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  • Estudo inédito confirma: geração distribuída reduz custos, fortalece o SIN e impulsiona a economia brasileira

    EnergyChannel -  A micro e minigeração distribuída (MMGD) ganha novo protagonismo no debate energético nacional. Um estudo técnico apresentado pela Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) considerado o mais completo já desenvolvido no país sobre o tema revela como a geração distribuída impacta positivamente a operação do sistema elétrico, reduz custos, fortalece a confiabilidade da rede e ainda estimula a economia brasileira. Estudo inédito confirma: geração distribuída reduz custos, fortalece o SIN e impulsiona a economia brasileira O material será lançado oficialmente nesta terça-feira (25), no Instituto de Energia e Ambiente da USP (IEE/USP), em São Paulo. Realizado em um momento decisivo para a regulamentação da Lei nº 14.300/2022, o levantamento traz dados inéditos que ajudam a quantificar o valor real da MMGD para consumidores, concessionárias e para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Segundo a ABGD, os resultados oferecem base técnica sólida para orientar decisões da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e demais formuladores de políticas públicas. Redução de custos operacionais e menor dependência de térmicas Um dos destaques do estudo está na análise operacional do SIN. As simulações mostraram que a presença da MMGD reduz, em média, 30% do Custo Marginal de Operação (CMO) indicador que orienta o despacho de usinas pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Na prática, essa queda representa uma economia aproximada de R$ 40 milhões por mês  em custos evitados com geração térmica, reduzindo a necessidade de acionamento de fontes fósseis. Além de aliviar o caixa do setor, essa dinâmica contribui para uma matriz mais limpa, com menor exposição à volatilidade de combustíveis e à oscilação de preços no mercado de energia. Mais confiabilidade nas redes de transmissão A pesquisa também analisou o impacto da MMGD no nível de alta tensão (AT). Os dados mostram que a geração distribuída ajuda a melhorar os índices de confiabilidade  da transmissão, reduzindo a Energia Não Suprida (EENS) um dos principais indicadores de risco de interrupção em até 61%  nos cenários de carga mínima. Essa redução significa um sistema mais resiliente, especialmente em momentos críticos, como períodos de baixa demanda ou oscilações inesperadas. Efeito multiplicador na economia: cada R$ 1 investido gera R$ 1,90 no PIB Utilizando um modelo econométrico (VARX) para medir efeitos diretos, indiretos e induzidos, o estudo quantificou o impacto econômico da MMGD. No segmento fotovoltaico, cada R$ 1 investido gera R$ 1,90 no PIB brasileiro , confirmando o forte potencial de geração de riqueza, empregos e renda. Esse resultado reforça o papel da MMGD como vetor de desenvolvimento regional e motor da cadeia produtiva do setor solar, especialmente em pequenas e médias cidades. Menos perdas técnicas e redes mais eficientes A partir de simulações realizadas em redes reais de distribuidoras como CEMIG-D, EDP-SP e Equatorial-PI, o estudo identificou que a expansão da MMGD pode reduzir até 51,6% das perdas técnicas  na rede secundária. A diminuição das perdas representa ganho direto para distribuidoras e consumidores, com melhora na eficiência energética e na qualidade do fornecimento. Impacto ambiental: 60 milhões de toneladas de CO₂e evitadas Outro ponto de destaque é o efeito ambiental da geração distribuída. Ao deslocar a produção de usinas térmicas fósseis, a MMGD deve evitar a emissão acumulada de 60 milhões de toneladas de CO₂e até 2038 , contribuindo de maneira expressiva para as metas climáticas brasileiras e globais. Armazenamento em baterias: solução estratégica para a expansão da MMGD O estudo também aponta que os Sistemas de Armazenamento em Baterias (BESS)  têm papel crucial na evolução da MMGD. A combinação entre geração distribuída e armazenamento pode eliminar subtensões e sobretensões, além de postergar sobrecargas no sistema desafios que surgem com o crescimento acelerado das instalações fotovoltaicas. Segundo a ABGD, a integração de BESS torna a rede mais flexível e abre caminho para novos modelos de negócios, como serviços ancilares e resposta da demanda. Transição energética com base distribuída Os resultados consolidam um entendimento cada vez mais evidente no setor: o futuro da energia no Brasil é distribuído . A MMGD não apenas democratiza o acesso à geração própria, mas fortalece o sistema elétrico como um todo, reduz custos, incentiva inovação e acelera a transição para uma matriz mais limpa. O lançamento do estudo da ABGD acontece nesta terça-feira, das 8h30 às 18h, no IEE/USP, e promete reunir especialistas, representantes de empresas, formuladores de políticas públicas e agentes do setor elétrico para discutir os próximos passos da regulamentação. Estudo inédito confirma: geração distribuída reduz custos, fortalece o SIN e impulsiona a economia brasileira

  • Chicago avança rumo a uma nova paisagem urbana com 90% da meta de plantio já concluída

    Chicago está prestes a completar uma das iniciativas ambientais mais ambiciosas de sua história recente. A cidade alcançou 90% da meta estabelecida em seu programa de expansão da cobertura arbórea, um esforço que combina política pública, participação comunitária e ações coordenadas entre diferentes departamentos municipais. Chicago avança rumo a uma nova paisagem urbana com 90% da meta de plantio já concluída Para marcar o avanço, autoridades locais participaram de um plantio simbólico no bairro de Austin, uma das regiões que recebem atenção prioritária dentro da estratégia climática da cidade. O prefeito, acompanhado de representantes dos Departamentos de Meio Ambiente, Ruas e Saneamento e Transportes, reforçou o compromisso de tornar a infraestrutura verde um pilar permanente da gestão urbana. Foco nos bairros que mais precisam O programa Our Roots Chicago eixo central da política de arborização da cidade foi desenvolvido para ampliar o acesso a áreas verdes em regiões historicamente negligenciadas. Esses bairros apresentam os menores índices de cobertura arbórea e, consequentemente, sofrem mais intensamente com ilhas de calor, enchentes e pior qualidade do ar. A iniciativa combina o plantio massivo, ações educativas e mobilização de voluntários, criando uma rede de engajamento local que fortalece o senso de pertencimento e estimula a preservação das novas árvores. Arborização como política climática Segundo gestores municipais, a expansão verde desempenha papel direto na adaptação climática de Chicago ajudando a reduzir temperaturas extremas, melhorar a drenagem urbana e ampliar a biodiversidade. A expectativa é que, ao concluir a meta, a cidade registre impactos positivos mensuráveis nos próximos anos, sobretudo em termos de mitigação da poluição e conforto térmico. Próximos passos Com a fase final do plantio prevista para os próximos meses, a prefeitura já estuda ampliar o programa, transformando o Our Roots Chicago  em uma política contínua. A proposta inclui novas metas anuais, parcerias com organizações ambientais e incentivos para que moradores adotem e cuidem das árvores recém-plantadas. A cidade mira agora não apenas a conclusão da meta atual, mas a consolidação de uma infraestrutura verde permanente um legado que deve influenciar diretamente a qualidade de vida de milhões de moradores. Chicago avança rumo a uma nova paisagem urbana com 90% da meta de plantio já concluída

