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  • O Acordo de Belém pode se tornar um marco histórico na transição energética global, mas ainda enfrenta debates e incertezas.

    Hoje, no penúltimo dia da COP30, a expectativa é que o documento avance para uma versão final com adesão ampla, embora países como China ainda não tenham confirmado apoio integral. O Acordo de Belém pode se tornar um marco histórico na transição energética global, mas ainda enfrenta debates e incertezas. A COP30, realizada em Belém, está prestes a encerrar com a promessa de um novo pacto climático: o Acordo de Belém. Inspirado por tratados anteriores como o Protocolo de Quioto (1997) e o Acordo de Paris (2015), este novo documento busca consolidar compromissos globais para acelerar a transição energética e enfrentar a crise climática com mais ambição e justiça. Assim como o Protocolo de Quioto estabeleceu metas obrigatórias de redução de emissões para países desenvolvidos e o Acordo de Paris ampliou o escopo para todos os países com metas voluntárias, o Acordo de Belém pretende ir além: promover uma transição energética justa, com foco em inclusão social, descentralização da geração de energia e eliminação progressiva dos combustíveis fósseis. Geração distribuída e descentralização energética Um dos pontos mais inovadores do documento é o reconhecimento da importância da geração distribuída ou seja, a produção de energia próxima ao local de consumo, como painéis solares em residências ou pequenas usinas comunitárias. Essa abordagem não apenas reduz perdas na transmissão, como também empodera comunidades e democratiza o acesso à energia limpa. Embora o texto ainda esteja em fase de rascunho, já há menções à necessidade de infraestrutura descentralizada, redes inteligentes e apoio técnico-financeiro para países em desenvolvimento. Isso representa um avanço em relação aos acordos anteriores, que focavam mais em metas macroeconômicas e menos em soluções locais. Multilateralismo em teste Com adesão inicial de 35 países, o Acordo de Belém ainda precisa conquistar o apoio de grandes emissores como China, Índia e Estados Unidos. A China, por exemplo, tem participado das negociações, mas ainda não confirmou apoio integral ao texto. Seu posicionamento será decisivo para o sucesso do pacto. O multilateralismo, princípio que sustenta as COPs desde sua origem, está sendo testado. A fragmentação geopolítica e os interesses econômicos dificultam consensos. Se países estratégicos não assinarem o documento, ele poderá perder força normativa e se tornar apenas uma declaração de intenções como ocorreu com outros pactos climáticos que não foram ratificados por todos os signatários. Expectativas para o encerramento Hoje, 20 de novembro, é o penúltimo dia da COP30. As negociações estão intensas, com diplomatas e representantes da sociedade civil pressionando por cláusulas mais robustas sobre financiamento climático, justiça social e eliminação do carvão. A expectativa é que o texto final seja apresentado amanhã, com possibilidade de assinatura por parte dos países ainda durante o evento.Caso o documento seja aprovado com ampla adesão, ele poderá se tornar um marco tão relevante quanto o Acordo de Paris. Caso contrário, será mais um alerta sobre a dificuldade de alinhar interesses globais diante da urgência climática. O papel do Brasil e da América Latina O Brasil tem se posicionado como protagonista, destacando sua matriz energética renovável e experiências bem-sucedidas com biocombustíveis e geração distribuída. A Declaração de Belém para a Industrialização Verde e o Compromisso de Belém pela Transição Energética Justa, assinados por empresas estatais brasileiras, reforçam esse papel. A América Latina, como um todo, tem defendido uma transição que respeite os direitos das comunidades tradicionais e promova inclusão social. Essa visão está sendo incorporada ao texto do acordo, embora ainda enfrente resistência de países com economias fortemente dependentes de combustíveis fósseis. Conclusão: entre esperança e pragmatismo O Acordo de Belém representa uma oportunidade histórica de redefinir os rumos da transição energética global. Com foco em descentralização, justiça e inovação, ele pode corrigir falhas dos pactos anteriores e abrir caminho para um futuro mais sustentável. Mas para isso, será preciso coragem política, cooperação multilateral e pressão contínua da sociedade civil. O mundo está assistindo e o tempo está se esgotando. Por Renato Zimmermann – Desenvolvedor de negócios sustentáveis e ativista da transição energética

  • COP30 e a encruzilhada da transição energética: entre retrocessos fósseis e o futuro renovável

    A COP30, sediada em Belém, tornou-se palco de embates cruciais sobre o futuro da energia global. COP30 e a encruzilhada da transição energética: entre retrocessos fósseis e o futuro renovável Em meio às negociações diplomáticas, uma voz ecoou com força: a do Instituto Internacional Arayara. A ONG brasileira, conhecida por sua atuação incisiva contra os combustíveis fósseis, trouxe à conferência não apenas dados alarmantes, mas também histórias reais de comunidades devastadas pela expansão das termelétricas. Arayara: guardiã da justiça climática A Arayara atua como observadora crítica das políticas energéticas e ambientais, denunciando práticas que favorecem interesses corporativos em detrimento da saúde pública e da sustentabilidade. Sua luta pela eliminação do carvão e pela responsabilização da indústria do petróleo é pautada por evidências científicas e mobilização social. Na COP30, a organização reforçou seu papel como articuladora internacional, promovendo ações no Brasil, Chile e Argentina. Em parceria com organizações chilenas, a Arayaraapresentou um documentário que expõe os impactos das termelétricas nas comunidades latino-americanas. O filme revela como a instalação dessas usinas alterou drasticamente o cotidiano local: poluição do ar, contaminação de solos, águas e litoral, além de doenças respiratórias e dermatológicas. Para reduzir o consumo de carvão e gás, algumas usinas passaram a utilizar amônia na combustão uma solução que, longe de ser limpa, gera novos contaminantes altamente nocivos à saúde humana. Pressão política: veto ao carvão Em um gesto estratégico, John Wurdig, ativista da Arayara, entregou pessoalmente à ministra Marina Silva uma carta dirigida ao presidente da República. O documento pede o veto aos artigos do Projeto de Lei de Conversão nº 10/2025, que prevê a contratação de reserva de capacidade para usinas termelétricas a carvão mineral. A proposta, derivada da Medida Provisória nº 1.304/2025, representa um retrocesso climático e contradiz os compromissos assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris. A bomba de carbono dos leilões de gás Outro alerta veio do relatório da Arayara sobre o Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP) de 2026. Foram cadastrados 311 projetos de usinas a gás, somando mais de 112 GW de potência instalada. A operação conjunta dessas usinas pode emitir até 91,4 milhões de toneladas de CO₂ equivalente por ano o que, em 15 anos, ultrapassaria 1,3 gigatoneladas. Trata-se de uma verdadeira “carbonbomb”, capaz de comprometer décadas de esforços climáticos. Ações na Argentina e articulação regional Na Argentina, a Arayara tem atuado contra projetos fósseis e em defesa de políticas públicas voltadas à transição energética justa. A articulação regional fortalece a resistência latino-americana aos retrocessos e amplia a pressão sobre governos e organismos multilaterais. COP30: documentos em negociação e o pacto pelo fim do carvão As negociações da COP30 giram em torno de um novo marco global para a transição energética. Um dos documentos mais debatidos é o “Pacto pela Eliminação do Carvão até 2040”, que busca compromissos concretos dos países signatários. Embora enfrente resistência de nações dependentes do carvão, o pacto tem ganhado apoio de blocos como a União Europeia e países vulneráveis às mudanças climáticas. Renováveis em risco: apagões e falhas de planejamento Apesar do avanço das fontes renováveis, o Brasil enfrenta desafios estruturais. Usinas solares e eólicas foram construídas longe dos grandes centros de consumo, sem o devido planejamento da rede de transmissão. Agora, para corrigir o desequilíbrio, o governo sinaliza penalizações a quem gera sua própria energia como se a autossuficiência fosse um problema. Essa lógica revela um mercado elétrico mais preocupado em capturar a conta do consumidor do que em oferecer soluções tecnológicas, seguras e acessíveis. A verdadeira transição energética exige resiliência, descentralização e inteligência. Microrredes, redes inteligentes e geração próxima ao consumo são o futuro. Gerar energia hoje é mais simples e acessível do que nunca, mas investidores e governos parecem presos a paradigmas ultrapassados. Pós-COP: maturidade e vigilância A COP30 marca um ponto de inflexão. A maturidade da transição energética dependerá da pressão contínua da sociedade civil, da inovação tecnológica e da coragem política para romper com o passado fóssil. A atuação da Arayara é um exemplo de como a mobilização social pode influenciar decisões e construir um futuro energético mais justo, limpo e resiliente. COP30 e a encruzilhada da transição energética: entre retrocessos fósseis e o futuro renovável Por Renato Zimmermann – Desenvolvedor de negócios sustentáveis e ativista da transição energética

