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- Brasil se prepara para era da energia a partir do lixo: modelo PPP garante segurança jurídica e atrai capital verde para usinas WTE
Por Sebastião Carlos Martins Brasil se prepara para era da energia a partir do lixo: modelo PPP garante segurança jurídica e atrai capital verde para usinas WTE As Unidades de Recuperação Energética (WTE) surgem como alternativa estratégica para transformar resíduos sólidos em energia limpa, impulsionando a transição climática brasileira rumo à COP30. Um novo marco para o futuro dos resíduos urbanos O Brasil está diante de uma mudança estrutural em sua gestão de resíduos sólidos. Com mais de 40% do lixo urbano ainda destinado a aterros inadequados ou lixões, o país precisa alinhar suas práticas à Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) e às metas do Novo Marco de Saneamento (Lei 14.026/2020). Nesse contexto, as Unidades de Recuperação Energética (WTE, do inglês Waste-to-Energy) ganham protagonismo como solução tecnológica e ambiental capaz de transformar passivos urbanos em fontes renováveis de energia e combustíveis sustentáveis. De acordo com especialistas do setor, as WTE não substituem completamente os aterros, mas devem ser tratadas como solução prioritária sendo os aterros uma alternativa apenas quando comprovadamente inviáveis técnica ou economicamente. Essa abordagem coloca o Brasil em linha com países da União Europeia, da OCDE e com as diretrizes de descarbonização previstas nos compromissos internacionais de clima. PPPs: o elo entre sustentabilidade e viabilidade econômica A implantação de uma usina WTE demanda investimentos de grande porte e operação contínua por décadas. Por isso, o modelo mais adequado é o das Parcerias Público-Privadas (PPP) , que garantem estabilidade jurídica, equilíbrio financeiro e repartição clara de responsabilidades entre o poder público e a iniciativa privada. As PPPs proporcionam segurança para investidores, permitindo que o setor privado financie, construa e opere plantas de recuperação energética com metas contratuais de desempenho ambiental e eficiência. Já os municípios asseguram o fornecimento contínuo de resíduos e o cumprimento das exigências legais da Política Nacional de Resíduos. Para o engenheiro Sebastião Carlos Martins , CEO da DBEST PLAN e especialista em viabilidade econômico-financeira de projetos sustentáveis, esse modelo é “a ponte entre a necessidade pública e a capacidade técnica e financeira do setor privado”. “A PPP é a espinha dorsal da transição energética dos resíduos. Ela cria previsibilidade, estabilidade regulatória e atrai capital verde internacional”, afirma Martins. Segurança jurídica e governança: pilares da confiança Projetos WTE exigem um alto nível de confiança institucional. Por isso, a segurança jurídica é apontada como o elemento central para garantir a sustentabilidade de longo prazo dessas iniciativas. Entre os instrumentos que fortalecem esse ambiente de previsibilidade estão: Contratos de longo prazo (geralmente acima de 25 anos), que permitem amortizar investimentos e garantir operação contínua; Matriz de riscos objetiva , definindo quem assume riscos tecnológicos, operacionais e regulatórios; Mecanismos financeiros de proteção , como contas escrow (que asseguram o fluxo de pagamentos), seguros de performance e fundos de reserva; Indicadores de performance (KPIs) que medem eficiência energética, emissões e cumprimento de metas ambientais. Esses mecanismos reduzem litígios, evitam desequilíbrios econômicos e reforçam a credibilidade dos projetos fatores decisivos para atrair investidores internacionais e fundos de infraestrutura verde. Incentivos fiscais como motores de desenvolvimento, não de renúncia A discussão sobre incentivos fiscais para projetos WTE costuma gerar controvérsias. No entanto, o especialista defende que benefícios tributários temporários funcionam como investimento e não como renúncia . A lógica segue o princípio da Curva de Laffer , que demonstra que uma carga tributária equilibrada pode ampliar a base