energia corporativa no Brasil

    Evento em parceria com o Cubo Itaú reunirá líderes do setor para discutir transição energética, inovação e estratégias de descarbonização empresarial Warm Up do Energy Solutions Show promove debate sobre o futuro da energia corporativa no Brasil São Paulo, 10 de novembro de 2025  — O mercado de energia brasileiro terá pela primeira vez um evento dedicado exclusivamente aos grandes consumidores industriais de energia. O Energy Solutions Show 2026, que será realizado nos dias 22 e 23 de abril no Distrito Anhembi, em São Paulo, promove seu aquecimento oficial no próximo dia 12 de novembro, com o evento "Energy ao Cubo", no Cubo Itaú. A iniciativa surge em resposta à crescente demanda de empresas do Grupo A de consumidores — indústrias e grandes corporações que enfrentam pressão por redução de custos operacionais e metas de descarbonização. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o setor industrial representa 32% do consumo energético nacional. "Identificamos uma lacuna no mercado. Existem eventos para o setor elétrico, mas nenhum voltado especificamente para quem consome energia em larga escala e busca soluções práticas", explica  Leonardo Benedicto, Diretor de Negócios na Informa Markets Latam , organizadora do Energy Solutions Show. Agenda técnica e estratégica O Energy ao Cubo reunirá executivos de empresas como Sabesp, Natura e Accenture para debater estratégias de gestão energética e cases de sucesso em eficiência. A programação matinal focará em temas regulatórios e mercado livre de energia, enquanto o período vespertino será dedicado a inovação e startups do setor. Entre os palestrantes confirmados estão Gisele Cunha de Abreu (Sabesp), Fábio Balladi (GUD Energia), Rodrigo Borges (Aurora Energy Research), Roberto Falco (Accenture) e Gustavo Naciff (EPE). O evento também contará com Denise Leal (Natura), Marcos Mesquita (Copa Energia) e Alexandre Barroso de Oliveira (Auren Energia). Foco em soluções práticas Diferentemente de eventos tradicionais do setor elétrico, o Energy Solutions Show 2026 terá como público-alvo gestores de energia de indústrias, shopping centers, hospitais e grandes redes de varejo. O objetivo é conectar essa demanda com fornecedores de tecnologias para eficiência energética, geração distribuída e automação. "O mercado livre de energia cresceu 15% em 2024, mas muitas empresas ainda não sabem como aproveitar essas oportunidades. Queremos ser essa ponte", afirma  Leonardo Benedicto . Premiação reconhece inovação O encerramento do Energy ao Cubo incluirá a Premiação de Cases do Setor, que destacará soluções desenvolvidas por startups da comunidade do Cubo Itaú nas áreas de eficiência energética e descarbonização corporativa. O evento tem Copa Energia como mantenedora e apoio de Auren Energia, Cemig, ISA Energia Brasil, Seagems, Lead Energy e Energy Solutions Show. Transição energética em pauta O timing do evento coincide com o momento em que empresas brasileiras intensificam investimentos em transição energética. Levantamento da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace) indica que 78% das empresas do Grupo A planejam investir em eficiência energética nos próximos dois anos. A realização do Energy Solutions Show 2026 também se alinha às metas do Novo Marco Legal do Gás e às diretrizes do Plano Nacional de Energia 2050, que prevê maior participação de renováveis na matriz energética industrial. Serviço Energy ao Cubo - Warm Up do Energy Solutions ShowData: 12 de novembro de 2025Horário: 9h às 18hLocal: Cubo Itaú (Alameda Vicente Pinzon, 54, Vila Olímpia, São Paulo)Inscrições:  https://www.sympla.com.br/evento/energy-ao-cubo/3168182 Warm Up do Energy Solutions Show promove debate sobre o futuro da energia corporativa no Brasil

