Descartamos completamente as fontes limpas, ativamos as térmicas e vamos morar em Marte. Simples assim!
- Daniel Lima

- 2 de mai.
- 2 min de leitura
Por Daniel Lima – ECOnomista
O futuro chegou. Demos adeus à energia renovável, reativamos todas as térmicas possíveis e agora só falta arrumar as malas para Marte. Afinal, por que insistimos tanto em preservar este planeta quando há opções tão mais fáceis e menos… trabalhosas?

O cerco contra as fontes limpas
O que poucos percebem é que a transição energética não falha por falta de tecnologia ou viabilidade econômica, mas sim por interesses poderosos que sabotam seu avanço. A cada novo avanço das energias limpas, uma nova ofensiva é lançada para desacreditá-las.
Empresas de combustíveis fósseis financiam campanhas de desinformação para semear dúvidas sobre a eficácia das renováveis. Políticos que deveriam liderar essa mudança preferem atender aos interesses de grandes corporações, postergando regulações ambientais e garantindo subsídios para as térmicas.
Além disso, há uma estratégia bem planejada: distorcer a percepção pública. Dizem que energia solar e eólica não são confiáveis porque dependem do clima, ignorando o avanço tecnológico do armazenamento de baterias. Alegam que hidrogênio verde é inviável, enquanto despejam bilhões em novas perfurações de petróleo.
O custo da procrastinação
Enquanto essa guerra contra as renováveis avança, o preço real dessa escolha recai sobre todos nós. Eventos climáticos extremos se tornam mais frequentes, o custo de desastres naturais se multiplica, e nações inteiras sofrem os impactos da poluição.
Gladiadores das fósseis
E há também aqueles que, com títulos pomposos e discursos inflamados, atuam como verdadeiros gladiadores do lobby fóssil. Defendem as térmicas com uma ferocidade digna de um campo de batalha, desprezam qualquer avanço tecnológico sustentável e ridicularizam evidências científicas como se fossem meras inconveniências. Mais do que analistas, tornaram-se guerreiros de uma causa que condena o planeta ao colapso.
Marte: o refúgio dos que destruíram a Terra
Enquanto o mundo enfrenta as consequências da resistência às energias limpas, um pequeno grupo observa tudo de camarote. São os mesmos que, por décadas, defenderam a expansão dos combustíveis fósseis, minimizaram os alertas climáticos e fizeram do lucro imediato uma prioridade absoluta.
Para eles, a destruição do planeta não é um problema—é um negócio. E caso tudo vá pelo pior caminho, eles têm um plano B: Marte.
Claro, essa opção não é para todos. Enquanto bilhões de pessoas enfrentarão desastres naturais, escassez de recursos e colapso ambiental, um seleto grupo poderá embarcar em luxuosas missões interplanetárias, financiadas pelo próprio sistema que negou soluções sustentáveis à Terra.
E assim, a ironia se completa: a elite que mais se beneficiou da degradação ambiental pode ser a única que escapará de suas consequências.
Descartamos completamente as fontes limpas, ativamos as térmicas e vamos morar em Marte. Simples assim!





























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