  • A nova fronteira energética: por que a Lua virou palco da próxima revolução nuclear

    A corrida espacial acaba de ganhar um novo capítulo e, desta vez, a disputa não é apenas por bandeiras ou pousos históricos, mas pela capacidade de produzir energia de forma contínua fora da Terra. Estados Unidos, China e Rússia avançam em projetos que pretendem levar reatores nucleares para a superfície lunar ainda nesta década, inaugurando uma nova etapa da infraestrutura energética no espaço. A nova fronteira energética: por que a Lua virou palco da próxima revolução nuclear O governo americano estabeleceu a meta mais ousada: instalar um reator de fissão de 100 kW na Lua até 2030, como parte do programa Artemis. Já China e Rússia trabalham em um projeto conjunto com previsão para 2035. Para além da competição geopolítica, o que está em jogo é a capacidade de garantir energia estável o suficiente para manter bases científicas, sistemas de habitação, robôs exploratórios e futuras operações industriais no ambiente lunar. Por que a energia nuclear é a chave para a vida fora da Terra A exploração lunar enfrenta um dilema básico: é impossível construir uma infraestrutura robusta sem energia, e não há energia suficiente sem infraestrutura. As tecnologias usadas nas últimas décadas como geradores de radioisótopos (RTGs), painéis solares e células de combustível não conseguem atender às demandas de uma base lunar moderna. RTGs , presentes desde a Apollo 12, são confiáveis, mas produzem pouca energia e dependem de plutônio-238, raro e caro. Painéis solares , por sua vez, são inviáveis nas regiões escuras do Polo Sul da Lua, justamente onde está a maior reserva de gelo — recurso crítico para água, combustível e habitação. Células de combustível  fornecem mais potência, mas dependem de reabastecimento constante, algo arriscado e logisticamente complexo. A fissão nuclear, portanto, emergiu como única alternativa capaz de operar dia e noite, independente das condições ambientais, produzindo energia suficiente para manter sistemas vitais, derreter gelo, operar máquinas e impulsionar futuras missões. O desafio técnico: levar um reator pronto da Terra para a Lua A NASA e o Departamento de Energia dos EUA (DoE) planejam enviar o reator já montado dentro de um módulo de pouso capaz de transportar até 15 toneladas. O processo exige superar obstáculos que não existem na Terra: gravidade reduzida  (1/6 da terrestre), que afeta o comportamento de fluidos; ausência de atmosfera , que impede o resfriamento por convecção; temperaturas extremas , que variam mais de 250°C entre o dia e a noite lunar; poeira abrasiva , capaz de danificar eletrônicos e mecanismos; manutenção limitada , já que astronautas em trajes espaciais não podem realizar reparos complexos. Para lidar com isso, o projeto americano deve usar um ciclo Brayton sistema em que um gás é aquecido pelo núcleo do reator, aciona turbinas e depois é resfriado por radiadores gigantes, essenciais em um ambiente sem ar. Empresas como Lockheed Martin, X-Energy e Westinghouse  já trabalham nos protótipos iniciais, após vencerem contratos para desenvolver um reator de fissão compacto e resistente o bastante para operar por pelo menos 10 anos sem manutenção. Proteção e segurança: enterrando o reator na Lua A blindagem do reator não será enviada da Terra. A solução será usar o próprio regolito lunar — a poeira e rocha pulverizada que cobre toda a superfície do satélite. O reator deverá ser parcialmente enterrado em uma cavidade ou protegido por muralhas de regolito, reduzindo exposição à radiação e impactos de micrometeoritos. Mas isso cria outro problema futuro: o descomissionamento. Uma área que acumulou radiação precisará de técnicas específicas de isolamento antes de ser abandonada, algo ainda não regulamentado no espaço. Quem lidera a corrida e quem tem mais chances de vencer Os Estados Unidos possuem vantagem tecnológica graças ao ecossistema privado mais robusto do setor espacial, liderado por empresas como SpaceX. Entretanto, atrasos recentes no programa Artemis e restrições orçamentárias levantam dúvidas sobre a capacidade de cumprir o prazo de 2030. China  avança rapidamente, apoiada pelo sucesso do programa lunar Chang’e e por um mapeamento mineral completo da superfície, incluindo reservas de hélio-3 potencial combustível para reatores de fusão no futuro. Rússia , embora enfrente limitações econômicas, contribui com experiência histórica robusta, especialmente em tecnologia nuclear espacial (como o projeto TOPAZ). Especialistas avaliam que a combinação da engenharia tradicional russa com a tecnologia de ponta chinesa forma um conjunto competitivo. Mesmo assim, os EUA ainda lideram em capacidade de lançamento e parceria com a iniciativa privada. Por que isso importa para o futuro da energia A instalação do primeiro reator nuclear lunar não representa apenas uma corrida geopolítica: abre caminho para um novo ciclo de exploração espacial sustentável. Com energia nuclear, deixa de ser ficção a possibilidade de: bases lunares permanentes; mineração e processamento de recursos in loco; fábricas autônomas de materiais e combustíveis; missões de longa duração abastecidas diretamente da superfície lunar; plataformas de pesquisa científica em escala inédita. A disputa entre potências já extrapola a órbita da Terra e a Lua se consolida como o próximo centro estratégico global. Quem dominar a energia lunar dominará a próxima era da economia espacial. A nova fronteira energética: por que a Lua virou palco da próxima revolução nuclear