  • ABB vai eletrificar a maior mina de lítio dos Estados Unidos

    Em fase de implantação, Thacker Pass, em Nevada, terá sistema elétrico concebido e comissionado pela empresa ABB vai eletrificar a maior mina de lítio dos Estados Unidos São Paulo, 10/11/2025 --  A fabricante de equipamentos elétricos  ABB anunciou um contrato com a Lithium Americas Corp.  para eletrificar Thacker Pass, o maior depósito de lítio já identificado e de potencial comprovado nos Estados Unidos, localizado no Norte de Nevada. A ABB será responsável por criar pacotes de eletrificação para todas as fases da extração, com conjuntos de cubículos, centros de controle de motores, inversores de frequência, sistemas auxiliares de distribuição e de gerenciamento de energia, abrangendo todos os processos da unidade, da extração ao beneficiamento mineral. Especificadas para operação em ambientes hostis, as tecnologias serão disponibilizadas em módulos otimizados, já prontos para implantação, e integradas às plataformas digitais da ABB, que vão monitorar a saúde de ativos, os indicadores de produtividade e otimizar o uso de energia ao longo de toda a extração. A ABB ficará a cargo do processo de engenharia, desde a concepção de soluções de eletrificação, automação e digitalização até as respectivas implementações finais. As equipes da empresa já trabalham com os times de engenharia e de procurement da Lithium Americas e da construtora Bechtel para definir as primeiras especificações e prioridades da eletrificação. “A parceria com a ABB é um marco em nossa jornada para produzir lítio em Thacker Pass com responsabilidade e segurança”, afirmou Richard Gerspacher, EVP de Capital Projects da Lithium Americas. “A tecnologia e a expertise da empresa vão apoiar a disponibilização de lítio para o mercado americano, com benefícios econômicos para trabalhadores, empresas e comunidades.” A ABB tem ampla experiência na eletrificação aplicada à mineração, com implantações já realizadas em todos os tipos de minas, em diversas partes do mundo. O portfólio da empresa reúne soluções para viabilizar a transição energética do segmento por meio da integração de tecnologias de eletrificação, automação e digitalização. Thacker Pass tem previsão de iniciar operações em 2027. Quando operacional, o projeto deverá disponibilizar até 40 mil toneladas anuais de carbonato de lítio, volume suficiente para produzir baterias para cerca de 800 mil automóveis elétricos por ano. ABB vai eletrificar a maior mina de lítio dos Estados Unidos

