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Falta de Planejamento do Sistema Energético Brasileiro e o Papel Estratégico das Usina de Recuperação de Energia

Por Sebastião Carlos Martins

                   

A recente decisão da ANEEL conforme noticiado pelo MoneyTimes de cortar ou limitar a geração renovável, mesmo em cenários de sobra de energia, expõe um problema estrutural do setor elétrico brasileiro: não faltam sol, vento ou capacidade tecnológica; falta planejamento, infraestrutura e visão estratégica.


Falta de Planejamento do Sistema Energético Brasileiro e o Papel Estratégico das Usina de Recuperação de Energia
Falta de Planejamento do Sistema Energético Brasileiro e o Papel Estratégico das Usina de Recuperação de Energia

Hoje, grandes polos solares e eólicos, especialmente no Nordeste, produzem energia além do que o sistema consegue escoar. Não porque o País não precise dessa energia, mas porque o sistema de transmissão e distribuição não foi adequadamente ampliado, modernizado ou preparado para receber esse crescimento acelerado.


Linhas de transmissão atrasadas, subestações saturadas e redes de distribuição insuficientes se tornaram gargalos que têm levado o ONS a solicitar cortes emergenciais de geração para manter parâmetros mínimos de frequência e tensão.

Assim, o problema não é excesso de renováveis: é deficiência de rede e insuficiência de planejamento estratégico.


A Alternativa Inteligente: Vetores de Transição que Não Dependem da Rede Elétrica

Enquanto a energia solar e eólica exige forte integração ao sistema de transmissão/distribuição, há outros vetores de transição energética que não dependem da rede elétrica ou dependem de forma muito menos crítica, como:

  • Biocombustíveis (Biodiesel, Etanol 2G)

  • Hidrogênio Verde via eletrólise

  • Fertilizantes organominerais

  • Combustíveis avançados produzidos em UREs via gaseificação/pirólise de RSU, biomassa e minerais


Esses vetores não precisam injetar energia na rede elétrica, não competem por capacidade de transmissão e ainda contribuem diretamente para a redução de emissões, geração de empregos, agregação de valor industrial e fortalecimento da segurança energética nacional.


Conclusões dos Estudos da DBEST PLAN – Eng. Sebastião Martins

Os estudos conduzidos pela DBEST PLAN, sob coordenação técnica do Eng. Sebastião Carlos Martins, demonstram de forma objetiva e quantificada que as UREs (Unidades de Recuperação de Energia) baseadas em gaseificação de resíduos urbanos, biomassa ou minerais geram impactos muito superiores aos observados na geração eólica e solar pura, quando avaliadas sob a perspectiva ambiental, econômica e social:


1. Benefícios Econômicos Diretos

  • Geração de centenas a milhares de empregos por planta, entre construção, operação e cadeia logística.

  • Expansão da arrecadação tributária municipal, estadual e federal.

  • Produção nacional de diesel verde, SAF, etanol 2G, hidrogênio e fertilizantes organominerais — reduzindo importações.

  • Aumento da competitividade de municípios e estados, atraindo indústrias dependentes desses insumos.


2. Benefícios Ambientais

  • Redução drástica do envio de RSU aos aterros, reduzindo metano e impactos sanitários.

  • Neutralização de emissões de CO₂ na produção de biocombustíveis avançados.

  • Produção de fertilizantes nacionais de baixo carbono, diminuindo dependência externa.


3. Benefícios Sociais

  • Integração de cooperativas de catadores com remuneração justa.

  • Geração de alimentos (no caso dos Ecoparques DBEST PLAN) com preços reduzidos para a população vulnerável.

  • Desenvolvimento de polos industriais em regiões carentes, com redistribuição de renda.


4. Impactos Macroeconômicos

Os modelos de viabilidade da DBEST PLAN, baseados em CAPEX realista, análise tributária e Simulação de Monte Carlo, demonstram que:

  • Cada URE reduz o déficit da balança comercial, substituindo fertilizantes, diesel e combustíveis fósseis importados.

  • Melhora a segurança geopolítica, reduzindo dependência de países instáveis.

  • Aumenta a resiliência energética do Brasil, diversificando a matriz para além do sistema elétrico.


A Necessidade de Incentivos e Redução de Carga Tributária

A DBEST PLAN evidência em seus estudos que, apesar de altamente estruturantes e estratégicas, as UREs ainda requerem incentivos (ver o item “O papel das políticas fiscais e incentivos pagina 12), sobretudo nos primeiros anos o mesmo tipo de incentivo que o governo ofereceu às eólicas e fotovoltaicas em seu início.


Portanto, são indispensáveis:

  • Redução de ICMS, PIS e COFINS

  • Incentivos ao CAPEX

  • Créditos verdes e linhas de financiamento internacionais

  • Programas de descarbonização com compra garantida de combustíveis limpos

  • Políticas industriais para fertilizantes organominerais

  • Zonas especiais de incentivo (como ZPEs)


Sem essas medidas, o Brasil corre o risco de perder competitividade global exatamente nos setores que poderiam torná-lo líder mundial em energia limpa integrada.

Segurança Jurídica: Condição Mínima para Atrair Investidores e Financiadores

Nenhum investidor institucional, banco de fomento ou fundo internacional aporta capital em projetos que envolvem:

  • Incerteza regulatória

  • Risco de retrocesso tributário

  • Falta de garantias para compra dos produtos

  • Mudanças abruptas de regras

As UREs, por sua importância estratégica, exigem marcos regulatórios estáveis, contratos de longo prazo, definição clara de créditos de descarbonização e políticas públicas permanentes.


A segurança jurídica é o que separa:

  • uma política pública que atrai bilhões;

  • de projetos que nunca saem do papel.


Conclusão: Uma Estratégia Nacional de Alto Impacto

O Brasil está diante de uma escolha clara:


1. Continuar restrito à matriz elétrica, travada por limitações de transmissão e distribuição

e correr o risco de perder protagonismo global.


2. Ou adotar uma abordagem ampla de transição energética, que inclui:

  • UREs de RSU e biomassa

  • Biocombustíveis avançados

  • Hidrogênio verde

  • Fertilizantes organominerais

  • Polos industriais circulares e de baixo carbono


Esta segunda alternativa é a que gera empregos, arrecadação, desenvolvimento regional, segurança energética e ambiental simultaneamente.


Os estudos da DBEST PLAN, liderados pelo Eng. Sebastião Martins, mostram que o caminho está claro:

“a transição energética brasileira não depende apenas de mais usinas, mas de mais inteligência, planejamento, incentivos e segurança jurídica”.


Falta de Planejamento do Sistema Energético Brasileiro e o Papel Estratégico das Usina de Recuperação de Energia



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