  • ABREN promove debate sobre o papel da recuperação energética de resíduos na redução das emissões de metano durante a COP30

    O painel, realizado nesta terça-feira (18/11), contou com a participação de Yuri Schmitke, presidente da Associação Brasileira de Energia de Resíduos (ABREN), e Siegfried Scholz, Presidente da European Suppliers of Waste-to-Energy Technology (ESWET)  ABREN promove debate sobre o papel da recuperação energética de resíduos na redução das emissões de metano durante a COP30 Belém (PA), 18 de novembro de 2025 –  A Associação Brasileira de Energia de Resíduos (ABREN) realizou, nesta terça-feira (18/11), durante a COP30, um painel de debates sobre o papel da recuperação energética de resíduos na redução das emissões de metano . O painel, que ocorreu no estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI) no evento, contou com as participações de Yuri Schmitke , presidente da ABREN, e Siegfried Scholz , Presidente da European Suppliers of Waste-to-Energy Technology (ESWET) . O debate teve como objetivo discutir como as tecnologias de waste-to-energy (WtE), técnica que transforma o lixo urbano não reciclável em energia elétrica, podem desempenhar um papel estratégico na redução das emissões de metano no setor de resíduos, apresentando evidências técnicas, experiências internacionais e caminhos regulatórios para ampliar a recuperação energética no Brasil e na União Europeia.  O painel demonstrou que a integração de soluções WtE a sistemas modernos de gestão de resíduos reduz a necessidade de aterros sanitários, mitiga emissões de gases de efeito estufa, especialmente o metano, e fortalece a transição energética, em alinhamento com as metas climáticas globais. Em sua apresentação, Schmitke destacou o potencial da biodigestão anaeróbica e da recuperação energética de resíduos no Brasil e os principais desafios para que esse segmento possa se desenvolver. De acordo com o representante da ABREN, “ os principais entraves atualmente estão na falta de um marco regulatório e de previsibilidade contratual. Falta ao Brasil um mecanismo que viabilize a compra da energia gerada por usinas de biodigestão anaeróbica e de recuperação energética de resíduos, semelhante ao que ocorre em países da União Europeia e na China. Se o Brasil resolver essas duas questões, não há dúvidas de que conseguiremos avançar com o uso dessa tecnologia no país”. O representante da ABREN destacou, ainda, o papel do biogás, biometano e da recuperação energética para reduzir as emissões de metano no setor de resíduos. “Nossa mensagem central é que não há transição energética eficaz sem enfrentar o passivo climático dos resíduos, hoje uma das maiores fontes de metano no Brasil e no mundo. Portanto, a energia do resíduo precisa ser tratada como tecnologia estratégica de mitigação e integrada às políticas nacionais de clima, saneamento e energia” . Siegfried Scholz, por sua vez, fez uma apresentação com foco na importância do WtE na redução do metano em comparação aos aterros sanitários. Além disso, abordou as principais lições da Europa no contexto do Waste-to-Energy e da biodigestão anaeróbica e o que o Brasil pode aprender a partir dessas experiências.  “ As evidências são claras: as emissões de metano são tão relevantes quanto as de CO₂ para o aquecimento global, e os aterros sanitários continuam sendo uma das principais fontes desse problema, muitas vezes até subnotificadas. Por outro lado, soluções como WtE, digestão anaeróbia, recuperação e triagem de materiais já se mostram tecnologias confiáveis, eficientes e economicamente viáveis, além de serem, em muitos casos, negativas em emissões de gases de efeito estufa ”, destacou Scholz. Para finalizar, o especialista fez um alerta: “ precisamos fechar rapidamente os aterros que recebem frações biodegradáveis e aproveitar as enormes oportunidades de redução de metano disponíveis hoje. A hierarquia de resíduos deve guiar nossas decisões, e não podemos permitir que mecanismos de precificação de carbono, mesmo bem-intencionados, acabem bloqueando soluções essenciais para a mitigação climática ”. Sobre a ABREN: A Associação Brasileira de Energia de Resíduos (ABREN) é uma entidade nacional, sem fins lucrativos, que tem como missão promover a interlocução entre a iniciativa privada e as instituições públicas, nas esferas nacional e internacional, e em todos os níveis governamentais. A ABREN representa empresas, consultores e fabricantes de equipamentos de recuperação energética, reciclagem e logística reversa de resíduos sólidos, com o objetivo de promover estudos, pesquisas, eventos e buscar por soluções legais e regulatórias para o desenvolvimento de uma indústria sustentável e integrada de tratamento de resíduos sólidos no Brasil.  A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and Technology Council (Global WtERT), instituição de tecnologia e pesquisa proeminente que atua em diversos países, com sede na cidade de Nova York, Estados Unidos, tendo por objetivo promover as melhores práticas de gestão de resíduos por meio da recuperação energética e da reciclagem. O Presidente Executivo da ABREN, Yuri Schmitke, é o atual Vice-Presidente LATAM do Global WtERT e Presidente do WtERT – Brasil. Conheça mais detalhes sobre a ABREN acessando o site , Linkedin , Facebook , Instagram  e YouTube  da associação. ABREN promove debate sobre o papel da recuperação energética de resíduos na redução das emissões de metano durante a COP30

  • ISA ENERGIA BRASIL inaugura base avançada de combate a incêndios em São José do Rio Preto (SP)

