Brasil Ruma aos 200 GW Solares Até 2035 Apesar de Freada em 2025, Aponta BNEF
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Por Redação EnergyChannel | 23 de maio de 2025
Mesmo com sinais de desaceleração no curto prazo, o Brasil segue firme no caminho da expansão solar. Segundo nova análise da BloombergNEF (BNEF), o país poderá atingir a marca de 200 gigawatts (GW) de capacidade fotovoltaica instalada até 2035, consolidando-se como um dos principais mercados solares do mundo.

A projeção vem do relatório sobre transição energética no Brasil divulgado nesta semana, que traça cenários para as próximas décadas. O estudo estima que 16 GW de energia solar sejam adicionados à matriz nacional em 2025, número inferior aos 19 GW registrados em 2024, marcando uma leve retração anual.
Sinal de alerta ou ajuste natural?
Apesar do recuo pontual, analistas apontam que o ritmo atual ainda é robusto — e que a queda está mais relacionada a ajustes regulatórios e à reorganização do setor do que a uma perda estrutural de fôlego.
“O mercado brasileiro viveu um boom nos últimos anos. Agora, entra em uma fase de maturação, com expansão mais racional e sustentável”, avalia a equipe da BNEF.
R$ 6 trilhões para zerar emissões até 2050
O relatório também mergulha na complexa equação de descarbonizar o setor energético nacional. Para atingir emissões líquidas zero até 2050, o Brasil precisará investir aproximadamente R$ 6 trilhões em energia limpa, redes elétricas, armazenamento e eletrificação de setores difíceis de descarbonizar.
O número impressiona, mas representa apenas 8% a mais do que o volume de investimentos já previsto no cenário-base de crescimento energético do país.
“A mensagem é clara: alcançar uma matriz 100% limpa é financeiramente viável — e o custo adicional é marginal diante dos benefícios ambientais, sociais e econômicos”, destaca o documento.
Diversificação: desafio ainda em aberto
Enquanto o setor solar continua em expansão, o relatório também alerta para riscos de concentração tecnológica e dependência de matérias-primas estratégicas — como os minerais críticos utilizados em painéis e baterias, cujos mercados estão cada vez mais dominados por poucos países.
Esse alerta ecoa a análise global recém-publicada pela Agência Internacional de Energia (AIE), que apontou um aumento na concentração da cadeia de suprimentos de minerais essenciais e o crescimento de barreiras comerciais.
Brasil em posição estratégica
Com vasto potencial de geração solar e eólica, recursos minerais abundantes e uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo, o Brasil está estrategicamente posicionado para se tornar um protagonista da nova economia energética global — desde que faça os investimentos certos em diversificação, industrialização e infraestrutura.

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