Amazônia em Foco: Sustentabilidade, Educação e Empoderamento Feminino no Congresso Mulheres da Energia
- EnergyChannel Brasil

- 3 de set.
- 3 min de leitura
Por EnergyChannel – Especial do Congresso Mulheres da Energia 2025
A quarta edição do Congresso Brasileiro Mulheres da Energia trouxe à cena uma reflexão essencial: o papel transformador da Amazônia e da sustentabilidade como pilares de desenvolvimento social, econômico e humano. Entre as vozes que emocionaram e inspiraram, esteve a economista Régia Moreira Leite, diretora da IMPRAM – Impressora Amazonense, que apresentou iniciativas que unem responsabilidade socioambiental, inclusão e educação em comunidades da região.
Régia, com mais de duas décadas de atuação no Amazonas, é uma das líderes à frente da Comissão ESG, em parceria com o Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (CIEAM), a Suframa e a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM). Seu trabalho é pautado por integrar práticas sustentáveis no setor produtivo local e ampliar o impacto positivo para a população.
“Sempre que falamos da Amazônia, falamos de emoção e de responsabilidade. Nosso papel é levar os pilares ESG para dentro da indústria e também para a comunidade, porque desenvolvimento sem sustentabilidade não é viável”, destacou durante o painel.

Projetos que transformam a realidade amazônica
Entre os exemplos apresentados por Régia, destacou-se o projeto “Amazônia que eu Quero”, iniciativa da Rede Amazônica, afiliada da Globo, que atua em toda a Amazônia Legal, promovendo ações de sustentabilidade, educação e conscientização ambiental.
Outro marco é o “Rede Educa”, braço educacional que leva conhecimento a escolas indígenas e comunidades ribeirinhas. Em São Gabriel da Cachoeira — município único no Brasil por abrigar 23 etnias indígenas — foram entregues kits escolares e livros infantis desenvolvidos para retratar a vida, a cultura e os desafios da Amazônia.
“Educar é empoderar. Criamos livros com narrativas indígenas para que as crianças se reconheçam e valorizem sua própria história”, explicou a executiva.

Entre cheias e secas: o impacto das mudanças climáticas
A executiva também lembrou os impactos extremos que a região vem enfrentando nos últimos anos, como a maior enchente registrada em 2022 e as secas históricas de 2023 e 2024. Nessas ocasiões, a ação voluntária se tornou fundamental para garantir apoio às famílias.
A bordo do barco Sumaúma, do Senai, Régia levou atendimento médico, cestas básicas e água potável a comunidades isoladas.
“Entregar um galão de água e ver famílias chorando de gratidão é uma experiência transformadora. Esse contato direto mostra o quanto ainda temos que avançar em inclusão e dignidade básica”, afirmou.
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Mulheres, Amazônia e Energia
A participação de Régia no Congresso Mulheres da Energia reforça como a pauta da transição energética está diretamente ligada à preservação ambiental e à justiça social. Para ela, o papel das mulheres nesse processo é crucial.
“O futuro da energia passa pela Amazônia. Se quisermos falar de inovação, precisamos falar também de inclusão, educação e sustentabilidade. É isso que garante que os recursos naturais sejam preservados para as próximas gerações”, concluiu.
A Vice-Presidente da ABGD, Zilda Costa, reforçou em sua fala o simbolismo de trazer a Amazônia para o centro das discussões do setor:

“A transição energética não pode ser pensada sem a Amazônia. O que acontece lá impacta o Brasil e o mundo. Trazer vozes como a da Régia para este congresso é reafirmar que o desenvolvimento só será justo quando incluir mulheres, comunidades tradicionais e inovação sustentável.”
Zilda também destacou o papel do congresso como catalisador de mudanças:
“Este encontro mostra que o protagonismo feminino não é exceção, mas regra. Somos nós, mulheres, que estamos redesenhando o setor energético brasileiro com visão, coragem e compromisso com o futuro.”
Amazônia em Foco: Sustentabilidade, Educação e Empoderamento Feminino no Congresso Mulheres da Energia






























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