    Projeto ainda contempla a instalação de câmeras termográficas para detecção automática de riscos e prevenção de falhas nas linhas de transmissão da região; ISA ENERGIA BRASIL inaugura base avançada de combate a incêndios em São José do Rio Preto (SP) Iniciativa vai ampliar o monitoramento de áreas da região com tendências a queimadas, agilizar tempo de resposta e reforçar a confiabilidade no fornecimento de energia. São Paulo, 19 de novembro de 2025  – A ISA ENERGIA BRASIL, líder em transmissão de energia no País, acaba de implementar mais um projeto importante em seu planejamento de modernização e segurança das operações. A empresa anuncia a inauguração de uma base avançada de combate a incêndios em sua Subestação de São José do Rio Preto, no interior paulista, além da instalação de câmeras termográficas inteligentes em linha de transmissão do município. A iniciativa visa ampliar o monitoramento de áreas críticas, agilizar a resposta a eventos de risco e reforçar a confiabilidade no fornecimento de energia elétrica. A base está estrategicamente posicionada para cobrir os municípios de São José do Rio Preto, Guapiaçu e Cedral, regiões com histórico de queimadas que podem comprometer a integridade das linhas de transmissão. Composta por técnicos de confiabilidade de ativos atuando nas cidades de São José do Rio Preto e Votuporanga, a equipe dispõe de kits de combate a incêndios, incluindo itens como sopradores e abafadores, além de uma unidade móvel de combate com capacidade de armazenamento de 600 litros de água. Complementando a estrutura de resposta em solo, a ISA ENERGIA BRASIL iniciou a instalação de câmeras termográficas de última geração. As primeiras unidades já estão em funcionamento na linha de transmissão Água Vermelha – Araraquara, no município de São José do Rio Preto (SP). Esses equipamentos permitirão o monitoramento em tempo real, com detecção automática de falhas térmicas e riscos ocultos, como focos de incêndio, vegetação próxima ou presença de aves. O monitoramento das câmeras é centralizado em uma plataforma avançada de controle da visualização de linhas de transmissão, que pode realizar monitoramento em tempo real, aviso inteligente e aplicação móvel de imagens e vídeos da linha de transmissão com cinco características principais: coleta de dados, exibição de dados, acesso multi-terminal, configuração personalizada e análise inteligente, otimizando a eficiência da operação e a capacidade de resposta técnica. “Esse projeto representa um salto de eficiência e inteligência operacional. Estamos utilizando tecnologia para agir de forma preventiva e integrada, minimizando os riscos e melhorando a resposta a eventos que podem afetar o fornecimento de energia. A integração com a Defesa Civil e o uso de imagens e dados em tempo real reforçam a nossa atuação sustentável e colaborativa no setor elétrico”, afirma Marcelo Carrapato, gerente regional da ISA ENERGIA BRASIL. Com investimento inicial de R$ 110 mil, e previsão de mais R$ 50 mil até o fim de 2025, o projeto conta com a parceria da Defesa Civil de São José do Rio Preto e do Plano de Auxílio Mútuo a Queimadas (PAM), rede que reúne cerca de 50 empresas comprometidas com ações conjuntas de combate a incêndios na região. As câmeras devem, em breve, ter suas imagens compartilhadas em tempo real com a Defesa Civil, ampliando o alcance da vigilância. Outras ações já programadas incluem a instalação de sensores de medição do vento e da temperatura, além da realização de treinamentos conjuntos com a Defesa Civil. Tecnologia e prevenção no Nordeste No Piauí, a empresa vem conduzindo iniciativas pioneiras no monitoramento e no combate a incêndios em áreas com alto risco de incidência de suas operações. Entre elas, destaca-se a implantação de câmeras autônomas off grid instaladas em torres da Interligação Elétrica Norte-Nordeste (IENNE). Com capacidade de monitorar até 25 km ao redor e operar com energia solar, os equipamentos já demonstraram impactos positivos desde sua instalação, em agosto de 2024 – incluindo a redução do tempo de resposta a focos de incêndio e a diminuição de cerca de 4 toneladas de CO₂, evitadas com o menor deslocamento de equipes em campo. Outro marco foi a criação, em 2023, da primeira base avançada de prevenção e combate às queimadas no Nordeste, localizada em Eliseu Martins (PI). A estrutura dá suporte à equipe técnica da IENNE em ações preventivas e reativas, que incluem desde treinamentos e campanhas educativas até o combate direto aos incêndios com picapes equipadas. Recentemente, a companhia também doou equipamentos de proteção individual e bombas costais para fortalecer as brigadas voluntárias formadas por pequenos produtores da região.   Sobre a ISA ENERGIA BRASIL A ISA ENERGIA BRASIL (B3: ISAE3; ISAE4) é líder em transmissão de energia no País, por meio da gestão de 34 concessões distribuídas em 18 Estados. Com mais de 1.600 colaboradores, a Companhia é responsável por cerca de 30% da energia elétrica transmitida no País e aproximadamente 95% no Estado de São Paulo, além de ser pioneira no desenvolvimento de tecnologias, como as primeiras subestações digital e 4.0, o primeiro sistema de armazenamento de energia em baterias em larga escala e o primeiro sistema com tecnologia FACTS do tipo SSSC no sistema de transmissão brasileiro. Seu sistema elétrico é composto por mais de 31 mil km de circuitos, incluindo ativos próprios e controlados em conjunto, e 136 subestações próprias com tensão de até 550 kV. Tem como acionista controlador a empresa colombiana ISA, que detém 35,82% do capital total. “Energia, Vida e Transição” são três palavras que definem a essência de sua estratégia que busca impulsionar a transformação para um futuro sustentável, com o compromisso de priorizar a vida em todas as suas formas e garantir uma transição energética resiliente, segura, limpa e justa. ISA ENERGIA BRASIL inaugura base avançada de combate a incêndios em São José do Rio Preto (SP) ISA ENERGIA BRASIL inaugura base avançada de combate a incêndios em São José do Rio Preto (SP)

  • Indústria pesada pode ganhar novas regras para impulsionar projetos de captura de carbono no Brasil