  • Agropalma anuncia retomada na produção de biodiesel no Pará

    Empresa inaugura usina de biocombustíveis que transformará resíduos em energia limpa para abastecer o mercado local; Planta industrial é a primeira do estado a utilizar somente tecnologia enzimática, considerada a mais moderna do setor; Com o biodiesel produzido pela companhia, cerca de 39 mil toneladas de CO2 deixarão de ser lançadas por ano na atmosfera Agropalma anuncia retomada na produção de biodiesel no Pará São Paulo, 10 de novembro de 2025 -  A Agropalma, empresa brasileira reconhecida mundialmente como referência na produção sustentável de soluções com óleo de palma, anuncia a retomada na fabricação de biodiesel com a inauguração de uma nova planta industrial no Pará. O marco representa o retorno da companhia ao mercado de biocombustíveis após um hiato de 15 anos. A nova planta é a primeira de reação 100% enzimática no estado paraense e uma das primeiras a utilizar essa inovação no Brasil. A tecnologia é a mais moderna do setor e substitui o ácido sulfúrico e o metilato de sódio, em um processo considerado menos agressivo tanto ao maquinário como ao meio ambiente. Ela permite que a indústria utilize qualquer tipo de matéria-prima oleosa, incluindo óleos com alta acidez e resíduos graxos. Ação estratégica A usina foi estrategicamente instalada em Belém (PA) a cerca de 20 quilômetros das principais bases distribuidoras de combustível da região. Com capacidade e autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para produzir 36.000 m³/ano, a Agropalma projeta uma produção anual inicial de até 19.000 m³ de biodiesel, que visa atender de forma prioritária o mercado paraense, a fim de suprir uma demanda de 7% desse combustível no estado – com possibilidade de ampliação para 14%. O atual panorama de consumo do biocombustível no Pará foi um dos principais incentivos à volta da Agropalma ao segmento, onde atuou com pioneirismo entre 2005 e 2010. Em 2024 o estado precisou importar 268 milhões de litros de biodiesel para atender à sua demanda. Desse total, ao menos 79% do produto importado tiveram como origem o óleo de soja, vindo principalmente das regiões Centro-Oeste e Sul.  Quanto à parcela do combustível que tem como base os resíduos da cadeia de palma, principal produção agrícola paraense, um fenômeno chamou a atenção: os subprodutos eram vendidos externamente para voltar como produto final. Diante desse contexto, a companhia entendeu que existia uma lacuna que poderia ser preenchida com a fabricação e circulação local do insumo, fortalecendo também a economia regional.  Mudanças no mercado O investimento tornou-se ainda mais viável graças à clareza regulatória sobre o percentual obrigatório de biodiesel no diesel. Neste ano, a porcentagem que em 2022 era de 10% atingiu os 15%, já com expectativa de alcançar 20% em 2030. Essa determinação impulsiona a demanda pelo produto no longo prazo, indicando um mercado garantido e com potencial de crescimento. A expectativa é de que, somente no Pará, o consumo do biocombustível aumente 50% em um período de cinco anos, passando de 448 milhões para 674 milhões de litros ao ano.  “Estamos muito contentes por retornar ao ramo do biodiesel em um momento que existe um direcionamento e crescimento desse setor. É um movimento em consonância com a busca por ações de inovação ecológica e uma transição justa”, afirma André Gasparini, diretor Comercial, de Marketing e P&D da Agropalma.  Gasparini aponta que as transformações do cenário tecnológico e normativo foram essenciais para esse movimento da empresa. “No passado, nossa planta só rodava com uma única matéria-prima. No mercado, inicialmente, não havia obrigatoriedade da mistura de biodiesel no diesel. O volume recomendado era pequeno e, mesmo quando se tornou obrigatório, ainda gerava baixa demanda. O processo de venda era todo feito por leilão. Hoje, a situação é completamente diferente”, compara.  O diretor da Agropalma explica que a produção do biocombustível cumprirá uma função estratégica de dar uma destinação mais nobre aos subprodutos dos processos produtivos da companhia: “esse é um investimento operacional, ambiental e financeiramente mais vantajoso”.  Compromisso com a economia circular A construção da nova usina reforça o posicionamento vanguardista da Agropalma com a sustentabilidade e a formação de uma economia circular. Com o biodiesel - o subproduto, que antes era comercializado como resíduo, transforma-se em um produto de maior valor agregado. Oleoginosos, como o óleo de lagoa e o ácido graxo, provenientes do processo de extração e refino, e outros produtos que não atingiram a especificação para ser refinados e comercializados, passarão a fechar a cadeia de óleo de palma, que já é reconhecidamente robusta. “A cadeia da palma construída pela Agropalma é verticalizada, mas tem circularidade”, ressalta Fabrício Menezes de Souza, coordenador da Planta de Biodiesel da Agropalma. “A geração do biodiesel, que parece ser o último estágio desse conjunto, na verdade, moverá toda a cadeia produtiva mais uma vez. Todo o CO2 produzido nas operações, será absorvido pela plantação, que, com a luz solar e a fotossíntese, produzirá naturalmente mais frutos que resultarão em mais óleo - e assim sucessivamente.”  A companhia estima que a produção de biocombustível acarretará benefícios ambientais mensuráveis, que poderão ser calculados via o programa RenovaBio. A nota de eficiência final será mensurada por uma agência externa baseada em observação de pelo menos seis meses de produção da indústria, mas estimativas iniciais apontam que: O biodiesel fabricado e utilizado evitará a emissão de 39 mil toneladas de CO2 por ano na atmosfera; Essa redução de CO2 é equivalente a tirar 19,7 mil carros das ruas de circulação por ano; “Ao nos permitir transformar a maneira como os subprodutos da cadeia da palma e outros resíduos oleosos são tratados, possibilitando a reciclagem em escala industrial e gerando um combustível limpo, estamos contribuindo para o desenvolvimento e a sustentabilidade da nossa região”, atesta Souza.  Impacto social A obra e o funcionamento da nova planta da Agropalma motivaram um impacto social positivo, consolidando a economia e o progresso local do estado nortista: ao todo, entre diretos e indiretos, mais de 340 empregos foram gerados. Para Edison Henrique Delboni, Diretor Industrial da Agropalma, o projeto representa um marco na história da empresa. "A construção da usina foi desafiadora e envolveu mais de 300 pessoas em campo. No entanto, foi uma experiência de mudança de vida para muitos”, declara. Ao investir em uma tecnologia industrial pioneira no Pará e estimular a economia circular e a diminuição de carbono, a Agropalma posiciona a palma como protagonista na transição energética. A usina já está operando, realizando homologações para comercialização.  O projeto já é um exemplo prático e local do potencial do agronegócio paraense para soluções climáticas, alinhando-se diretamente aos temas de sustentabilidade e desenvolvimento responsável que serão debatidos na COP30, em Belém. “Estamos moldando hoje o futuro que desejamos, assumindo o papel de que somos a mudança que queremos ver no mundo”, conclui Delboni.  Agropalma anuncia retomada na produção de biodiesel no Pará Sobre a Agropalma   A Agropalma é uma empresa brasileira reconhecida em todo o mundo como referência na produção sustentável de soluções com óleo de palma. Sua trajetória começou em 1982, no município de Tailândia (PA), e sua atuação perfaz toda a cadeia produtiva – da fabricação de mudas ao óleo refinado e gorduras especiais às soluções de alto valor agregado. Atualmente, a companhia conta com seis indústrias de extração de óleo bruto, duas refinarias e um terminal de exportação alfandegado, e emprega cerca de 5 mil colaboradores. A Agropalma também foi pioneira em implementar, há mais de 20 anos, um programa de Agricultura Familiar com palma, que beneficia hoje mais de 300 agricultores parceiros. Guiada pelo compromisso com o planeta e as pessoas, a empresa segue avançando em suas práticas para tornar a palma sustentável uma referência brasileira. Para mais informações, acesse:  www.agropalma.com.br .  Agropalma anuncia retomada na produção de biodiesel no Pará