de arrecadação. Ao estimular empreendimentos que geram empregos, novas cadeias produtivas e energia limpa, os municípios passam a arrecadar mais no médio prazo. “Reduzir a tributação inicial de projetos estratégicos não significa perder receita, e sim criar novas fontes de arrecadação sustentável. É uma escolha inteligente de política pública”, reforça Martins. Fiscalização e transparência como vetores de modernização A legislação brasileira determina que Tribunais de Contas e Ministérios Públicos exijam dos municípios justificativas técnicas antes da adoção de aterros, priorizando sempre soluções com maior aproveitamento energético. Essa fiscalização, longe de ser uma barreira, torna-se uma força motriz da modernização do setor de resíduos. A transparência contratual, aliada à adoção de mecanismos de governança e métricas auditáveis , garante que a gestão dos resíduos urbanos seja não apenas ambientalmente correta, mas também financeiramente sustentável e socialmente justa. WTE e a rota climática até a COP30 Com a COP30 prevista para ocorrer no Brasil, as WTE representam uma oportunidade estratégica de projeção internacional. A tecnologia permite reduzir as emissões de metano gás até 84 vezes mais potente que o CO₂, ao mesmo tempo em que gera energia elétrica, vapor, combustíveis verdes (como SAF e biodiesel) e fertilizantes organominerais . Além de seu impacto ambiental, o modelo estimula a reindustrialização verde , cria empregos qualificados e posiciona o país como referência em soluções integradas para economia circular e descarbonização urbana. Conclusão: um caminho sem volta para a sustentabilidade A implantação das Unidades de Recuperação Energética no Brasil é mais que um avanço tecnológico é uma decisão política e econômica de longo prazo . A combinação entre PPPs bem estruturadas, segurança jurídica, incentivos inteligentes e fiscalização efetiva desenha um cenário de transformação profunda na forma como o país lida com seus resíduos. Para Sebastião Carlos Martins, “a WTE é mais do que uma solução de engenharia: é uma estratégia de Estado para o desenvolvimento sustentável, devendo estar integrada a programas como o PAC e o Plano de Parcerias de Investimentos”. À medida que a transição energética se acelera, as WTEs despontam como instrumentos de convergência entre meio ambiente, economia e inovação um passo decisivo para o Brasil cumprir seu papel de liderança climática na COP30 e além. Brasil se prepara para era da energia a partir do lixo: modelo PPP garante segurança jurídica e atrai capital verde para usinas WTE
- Biomassa em debate: modelo industrial de energia “verde” na América Latina acende alerta sobre impactos sociais e ambientais
Enquanto governos promovem a biomassa como solução para descarbonizar a economia, estudos apontam riscos de desmatamento, escassez hídrica e concentração de terras na região. Biomassa em debate: modelo industrial de energia “verde” na América Latina acende alerta sobre impactos sociais e ambientais A crescente aposta da América Latina na biomassa como alternativa energética sustentável vem gerando novas discussões sobre o verdadeiro custo ambiental e social dessa transição. Um novo levantamento do Biomass Action Network , em parceria com a Global Forest Coalition , coloca em evidência os impactos da produção de energia a partir de biomassa em escala industrial, especialmente em países como Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. O estudo aponta que, apesar de ser apresentada como uma fonte “limpa” e “renovável”, a biomassa tem sido associada a desmatamento, perda de biodiversidade, exploração trabalhista e conflitos fundiários em comunidades rurais. “Aço verde” e monoculturas: um modelo que preocupa De acordo com o relatório, a produção de carvão vegetal utilizado na fabricação de “aço verde” no Brasil e no Paraguai depende de milhões de toneladas de madeira oriunda de plantações de eucalipto e pinus. Essas monoculturas, embora classificadas como florestas renováveis, acabam substituindo ecossistemas nativos, comprometendo recursos hídricos