  • Amazônia Sempre: O Plano de US$ 1 Bilhão do BID que Redesenha a Matriz Energética e a Bioeconomia na Região

    Infraestrutura Resiliente e Inovação Verde: A Estratégia do Banco Interamericano de Desenvolvimento para um Futuro Sustentável na Floresta Amazônia Sempre: O Plano de US$ 1 Bilhão do BID que Redesenha a Matriz Energética e a Bioeconomia na Região O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) está redefinindo sua atuação na Amazônia com o programa "Amazônia Sempre", uma iniciativa robusta que se destaca pela sua abordagem holística e foco em resultados concretos. Longe de ser apenas mais um projeto de financiamento, o programa se consolida como um instrumento de transformação , mirando a infraestrutura resiliente e a bioeconomia como pilares para um desenvolvimento regional verdadeiramente sustentável. A eficácia do BID na região, que motivou o título original da matéria, reside na capacidade de articular grandes volumes de capital com projetos de impacto direto. Um dos anúncios mais recentes e significativos é o instrumento de US$ 1 bilhão destinado à Infraestrutura Resiliente e Cidades [1]. Embora o foco seja amplo, a intersecção com o setor de energia é inegável e crucial para o EnergyChannel. O Eixo da Energia Limpa e Conectividade Para uma região marcada por desafios logísticos e de acesso, a Aceleradora de Acesso à Energia Limpa da Amazônia (mencionada no escopo do programa) surge como um vetor de mudança. A estratégia do BID não se limita a grandes projetos hidrelétricos, mas sim a soluções descentralizadas e de baixo carbono. A expansão do acesso à energia e a modernização das redes de transmissão e distribuição são essenciais para o desenvolvimento econômico e a inclusão social, conforme destacado em parcerias recentes que somam centenas de milhões de dólares [2]. A conectividade digital, impulsionada por co-financiamentos de até US$ 324 milhões, também desempenha um papel indireto, mas vital, no setor energético [3]. Redes mais robustas e acessíveis facilitam a gestão de microrredes e a implementação de tecnologias de smart grid , permitindo que comunidades isoladas se beneficiem de fontes de energia renovável, como a solar e a eólica, de forma mais eficiente. Bioeconomia: A Nova Fronteira da Sustentabilidade O programa " Amazônia Sempre " aposta fortemente na bioeconomia , transformando a floresta em pé em um ativo econômico de alto valor agregado. O Fundo Fiduciário de Múltiplos Doadores para Bioeconomia e Gestão Florestal (AMDTF) e o Fundo de Bioeconomia da Amazônia são exemplos de como o BID está direcionando recursos para promover atividades econômicas alternativas e sustentáveis [4]. Para o EnergyChannel, a bioeconomia representa uma nova fonte de **biomassa sustentável** e a oportunidade de desenvolver cadeias de valor que integrem a produção de energia a partir de resíduos florestais ou agrícolas, alinhando a conservação ambiental com a geração de riqueza. A aprovação de financiamento ao Banco do Brasil para o Programa BB Amazônia, focado em bioeconomia e infraestrutura sustentável, reforça essa direção estratégica [5]. O sucesso do "Amazônia Sempre" será medido pela sua capacidade de equilibrar a conservação ambiental (combate ao desmatamento) com o desenvolvimento econômico inclusivo . Ao focar em infraestrutura resiliente e na bioeconomia, o BID não apenas "acerta em cheio", mas estabelece um novo padrão para o financiamento multilateral na maior floresta tropical do mundo. Amazônia Sempre: O Plano de US$ 1 Bilhão do BID que Redesenha a Matriz Energética e a Bioeconomia na Região

  • Pionix levanta € 8 milhões e avança para unificar o carregamento global de veículos elétricos

    A corrida pela infraestrutura de carregamento de veículos elétricos ganhou um novo capítulo estratégico. Pionix levanta € 8 milhões e avança para unificar o carregamento global de veículos elétricos A alemã Pionix , especializada em software para estações de recarga, acaba de concluir uma rodada de captação superior a € 8 milhões , reforçando seu plano de levar ao mundo uma plataforma de carregamento aberta, escalável e livre de incompatibilidades: o ecossistema EVerest . O investimento marca mais um avanço da companhia, que já havia levantado € 5,5 milhões em 2023 para impulsionar o desenvolvimento de sua solução de código aberto hoje reconhecida como uma das iniciativas mais promissoras na padronização da infraestrutura de recarga global. Interoperabilidade é o novo eixo estratégico da mobilidade elétrica Apesar do crescimento acelerado do mercado de veículos elétricos, a Pionix aponta um desafio que persiste desde os primeiros carregadores instalados na Europa: a falta de comunicação entre sistemas. Segundo a empresa, o setor ainda opera com softwares e hardwares fechados, o que leva a falhas de interoperabilidade, manutenção custosa e taxas de erro que podem chegar a 25% das sessões de carregamento . O EVerest , plataforma aberta disponibilizada à Linux Foundation Energy  em 2021, foi criado para quebrar esse ciclo. A proposta é construir uma base de software comum capaz de unificar tecnologias, acelerar inovações e garantir que carregadores de diferentes fabricantes funcionem de forma totalmente integrada do hardware ao back-end. Hoje, mais de 70 organizações e cerca de 600 colaboradores impulsionam o ecossistema, que já está presente em projetos que deverão operar centenas de milhares de carregadores  globalmente. Novos recursos, novos produtos e uma estratégia global mais ambiciosa A nova rodada foi liderada pela Ascend Capital Partners, com apoio de fundos como Start-up BW Seed Fund, Pale Blue Dot, Vireo Ventures e Axeleo Ventures. O aporte será usado para três frentes principais: Expansão internacional da plataforma EVerest , posicionando-a como referência global em software de carregamento; Crescimento do Pionix Cloud , solução de back-end criada para fabricantes que utilizam a tecnologia da empresa; Escala do ChargeBridge , módulo de hardware pré-certificado que permite integrar carregadores com muito mais rapidez e confiabilidade. O pacote tecnológico foi desenvolvido para atender desde fabricantes que querem acelerar o lançamento de novos carregadores até operadores que buscam reduzir custos e aumentar a confiabilidade operacional. Indústria já adota a plataforma em produtos comerciais Um dos exemplos mais recentes é a Amperfied , subsidiária da Heidelberger Druckmaschinen AG. A empresa anunciou o uso do BaseCamp versão industrial do EVerest como sistema operacional da estação de recarga DC Amperfied Dynamic, reforçando a adoção da plataforma por players tradicionais. “É hora de unificar o carregamento global”, diz CEO Para Marco Möller, fundador e CEO da Pionix, o setor vive um momento decisivo: “A confiabilidade não é um detalhe é o pilar da mobilidade elétrica. O cenário fragmentado atrasou por muito tempo a transição. O código aberto é a forma mais sustentável de resolver esse problema. Com o EVerest no centro e nossas soluções de nuvem e hardware ao redor, estamos simplificando o que antes era complexo. É assim que construímos carregadores que sempre funcionam.” A expectativa da Pionix é que o ecossistema de código aberto se torne, nos próximos anos, a espinha dorsal da infraestrutura global de carregamento oferecendo estabilidade, atualização contínua e interoperabilidade completa em um setor que hoje opera com múltiplos padrões. Pionix levanta € 8 milhões e avança para unificar o carregamento global de veículos elétricos