    O Ministério de Minas e Energia (MME) iniciou um movimento considerado estratégico para o avanço da descarbonização no país: a abertura de uma consulta pública para definir diretrizes nacionais de captura e armazenamento de carbono (CCUS, na sigla em inglês). Indústria pesada pode ganhar novas regras para impulsionar projetos de captura de carbono no Brasil A proposta mira diretamente setores classificados como “hard-to-abate”, como siderurgia, cimento, fertilizantes e combustíveis segmentos cuja redução de emissões depende de tecnologias avançadas e investimentos de longo prazo. A iniciativa atende à crescente pressão global por soluções que permitam neutralizar emissões industriais sem comprometer competitividade. Embora o Brasil avance em energias renováveis e biocombustíveis, a criação de um marco regulatório específico para CCUS é vista como um passo essencial para atrair capital internacional, dar segurança jurídica aos projetos e estruturar uma cadeia nacional de captura, transporte e estocagem de CO₂. Rumo a um marco legal próprio Segundo apuração do EnergyChannel, a proposta colocada em consulta busca definir regras para toda a jornada do carbono capturado: desde a etapa industrial, passando pelas condições de transporte e chegando às zonas autorizadas de armazenamento geológico. O objetivo é preencher lacunas regulatórias que hoje dificultam a viabilização de projetos piloto e atrasam a entrada do Brasil em um mercado global que pode movimentar bilhões nos próximos anos. A expectativa no setor é que o marco regulatório estabeleça padrões de monitoramento e verificação; exigências de segurança ambiental; critérios para uso de áreas subterrâneas; parâmetros para certificação e rastreabilidade das emissões evitadas. Competitividade industrial no centro do debate Indústrias de aço, cimento e fertilizantes responsáveis por uma parcela significativa das emissões nacionais monitoram de perto a evolução da regulamentação. Para executivos ouvidos pelo EnergyChannel, a criação de regras claras pode acelerar investimentos em plantas de captura de carbono, estimular parcerias tecnológicas e posicionar o Brasil como um polo relevante de soluções de baixo carbono na América Latina. Empresas de energia e óleo & gás também veem oportunidade na infraestrutura de transporte e armazenamento, que pode ser integrada a antigas áreas de exploração, especialmente em regiões com potencial geológico favorável. Como participar da consulta pública A consulta ficará aberta por período determinado pelo MME, e contribuições devem ser enviadas por entidades industriais, especialistas ambientais, universidades, empresas e sociedade civil. O ministério pretende utilizar o material recebido para consolidar uma versão final do marco regulatório, que deve ser submetida a análise governamental e posterior implementação. Por que isso importa Com metas de descarbonização se aproximando e exigências internacionais cada vez mais rígidas, a consolidação de uma política nacional de CCUS indica que o Brasil busca ampliar sua competitividade industrial sem perder o foco ambiental. Para setores que ainda não conseguem zerar emissões apenas com eficiência energética e eletrificação, a regulamentação pode ser decisiva para manter o país na rota da transição energética global. Indústria pesada pode ganhar novas regras para impulsionar projetos de captura de carbono no Brasil

  • Taiwan avança na modernização eólica com parceria inédita da GE Vernova

    Em um movimento considerado estratégico para acelerar a transição energética no leste asiático, a Taiwan Power Company fechou seu primeiro acordo de modernização de turbinas eólicas com a GE Vernova fora dos Estados Unidos. A iniciativa marca a estreia global da companhia norte-americana na repotenciação internacional de aerogeradores, abrindo caminho para novos contratos em mercados emergentes. Taiwan avança na modernização eólica com parceria inédita da GE Vernova O anúncio foi realizado durante a Cúpula B20 África do Sul 2025 , em Joanesburgo, reforçando o protagonismo crescente da modernização eólica dentro das discussões globais sobre descarbonização e segurança energética. Repotenciação para turbinas próximas do fim da vida útil O projeto inclui 25 kits de modernização  destinados a turbinas GE Vernova de 1,5 MW , além de um pacote de serviços de operação e manutenção por cinco anos. Segundo a empresa, o modelo de repotenciação permitirá recuperar equipamentos que já operavam próximos ao limite de sua vida útil projetada, devolvendo-os ao sistema com desempenho superior e maior confiabilidade. A GE Vernova destaca que a solução aplicada em Taiwan é resultado direto da experiência acumulada nos EUA, onde a companhia já repotenciou mais de 6 mil turbinas um dos maiores índices do setor global. Entrega e execução entre 2025 e 2027 Os primeiros componentes serão enviados ainda no quarto trimestre de 2025 , enquanto as obras de instalação e modernização estão programadas para ocorrer ao longo de 2026 e 2027 . O pedido foi oficialmente registrado no terceiro trimestre deste ano. Para Taiwan, o projeto representa um impulso significativo às metas nacionais de energia limpa, ampliando a vida útil dos parques eólicos terrestres e contribuindo para reduzir a dependência de combustíveis fósseis em um mercado cada vez mais pressionado por demandas de segurança energética. Posicionamento estratégico e impacto global Uzair Memon, diretor comercial de Serviços de Energia Eólica Onshore da GE Vernova, destacou que o acordo simboliza uma nova etapa para a empresa: “Levar nossa tecnologia de repotenciação para além dos EUA é um marco importante. Trabalhar com a TPC fortalece nosso compromisso com a modernização e com a transição energética de Taiwan.” Ele também ressaltou que o serviço agrega valor aos clientes “ao longo de todo o ciclo de vida da frota”, apoiado por investimentos contínuos em tecnologia e por uma cadeia global de suprimentos. Convergência com diretrizes internacionais A agenda anunciada em Joanesburgo está alinhada com o documento de políticas “Energy Mix & Just Transition” , apresentado durante o B20. O texto contou com participação de Roger Martella , diretor corporativo e de sustentabilidade da GE Vernova, que copresidiu o grupo responsável pelas recomendações. Com o avanço desse contrato, Taiwan se posiciona como um dos laboratórios internacionais mais relevantes para a modernização eólica na Ásia, enquanto a GE Vernova consolida uma nova frente de expansão global. Taiwan avança na modernização eólica com parceria inédita da GE Vernova

  • Segurança Energética Redesenha a Geopolítica Global e Impulsiona a Volta da Energia Nuclear, aponta nova análise internacional

