Sustentabilidade entra em rota de colisão com tarifas e guerras comerciais
- EnergyChannel Brasil
- há 22 minutos
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Em meio a mudanças rápidas nas políticas tarifárias e a uma escalada de tensões comerciais, cresce a percepção entre executivos norte-americanos de que a sustentabilidade corporativa pode deixar de ser prioridade.

Uma nova análise de mercado mostra que 56% dos líderes empresariais nos EUA acreditam que terão de reduzir metas ou projetos ESG diante do aumento de custos e incertezas em suas cadeias de suprimentos. Dentro desse grupo, um quinto prevê impactos severos, capazes de modificar planejamentos estratégicos inteiros.
Essa mudança de postura acende um alerta sobre a capacidade das empresas manterem compromissos climáticos em um cenário onde pressões econômicas se sobrepõem às agendas ambientais.
Tensões externas redesenham a cadeia de suprimentos
O levantamento indica que 72% dos executivos consideram tarifas e disputas comerciais o maior risco externo para suas operações, ultrapassando preocupações antes dominantes, como clima extremo ou desafios trabalhistas.
Na prática, isso significa:
Revisão urgente de contratos e fornecedores
Aumento dos custos logísticos
Maior dificuldade para cumprir metas de descarbonização
Risco de interrupções prolongadas na cadeia global
Para analistas, esses fatores combinados podem comprometer não apenas metas climáticas individuais, mas a competitividade das empresas que dependem de cadeias complexas e globalizadas.
Compromisso ESG perde força e apenas minoria mantém postura firme
Mesmo com a importância crescente da sustentabilidade no mercado global, apenas 23% das empresas afirmam que manterão suas políticas ESG independentemente das pressões econômicas.
A tendência indica um afastamento momentâneo ou talvez estrutural do discurso de responsabilidade ambiental que dominou o ambiente corporativo na última década.
Riscos ambientais permanecem no topo do radar
Apesar das concessões planejadas, a alta liderança continua enxergando o clima como um fator de risco central:
41% apontam eventos climáticos extremos como ameaça direta ao desempenho financeiro.
40% citam conflitos geopolíticos como risco crítico de médio e longo prazo.
Ou seja, mesmo enquanto parte das empresas reduz o foco em sustentabilidade, há consciência crescente de que o impacto climático pode ser tão prejudicial quanto uma guerra comercial.
O que isso significa para o futuro das estratégias ESG
A pressão econômica atual expõe um dilema central: como avançar em sustentabilidade quando o ambiente competitivo se torna imprevisível?Especialistas apontam que as empresas que conseguirem alinhar gestão de risco, inovação em cadeias de suprimento e estratégias ESG serão as mais preparadas para enfrentar ciclos prolongados de instabilidade.
Para setores como energia, infraestrutura e tecnologia altamente dependentes de fornecedores globais o desafio é ainda maior.
Conclusão
O cenário descrito revela um ponto de inflexão na política corporativa dos EUA. A sustentabilidade, antes vista como pilar estratégico, começa a ser pressionada pela realidade das disputas comerciais e por novos custos operacionais.
Para o EnergyChannel, esse movimento reforça a importância de acompanhar de perto como grandes empresas estão equilibrando competitividade, segurança de suprimentos e compromissos climáticos especialmente em um mercado global cada vez mais interdependente.
Sustentabilidade entra em rota de colisão com tarifas e guerras comerciais