  • Armazenamento de energia deve ganhar impulso no Brasil com soluções para indústria e agro

    No cenário brasileiro de energia, o armazenamento em baterias (BS, na sigla em inglês) surge como protagonista em um momento de transformações regulatórias e busca por eficiência energética. Armazenamento de energia deve ganhar impulso no Brasil com soluções para indústria e agro Durante o recente evento do setor, Silvia Resende , especialista em soluções de armazenamento de energia, destacou o potencial do BS para superar desafios e gerar oportunidades de rentabilidade para empresas. Segundo Resende, o mercado corporativo é atualmente o principal destino das baterias, especialmente em aplicações “atrás do medidor”, que permitem que indústrias e comércios façam o chamado load shifting . Na prática, isso significa carregar as baterias quando a energia elétrica está mais barata e utilizá-las nos horários de pico — entre 18h e 21h quando o custo da energia dispara. “Antes, esse papel era desempenhado por geradores a diesel, mas com os preços do combustível e sua volatilidade, as baterias oferecem uma solução mais econômica e sustentável”, explica. Além do setor industrial, o segmento agro também desponta como um campo promissor para o armazenamento de energia. Em usinas híbridas, muitas vezes isoladas da rede elétrica ou com fornecimento irregular, as baterias podem ser combinadas com geradores a diesel para otimizar a operação. Ao integrar uma fonte renovável, como uma usina fotovoltaica (UFV), os sistemas conseguem reduzir o custo operacional (OPEX), diminuir o investimento em diesel e ainda aproveitar energia limpa. O gerador atua apenas como complemento em momentos de baixa geração solar, evitando a necessidade de expandir excessivamente o parque de baterias. “Vejo que, a partir do próximo ano, o BS vai se tornar um verdadeiro motor do mercado de energia no Brasil. Estamos antecipando essa tendência para preparar empresas e investidores para o novo ciclo de crescimento”, projeta Resende. Com a combinação de redução de custos, sustentabilidade e maior controle sobre o consumo, o armazenamento de energia ganha força como estratégia-chave para o setor industrial e agrícola brasileiro, prometendo transformar a maneira como energia é produzida, armazenada e consumida no país. Armazenamento de energia deve ganhar impulso no Brasil com soluções para indústria e agro

  • Huasun leva energia solar de alta eficiência para projeto ecológico de 200MW no deserto da Mongólia Interior