    Em um momento em que crises climáticas, tensões geopolíticas e riscos tecnológicos se entrelaçam, a energia volta a ocupar o centro das decisões estratégicas globais. Uma nova análise publicada pela Agência Internacional de Energia (AIE) revela que o planeta entrou em uma fase crítica para garantir segurança energética e que a corrida por eletricidade confiável está redesenhando economias, investimentos e até disputas por minerais essenciais. Segurança Energética Redesenha a Geopolítica Global e Impulsiona a Volta da Energia Nuclear, aponta nova análise internacional O relatório Perspectivas da Energia Mundial 2025  mostra que o mundo vive a maior pressão simultânea sobre diferentes fontes e tecnologias desde a década de 1970. A expansão acelerada do consumo elétrico, os riscos nas cadeias de suprimentos e o renascimento da energia nuclear surgem como protagonistas de um futuro energético mais complexo e competitivo. A energia como novo vetor de segurança nacional A AIE aponta que governos de todos os continentes estão reposicionando suas políticas energéticas como tema de segurança econômica e geopolítica. A instabilidade das cadeias globais antes restrita ao petróleo e ao gás agora se estende aos minerais críticos  necessários para turbinas eólicas, baterias, painéis solares, semicondutores e veículos elétricos. Segundo a análise, a concentração extrema desses minerais em um único fornecedor global a China, responsável por cerca de 70% do refino dos 20 principais minerais estratégicos cria vulnerabilidades inéditas para as economias avançadas e emergentes. Demanda elétrica explode e inaugura a “Era da Eletricidade” A conclusão mais contundente do relatório é que a eletricidade deixou de ser apenas uma tendência e se tornou um marco estrutural da economia mundial . O consumo elétrico cresce mais rápido que qualquer outro tipo de energia, impulsionado por: Data centers e inteligência artificial Refrigeração e climatização Indústrias leves e manufaturas avançadas Mobilidade elétrica Expansão de bombas de calor e eletrodomésticos A previsão é que a eletricidade represente até 50% do consumo energético global até 2050  em cenários de descarbonização acelerada. O investimento acompanha essa virada: já metade do capital aplicado em energia no mundo  está direcionado para redes elétricas, geração e eletrificação do consumo final. Estruturas elétricas mais vulneráveis em um mundo mais quente Apesar do avanço, o setor elétrico enfrenta um conjunto crescente de ameaças: Ciberataques a infraestrutura crítica Eventos climáticos extremos Sobrecarga operacional em redes antigas Dependência de minerais críticos importados Montar redes mais resilientes e diversificadas deixou de ser uma opção e tornou-se uma condição mínima para garantir competitividade econômica. O retorno da energia nuclear e a chegada dos SMRs Depois de duas décadas de estagnação, a energia nuclear volta ao radar como solução estratégica para segurança energética e redução de emissões. Mais de 40 países  já incluíram novos projetos nucleares em seus planos oficiais. O movimento é puxado por: Reativação de reatores, especialmente no Japão Cerca de 70 GW  de nova capacidade em construção — o maior volume em 30 anos Avanço dos pequenos reatores modulares (SMRs) , cada vez mais atrativos para data centers e polos industriais Empresas de tecnologia já manifestaram interesse em 30 GW de energia proveniente de SMRs , consolidando um novo modelo de uso descentralizado e altamente estável para abastecimento elétrico. A projeção é que a capacidade nuclear mundial cresça pelo menos um terço até 2035 . Caminhos possíveis: três cenários para o futuro energético O estudo trabalha com três cenários que ajudam a visualizar futuros energéticos diferentes: Cenário de Políticas Atuais (CPS) Mantém as políticas vigentes e projeta um mundo caminhando para quase 3°C de aquecimento  até 2100. Cenário de Políticas Declaradas (STEPS) Considera metas anunciadas, mas ainda não implementadas totalmente. Mantém o aquecimento global em torno de 2,5°C . Cenário Emissões Líquidas Zero (NZE) Modelo de maior ambição climática. Prevê: Queda de 50% das emissões energéticas até 2035 Quadruplo de capacidade renovável chegando a 19,6 TW A eletricidade representando um terço do consumo final já em 2035 Pico de aquecimento global próximo a 1,65°C  antes de começar a recuar Riscos emergentes: o gargalo dos minerais críticos A AIE alerta que a transição energética depende de uma cadeia de suprimentos altamente concentrada e sujeita a controles de exportação. Em 2025, mais da metade dos minerais essenciais para eólicas, baterias e VEs estará sob algum tipo de restrição comercial. O alerta é direto: sem diversificação mineral, não há segurança energética nem transição climática sustentável. Um futuro elétrico e altamente dependente de resiliência A próxima década será decisiva. O relatório indica que o modelo energético está mudando mais rápido do que os sistemas foram projetados para suportar. Diferentemente do século XX, no qual o petróleo definia a geopolítica, o século XXI será moldado por: eletricidade confiável mineração estratégica tecnologias de baixo carbono segurança digital e climática Para governos e empresas, o desafio é equilibrar ambições climáticas, demandas econômicas e riscos globais crescentes. E uma mensagem clara emerge da análise: quem não investir agora em sistemas elétricos robustos, diversificados e seguros ficará para trás na nova economia mundial. Segurança Energética Redesenha a Geopolítica Global e Impulsiona a Volta da Energia Nuclear, aponta nova análise internacional Segurança Energética Redesenha a Geopolítica Global e Impulsiona a Volta da Energia Nuclear, aponta nova análise internacional

  • Europa se Aproxima de um Marco Histórico com Avanço Acelerado no Armazenamento de Energia

    Por EnergyChannel – Redação Internacional A infraestrutura de armazenamento de energia na Europa está prestes a alcançar um patamar inédito. Uma nova análise de mercado indica que a capacidade instalada nos países da União Europeia, Reino Unido, Noruega e Suíça deve ultrapassar a marca dos 100 GW ainda este mês , consolidando uma virada estratégica no caminho para a descarbonização do continente. Europa se Aproxima de um Marco Histórico com Avanço Acelerado no Armazenamento de Energia Segundo especialistas do setor consultados pelo EnergyChannel , esse avanço reflete um ciclo de investimentos intensos iniciado há menos de cinco anos. Desde 2020, o continente acelera a construção de sistemas capazes de compensar a intermitência das renováveis e sustentar uma matriz cada vez mais dependente de solar e eólica. Hidrelétricas de Bombeamento Mantêm Liderança, Mas Baterias Disparam O levantamento aponta que o armazenamento por meio de hidrelétricas reversíveis continua sendo a espinha dorsal da capacidade europeia. A tecnologia, tradicionalmente a mais consolidada do setor, já soma mais de 50 GW , impulsionada recentemente por novas instalações na Bélgica e na Áustria. No entanto, o destaque de 2025 fica por conta das baterias de grande escala. Projetos utilitários adicionaram mais de 4 GW apenas este ano , marcando o ritmo de crescimento mais intenso entre todas as tecnologias analisadas. Esse salto reflete reduções expressivas de custo, maior competitividade dos fabricantes e um ambiente regulatório favorável para serviços de flexibilidade e resposta rápida. Europa Entra em Nova Fase da Transição Energética Com a marca dos 100 GW  prestes a ser superada, especialistas afirmam que a Europa entra em uma nova fase de maturidade no armazenamento de energia um elemento crucial para integrar os volumes crescentes de fontes renováveis e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. O EnergyChannel  seguirá monitorando a evolução desse marco e os seus desdobramentos para o mercado de energia, fabricantes de baterias, operadores de rede e investidores do setor. Europa se Aproxima de um Marco Histórico com Avanço Acelerado no Armazenamento de Energia

  • Tecnologia redefine o reflorestamento global e inaugura nova era da restauração ambiental