e, em muitos casos, levando à expulsão de comunidades locais. Além disso, denúncias de condições precárias de trabalho e casos de trabalho análogo à escravidão ainda são recorrentes em regiões produtoras de carvão vegetal, o que coloca em xeque a narrativa de sustentabilidade associada a esse tipo de energia. Setor de papel, celulose e agronegócio intensificam o uso da biomassa Outro ponto destacado no documento é a integração crescente de usinas termelétricas a biomassa nas operações de empresas de celulose e papel. Essas indústrias utilizam resíduos florestais e agrícolas como combustível para gerar energia, o que, segundo o estudo, mascara a intensificação de modelos produtivos baseados em grandes plantações e na exploração intensiva de recursos naturais. No agronegócio, a biomassa vem sendo usada para o aquecimento e secagem de grãos e no abastecimento de refinarias de etanol, ampliando o vínculo entre o setor energético e a concentração de terras em poucas mãos. Efeitos sobre clima, biodiversidade e comunidades Os impactos ambientais vão além da perda de cobertura vegetal. O uso intensivo de água nas plantações de eucalipto e a queima de biomassa em larga escala também geram desequilíbrios hídricos e emissões indiretas de carbono. O relatório ainda critica o que chama de “contabilidade climática falha”, já que parte das emissões de biomassa não é devidamente contabilizada em inventários oficiais. Socialmente, o avanço das plantações industriais de biomassa tem gerado tensões com povos indígenas, comunidades quilombolas e agricultores familiares, que veem suas terras sendo disputadas por grandes corporações e projetos de energia. COP30 e o papel do Brasil na bioeconomia global A publicação surge em um momento estratégico: às vésperas da COP30, que será sediada em Belém (PA), o Brasil pretende apresentar a bioenergia como um dos pilares de sua política de descarbonização. O compromisso “Belém 4X”, que busca quadruplicar a produção de biocombustíveis até 2035, é citado no relatório como exemplo de como o discurso da “transição verde” pode ocultar práticas insustentáveis. Os autores defendem que uma verdadeira transição energética deve priorizar modelos de manejo florestal comunitário, agroecologia e sistemas descentralizados de energia renovável pautados por justiça social e participação local. Um novo olhar para a transição energética Para o EnergyChannel , o debate em torno da biomassa industrial é essencial para repensar o papel da América Latina na transição energética global. O continente reúne vastos recursos naturais e potencial para liderar uma revolução verde, mas também enfrenta desafios históricos de desigualdade, exploração e concentração fundiária. Como destaca o relatório, “a descarbonização não pode ocorrer à custa de comunidades e ecossistemas”. O futuro da energia sustentável na região dependerá de políticas que equilibrem eficiência climática, responsabilidade social e respeito aos direitos territoriais. Biomassa em debate: modelo industrial de energia “verde” na América Latina acende alerta sobre impactos sociais e ambientais
- Oracle acelera agenda ESG com uso estratégico de tecnologia sustentável e inteligência de dados
Empresa aposta em soluções baseadas em nuvem, inteligência artificial e gestão de dados para ajudar organizações a mensurar e reduzir seus impactos ambientais e sociais. Oracle acelera agenda ESG com uso estratégico de tecnologia sustentável e inteligência de dados A Oracle está reposicionando sua atuação no mercado global de tecnologia com um foco crescente na sustentabilidade e na integração de métricas ESG (ambientais, sociais e de governança). A companhia vem desenvolvendo ferramentas que utilizam inteligência de dados, automação e computação em nuvem para permitir que empresas não apenas monitorem seus indicadores, mas também ajam com base em informações precisas para reduzir emissões, melhorar eficiência e gerar valor sustentável. Segundo executivos da Oracle, o desafio atual das empresas não está apenas em coletar dados ESG, mas em transformá-los em decisões