Google aposta em armazenamento de longa duração para acelerar descarbonização de data centers
- EnergyChannel Brasil

- 29 de jul.
- 3 min de leitura
Gigante da tecnologia fecha parceria com startup americana e testa soluções inovadoras para armazenar energia limpa por mais de 100 horas

Mountain View, julho de 2025 – Em mais um passo estratégico rumo à meta de operar 100% com energia livre de carbono 24/7, o Google anunciou uma nova parceria com a empresa americana Form Energy, especializada em tecnologias de armazenamento de longa duração (LDES, na sigla em inglês). O acordo prevê o uso de baterias de ferro-ar capazes de garantir autonomia energética por até 100 horas — uma solução considerada crucial para dar estabilidade à operação de data centers movidos exclusivamente por fontes renováveis.
O projeto piloto será implementado em um centro de dados do Google em Minnesota, nos Estados Unidos, e deve entrar em operação até o fim de 2025. Com isso, a empresa reforça sua aposta em soluções que não apenas reduzem emissões, mas também enfrentam o desafio técnico de intermitência das fontes solar e eólica.
Nova geração de baterias para um novo paradigma energético
As baterias de ferro-ar desenvolvidas pela Form Energy utilizam um processo reversível de oxidação do ferro — essencialmente, "enferrujando" e "desenferrujando" o metal para armazenar e liberar energia. Diferente das tradicionais baterias de íon-lítio, que são eficientes para ciclos curtos, essa nova tecnologia foi projetada especificamente para armazenar energia em grande escala e por longos períodos, com baixo custo.
“Essa parceria com a Form Energy representa uma nova etapa em nossa jornada para operar nossos data centers com energia limpa e contínua, independentemente das condições climáticas”, afirmou Michael Terrell, diretor de energia e clima do Google.
LDES: o elo que faltava na transição energética
O armazenamento de longa duração é visto como uma das peças-chave para viabilizar sistemas elétricos 100% renováveis. Sem esse tipo de solução, usinas solares e eólicas ficam limitadas por sua variabilidade natural, exigindo apoio de fontes fósseis ou caras infraestruturas de backup.
Com o projeto em Minnesota, o Google testa um modelo replicável globalmente para assegurar fornecimento contínuo de energia verde — não apenas em horas de sol ou vento, mas 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Pressão sobre big techs acelera inovação no setor elétrico
A parceria ocorre em um momento de crescente pressão regulatória e social sobre grandes empresas de tecnologia quanto à sua pegada ambiental. Além do Google, outras big techs como Amazon e Microsoft têm investido em projetos de energia renovável e armazenamento avançado, visando alinhar suas operações a compromissos ESG e metas de carbono zero.
Para o setor elétrico, essas iniciativas também têm um papel catalisador: atraem capital, estimulam inovação e aceleram a curva de aprendizado de tecnologias emergentes como o LDES.
EnergyChannel analisa
Com essa movimentação, o Google não apenas fortalece sua liderança em sustentabilidade corporativa, como também se posiciona como um ator-chave na evolução do setor energético global. A aposta em armazenamento de longa duração, se comprovada em escala, pode redesenhar os modelos de fornecimento energético — e abrir caminho para um futuro verdadeiramente livre de carbono.
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