    EnergyChannel – Reportagem Especial A restauração florestal vive um momento decisivo. Enquanto governos e empresas ampliam compromissos climáticos, uma nova geração de tecnologias começa a transformar a forma como o mundo escolhe, planta e acompanha árvores em ecossistemas degradados. Tecnologia redefine o reflorestamento global e inaugura nova era da restauração ambiental O EnergyChannel investigou iniciativas em diferentes continentes incluindo Brasil, Estados Unidos e Austrália para entender como inovação e sustentabilidade estão se conectando em escala inédita. Nos bastidores dessa revolução verde, inteligência artificial, drones de alta precisão e sistemas de monitoramento contínuo prometem corrigir um problema antigo: o fracasso de projetos de reflorestamento antes que as mudas atinjam a fase adulta. IA ajuda a escolher a árvore certa para o lugar certo Tradicionalmente, a escolha de espécies para recuperação ambiental depende de especialistas locais e longos estudos de campo. Agora, plataformas de inteligência artificial cruzam dados climáticos, características do solo, histórico de degradação e projeções de mudança do clima para recomendar combinações de espécies com maior chance de sobrevivência. Segundo apurações do EnergyChannel, essa tecnologia já está sendo utilizada em projetos pilotos no Cerrado e na Amazônia, auxiliando na seleção de espécies nativas mais resilientes à seca e ao aumento de temperatura. Drones aceleram o plantio em larga escala Outra frente de inovação vem do céu. Em áreas extensas, drones adaptados para plantio conseguem lançar milhares de sementes por hora, com precisão milimétrica. Empresas australianas e norte-americanas vêm utilizando a técnica para recuperar áreas queimadas e de difícil acesso, reduzindo custos e encurtando o tempo entre o planejamento e a execução das ações. No Brasil, iniciativas semelhantes começam a ganhar espaço em propriedades privadas e unidades de conservação, sobretudo em regiões afetadas por incêndios florestais. Monitoramento em tempo real garante continuidade Se plantar é desafiador, acompanhar o desenvolvimento das mudas é ainda mais. Sensores, imagens de satélite e plataformas de análise em nuvem permitem hoje identificar falhas no reflorestamento em poucos dias e não mais apenas após anos de visitas técnicas. Essa combinação de dados contínuos e alertas automáticos tem ajudado projetos de restauração a corrigir erros rapidamente, como identificar focos de pragas, estiagens críticas ou falhas no replantio. Nova fase da restauração ambiental Especialistas ouvidos pelo EnergyChannel afirmam que o uso integrado de tecnologias emergentes pode ser determinante para atingir metas nacionais e internacionais de recuperação de ecossistemas, sequestro de carbono e conservação da biodiversidade nas próximas décadas. Ao conectar ciência, inovação e planejamento de longo prazo, o setor ambiental inaugura uma fase em que reflorestar deixa de ser apenas uma promessa e passa a se tornar um processo mais preciso, monitorável e eficiente. Tecnologia redefine o reflorestamento global e inaugura nova era da restauração ambiental

  • Nova York acelera a descarbonização predial — mas cooperativas enfrentam custos que desafiam políticas públicas

    Por EnergyChannel Nova York avança para um dos maiores desafios climáticos urbanos do planeta: transformar o perfil energético de milhares de edifícios que, juntos, respondem por quase dois terços das emissões de gases de efeito estufa  da cidade. Mas, enquanto a meta parece clara no papel, a realidade mostra um cenário desigual entre as cooperativas residenciais um modelo habitacional muito comum na cidade que tentam se adaptar às exigências da Lei Local 97 , legislação que estabelece metas progressivas de redução de emissões para prédios acima de 25 mil pés quadrados. Nova York acelera a descarbonização predial — mas cooperativas enfrentam custos que desafiam políticas públicas E embora alguns edifícios já estejam perto de concluir sua transição energética, outros enxergam obstáculos financeiros e técnicos praticamente intransponíveis. Um prédio que virou vitrine da transição energética No coração de Manhattan, o edifício cooperativo International Tailoring Company Building  se tornou um exemplo de como a descarbonização pode funcionar na prática. A cobertura, antes apenas mais um espaço urbano entre tantos no centro de Nova York, agora reúne bombas de calor, dry coolers e equipamentos elétricos que praticamente aposentaram o antigo sistema à base de gás natural. Segundo o presidente do conselho do co-op, Eric Einstein , esse avanço não foi obra do acaso: envolveu planejamento financeiro de longo prazo, refinanciamento da hipoteca, criação de reservas e aproveitamento de incentivos federais, estaduais e municipais. No total, cerca de US$ 9 milhões  foram investidos para modernizar todo o sistema de aquecimento e refrigeração do prédio. A mudança trouxe benefícios diretos conforto individualizado para os moradores, redução expressiva da dependência de combustíveis fósseis e, claro, conformidade com as metas atuais e futuras da Lei Local 97. Mesmo assim, Einstein destaca que a decisão não nasceu da legislação: “Nosso objetivo era melhorar o conforto térmico. O cumprimento da lei veio como consequência.” Por que cooperativas sofrem mais para se adaptar? Co-ops funcionam como corporações: cada morador é acionista, as decisões são colegiadas e qualquer obra estrutural exige consenso e planejamento de longo prazo. Isso significa que: custos altos precisam ser divididos entre todos; aumentos na taxa de manutenção impactam diretamente famílias; decisões complexas dependem de aprovação coletiva. É nesse ponto que a transição energética se torna mais difícil. Alguns conselhos relatam que, para adequar sistemas antigos muitos ainda baseados em vapor seriam necessários investimentos tão altos que inviabilizariam financeiramente boa parte dos moradores. Warren Schreiber , presidente de um co-op no Queens, resume o temor: “Teria que aumentar a taxa mensal em até 35%. Temos idosos, famílias monoparentais… isso é insustentável.” No Queens, o megaempreendimento Glen Oaks Village , com 134 edifícios, calcula entre US$ 50 e 70 milhões  para modernizar sua infraestrutura elétrica e abandonar o vapor. Para o presidente Bob Friedrich, empréstimos não resolvem: “Você não pode empurrar uma dívida gigantesca para moradores de classe média.” Ambos já tentaram reverter a lei na Justiça sem sucesso. Caminhos estudados pela cidade para destravar a transição Para tentar reduzir desigualdades entre edifícios capazes de investir e aqueles que não conseguem, a prefeitura lançou, em parceria com o Urban Land Institute New York , um relatório com novas estratégias. As propostas incluem: 1. Criar “coortes de cooperativas” Agrupar co-ops com perfis semelhantes para compartilhar diagnósticos, dados, especialistas e negociar equipamentos em escala reduzindo custos. 2. Integrar a descarbonização ao refinanciamento de hipotecas A ideia é aproveitar momentos em que prédios já assumem novos financiamentos para incluir a modernização energética no pacote, evitando custos extras ao longo do tempo. 3. Ampliar suporte técnico e linhas de crédito O objetivo é reforçar programas como o NYC Accelerator , que conecta edifícios a engenheiros, instaladores e orientações sobre incentivos disponíveis. O principal argumento dos defensores da lei é simples: quanto mais cedo o prédio planejar a transição e quanto mais esperar o momento natural de substituição de equipamentos menor será o impacto financeiro. Uma corrida contra o tempo climático e financeiro O prefeito Eric Adams e o prefeito eleito Zohran Mamdani afirmam que pretendem ampliar incentivos, especialmente para prédios de classe média. A proposta inclui reforço em subsídios e expansão de incentivos fiscais, embora ainda desperte dúvidas entre as cooperativas. Durante um debate recente, Mamdani resumiu o desafio que Nova York enfrenta: “A crise climática é urgente. Mas precisamos tornar viável para proprietários, cooperativas e condomínios cumprir essas regras.” Enquanto isso, Nova York segue em uma encruzilhada: avançar na descarbonização de seus edifícios essenciais para cumprir metas climáticas — ou permitir que desigualdades financeiras atrasem a transição. O resultado dessa equação definirá, nos próximos anos, não apenas o perfil urbano da metrópole, mas também sua liderança no combate global à crise climática. Nova York acelera a descarbonização predial — mas cooperativas enfrentam custos que desafiam políticas públicas

