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Mercado solar da União Europeia sofre primeira queda em quase uma década e adia retomada para 2030

O avanço da energia solar na União Europeia perdeu força em 2025. Pela primeira vez desde 2016, o bloco registrou uma queda anual nas novas instalações fotovoltaicas, somando 65,1 GW, ligeiramente abaixo dos 65,6 GW instalados em 2024. Os dados constam no relatório EU Solar Market Outlook, divulgado nesta quinta-feira pela SolarPower Europe.


Mercado solar da União Europeia sofre primeira queda em quase uma década e adia retomada para 2030
Mercado solar da União Europeia sofre primeira queda em quase uma década e adia retomada para 2030

Apesar da retração ser modesta, o recuo marca uma inflexão importante no ritmo de expansão do setor e deve se prolongar por alguns anos.


Desaceleração deve continuar até 2027 e adiar recuperação para 2030

Segundo a análise da SolarPower Europe, o volume anual de instalações só deve voltar ao patamar de 2025 no fim da década, após uma sequência de anos fracos em 2026 e 2027. A retomada está projetada para 2028 e 2029, impulsionada por políticas de mercado mais maduras e maior estabilidade regulatória.


Telhados residenciais puxam queda histórica


Mercado solar da União Europeia sofre primeira queda em quase uma década e adia retomada para 2030
Mercado solar da União Europeia sofre primeira queda em quase uma década e adia retomada para 2030

O setor que mais contribuiu para a retração foi o de energia solar em telhados residenciais, historicamente um dos pilares do crescimento fotovoltaico europeu. Em 2025, essa modalidade respondeu por apenas 14% das novas instalações um tombo significativo em relação aos 28% registrados em 2023.


A combinação de fatores explica essa queda:

  • fim ou redução de programas de incentivo em diversos países;

  • maior estabilidade nos preços de eletricidade, reduzindo a atratividade econômica imediata;

  • cautela das famílias após a crise energética europeia de 2022–2023.


Grandes usinas lideram, mas enfrentam preços negativos

Pela primeira vez, os projetos em escala de serviços públicos ultrapassaram 50% das novas adições solares na UE. No entanto, mesmo esse segmento encontra desafios relevantes: o aumento das horas com preços negativos no mercado de energia, o que pressiona a rentabilidade dos empreendimentos.


Alemanha e Espanha seguem dominantes; França ultrapassa Itália

A geografia do mercado também vem se transformando. Em 2025:

  • Alemanha manteve liderança absoluta, instalando 17,6 GW,

  • Espanha ficou em segundo, com 9,2 GW,

  • França assumiu o terceiro lugar, alcançando 6,7 GW, superando a Itália.

A Itália, que reduziu incentivos para telhados solares, caiu para 5,2 GW.

A novidade da temporada foi a entrada de Romênia e Bulgária no top 10 europeu, reforçando o papel crescente do Leste Europeu na transição energética.


Adições anuais de energia solar (2024–2025)

País (UE-27)

2025 (GW)

2024 (GW)

Alemanha

17,6

17,5

Espanha

9,2

8,8

França

6,7

5,7

Itália

5,2

6,1

Polônia

3,7

4,1

Romênia

2,5

1,7

Grécia

2,5

2,6

Holanda

2,1

3,2

Bulgária

1,7

1,2

Portugal

1,7

2,1

Metade dos principais mercados registrou queda nas instalações em 2025, evidenciando um esfriamento generalizado.


Meta de 400 GW é atingida mas objetivo de 2030 fica ameaçado


Apesar da desaceleração, a UE alcançou sua meta de 400 GW de capacidade solar acumulada definida na Estratégia Solar Europeia de 2022. O bloco encerra 2025 com 406 GW.


Mas o bom desempenho não deve se repetir na mesma intensidade. As projeções indicam que a UE não deve atingir os 750 GW previstos para 2030, chegando apenas a 718 GW no cenário mais provável.

“O número pode parecer pequeno, mas o simbolismo é grande. Cumprimos a meta de 2025, mas, pela primeira vez, a meta de 2030 está fora do radar”, afirmou Walburga Hemetsberger, CEO da SolarPower Europe. Ela reforçou a necessidade de políticas mais robustas de eletrificação, armazenamento e flexibilização do sistema elétrico.

Análise EnergyChannel


A desaceleração ocorre em um momento em que a Europa precisa acelerar e não reduzir sua capacidade de geração renovável para cumprir as metas climáticas da década. O desafio agora é destravar investimentos, atualizar marcos regulatórios e ampliar mecanismos de flexibilidade para um sistema cada vez mais dominado por renováveis intermitentes.


Mercado solar da União Europeia sofre primeira queda em quase uma década e adia retomada para 2030

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