    A Huasun Energy forneceu seus módulos solares de heterojunção (HJT) de alta eficiência para o Projeto de Integração Fotovoltaica e Controle da Desertificação da Fazenda Florestal Xinhua , com capacidade de 200MW, localizado no distrito de Linhe, na cidade de Bayan Nur, Mongólia Interior, China. Huasun leva energia solar de alta eficiência para projeto ecológico de 200MW no deserto da Mongólia Interior A iniciativa combina geração de energia renovável com restauração ecológica, reforçando a transição do país para uma matriz energética de baixo carbono. Módulos HJT resistentes ao clima extremo do deserto Bayan Nur, na borda nordeste do Deserto Ulan Buh, é uma das principais regiões chinesas para combate à desertificação, com mais de 210 mil hectares de terra arenosa . Para o projeto, a Huasun forneceu os módulos Himalaya G12 HJT , capazes de suportar altas temperaturas, intensa radiação solar e frequentes tempestades de areia. Huasun leva energia solar de alta eficiência para projeto ecológico de 200MW no deserto da Mongólia Interior Os módulos oferecem potência de até 730W , bifacialidade de 95% e alto desempenho em condições extremas, aumentando a geração de energia em ambientes de alta refletividade como desertos. Com design de vidro duplo e estrutura de aço, os módulos garantem durabilidade frente à abrasão da areia e à infiltração de água. Análises do sistema indicam que a tecnologia HJT pode reduzir os custos de BOS em cerca de 3,5%, aumentar a geração no primeiro ano em 2,4% e elevar a taxa interna de retorno (IRR) em 0,46% em comparação com módulos fotovoltaicos convencionais. Espera-se que o projeto produza 360 milhões de kWh por ano , atendendo a mais de 100 mil residências, além de evitar a queima de 123 mil toneladas de carvão  e reduzir emissões de CO₂ em 271,7 mil toneladas, SO₂ em 65,6 toneladas e NOx em 73,4 toneladas anualmente. Huasun leva energia solar de alta eficiência para projeto ecológico de 200MW no deserto da Mongólia Interior Fotovoltaico aliado à restauração ecológica O projeto também contempla 1.600 hectares de restauração ecológica  e plantio sob os módulos de espécies tolerantes à seca, estabilizando o solo e gerando renda agrícola adicional. O modelo integra “geração de energia + restauração ambiental + agricultura moderna” , oferecendo soluções sustentáveis para regiões áridas. Huasun leva energia solar de alta eficiência para projeto ecológico de 200MW no deserto da Mongólia Interior Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) , cerca de 35% das terras do mundo estão afetadas ou ameaçadas pela desertificação. A tecnologia HJT da Huasun já foi aplicada em projetos de grande escala em desertos e regiões semiáridas da Mongólia Interior e de Xinjiang, totalizando mais de 2GW de participação em projetos . Huasun leva energia solar de alta eficiência para projeto ecológico de 200MW no deserto da Mongólia Interior Com seus produtos de alta eficiência e expertise técnica, a Huasun Energy segue impulsionando soluções de energia renovável confiáveis em ambientes desafiadores, contribuindo para a restauração ecológica e para a redução de carbono na China. Huasun leva energia solar de alta eficiência para projeto ecológico de 200MW no deserto da Mongólia Interior

  • ONU alerta: meta de 1,5°C no aquecimento global deve ser ultrapassada na próxima década

    O mundo está prestes a atravessar um limite crítico no combate às mudanças climáticas. Segundo o mais recente relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o aumento médio da temperatura global deve ultrapassar a meta de 1,5 grau Celsius ainda nesta década, um dos principais objetivos estabelecidos pelo Acordo de Paris em 2015. ONU alerta: meta de 1,5°C no aquecimento global deve ser ultrapassada na próxima década O Relatório Anual de Lacunas de Emissões  aponta que o progresso global na redução de gases de efeito estufa segue lento e insuficiente. “Reverter essa tendência exigirá cortes drásticos e imediatos nas emissões, caso contrário a ultrapassagem será inevitável”, afirmou o PNUMA. Anne Olhoff, principal autora do estudo, destacou que ações rápidas podem atrasar  o momento em que o limite de 1,5°C será ultrapassado, mas já não é mais possível evitar a transgressão completamente. O Acordo de Paris estabeleceu como meta limitar o aquecimento global a 2°C acima dos níveis pré-industriais , com objetivo ideal de 1,5°C. No entanto, mesmo se todas as promessas recentes de redução de emissões forem cumpridas, o mundo deve enfrentar um aumento de 2,3°C a 2,5°C , alerta o relatório. Apesar de pequenas melhorias em relação à projeção do ano passado cerca de 0,3°C a menos os esforços anunciados por países como a China ainda são insuficientes. Em setembro, a China comprometeu-se a reduzir suas emissões entre 7% e 10% em relação ao pico até 2035 , mas especialistas avaliam que, historicamente, o país tem metas modestas que costuma superar, sem alterar significativamente o panorama global. O relatório reforça que o tempo para mudanças profundas está se esgotando. Para especialistas, o caminho passa por ações mais ambiciosas e imediatas , incluindo investimentos em energia limpa, transição industrial e políticas globais mais firmes, caso o mundo queira evitar impactos climáticos ainda mais severos nas próximas décadas. ONU alerta: meta de 1,5°C no aquecimento global deve ser ultrapassada na próxima década