  • Brasil à Beira-Mar: Avanço do Petróleo Offshore Expõe Contradições Climáticas às Vésperas da COP30

    Por EnergyChannel Enquanto o Brasil se prepara para receber a COP30 em Belém, um novo estudo internacional lança luz sobre uma realidade que contrasta com o discurso de liderança climática que o país busca apresentar ao mundo. Uma análise da organização ambiental SkyTruth revela que a expansão acelerada da exploração de petróleo e gás em alto-mar coloca em xeque a promessa brasileira de conduzir uma transição energética robusta e sustentável. Brasil à Beira-Mar: Avanço do Petróleo Offshore Expõe Contradições Climáticas às Vésperas da COP30 Manchas no mar, tensões na agenda climática Utilizando monitoramento por satélite, a SkyTruth identificou 179 ocorrências de prováveis manchas de óleo  ao longo da costa brasileira desde 2017 um período marcado por forte crescimento da indústria offshore. No mesmo intervalo, o tráfego de embarcações ligadas ao setor aumentou 81% , impulsionado pela ampliação das frentes de exploração no pré-sal e em áreas sensíveis do Atlântico. A pesquisa também mapeia o avanço da queima de gás natural  (flaring) em plataformas marítimas, responsável por liberar volumes equivalentes às emissões de 6,9 milhões de carros por ano . Para especialistas ouvidos pela organização, essas emissões colocam em dúvida a capacidade do país de cumprir suas metas climáticas, incluindo a promessa de neutralidade de carbono até 2050. Amazônia Azul sob pressão O estudo chama atenção especial para a chamada Amazônia Azul   o vasto território marítimo brasileiro rico em biodiversidade. Segundo a investigação, 36% dos habitats marinhos de alta relevância ecológica  estão localizados dentro de Áreas Marinhas Protegidas (AMPs). Ainda assim, muitas dessas regiões convivem diariamente com atividades de extração, tráfego de navios e riscos de vazamentos. A pesquisa aponta ainda que 13 das 160 AMPs do Brasil  apresentam sobreposição com estruturas de petróleo e gás, blocos de concessão ou manchas de óleo detectadas. Para a comunidade científica, essa proximidade representa um risco direto a espécies vulneráveis, como tartarugas, corais e mamíferos marinhos incluindo baleias que utilizam corredores migratórios próximos às áreas de exploração. Ecólogos também destacam o impacto de ruídos sísmicos utilizados na prospecção de petróleo, capazes de provocar barotrauma  em cetáceos, levando a hemorragias internas, perda auditiva e até morte. Economia fóssil em rota oposta à transição Os dados revelados pela SkyTruth expõem contradições entre o discurso e a prática. Embora o governo federal declare intenção de posicionar o Brasil como “campeão da transição energética”, a produção de petróleo cresceu mais de 49%  desde 2014, enquanto a de gás natural avançou 78% . Com planos de expandir a exploração para novas fronteiras incluindo a polêmica foz do Rio Amazonas — o Brasil segue na direção de se tornar um dos principais produtores de petróleo offshore do mundo até 2040 . A trajetória, segundo analistas, confronta diretamente o compromisso global de limitar o aquecimento a 1,5°C. Ambientalistas também lembram que mais da metade dos projetos de combustíveis fósseis em toda a região amazônica são de responsabilidade brasileira, reforçando o peso estratégico das decisões tomadas no país. Impactos sociais e marinhos: comunidades no centro da crise Além dos danos à biodiversidade, a expansão da indústria offshore acarreta efeitos diretos sobre comunidades costeiras e tradicionais que dependem do mar para subsistência. Experiências recentes mostram o tamanho do impacto: o grande derramamento de óleo que atingiu o Nordeste em 2019, por exemplo, gerou perdas socioeconômicas duradouras para pescadores, agricultores e trabalhadores do turismo. Pesquisadores destacam que a simples convivência com plataformas, navios e dutos aumenta a exposição a poluentes atmosféricos e ao risco de episódios de contaminação. Caminhos apontados: da proteção marinha à transição energética Especialistas consultados pelo EnergyChannel ressaltam que o país ainda tem espaço para reverter a tendência mas exige decisões políticas rápidas e coordenadas. Entre as soluções listadas: Proibição de novos blocos de exploração  em áreas consideradas prioritárias para conservação. Planejamento espacial marinho , reduzindo conflitos entre atividades econômicas e ecossistemas sensíveis. Fortalecimento da legislação ambiental  e fiscalização contínua por satélite. Implementação de um plano nacional de transição energética , com metas claras e cronograma para diminuir a dependência de petróleo e gás. Reconhecimento da foz do Amazonas e da Amazônia marinha como áreas livres de exploração de combustíveis fósseis . Para organizações ambientais, o Brasil tem potencial para se tornar referência internacional mas isso depende de frear a expansão da economia fóssil e acelerar a adoção de energias renováveis em larga escala. COP30: oportunidade histórica ou teste final A decisão do Brasil de aderir ao Painel de Alto Nível para uma Economia Oceânica Sustentável  foi vista como um avanço, sinalizando intenção de proteger os 3,68 milhões de km² de águas nacionais até 2030. No entanto, especialistas destacam que a participação precisa ir além do simbolismo: é preciso implementar medidas concretas. Às vésperas da COP30, o país chega diante da comunidade internacional com um desafio claro: mostrar que consegue equilibrar desenvolvimento econômico, justiça climática e proteção dos oceanos pilares centrais do futuro energético global. Se o Brasil será protagonista da transição ou permanecerá preso à lógica fóssil é uma resposta que começa a ser construída agora, no encontro que decidirá o rumo climático da próxima década. Brasil à Beira-Mar: Avanço do Petróleo Offshore Expõe Contradições Climáticas às Vésperas da COP30

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