  • Solis entrega garante autonomia energética na casa do Denílson Show com solução híbrida com armazenamento

    Projeto na residência do Denílson Show, ex-jogador pentacampeão e comentarista destaca a aplicação de inversores híbridos e on-grid para garantir autonomia total contra instabilidades da rede. Solis entrega garante autonomia energética na casa do Denílson Show com solução híbrida com armazenamento A segurança energética tornou-se um ativo indispensável para projetos residenciais de alto perfil. Em um cenário onde a instabilidade da rede elétrica e as tarifas elevadas desafiam o conforto doméstico, a tecnologia de inversores híbridos surge como a solução definitiva. Um exemplo recente desta aplicação é o projeto fotovoltaico executado na residência de Denílson Show e Luciele Camargo, em São Paulo. O sistema, projetado para operar com máxima redundância e eficiência, foi viabilizado através da tecnologia dos inversores Solis, em colaboração estratégica com Adias, Ronma, Secpower e execução da Solplan. O Desafio Técnico: Confiabilidade em Cargas Críticas Solis entrega garante autonomia energética na casa do Denílson Show com solução híbrida com armazenamento O projeto exigia uma solução que superasse as limitações de um sistema on-grid convencional. Localizada em uma região sujeita a oscilações de fornecimento, a residência necessitava de um sistema capaz de: Gerenciar altas cargas de consumo típicas de uma residência de alto padrão; Fornecer backup instantâneo para cargas prioritárias, eliminando a percepção de "queda de luz"; Reduzir o custo com energia elétrica da residência A Solução: Arquitetura Híbrida On-grid e Híbrido + Baterias Solis entrega garante autonomia energética na casa do Denílson Show com solução híbrida com armazenamento Para atender a esses requisitos, a engenharia do projeto optou por uma instalação mista, utilizando dois inversores da linha S6 da Solis, reconhecidos globalmente por sua robustez e capacidade de gerenciamento de energia. 1. O Coração do Sistema: Inversor Híbrido S6-EH1P5K-L-PLUS.  Este equipamento atua como o gerenciador central da segurança energética da residência. Sua tecnologia permite a comutação automática para o modo de backup em até 10 milissegundos, garantindo que equipamentos sensíveis e essenciais continuem operando sem interrupção. Além disso, o modelo oferece compatibilidade com uma grande lista de baterias de lítio de baixa tensão de diversos fabricantes.  2. Potência e Eficiência: Inversor On-Grid S6-GR1P10K02.  Trabalhando em conjunto com o inversor on-grid de 10kW maximiza a captação de energia solar para o abatimento do consumo diário, garantindo o retorno sobre o investimento (ROI) através da redução drástica da fatura de energia. "A opção pela configuração mista, com a utilização de dois inversores, foi adotada em razão de o inversor híbrido de 5 kW ser capaz de suprir as cargas críticas da residência em modo de backup, enquanto o inversor on-grid opera em paralelo, contribuindo para a geração de energia destinada à compensação do consumo da rede elétrica." avalia a equipe técnica da Solis. Armazenamento e Autonomia O sistema de armazenamento (ESS) foi dimensionado com 2 baterias 51,2v de Lítio Ferro Fosfato (LFP) modelo SPLFP LVT da parceira Secpower. O banco de baterias, totalizando 10,24 kWh, foi configurado para sustentar a autonomia das cargas prioritárias por até 6 horas em casos de falha crítica da concessionária. A integração perfeita entre o inversor Solis e o BMS (Battery Management System) das baterias assegura uma vida útil prolongada aos componentes e segurança total contra sobrecargas. A Solis reafirma seu compromisso em continuar impulsionando a transição global para energias renováveis, fornecendo tecnologias avançadas que contribuem para um futuro mais sustentável.  O Diferencial Técnico da Solis Os inversores híbridos da Solis incorporam uma arquitetura avançada, projetada para garantir desempenho superior em aplicações residenciais e comerciais. Entre seus principais atributos, destacam-se a capacidade de operar com 100% de overload , a corrente de entrada de até 21 A permitindo compatibilidade com módulos fotovoltaicos de última geração e a presença da Smart Port , que possibilita integração flexível com geradores, um segundo circuito de backup ou o acoplamento com inversores on-grid. O equipamento também oferece tempo de comutação ultrarrápido, entre 4 e 10 milissegundos , assegurando proteção total contra microinterrupções. Além disso, sua ampla compatibilidade com bancos de baterias de baixa tensão e a capacidade de fornecer 200% de potência em modo backup por até 10 segundos  tornam o sistema especialmente adequado para cargas indutivas e demandas críticas. Sobre a Solis Fundada em 2005, a Ginlong (Solis) Technologies (Código de Ações: 300763.SZ ) é uma das maiores e mais experientes fabricantes de inversores fotovoltaicos de string. Sob a marca Solis, o portfólio da empresa utiliza tecnologia inovadora de inversores para oferecer confiabilidade de primeira classe, validada pelas certificações internacionais mais exigentes. Com uma cadeia de suprimentos global, P&D de nível mundial e capacidades avançadas de fabricação, a Ginlong otimiza seus inversores para cada mercado regional, oferecendo suporte a seus clientes com uma equipe de especialistas locais. Para mais informações, visite https://www.solisinverters.com/br . Solis entrega garante autonomia energética na casa do Denílson Show com solução híbrida com armazenamento