práticas de gestão. A empresa tem investido em plataformas que cruzam dados de energia, emissões de carbono, logística, cadeia de suprimentos e governança corporativa em tempo real. Isso permite que gestores visualizem, em um único painel, o impacto de suas operações e implementem estratégias imediatas de mitigação e eficiência. “Os relatórios ESG deixaram de ser uma exigência burocrática. Hoje, são ferramentas estratégicas que direcionam inovação, reputação e competitividade”, destacam fontes da companhia. A Oracle tem trabalhado com clientes dos setores de energia, manufatura, agronegócio e finanças para implementar soluções que automatizam o rastreamento de carbono e otimizam o uso de recursos reduzindo custos e fortalecendo o compromisso ambiental. Entre os exemplos recentes, a empresa aponta o uso de inteligência artificial para prever o consumo energético de data center's e ajustar automaticamente a operação para reduzir a pegada de carbono. Além disso, a infraestrutura em nuvem da Oracle é alimentada majoritariamente por fontes renováveis, alinhando a própria operação da companhia às metas globais de neutralidade climática. Outro ponto central da estratégia da Oracle é a transparência de dados. As soluções oferecidas permitem que as empresas atendam às novas exigências de relatórios ESG internacionais, incluindo as normas da União Europeia e as recomendações do International Sustainability Standards Board (ISSB). A tecnologia, segundo a Oracle, tem papel fundamental em garantir que os números divulgados sejam confiáveis, auditáveis e comparáveis entre diferentes setores. Com a combinação de nuvem verde, IA e análise avançada de dados, a Oracle busca se consolidar como uma das principais fornecedoras de infraestrutura digital sustentável no mundo. A empresa acredita que o futuro das metas ESG depende menos de promessas e mais da capacidade de mensurar e agir e é exatamente nesse ponto que a tecnologia se torna protagonista. Oracle acelera agenda ESG com uso estratégico de tecnologia sustentável e inteligência de dados
- Irlanda acelera a transição elétrica: Brite EV adota plataforma inteligente da GreenFlux para expandir rede de recarga
Parceria entre a irlandesa Brite EV Charging e a holandesa GreenFlux promete elevar a eficiência e confiabilidade da infraestrutura de carregamento de veículos elétricos no país. Irlanda acelera a transição elétrica: Brite EV adota plataforma inteligente da GreenFlux para expandir rede de recarga A mobilidade elétrica da Irlanda ganha um novo impulso com a decisão da Brite EV Charging , uma das principais operadoras locais de infraestrutura de recarga, de adotar o sistema inteligente de gestão de carregamento da GreenFlux . A integração da tecnologia holandesa marca um avanço na digitalização e eficiência energética das estações da Brite, começando pela cidade de Galway , no oeste do país. O projeto-piloto, instalado no Brite Ultra Hub da Sandy Road, já opera com seis carregadores rápidos de 300 kW CC , quatro unidades de 240 kW CC e oito carregadores de 22 kW CA , totalizando uma capacidade de 1 MVA suficiente para abastecer até 18 veículos simultaneamente . Além da potência, o local se destaca pela infraestrutura de segurança ativa e pela integração de sistemas corporativos de faturamento , otimizando o uso para frotas e motoristas de aplicativos. Outro ponto de destaque é o hub rápido no Galway Retail Park , voltado para o público em movimento de consumidores a operadores logísticos. Ambos os locais passam a ser operados pelo Charge Point Management System (CPMS) da GreenFlux, uma plataforma de controle que permite monitorar, programar e otimizar o carregamento em tempo real . Com o aplicativo Charge Assist , também desenvolvido pela GreenFlux, os usuários podem verificar a disponibilidade dos pontos, iniciar e encerrar sessões remotamente , efetuar pagamentos digitais seguros e planejar rotas com base na autonomia do veículo , reforçando a experiência conectada e fluida que o setor busca oferecer. “A parceria com a GreenFlux nos coloca na vanguarda da mobilidade