  • J-POWER prepara expansão estratégica e negocia aquisição do negócio eólico onshore da Mitsubishi Heavy Industries no Japão

    A operação, prevista para ser concluída até 2026, reforça o posicionamento da J-POWER como uma das principais forças no avanço da energia renovável japonesa. J-POWER prepara expansão estratégica e negocia aquisição do negócio eólico onshore da Mitsubishi Heavy Industries no Japão A japonesa J-POWER (Electric Power Development Co. Ltd.)  confirmou estar em negociações avançadas para adquirir o negócio de energia eólica onshore da Mitsubishi Heavy Industries (MHI) , em uma movimentação que pode redesenhar o mapa da geração renovável no Japão. O acordo, que já conta com um memorando de entendimento entre as partes, deve ser finalizado até abril de 2026 . A iniciativa marca um passo decisivo da J-POWER em sua estratégia de expansão no setor de energia limpa e descarbonização , reforçando o compromisso da empresa com a transição energética e o crescimento sustentável do mercado doméstico japonês. Segundo informações divulgadas, ainda não foram revelados os valores envolvidos na operação , mas o foco está na integração das capacidades técnicas e operacionais das duas companhias. A MHI , que atua na fabricação de turbinas eólicas desde os anos 1980, acumula um histórico de mais de 4.200 unidades fornecidas  para 11 países , com presença marcante no Japão e na América do Norte. Já a J-POWER , uma das líderes em geração de energia renovável no país, ocupa atualmente a segunda posição no mercado eólico japonês  e vê na aquisição uma oportunidade de ampliar sua base tecnológica, além de consolidar o fornecimento de serviços de operação, manutenção e desenvolvimento de novos projetos eólicos . “A incorporação das operações da MHI vai impulsionar nossa capacidade de inovação e permitir o crescimento contínuo do portfólio eólico da empresa”, destacou a J-POWER em nota oficial. O negócio também reflete uma tendência crescente entre as grandes empresas japonesas de energia e indústria pesada: reorganizar ativos e consolidar operações no segmento de renováveis , em resposta às metas nacionais de neutralidade de carbono até 2050. Para a Mitsubishi Heavy Industries, a transação representa uma reestruturação estratégica  que permitirá concentrar esforços em tecnologias emergentes de descarbonização , como hidrogênio, captura de carbono (CCUS) e sistemas energéticos avançados. Com a conclusão prevista para o início do ano fiscal de 2026, a operação deve reforçar a competitividade do setor eólico japonês  e posicionar a J-POWER como um dos principais protagonistas na geração de energia sustentável no país. J-POWER prepara expansão estratégica e negocia aquisição do negócio eólico onshore da Mitsubishi Heavy Industries no Japão

  • 360 Solar 2025: setor fotovoltaico brasileiro entra em nova era de consolidação, estratégia e serviços