  • Reino Unido acelera corrida pelos minerais estratégicos e lança plano para reduzir dependência da China até 2035

    EnergyChannel, Londres —  Em um movimento que reposiciona o Reino Unido na disputa global por autonomia mineral, o governo britânico anunciou uma estratégia nacional para garantir o fornecimento de minerais críticos insumos essenciais para baterias, semicondutores, turbinas eólicas, veículos elétricos e tecnologias de defesa. O plano traça um horizonte ambicioso até 2035, com metas para produção doméstica, reciclagem e limites rigorosos de dependência de fornecedores externos. Reino Unido acelera corrida pelos minerais estratégicos e lança plano para reduzir dependência da China até 2035 A iniciativa, chamada “Critical Minerals – Vision 2035” , surge em meio a preocupações crescentes sobre a forte concentração dessas cadeias produtivas nas mãos da China, responsável por grande parte da produção mundial de terras raras, lítio refinado e tungstênio. Novo marco regulatório mira segurança energética e industrial Pela primeira vez, Londres estabelece metas quantitativas para o setor: 10% da demanda britânica deverá ser atendida por produção local , 20% virá da reciclagem , e nenhum fornecedor poderá responder por mais de 60% do abastecimento de cada mineral crítico . A estrutura segue a lógica da legislação europeia para matérias-primas críticas, mas adiciona prazos e mecanismos adaptados ao cenário britânico. O governo destaca que o objetivo não é “desacoplar” da China, mas mitigar riscos estratégicos  e evitar desequilíbrios geoeconômicos que já pressionam indústrias como defesa, automotiva, data centers e armazenamento de energia. Cornualha vira epicentro da nova mineração britânica A reindustrialização mineral britânica começa pela Cornualha , região historicamente conhecida por suas minas e agora reposicionada como território-chave para a exploração de lítio e tungstênio. O governo destinou £50 milhões  para financiar estudos, sondagens e primeiras fases de novos projetos. Entre as empresas envolvidas estão: Cornish Lithium , British Lithium , Imerys . A projeção oficial é atingir 50 mil toneladas por ano de lítio  (ou equivalente em carbonato), volume suficiente para abastecer futuras gigafábricas, a cadeia automotiva e a indústria de ímãs permanentes. Mas Londres reconhece que essa expansão dependerá fortemente de capital privado, uma vez que o aporte público cobre apenas parte dos custos iniciais. Alianças internacionais reforçam diversificação de fornecedores Para reduzir vulnerabilidades, o Reino Unido fechou acordos de cooperação mineral com países como a Arábia Saudita , ampliando o leque de rotas logísticas fora da esfera de influência chinesa. O governo britânico intensificou a supervisão de ativos sensíveis após o caso Nexperia , que expôs como participações estrangeiras podem gerar riscos para indústrias estratégicas, especialmente em semicondutores, terras raras e tecnologias energéticas. Nova exigência de rastreabilidade e compliance para empresas A estratégia determina normas robustas de rastreamento da cadeia de suprimentos. Indústrias de setores críticos como energia, defesa, automotivo e tecnologia terão que comprovar a origem dos minerais usados em seus produtos, alinhando-se aos padrões europeus. Entre os instrumentos previstos estão: licenciamento ambiental reformulado, supervisão de investimentos estrangeiros, acompanhamento de subsídios e apoios públicos, e auditorias de sustentabilidade. A pressão regulatória deve ser intensa: exigências ambientais muito rígidas podem atrasar aprovações de projetos, enquanto regras flexíveis demais poderiam gerar questionamentos públicos e jurídicos. Sustentabilidade financeira será decisiva para o sucesso do plano Com recursos públicos limitados, Londres quer que os desenvolvedores assegurem contratos de longo prazo para garantir a viabilidade econômica de novos projetos minerais. O governo sabe que só terá êxito se oferecer previsibilidade jurídica e competitividade regulatória comparável à dos Estados Unidos e da União Europeia. O Reino Unido, portanto, entra oficialmente na disputa global pelos minerais que sustentam a transição energética uma corrida em que segurança nacional, indústria e geopolítica caminham lado a lado. Reino Unido acelera corrida pelos minerais estratégicos e lança plano para reduzir dependência da China até 2035

  • COP30: o que podemos esperar para o futuro da sustentabilidade?

    Por João Pedro Gomes dos Santos    A expectativa para a COP30, que acontece em Belém, é que temas como a economia circular, a transição enérgica e a preservação da Amazônia ganhem cada vez mais força nos debates entre líderes de governo, setor privado e financeiro, cientistas, especialistas, ativistas e sociedade civil, trazendo um papel importante para a América Latina na implementação de soluções sustentáveis. Segundo o relatório da E4CB deste ano,  “Brazil Sate of Circularity: Um Raio X da Circularidade no Brasil”,  nosso país já demonstra avanços em modelos de circularidade, além do desenvolvimento de cadeias produtivas mais verdes. COP30: o que podemos esperar para o futuro da sustentabilidade? O evento, que tem como estimativa um público de aproximadamente 50 mil participantes, também impulsiona a economia global, estimulando os investimentos em infraestrutura e inovação sustentável. Em primeiro lugar, a discussão girará, principalmente, em torno da mobilização de recursos econômicos para a redução de emissões de gases de efeito estufa. Os países deverão revisar suas metas nacionais visando o cumprimento dos objetivos individuais, bem como alinhar os compromissos entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, de forma a garantir o tratamento em conjunto e eficaz da crise climática, objetivando a redução da lacuna entre o que foi prometido com o que será realizado. Além disso, a adaptação às mudanças climáticas será essencial para a discussão, em especial as regiões vulneráveis como a Amazônia. Isso inclui fortalecer sistemas de saúde, além do manejo de água, saneamento e as infraestruturas para lidar com eventos externos. O financiamento climático e as tecnologias de baixo carbono também estão à frente do debate. O acesso a recursos, principalmente em países mais vulneráveis, é um pilar de discussão importante, assim como a adoção de energias renováveis, a bioeconomia e as soluções tecnológicas limpas. Pela primeira vez, o reaproveitamento de materiais e a logística reversa serão incorporados formalmente a uma Conferência das Partes (COP). Para a Reciclus, Associação Brasileira para a Gestão da Logística Reversa de Produtos de Iluminação, trazer à tona esse discurso será uma porta para que o nosso trabalho, assim como o de outras entidades gestoras, tenha mais visibilidade e, consequentemente, maior conscientização da população. Para seguir nessa crescente, continuamos ampliando nossos resultados. Atualmente, somamos mais de 51 milhões de lâmpadas fluorescentes coletadas e destinadas corretamente, entre os quase quatro mil pontos de entrega disseminados pelo Brasil. Além disso, continuamos expandindo as ações de Educação Ambiental com o Programa Reciclus Educa. É necessário ter em mente que a COP30 representa uma oportunidade de transformar o discurso em ação, fazendo a conexão dos compromissos globais com a realidade de cada local. Debater sobre logística reversa e circularidade transforma ideias em medidas concretas. Para o nosso país, é o momento de assumir um papel protagonista nessa história. João Pedro Gomes dos Santos  é Engenheiro Ambiental da Reciclus. COP30: o que podemos esperar para o futuro da sustentabilidade?

