Panorama do Desenvolvimento de Energia Renovável na América do Sul: Motores de Políticas, Avanços Tecnológicos e Colaboração
- 张金辉 (kevin)

- 3 de abr.
- 3 min de leitura
I. Visão Geral do Mercado: A América do Sul como um "Laboratório Global de Transição Energética"
A América do Sul está remodelando rapidamente o cenário energético global. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a participação das energias renováveis na geração de eletricidade da região alcançou 60% — muito acima da média global (~30%) — com a energia hidrelétrica contribuindo com 45%, enquanto a energia solar e eólica estão se expandindo rapidamente.

Principais destaques dos países líderes:
- Brasil: A energia renovável representa 93,1% de sua eletricidade (2023), liderada pela energia hidrelétrica (60%), com capacidade solar e eólica crescendo 39,51% e 47,65%, respectivamente.
- Chile: A energia verde contribui com 63% de sua matriz energética (2023), com a dependência do carvão reduzida a 17%. Mais de 20 grandes projetos solares estão sob análise ambiental, representando mais de **US$ 2 bilhões** em investimentos.
- Colômbia: A energia hidrelétrica domina (70%), enquanto a capacidade solar aumentou 70% em 2023, visando 1,24 GW de novas instalações em 2024.
Tendências Estruturais: Os combustíveis fósseis representam ~2/3 da matriz energética da América do Sul (abaixo dos 80% globais), e os biocombustíveis representam o dobro da média global no transporte, destacando um caminho de "multi-energia limpa". Até 2034, projeta-se que a região adicione 160 GW de capacidade solar, com Brasil e Chile liderando, e a integração de geração distribuída + armazenamento se tornando comum.
II. Forças Motrizes: Políticas, Recursos e Sinergia Econômica
Estruturas de Políticas.
Mecanismos de Mercado: Os contratos de compra de energia (PPAs) atrelados ao dólar na Argentina, os leilões de armazenamento de energia do Brasil (visando 4,6 GW até 2025) e as cotas obrigatórias de armazenamento do Chile.
Incentivos Financeiros: O fundo climático do Brasil reduz as taxas de financiamento de projetos eólicos de 8% para 6,5%, enquanto o Chile oferece créditos fiscais para iniciativas de hidrogênio verde.
Vantagens de Recursos.
Eólica: A costa nordeste do Brasil (velocidade do vento de 7,5–8,5 m/s) e o Complexo Eólico Villonaco do Equador (turbinas de 4,8 MW a 3.000 metros de altitude).
Hidrelétrica: O potencial de mais de 200 GW da Bacia Amazônica apoia a expansão da Usina de Itaipu do Brasil (+10% de capacidade com armazenamento por bombeamento).
Segurança Econômica
Retorno sobre Investimento: Cada **US$ 1** investido em renováveis gera **US$ 3–8** em crescimento do PIB, com projetos solares peruanos alcançando IRR de 12–15%.
III. Inovações Tecnológicas: Desde Solar em Altitude até Avanços em Hidrogênio
Integração Solar-Eólica-Armazenamento.
O Solar El Escobal da Colômbia (200 MW) combina agricultura e PV, aumentando a eficiência do uso da terra em 40%.
**Energia Eólica em Condições Extremas**
O Cluster Eólico Helios da Argentina (680 MW) utiliza turbinas de 4,5 MW da Goldwind, treinando comunidades locais e criando empregos.
Sinergia entre Hidrogênio Verde e Lítio
A industrialização do lítio na Bolívia, apoiada pela tecnologia de separação por membrana da China, melhora a eficiência de extração em 40%.
IV. O Papel da China: Exportação de Tecnologia e Colaboração Localizada
Projetos de Destaque
O Corredor HVDC do Nordeste do Brasil: O sistema de transmissão **±800 kV** da State Grid integra clusters de energia eólica, solar e hidrelétrica.
Modelos de Parceria
Financiamento Verde: Os **US$ 5 bilhões** do Banco de Desenvolvimento da China apoiam projetos como o KILO HVDC, oferecendo taxas 1,5–2% abaixo do mercado.
V. Desafios & Perspectivas Futuras Principais Gargalos
Riscos Financeiros: A volatilidade do peso argentino impacta o VPL do projeto em ±3%, enquanto mudanças políticas no Peru desestimulam investimentos estrangeiros.
Oportunidades Estratégicas
Interconexão Energética Regional: O projeto de interconexão da rede Chile-Argentina visa unificar o mercado de energia da América Latina.
VI. Conclusão: Um Paradigma de Cooperação Sul-Sul Até 2050, a América do Sul requer $45 bilhões/ano em investimentos renováveis, com empresas chinesas já detendo 30% das ações de EPC solar e 25% do mercado de energia eólica. Desde os platôs solares da Argentina até os corredores eólicos do Brasil, a colaboração entre a China e a América Latina exemplifica "tecnologia compartilhada, riscos e benefícios", posicionando a região como um jogador crítico na descarbonização global.
Panorama do Desenvolvimento de Energia Renovável na América do Sul: Motores de Políticas, Avanços Tecnológicos e Colaboração



























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