elétrica irlandesa”, afirmou Colin Barry , diretor-geral da Brite EV Charging. “Ao unir engenharia local com tecnologia europeia consolidada, criamos uma rede confiável, inteligente e preparada para o futuro — exatamente o que motoristas, empresas e frotas precisam.” O avanço também é visto como estratégico para o plano de descarbonização do país. Segundo Suthalan Gnanes , diretor executivo da GreenFlux, “a expansão da mobilidade elétrica na Irlanda depende de uma infraestrutura capaz de crescer com o mercado e oferecer a melhor experiência de carregamento possível. É isso que o nosso software e os serviços de roaming gerenciado estão entregando à Brite.” A expectativa é que a parceria sirva de modelo para outras operadoras europeias interessadas em automatizar e escalar redes de recarga pública e corporativa , reduzindo custos operacionais e aumentando a confiabilidade do serviço um passo essencial para o futuro elétrico do continente. Irlanda acelera a transição elétrica: Brite EV adota plataforma inteligente da GreenFlux para expandir rede de recarga
- Malásia dá passo estratégico na transição energética com nova biorrefinaria liderada por Petronas, Enilive e Euglena
Projeto marca a entrada da Malásia na rota dos biocombustíveis avançados, com capacidade de processar até 650 mil toneladas de biomassa por ano. Malásia dá passo estratégico na transição energética com nova biorrefinaria liderada por Petronas, Enilive e Euglena Em um movimento que reforça a transição energética no Sudeste Asiático, a Petronas , gigante malaia do setor de petróleo e gás, anunciou o início da construção de uma biorrefinaria de grande escala em parceria com a Enilive , subsidiária de biocombustíveis da italiana Eni , e a japonesa Euglena , referência em biotecnologia de microalgas. A cerimônia de inauguração do projeto marcou o início oficial das obras, consolidando uma nova etapa no desenvolvimento de combustíveis sustentáveis na região. O empreendimento, localizado na Malásia, será capaz de processar até 650 mil toneladas de biomassa por ano , incluindo resíduos agrícolas e óleos vegetais usados, com o objetivo de produzir combustíveis renováveis de baixa pegada de carbono — como diesel verde (HVO) , combustível sustentável de aviação (SAF) e nafta renovável . De acordo com as empresas envolvidas, a nova planta tem potencial para reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa em comparação com os combustíveis fósseis convencionais, contribuindo para as metas climáticas da Malásia e fortalecendo o papel do país como hub de energia limpa no Sudeste Asiático . A Enilive , braço verde da Eni, traz para o projeto sua experiência em conversão de refinarias tradicionais em biorrefinarias, enquanto a Euglena atua na pesquisa e aplicação de microalgas para produção de biocombustíveis de próxima geração. Já a Petronas lidera a operação local e coordena o fornecimento de biomassa e a infraestrutura de integração com a cadeia logística do país. “Esta colaboração representa um marco importante para a Malásia e para toda a indústria de energia renovável na Ásia. Estamos unindo tecnologia, inovação e compromisso climático em um mesmo propósito: acelerar a descarbonização”, destacou um porta-voz da Petronas durante a cerimônia. A previsão é que a biorrefinaria entre em operação comercial nos próximos anos , impulsionando o desenvolvimento de tecnologias verdes e consolidando o país como um polo estratégico na produção de combustíveis sustentáveis para o mercado global. Malásia dá passo estratégico na transição energética com nova biorrefinaria liderada por Petronas, Enilive e Euglena
- Hong Kong redefine o mercado global ao emitir US$ 1,2 bilhão em títulos verdes digitais com moeda tokenizada