  • Aumento de 11% em acidentes no setor elétrico em 2024 torna tecnologia aliada na identificação de EPI

    Solução de IA e visão computacional da Fu2re facilita processo de forma automatizada e inteligente Aumento de 11% em acidentes no setor elétrico em 2024 torna tecnologia aliada na identificação de EPI O Brasil registrou, no ano passado, mais de dois mil acidentes elétricos. Dados divulgados pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), revelam um aumento de 11% de acidentes em 2024 em relação ao ano anterior. Com esse crescimento, organizações entendem a necessidade de não apenas implementar, mas monitorar a conformidade do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), uma prática que pode ser realizada por meio de inteligência artificial e visão computacional. Com o avanço da tecnologia, a fiscalização de equipamentos de segurança pode ser realizada por meio da implementação de sistemas avançados de rastreabilidade, garantindo a manutenção da validade e utilização. Soluções que garantam essa automatização possibilitam a capacidade de coletar, armazenar e analisar dados para a identificação de tendências, problemas e pontos de melhoria dos equipamentos. Exemplo disso é o Electrician Safety System, da Fu2re, scale-up especializada em soluções de IA para as indústrias de energia, óleo e gás. Segundo  André Sih,   Founder & Managing Partner da Fu2re , hoje, muitos profissionais da área elétrica carregam câmeras portáteis para registrar a rotina de trabalho, no entanto, o monitoramento é limitado. “Condutas de risco devem ser revisadas, mas frequentemente isso não ocorre, o que compromete a segurança, a conformidade regulatória e a prevenção de acidentes”, afirma o executivo. Vale lembrar que, conforme a Norma Reguladora 6 (NR-6), o EPI é fundamental para garantir segurança e bem-estar dos colaboradores em ambientes com alto risco de acidentes, sendo um dispositivo indispensável nos protocolos de segurança do trabalho. Apesar de fundamental, o monitoramento pode ser um desafio e é propenso a erros humanos durante a monitorização manual. Para superar as limitações da supervisão manual, organizações podem explorar tecnologias modernas, como a visão computacional, para o monitoramento da conformidade consistente. O Electrician Safety System (SSE), por exemplo, visa automatizar a análise dos vídeos de campo, ampliando drasticamente a capacidade de monitoramento das concessionárias. Aumento de 11% em acidentes no setor elétrico em 2024 torna tecnologia aliada na identificação de EPI O sistema recebe os vídeos da jornada de trabalho das equipes e aplica IA e visão computacional. Dessa forma, é possível detectar o uso correto ou incorreto de EPIs e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) durante as operações, e as condutas perigosas durante deslocamentos, com análise baseada em regras de trânsito. “As gravações de até oito horas são segmentadas em blocos organizados por intervenção, gerando pequenos vídeos com apenas os trechos relevantes. Os momentos de deslocamento são separados e avaliados de acordo com regras de direção segura, e todos os resultados ficam disponíveis em um portal em nuvem, onde os técnicos de segurança podem acessar e revisar as análises de forma simples e centralizada”, complementa Sih. Projetos dessa frente são capazes de demonstrar a eficácia e a escalabilidade do sistema para as grandes distribuidoras de energia. O sistema segmenta, de forma automática, cada operação, identifica alertas de uso ou não de equipamentos, calcula um índice de segurança para acompanhamento e classifica o tipo de atividade realizada. Com a solução da Fu2re, já foram mais de 20 mil horas gravadas processadas, 2,7 mil turnos monitorados e pelo menos 6,6 mil operações identificadas e categorizadas. “Com esses números, continuamos aperfeiçoando nossos serviços para garantir a segurança dos trabalhadores e a conformidade regulatória”, finaliza o executivo. Para conhecer mais sobre a solução da Fu2re, acesse   www.fu2re.com.br . Sobre a Fu2re A Fu2re é especializada em soluções de inteligência artificial que transformam operações e otimizam processos nas indústrias de energia, óleo e gás. Primeira startup acelerada pela NVIDIA no Brasil, com uma equipe altamente qualificada, desenvolve tecnologias de ponta, como o SmartVision AI, uma plataforma no-code que combina visão computacional e IA, permitindo atualizações rápidas nos modelos de inteligência artificial. Tendo recebido, em 2025, o aporte da Copel Ventures (gerido pela Vox Capital) e Indicator Capital, gestora early-stage de venture capital líder em deep-tech; a Fu2re se destaca por entregar resultados mensuráveis e assertivos, atendendo às necessidades específicas de grandes empresas. Reconhecida no ranking 100 Startups to Watch pelo segundo ano consecutivo, está no TOP3 entre scale-ups de IA e no TOP100 geral, consolidando-se como referência em inovação e transformação digital. Site:  www.fu2re.com.br Aumento de 11% em acidentes no setor elétrico em 2024 torna tecnologia aliada na identificação de EPI

  • GAC avança na corrida das baterias de estado sólido e inicia produção piloto de células automotivas de alta capacidade