    Evento em Florianópolis destaca maturidade do mercado solar, avanços em regulação e o papel das baterias e da gestão de energia no futuro da geração distribuída 360 Solar 2025: setor fotovoltaico brasileiro entra em nova era de consolidação, estratégia e serviços O 360 Solar 2025 marcou mais uma edição de um dos encontros mais relevantes do setor fotovoltaico brasileiro, reunindo integradores, fabricantes, investidores e especialistas para discutir o novo momento do mercado de energia solar no país. Diferente dos anos anteriores, o foco desta edição vai além da expansão tecnológica o evento reflete uma virada estratégica: o amadurecimento do setor e sua transição de um mercado de produtos para um ecossistema de serviços, gestão e eficiência. Nos painéis e discussões, o principal destaque ficou para as mudanças regulatórias previstas para os próximos anos , com atenção especial à nova dinâmica da geração distribuída , à abertura gradual do mercado livre de energia  e às transformações nos modelos de negócios das usinas solares . Segundo Frederico Boschin, Diretor Executivo e Advogado da Noale Energia , que falou ao EnergyChannel, o Brasil vive um momento de consolidação após um ciclo de crescimento acelerado que, em cinco anos, levou o país a ultrapassar a marca de 45 GW instalados em geração distribuída um feito alcançado por poucos países no mundo. Agora, o desafio é evoluir em qualidade, gestão e rentabilidade. “O mercado amadureceu. Chegou o momento de revisar práticas, entender o que funcionou e o que deve ser abandonado. É um setor mais estável, mas que exige decisões mais estratégicas”, afirmou Boschin. De produtos a serviços: a nova lógica do setor solar Um dos temas recorrentes do 360 Solar foi a transição de foco do mercado: menos sobre painéis e inversores, mais sobre O&M (Operação e Manutenção) , gestão de ativos , monitoramento inteligente  e viabilidade econômica de longo prazo . A instabilidade econômica global e a volatilidade cambial também foram lembradas como fatores que exigem planejamento financeiro e análise de risco mais sofisticada  por parte dos integradores e investidores. O evento reforçou que a próxima fase do setor solar no Brasil é de consolidação  — um período marcado pela compra e venda de ativos, pela identificação de usinas bem projetadas e pela correção de contratos que, no passado, foram firmados sem maturidade técnica suficiente. Desafios técnicos e o papel das baterias Com o rápido avanço da geração distribuída, o país enfrenta novos desafios, como a saturação e a oneração das redes elétricas . Esse gargalo tem impulsionado o debate sobre o armazenamento de energia , com as baterias assumindo papel central  no equilíbrio entre produção e consumo, e na redução do congestionamento da rede. Os especialistas destacaram que a integração entre geração solar e armazenamento inteligente  é a próxima fronteira tecnológica e regulatória do setor no Brasil. Aprendizado global e inovação local O 360 Solar também reforçou a importância de olhar para experiências internacionais. Países com mercados mais maduros já enfrentaram e superaram desafios semelhantes, oferecendo modelos e soluções que podem ser adaptados ao contexto brasileiro . “O Brasil não precisa reinventar o setor. O caminho é observar o que deu certo lá fora e adaptar às nossas particularidades. A inovação está em aprender com o mundo e tropicalizar as soluções”, destacou Boschin. Um setor em transição A atmosfera do evento reflete o momento do mercado: menos euforia, mais estratégia; menos volume, mais qualidade . O setor solar brasileiro amadurece com base em conhecimento, gestão e visão de longo prazo preparando-se para uma década que promete ser decisiva na transição energética do país. 360 Solar 2025: setor fotovoltaico brasileiro entra em nova era de consolidação, estratégia e serviços

  • Huasun Energy e New Time, da Itália, firmam cooperação estratégica em tecnologia HJT e aplicação BIPV na Europa

    Uma delegação liderada por Paulo Camati , presidente da New Time , fabricante italiana de vidro e materiais fotovoltaicos para construção, visitou recentemente a sede da Huasun Energy , em Xuancheng, na China . Huasun Energy e New Time, da Itália, firmam cooperação estratégica em tecnologia HJT e aplicação BIPV na Europa O encontro contou com a presença do presidente da Huasun, Xiaohua Xu , e de executivos da empresa, que receberam o grupo para discutir novas formas de cooperação no campo da integração fotovoltaica em edificações (BIPV)  e da tecnologia heterojunction (HJT)  de alta eficiência no mercado europeu. Reconhecida como uma das líderes globais em soluções solares de alto desempenho, a Huasun Energy  tem alcançado avanços contínuos nas tecnologias HJT  e tandem perovskita . A empresa desenvolveu uma célula tandem HJT-perovskita com eficiência recorde de conversão de 34,02% , estabelecendo um novo marco para o setor e abrindo caminho para aplicações fotovoltaicas em edificações, transportes e outros cenários de uso integrado . Durante a visita, a equipe da New Time conheceu as instalações de pesquisa e desenvolvimento  e as linhas de produção de células HJT  da Huasun. Com base em suas sinergias tecnológicas  e forças complementares , as duas companhias definiram planos de cooperação em três eixos principais: Produção local na Europa  – promover conjuntamente a fabricação de módulos solares HJT de alta eficiência da Huasun em território europeu, atendendo à crescente demanda regional por produtos solares sustentáveis e de origem local. Soluções personalizadas de BIPV  – desenvolver produtos adaptados aos padrões de construção europeus , combinando a tecnologia HJT da Huasun com a experiência da New Time em integração energética predial, permitindo a expansão de fachadas e telhados solares em edifícios comerciais e públicos . Inovação em agrivoltaicos  – criar módulos fotovoltaicos verticais e semitransparentes  alinhados às novas políticas europeias para o setor, unindo inovação tecnológica e oportunidades de mercado. Com a União Europeia  avançando em sua agenda climática “ Fit for 55 ”, a integração de energias renováveis e a melhoria da eficiência energética de edifícios tornaram-se prioridades estratégicas. Por meio dessa parceria, a Huasun pretende oferecer soluções tecnológicas que acelerem a descarbonização do setor de construção na Europa . “A colaboração com a New Time representa uma união entre tecnologia e conhecimento de mercado”, destacou Xiaohua Xu , presidente da Huasun Energy. “A Europa será o ponto de partida para expandirmos globalmente soluções solares eficientes, esteticamente integradas e sustentáveis.” Huasun Energy e New Time, da Itália, firmam cooperação estratégica em tecnologia HJT e aplicação BIPV na Europa Huasun Energy e New Time, da Itália, firmam cooperação estratégica em tecnologia HJT e aplicação BIPV na Europa

