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Novo estudo aponta para crescimento da Geração Distribuída e mostra um protagonismo maior dos Recursos Energéticos Distribuídos

O ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgaram, nesta sexta-feira (1/08), o mais novo estudo (disponibilizado em PDF no link abaixo):


Caderno de Micro e Minigeração Distribuída e Baterias Atrás do Medidor.


Este estudo aponta tendências do mercado, ingresso de novas tecnologias e a necessidade de um planejamento de infraestrutura para que a sociedade seja beneficiada com os avanços que a Geração Distribuída-GD está trazendo para melhorar a resiliência da economia brasileira.


A GD é um emergente e promissor mercado degeração de energia elétrica que intercala novas tecnologias de geração elétrica e novos modelos de negócios.


Gerar a própria energia na maior base por fonte solar mediante painéis fotovoltaicos instaladossobre telhados, estacionamentos, propriedade rurais e junto aos locais onde essa energia seráconsumida; foi iniciada no Brasil em 2012 e ganhou impulso nas vendas a partir de 2020 quando o Brasil enfrentava uma crise de escassez hídrica histórica com risco de apagão.  


Nesta crise os preços da energia foram elevados com a criação das bandeiras tarifárias para fazer os consumidores pouparem energia nestes períodos mais críticos.


Este crescimento vertiginoso foi beneficiado com a queda nos custos de aquisição dos sistemas geradores.


Com estes cenários a GD se transformou em uma solução para consumidores terem umaenergia barata, segura e confiável com mais versatilidade e resiliência. Um exemplo da versatilidade é a possibilidade de armazenar energia e despachar para as cargas a qualquer momento.


Estes novos mecanismos afetaram o fluxo elétricodas redes públicas uma vez que a energia que não é consumida instantaneamente junto aos dispositivos eletroeletrônicos que estão ligados como televisões, geladeiras, chuveiros, motores, etc. acabam sendo injetados na rede pública caso a unidade consumidora não tenha ainda um sistema de armazenamento de energia.  


A injeção na rede desta energia passou a ser um desafio para o planejamento elétrico pois os recursos energéticos que as tecnologias da GD estão espalhando em milhões de pequenas instalações, fazem o fluxo de energia ter um novo comportamento diferente da usual energia unidirecional impulsionada nas redes elétricas atuais.  Isto aponta a necessidade de preparar uma infraestrutura para uma nova onda tecnológica inevitável, os Recursos Energéticos Distribuídos (RED).


O estudo apresentado faz parte do Plano Decenal de Expansão de Energia 2035 (PDE 2035). A publicação apresenta uma visão integrada da evolução da micro e minigeração distribuída (MMGD) e do papel crescente das baterias dentro das unidades consumidoras, refletindo a importância dos REDs para a modernização, digitalização e a descentralização do sistema elétrico nacional.


O documento projeta que a MMGD poderá alcançar, até 2035, entre 61,4 gigawatts (GW) e 97,8 GW de capacidade instalada, a depender do cenário.

No cenário de referência, estima-se a adesão de cerca de 9,5 milhões de consumidores, totalizando 78,1 GW de capacidade instalada e contribuindo com 12,1 GW médios de geração elétrica no país.


O estudo revela que, pelo quarto ano consecutivo, a fonte solar distribuída liderou a expansão da capacidade instalada de geração em 2024, consolidando a geração junto à carga como protagonista no setor elétrico. Atualmente, a geração distribuída representa aproximadamente 5,6% da eletricidade gerada no Brasil e responde por cerca de 13% do consumo cativo nacional. O segmento residencial se mantém como principal motor dessa expansão, impulsionado por ganhos de competitividade e pelo marco legal estabelecido pela Lei nº 14.300/2022.


Baterias atrás do medidor ajudam na modernização da rede elétrica

 

Um dos destaques da publicação é o avanço das análises sobre o papel das baterias que são instalados dentro dos locais de consumo e atrás do medidor de energia da concessionária.  


Este mecanismo energético vêm ganhando protagonismo pois não depende de atos regulatórios dando assim mais segurança, sustentabilidade e resiliência para as unidades consumidoras de energia.


A expressiva redução nos preços globais das baterias de íon-lítio em 2024 abriu novas possibilidades para aplicações comerciais, industriais e residenciais.


No Brasil, simulações já indicam que sistemas de armazenamento de energia já podem ser economicamente viáveis.


A substituição de geradores a diesel por baterias de armazenamento é um mecanismo mais sustentável e parte estratégica na transição energética e no cumprimento das metas brasileiras de descarbonização.


O armazenamento atrás do medidor também se mostra promissor para aumentar o autoconsumo em sistemas de geração distribuída, permitindo ao consumidor armazenar excedentes da geração fotovoltaica para uso posterior. Embora o tempo de retorno do investimento ainda seja elevado em muitos casos, a expectativa de redução adicional nos preços dos sistemas e a possibilidade de mudanças regulatórias a partir de 2029 tornam esse mercado cada vez mais atrativo.


Atualmente as empresas que vendem e instalam os sistemas de energia solar estão sofrendo queda nas vendas e demissões de funcionários ocasionados pela retração do mercado. Um modelo comercial mais voltado a oferecer financiamentos de longo prazo mas que hoje estão inviáveis pelas altas taxas de juros dos financiamentos.


Este cenário de retração nas vendas poderá se reverter com a interpretação da importância de gerar a própria energia com as novas tecnologias que continuam surgindo. Eventos climáticos que resultem em longos períodos de apagões também poderão gerar uma nova corrida para estas possibilidades apresentadas no estudo.


O estudo chama a atenção para a necessidade de novas políticas públicas utilizando de mecanismos de regulação mais modernos e novos estímulos econômicos  para assim garantir uma transição energética eficiente, resiliente e justa.. Acesse o estudo completo em PDF aqui.




Renato Zimmermann

Desenvolvedor de Negócios Sustentáveis, Mentor e Ativista da Transição Energética

 

 

 

8 Comments

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Guest
Aug 03

Manter estudos assim ajuda no otimismo dos milhares de pequenos empreendedores espalhados pelo Brasil e que acreditam estar prestando um serviço na modernização do setor elétrico e dando o direito de qualquer brasileiro gerar sua própria energia. Valeu!

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Larissa Almeida
Aug 03
Rated 5 out of 5 stars.

Adorei o conteúdo, obrigado

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Guest
Aug 03
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Importante a EPE largar estudos mostrando o protagonismo que a geração distribuída deverá alcançar. Existem bloqueios para o crescimento do mercado e precisamos quebrá-los, pelo bem de todos os brasileiros.

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Rated 5 out of 5 stars.

Ótimo conteúdo.

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Guest
Aug 03
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Vamos ficar acompanhando os novos estudos da EPE. Acreditando que o brasileiro tenha o direito a gerar sua própria energia.

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🔝

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Guest
Aug 03
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O direito do brasileiro gerar sua própria energia não pode ser barrado pelo interesse de grandes investidores que não gostam de democratização e descentralização.


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Flávio
Aug 02
Rated 5 out of 5 stars.

Muito bom parabéns

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