    Por EnergyChannel – Reportagem original Imagem: GAC A transição global para veículos elétricos acaba de ganhar um novo capítulo. O Grupo GAC, uma das montadoras chinesas mais atuantes em inovação, iniciou a produção piloto de suas primeiras células de bateria de estado sólido voltadas para aplicações automotivas um marco que pode antecipar a próxima grande revolução no setor de armazenamento de energia. Durante o Salão do Automóvel de Guangzhou, o presidente da companhia, Feng Xingya, confirmou que a nova unidade fabril já está operando em regime de pequenos lotes, produzindo células acima de 60 Ah  para testes em escala limitada. O objetivo agora é validar o comportamento dessas baterias em cenários reais, dentro de veículos experimentais, antes de escalar a tecnologia para o mercado. Uma corrida tecnológica que a GAC acompanha desde 2016 De acordo com informações apuradas pelo EnergyChannel, a GAC investe há quase uma década no desenvolvimento de baterias de estado sólido, inicialmente com foco em eletrólitos poliméricos. Mais recentemente, a empresa ampliou sua pesquisa para arquiteturas à base de sulfeto — consideradas uma das rotas mais promissoras para alcançar alta densidade energética e maior estabilidade térmica. Internamente, a montadora também avança no uso de um inovador ânodo de “silício esponjoso” , formado por nanocompósitos de silício e produzido por um processo a seco. Essa abordagem pode ampliar de forma significativa a densidade energética das células, permitindo que os futuros veículos equipados com essa tecnologia ultrapassem 400 Wh/kg , o que se traduz, na prática, em autonomias próximas aos 1.000 km  no ciclo chinês. Quando chegam aos carros? Os primeiros testes de integração em veículos devem ocorrer em 2026 , como parte das validações em protótipos de pequeno porte. A GAC projeta que a produção em massa possa começar progressivamente entre 2027 e 2030 , dependendo do desempenho das células e da estabilidade do processo industrial. A empresa já havia sinalizado, em 2024, a intenção de utilizar baterias de estado sólido na linha Hyper , divisão premium da GAC Aion lançada em 2022. Caso confirmado, a marca pode se tornar uma das primeiras do mundo a oferecer veículos comerciais equipados com essa tecnologia. Um ecossistema chinês em aceleração A movimentação da GAC não ocorre isoladamente. Outras gigantes chinesas também avançam em seus próprios projetos de estado sólido: Qingtao Power e SAIC  inauguraram uma linha dedicada à produção de células em Anting; Chery  apresentou recentemente seu primeiro módulo funcional e planeja testes em veículos já no próximo ano; Sunwoda, BYD e CATL  também mantêm projetos robustos na área embora a CATL, líder global, tenha reforçado que não prevê produção em massa antes de 2030. A disputa pela liderança tecnológica pode redefinir o domínio industrial da próxima década e acelerar a chegada de veículos com maior autonomia, segurança e durabilidade. O que este avanço significa para o setor? Para o mercado automotivo global e especialmente para o Brasil, que observa atentamente esses movimentos o avanço da GAC marca um ponto de virada. As baterias de estado sólido são vistas como o “santo graal” do armazenamento de energia: prometem maior densidade, menor risco térmico e ciclos de vida mais longos. Embora ainda existam desafios industriais e de custo, a produção piloto iniciada pela GAC indica que a fase de laboratório ficou para trás. O próximo passo será provar, nas ruas, que a tecnologia está pronta para escalar. GAC avança na corrida das baterias de estado sólido e inicia produção piloto de células automotivas de alta capacidade

  • O paradoxo da energia solar: vida útil, descarte e os desafios ambientais no Brasil

