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ABGD Reavalia o Futuro da Geração Distribuída em Estudo Histórico Apresentado na USP

Levantamento técnico aponta benefícios estruturais, redução de custos e impacto econômico da micro e minigeração distribuída; setor pede urgência na regulamentação pós-2029


Brasil Reavalia o Futuro da Geração Distribuída em Estudo Histórico Apresentado na USP
Brasil Reavalia o Futuro da Geração Distribuída em Estudo Histórico Apresentado na USP

A transição energética brasileira ganhou um novo capítulo nesta terça-feira (25), em São Paulo. Em um evento que reuniu autoridades, pesquisadores, empresas e representantes do setor, a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) apresentou o estudo mais completo já realizado no país sobre os impactos da micro e minigeração distribuída (MMGD) no sistema elétrico um levantamento previsto na Lei 14.300 e conduzido ao longo de 10 meses por especialistas independentes.


O encontro ocorreu no Instituto de Energia e Ambiente da USP e trouxe uma mensagem inequívoca: a geração distribuída está longe de ser um problema técnico — na maior parte do país, ela reduz custos sistêmicos, posterga investimentos, diminui perdas e impulsiona a economia local. O estudo traça ainda caminhos para a integração inteligente de novas tecnologias, como armazenamento em baterias, que devem assumir papel central até o final desta década.


Brasil Reavalia o Futuro da Geração Distribuída em Estudo Histórico Apresentado na USP
Brasil Reavalia o Futuro da Geração Distribuída em Estudo Histórico Apresentado na USP

ABGD defende debate técnico urgente e transparente


Para Carlos Evangelista, presidente da ABGD, o lançamento inaugura uma nova fase na discussão pública sobre a valoração da MMGD:



“Hoje é um dia histórico. Apresentamos aqui, na USP, um trabalho de grande profundidade técnica, previsto na lei e essencial para orientar o futuro da micro e minigeração. O estudo mostra, com clareza, o real impacto da MMGD no sistema elétrico brasileiro. É um debate que precisava começar.”

A entidade planeja levar os resultados para universidades, ONS, Aneel e Ministério de Minas e Energia ao longo dos próximos meses.


Aneel vê contribuição para decisões regulatórias até 2029


Moderador de um dos painéis, Gentil Nogueira de Sá Júnior, diretor da Aneel, ressaltou que o estudo chega em um momento crucial:



“Os recursos energéticos distribuídos vão orientar a transição energética do futuro. O material apresentado hoje traz insumos preciosos para decisões regulatórias que a Aneel terá de tomar nos próximos anos. É fundamental entender como a MMGD pode reforçar a segurança do sistema e gerar valor econômico para o consumidor.”

Segundo ele, a capacidade de o consumidor produzir e comercializar sua própria energia deve se consolidar como um pilar do mercado elétrico brasileiro.


Impactos sociais e expansão na Amazônia também entram no radar


O estudo avaliou não apenas aspectos técnicos, mas também impactos socioeconômicos. Aurélio de Andrade Souza, diretor da ABGD, destacou o recorte sobre acesso à energia em regiões remotas:



“Estamos falando de benefícios econômicos, ambientais e também de inclusão. O estudo aborda oportunidades em regiões como a Amazônia, onde milhões ainda não têm acesso a energia limpa e confiável. A MMGD pode ser decisiva nesse cenário.”

Início tardio do debate preocupa especialistas


Para Raquel Assis Rocha, diretora regulatória da ABGD, o país precisa acelerar:



“A metodologia de precificação da MMGD prevista na Lei 14.300 entra em vigor em 2029 para novos projetos. Começamos esse debate tarde. É técnico, complexo e precisa envolver toda a sociedade. O estudo é o primeiro passo para orientar regras justas e que reflitam o valor real da geração distribuída.”

O que mostram os dados: benefícios prevalecem e tecnologias de suporte resolvem gargalos


Um dos principais responsáveis pelos cálculos apresentados, José Wanderley Marangon, diretor da MC&E, trouxe dados inéditos da análise de mais de 40 mil alimentadores e mais de 5 milhões de trechos de redes secundárias em todo o país:



Principais conclusões:

  • Baixa penetração: a MMGD melhora o desempenho da rede, reduzindo carregamento e perdas.

  • Penetração média: o impacto é neutro.

  • Alta penetração: podem surgir necessidades de reforço — mas tecnologias como inversores inteligentes e baterias resolvem grande parte dos problemas.

“Não há justificativa técnica para frear a entrada da GD. A solução é integrar novas tecnologias e apoiar as regiões específicas onde há necessidade de reforços”, conclui Marangon.

‘Casamento perfeito’: GD e armazenamento


Para José da Costa Carvalho Neto, presidente do conselho da ABGD, o estudo confirma uma tendência global:



“Quando entra o armazenamento, a performance melhora muito. O BESS funciona como um pulmão para a GD. O casamento entre geração distribuída e baterias é inevitável e extremamente positivo para o sistema.”

Ele reforça que a GD reduz demanda em circuitos, posterga investimentos e diminui perdas na maior parte dos cenários analisados.


Setor privado reforça importância de base técnica e científica


O CEO da Greener, Márcio Takata, destacou a importância de basear o debate em evidências:



“A discussão sobre GD é muitas vezes polarizada. Olhar para dados, casos reais e impactos concretos é fundamental para decisões assertivas. Esse estudo traz justamente essa clareza.”

Uma agenda estruturante para o país


Lideranças da ABGD reforçaram que o documento deve servir como base para políticas públicas, estratégias empresariais e processos regulatórios:


  • Carlos Café, vice-presidente da ABGD, lembrou que a lei exige uma valoração oficial até 2029 e que a entidade está “antecipando o debate para ajudar governo e órgãos técnicos a tomar decisões embasadas”.



  • Jéssica Soares, gerente de marketing da ABGD, afirmou que o material será fundamental em diálogos com Aneel, ONS e parlamentares.



  • Rogério Duarte, diretor financeiro da ABGD, destacou que mais de 150 participantes acompanharam o evento.



  • Zilda Costa, vice-presidente da ABGD, reforçou que o estudo será levado para outras instituições acadêmicas e regulatórias.



  • Heber Galarce, presidente do INEL, afirmou que o estudo deve “corrigir distorções e preconceitos sobre a MMGD” e fortalecer a defesa da energia limpa em Brasília.



USP reforça base científica do debate

Representando a academia, o professor Dorel Soares Ramos, da Escola Politécnica da USP, ressaltou a busca por equilíbrio:



“Nosso objetivo foi avaliar custos e benefícios com isonomia. A GD tem virtudes claras, mas também desafios como qualquer solução energética. Trouxemos benchmark internacional e análises técnicas profundas para apoiar o debate com rigor científico.”

Conclusão: Um divisor de águas para a transição energética brasileira


O estudo apresentado pela ABGD na USP inaugura um ciclo de debates que deve se estender até 2029 e possivelmente redefinir o papel da geração distribuída na matriz elétrica nacional.


A partir de uma base técnica robusta, o setor espera agora que o governo, a academia e os órgãos reguladores construam juntos um modelo de valoração que reconheça os benefícios sistêmicos da MMGD e permita sua expansão sustentável.


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