  • DHL acelera eletrificação global e aposta em energia limpa para descarbonizar suas operações até 2050

    Com mais de 39 mil veículos elétricos em circulação, a gigante da logística quer transformar dois terços de sua frota até 2030 e reduzir drasticamente as emissões do transporte aéreo e rodoviário. Créditos: DHL acelera eletrificação global e aposta em energia limpa para descarbonizar suas operações até 2050 A DHL está dando um passo decisivo em sua jornada rumo à descarbonização total. A multinacional de logística e transporte anunciou que pretende eletrificar 66% de sua frota global de coleta e entrega até 2030, reforçando seu compromisso de neutralizar emissões em todos os modais até 2050. Hoje, a empresa já opera cerca de 39 mil veículos elétricos , o que representa 41% de sua frota global . O plano é expandir rapidamente essa proporção, implementando novos caminhões e veículos comerciais leves elétricos em todos os mercados onde atua , desde grandes centros urbanos até regiões logísticas estratégicas. Segundo Toby Groom , Diretor Global de Soluções Logísticas para Veículos Elétricos da DHL, a meta é ousada, mas necessária: “Nossas emissões atingiram o pico em 2021. A partir desse ponto, precisamos de reduções reais e estruturais. Dobrar nossa frota elétrica foi apenas o começo — agora precisamos garantir infraestrutura energética sólida e abastecida por fontes renováveis, para que a transição não transfira o problema das emissões de um setor para outro.” Groom reconhece que o custo dos caminhões elétricos ainda é um desafio podendo ser até três vezes superior ao dos modelos a diesel , mas destaca que a companhia vê a transição como investimento estratégico e inevitável. Transporte aéreo: o maior desafio da descarbonização Responsável por 68% das emissões totais da DHL , o transporte aéreo é o ponto mais crítico da estratégia de sustentabilidade da companhia. Para reduzir esse impacto, a empresa está ampliando o uso de combustíveis de aviação sustentáveis (SAF) , que já representam 3,5% de seu mix total de combustível . A DHL firmou parcerias com a Neste e a Shell , duas das principais fornecedoras globais de SAF, para acelerar a produção e pressionar por políticas públicas de incentivo  à adoção desse tipo de combustível. Infraestrutura verde e inovação circular O compromisso ambiental da DHL vai além da frota. Todos os novos edifícios da companhia  são projetados para serem neutros em carbono , incorporando energia solar, bombas de calor e sistemas de automação energética . A empresa também criou Centros de Excelência em Veículos Elétricos , com unidades na Austrália, que desenvolvem soluções em reciclagem de baterias e economia circular , apoiando a expansão global da frota elétrica. Visão de longo prazo: rumo a 2050 A meta final da DHL é zerar suas emissões líquidas em todos os modais de transporte até 2050 . O plano inclui: Aviação:  transição do SAF para aeronaves movidas a hidrogênio e baterias elétricas , que já estão em fase de teste nos Estados Unidos. Transporte marítimo:  adoção gradual de biocombustíveis, metanol e amônia verde . Logística terrestre:  frota 100% elétrica e infraestrutura energética renovável. “A descarbonização não é mais uma opção é uma responsabilidade. Estamos transformando nossa operação global para que eficiência e sustentabilidade caminhem juntas”, afirma Groom. DHL acelera eletrificação global e aposta em energia limpa para descarbonizar suas operações até 2050

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