    Por Renato Zimmermann é desenvolvedor de negócios sustentáveis e ativista da transição energética  O paradoxo da energia solar: vida útil, descarte e os desafios ambientais no Brasil A transição energética é celebrada como um dos grandes avanços da humanidade diante da emergência climática, mas ela carrega paradoxos que precisam ser enfrentados com urgência. O Brasil, que já ultrapassou milhões de sistemas solares conectados à rede elétrica, vive um dilema silencioso: o que fazer com os painéis fotovoltaicos quando chegarem ao fim de sua vida útil?  A questão do descarte, ainda pouco discutida, começa a se tornar visível em situações extremas, como os eventos climáticos recentes que atingiram o Sul do país. Em novembro de 2025, Erechim, no Rio Grande do Sul, foi devastada por uma tempestade de granizo que deixou mais de 17 mil pessoas afetadas, dezenas de feridos e prejuízos incalculáveis em residências e comércios. Muitos sistemas solares instalados em telhados foram destruídos, acumulando entulho sem destino adequado. Poucos dias antes, um ciclone extratropical no Paraná, com ventos de até 250 km/h, arrasou cidades como Rio Bonito do Iguaçu, onde mais de 1.400 casas e estabelecimentos foram destruídos. Além das perdas humanas e materiais, milhares de painéis solares foram danificados, reforçando a urgência de políticas públicas voltadas ao descarte. Os estudos internacionais já alertam para os riscos. O National Renewable Energy Laboratory (NREL), a International Renewable Energy Agency (IRENA) e a Environmental Protection Agency (EPA) apontam que, embora os painéis solares sejam limpos na geração de energia, seu ciclo de vida envolve impactos ambientais significativos. A produção exige uso intensivo de silício, alumínio, vidro e metais pesados como cádmio e chumbo, que podem contaminar solo e água se destinados a aterros.  A vida útil média dos módulos é de 25 a 30 anos, o que significa que, no Brasil, a partir de 2040 começará uma onda de descarte em massa. Com milhões de sistemas já vendidos e instalados, cidades afetadas por eventos climáticos extremos já começam a acumular entulhos sem solução definitiva.  Empresas instaladoras recolhem os painéis danificados e os mantêm em depósitos, sem saber como descartá-los corretamente. O Programa Nacional de Resíduos Sólidos não inclui os painéis solares como produtos eletrônicos, o que seria fundamental para obrigar importadores, fabricantes e distribuidores a orientar toda a cadeia produtiva. Sem essa classificação, não há responsabilidade compartilhada, e o problema se arrasta. O contraste com outras regiões do mundo é evidente. A União Europeia, por meio da Diretiva 2012/19/UE, obriga fabricantes e importadores a recolher e reciclar equipamentos elétricos e eletrônicos, incluindo painéis fotovoltaicos. Desde 2018, todos os equipamentos elétricos e eletrônicos passaram a estar sob o escopo da diretiva, o que significa que os painéis solares são tratados como resíduos eletrônicos. A responsabilidade é do produtor, que deve financiar e organizar a logística reversa, e a União Europeia ainda financia projetos de pesquisa para melhorar a reciclagem de vidro, alumínio e metais raros. O Japão, por sua vez, anunciou em 2024 que tornará obrigatória a reciclagem de painéis solares, prevendo que o país terá meio milhão de toneladas de resíduos anuais de módulos a partir da década de 2030. Centros especializados já operam com tecnologia avançada de triagem, recuperando vidro, alumínio e metais raros para reinserção em cadeias produtivas. A legislação japonesa está em fase de implementação, mas o país já se posiciona para evitar o acúmulo de resíduos.  No Brasil, entretanto, não existe legislação específica que obrigue o descarte ou reciclagem de painéis solares. O Projeto de Lei 998/24, apresentado em 2024, cria uma política de incentivo à logística reversa de painéis fotovoltaicos, prevendo fundos, linhas de crédito e certificações, mas ainda está em análise. Enquanto isso, empresas instaladoras recolhem módulos danificados e os mantêm em depósitos, sem destino final adequado, e pesquisadores alertam que, a partir de 2040, milhões de painéis começarão a se acumular, gerando impactos ambientais severos. Além do impacto ambiental, há um aspecto econômico que não pode ser ignorado. Os painéis solares contêm materiais valiosos que podem ser reutilizados e reinseridos em cadeias produtivas. O vidro representa cerca de 70% do peso do módulo e pode ser reaproveitado em novas aplicações industriais. O alumínio das molduras tem alto valor de mercado e pode ser reciclado infinitamente sem perda de qualidade. O silício das células, embora mais complexo de recuperar, pode ser refinado e reutilizado em novos módulos ou em indústrias de semicondutores. Metais como cobre e prata, presentes nos contatos elétricos, possuem valor elevado: a prata, por exemplo, é um dos insumos mais caros do módulo, com cotação internacional que ultrapassa os 25 dólares por onça. Estima-se que cada painel contenha entre 15 e 20 gramas de prata, o que, multiplicado por milhões de unidades, representa um mercado bilionário. O alumínio, igualmente valioso, tem cotação média de 2.200 dólares por tonelada, e considerando que cada painel possui cerca de 2 kg de alumínio, o potencial econômico é gigantesco. O cobre, essencial para a indústria elétrica, também pode ser recuperado com relativa facilidade e reinserido em cadeias produtivas nacionais. Apesar desse potencial, a reciclagem de painéis solares no Brasil ainda é incipiente e carece de dados oficiais consolidados. Não há estatísticas nacionais confiáveis sobre o volume efetivamente reciclado, mas especialistas apontam que o reaproveitamento é mínimo e insuficiente para validar um mercado. Para que a economia circular seja viável, é necessário perseguir taxas de reaproveitamento acima de 80%, recuperando vidro, alumínio, silício e metais preciosos. Esse patamar é compatível com experiências internacionais e com a ambição mínima para validar economicamente uma cadeia de reciclagem capaz de operar em escala industrial. O Brasil tem a chance de liderar esse movimento na América Latina, mas precisa criar uma legislação robusta e investir em tecnologia de reciclagem. A transição energética é inevitável, mas seus paradoxos precisam ser enfrentados. O Brasil deve se preparar para uma nova frente de ativismo e políticas públicas voltadas à economia circular.  O descarte inadequado de painéis solares pode transformar uma solução limpa em um problema ambiental de grandes proporções. A emergência climática não espera, e se o país não criar agora uma cadeia estruturada para o descarte e reciclagem dos painéis solares, em 2040 estaremos diante de uma crise ambiental silenciosa, mas devastadora.  A informação de utilidade pública e mercadológica é clara: a transição energética tem seus paradoxos, e a emergência climática vai trazer novas frentes de ativismo e criação de políticas públicas e mercados de economia circular. A energia solar é uma promessa de futuro, mas sem responsabilidade ambiental, pode se tornar um passivo perigoso. O momento de agir é agora. O paradoxo da energia solar: vida útil, descarte e os desafios ambientais no Brasil

  • Demanda Global de Energia Avança em Ritmo Mais Lento, Mas Solar e Eólica Assumem a Liderança no Primeiro Semestre de 2025

    A procura mundial por eletricidade voltou a crescer entre janeiro e junho de 2025, mas em um compasso menos acelerado do que o registrado no ano passado. De acordo com levantamento exclusivo analisado pelo EnergyChannel , o consumo global aumentou 369 TWh no primeiro semestre , praticamente metade do volume observado no mesmo período de 2024. Demanda Global de Energia Avança em Ritmo Mais Lento, Mas Solar e Eólica Assumem a Liderança no Primeiro Semestre de 2025 Mesmo com a expansão mais moderada, o movimento indica estabilidade na tendência de eletrificação das economias e consolida a energia solar como o principal motor da matriz elétrica mundial. China puxa a demanda, mas perde fôlego Quatro das maiores economias do planeta concentraram a maior parte do avanço no consumo energético. China, EUA, Índia e União Europeia  responderam juntas por 81% da alta global .A China liderou com ampla vantagem, responsável por 54% de toda a nova demanda mundial , mas ainda assim registrou desaceleração em relação ao ano passado. O país adicionou 198 TWh  no período bem abaixo dos 326 TWh  registrados em 2024. Especialistas apontam dois fatores principais para o ritmo mais lento no mercado chinês e indiano: abertura industrial menos intensa ; redução significativa das ondas de calor no fim do primeiro semestre , especialmente na Índia. Solar ultrapassa a demanda e quebra recordes O dado mais emblemático do relatório é a virada definitiva das renováveis sobre o crescimento da demanda global. A soma da energia solar e eólica não só acompanhou , como superou o avanço total do consumo elétrico  no mundo. A energia solar foi a grande estrela: Representou 83% de toda a expansão da geração mundial ; Estabeleceu novos recordes históricos; Elevou sua participação na matriz elétrica global para 8,8% , contra 6,9% no primeiro semestre de 2024. O desempenho reflete a combinação entre queda no custo dos módulos, escalada da capacidade instalada e forte competitividade frente a fontes fósseis — especialmente em mercados asiáticos e europeus. Outras fontes: nuclear cresce, hidrelétrica recua A fotografia do semestre mostra uma reorganização discreta, porém relevante, das tecnologias de geração: Nuclear:  +33 TWh (+2,5%) Outras renováveis (excluindo solar, eólica e hídrica):  +3,6 TWh (+4,7%) Hidrelétrica:  –42 TWh (–2%), impactada por secas prolongadas Bioenergia:  –2,7 TWh (–1%) O setor fóssil como um todo encolheu 27 TWh  (–0,3%). A retração do carvão (–31 TWh) e do gás natural (–6,3 TWh) superou a pequena alta registrada em outros combustíveis fósseis (+10 TWh). Panorama geral: demanda cresce, mas renováveis crescem mais Mesmo com a desaceleração, a expansão da demanda global de eletricidade em 2025 está alinhada à média dos últimos dez anos, estimada em 2,7% ao ano . A diferença é que, desta vez, as renováveis não apenas acompanharam esse ritmo elas ultrapassaram . O resultado reforça uma tendência clara: A transição energética mundial passa por um ponto de inflexão, com a energia solar assumindo protagonismo absoluto na expansão da matriz elétrica global. O EnergyChannel  continuará acompanhando a evolução dos dados ao longo do ano para entender como a dinâmica entre China, Índia e países ocidentais influenciará o segundo semestre especialmente diante de projeções de novas ondas de calor e da maior competição entre renováveis e combustíveis fósseis. Demanda Global de Energia Avança em Ritmo Mais Lento, Mas Solar e Eólica Assumem a Liderança no Primeiro Semestre de 2025

