Rumo ao Caos Energético
- Daniel Lima

- 22 de abr.
- 2 min de leitura
Por Daniel Lima – ECOnomista
Nos Estados Unidos, uma ofensiva institucional contra as energias renováveis está em curso. A energia solar e eólica, que recentemente ultrapassaram o carvão na matriz elétrica americana, tornaram-se alvo de políticas e ações que visam desacelerar seu crescimento. Esse movimento ameaça os avanços ambientais e econômicos conquistados, além da segurança energética no longo prazo.

Rumo ao Caos Energético, Apesar da resistência, estados como Califórnia e Texas mostram que a transição para fontes limpas é viável e vantajosa. A Califórnia estabeleceu metas ambiciosas para atingir 100% de energia renovável até 2045, e atualmente mais de 25% da matriz energética do estado provém de energia solar e eólica. O Texas, por sua vez, surpreendeu ao se tornar o maior produtor de energia eólica do país, adotando um mercado desregulado que impulsionou investimentos e inovação.
Entretanto, a resistência institucional contra essas fontes limpas é fortemente alimentada pelo negacionismo climático, impulsionado por grupos econômicos e políticos que defendem interesses ligados aos combustíveis fósseis.
Campanhas de desinformação buscam desacreditar a eficiência das energias solar e eólica, alegando que seriam instáveis ou inviáveis economicamente—ignorando avanços tecnológicos, como o armazenamento de energia, que já tornaram essas fontes altamente competitivas.
A influência do negacionismo se reflete na formulação de políticas públicas. Subsídios para petróleo e gás natural continuam elevados, enquanto investimentos em infraestrutura renovável enfrentam barreiras burocráticas.
Além disso, setores conservadores promovem cortes em incentivos e impõem restrições regulatórias que dificultam a expansão das energias limpas, comprometendo metas de redução de emissões e retardando a transição energética.
Os impactos dessa resistência podem ser devastadores. A desaceleração da transição energética agrava a crise climática, limita a criação de empregos sustentáveis e mantém os EUA vulneráveis a crises energéticas globais. Internacionalmente, essa postura pode afetar diversos países, reduzindo oportunidades de exportação de tecnologia renovável e desacelerando o progresso energético global.
Califórnia e Texas provam que uma matriz energética mais limpa e eficiente é possível, mas sem políticas adequadas e um combate ativo à desinformação climática, os EUA correm o risco de comprometer décadas de avanços. O futuro da energia depende de escolhas informadas e de um compromisso real com a sustentabilidade.
Rumo ao Caos Energético





























Ótimo conteúdo.