  • Pensilvânia ensaia nova virada solar: escolas puxam fila e revelam potencial energético adormecido

    A transição energética na Pensilvânia, historicamente uma terra moldada por carvão, gás e disputas políticas acirradas, acaba de ganhar um capítulo inesperado e ele começa no telhado das escolas. Pensilvânia ensaia nova virada solar: escolas puxam fila e revelam potencial energético adormecido Enquanto o estado segue travado em decisões estruturais sobre clima e emissões, um programa modesto de incentivo à energia solar distribuída mostrou que, quando a pauta sai do terreno ideológico e toca benefícios econômicos diretos, a resistência evapora. O programa Solar for Schools , aprovado no ano passado com aporte de US$ 25 milhões, tornou-se a única política energética que conseguiu atravessar o Congresso estadual dividido, sobrevivendo inclusive à recente batalha orçamentária. Para distritos como o de Carlisle, que recebeu US$ 252 mil para instalar um sistema fotovoltaico de grande porte em uma escola primária, o avanço representou mais do que um alívio financeiro: foi a prova de que a energia solar pode unir campos políticos rivais. “Já sabemos qual será o próximo prédio a receber o sistema”, afirmou a superintendente Colleen Friend, que conduziu o projeto praticamente sem oposição um feito raro no ambiente político da Pensilvânia. Por que as escolas viraram símbolo da transição? O sucesso do programa não é coincidência. Uma mobilização intensa da deputada Elizabeth Fiedler, presidente da Comissão de Energia da Câmara, percorreu o estado conectando escolas, prefeitos e comunidades conservadoras e progressistas. O discurso central: economia, geração de empregos locais e independência energética. O resultado foi explosivo. No primeiro ano, o estado recebeu 88 solicitações, somando US$ 88 milhões mais de três vezes o orçamento disponível. Ao final, 73 escolas foram contempladas com US$ 22,6 milhões. “Há uma demanda reprimida gigantesca”, explica Flora Cardoni, da organização PennEnvironment. “E é só o começo.” Solar distribuída: o potencial ignorado da Pensilvânia Enquanto grandes usinas renováveis enfrentam anos de espera na fila da PJM Interconnection para conectar-se à rede um gargalo que trava centenas de megawatts — a energia solar distribuída escapa desses entraves. Pequenas instalações em telhados comerciais, residenciais ou públicos podem ser executadas de forma mais rápida e com menor pressão regulatória. É aí que especialistas enxergam o “oceano azul”. Ron Celentano, presidente da associação de indústrias solares do estado, lembra que um estudo do Departamento de Proteção Ambiental em 2018 mostrou que sistemas em telhados poderiam responder por até 35% de toda a geração solar da Pensilvânia até 2030 , caso políticas adequadas fossem aprovadas. Mas, segundo ele, o estado tem deixado essa oportunidade escorrer pelos dedos. “Em várias regiões, a energia solar distribuída simplesmente não é considerada na escala que poderia”, diz Celentano. “É uma oportunidade desperdiçada.” Burocracia e prazos apertados ameaçam a segunda fase do programa Apesar do interesse crescente, o caminho não está livre: Incentivos federais que cobrem até 50% dos custos expiram no próximo ano. Distritos precisam correr para iniciar as obras antes que os créditos fiscais acabem. Concessionárias locais, como PECO e PPL, enfrentam filas de até três anos para aprovar conexões de maior porte. A PPL afirma estar “trabalhando ativamente para minimizar atrasos”, mas o impacto já preocupa escolas e instaladores. Nenhum distrito abandonou projetos até agora, mas muitos já solicitaram reavaliações financeiras. Se os incentivos federais realmente expirarem, Celentano prevê que diversos projetos não sairão do papel. Onde a política encontra o consenso A energia solar distribuída tem um trunfo raro na Pensilvânia: ela beneficia tanto centros urbanos democratas quanto condados rurais conservadores. Segundo análise da PennEnvironment: Aproximadamente 5.000 escolas  têm potencial para instalar painéis solares. Economias projetadas: US$ 342 milhões ao longo da vida útil dos sistemas . Energia equivalente ao consumo anual de 187 mil residências . Redução de emissões comparável à retirada de 300 mil carros  das estradas. Os condados rurais, com mais espaço e maior dependência de energia cara, lideram o potencial de economia por escola. Lancaster, por exemplo, aparece entre os líderes em retorno financeiro, superado apenas por Allegheny (Pittsburgh). No debate estadual, outra frente com apoio bipartidário é o projeto de energia comunitária pequenos consórcios de vizinhos compartilhando geração solar incluído no chamado “Plano Relâmpago” do governador Josh Shapiro. Embora o texto não tenha avançado no Senado controlado pelos republicanos, especialistas acreditam que ele pode retornar à pauta. Um teste para o futuro da política energética no estado O destino do programa Solar for Schools e de outras iniciativas distribuídas pode servir como termômetro para entender o rumo da política energética da Pensilvânia. Com a saída do estado da RGGI que poderia ter gerado até US$ 1 bilhão por ano para investimentos em energia limpa a tarefa de reduzir emissões recai agora sobre políticas menores, porém de impacto rápido. E, para muitos especialistas, esse movimento pode revelar uma nova lógica: em vez de grandes acordos climáticos, pequenas políticas pragmáticas podem impulsionar a transição energética por caminhos inesperados. O desafio é saber se o tempo e os incentivos estarão do lado das escolas, comunidades e empresas que tentam levar a energia solar para os telhados do estado. Pensilvânia ensaia nova virada solar: escolas puxam fila e revelam potencial energético adormecido

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