Em um movimento histórico que pode redesenhar o futuro das finanças sustentáveis, Hong Kong concluiu a maior emissão de títulos verdes digitais já registrada, no valor equivalente a US$ 1,28 bilhão. Hong Kong redefine o mercado global ao emitir US$ 1,2 bilhão em títulos verdes digitais com moeda tokenizada O governo da Região Administrativa Especial (RAE) consolidou sua posição como um dos principais polos globais de inovação financeira ao integrar, pela primeira vez, moedas digitais de bancos centrais o e-HKD e o e-CNY diretamente na liquidação primária da operação. A iniciativa marca um novo capítulo para o mercado de capitais, ao unir sustentabilidade, digitalização e interoperabilidade financeira em um mesmo pacote. Finanças verdes e tecnologia blockchain convergem em operação pioneira A emissão, distribuída em quatro moedas dólar de Hong Kong, yuan, dólar americano e euro, teve forte adesão do mercado institucional, com demanda mais de dez vezes superior à oferta inicial. O sucesso reforça a atratividade dos títulos verdes e demonstra o crescente apetite de investidores por instrumentos de dívida digitalizados, agora amparados por garantias soberanas e tecnologia blockchain. “Hong Kong está combinando liderança em finanças sustentáveis com um papel de vanguarda na transformação digital dos mercados de capitais”, afirmou uma fonte próxima à equipe responsável pela emissão. “O uso de moeda tokenizada do banco central é um divisor de águas.” Prazos mais longos e adoção institucional Os títulos foram emitidos com diferentes prazos de vencimento: dois, três, quatro e cinco anos — este último, o mais longo já alcançado por uma emissão digital soberana. Tradicionalmente, operações desse tipo enfrentam resistência de investidores de longo prazo devido à complexidade técnica e à ausência de padrões consolidados. Desta vez, porém, fundos de pensão, seguradoras e gestoras globais participaram de forma expressiva. A flexibilidade para escolher entre liquidação tradicional ou digital reduziu barreiras de entrada, estimulando a participação de novos player's. Moeda digital do banco central estreia na liquidação primária O destaque técnico do processo foi a integração das versões tokenizadas das moedas de Hong Kong e da China continental e-HKD e e-CNY. Essa inovação permitiu liquidação instantânea e com menor risco de contraparte, além de reduzir custos operacionais e prazos de compensação. Especialistas apontam que o modelo poderá servir de referência para bancos centrais que buscam interoperabilidade entre ativos digitais e moedas soberanas digitais (CBDCs). “É um teste real do futuro das finanças internacionais onde títulos, moedas e infraestrutura de liquidação coexistem em ambiente totalmente digital”, avaliou um analista do setor. Novos padrões para ativos digitais e governança de dados A operação também consolidou avanços em padronização. Cada título recebeu um Identificador de Token Digital (DTI) compatível com o padrão ISO 24165, vinculado aos tradicionais ISINs e aos Identificadores de Entidade Legal (LEIs) do emissor. Essa integração eleva a rastreabilidade e a segurança das transações, além de automatizar verificações de conformidade. A aplicação da Taxonomia de Dados da Associação Internacional do Mercado de Capitais (ICMA) possibilitou uma troca de informações mais eficiente entre as plataformas digitais e os sistemas tradicionais de custódia e negociação, simplificando processos e reduzindo reconciliações manuais. Hong Kong amplia liderança global em finanças digitais sustentáveis Com essa emissão recorde, Hong Kong reforça sua posição como epicentro de inovação financeira na Ásia, ao mesmo tempo em que promove a descarbonização e a digitalização dos mercados. A combinação de finanças verdes com blockchain e moedas digitais soberanas sinaliza um futuro em que eficiência, rastreabilidade e sustentabilidade caminham lado a lado. “Essa operação estabelece as bases para a automação completa do ciclo de vida de um título da emissão ao resgate, abrindo caminho para uma nova geração de finanças digitais sustentáveis”, concluiu o comunicado oficial do governo. Hong Kong redefine o mercado global ao emitir US$ 1,2 bilhão em títulos verdes digitais com moeda tokenizada
- Harbinger atrai US$ 160 milhões e fecha parceria com FedEx para eletrificar frotas de médio porte nos EUA
Startup californiana acelera expansão com nova rodada de investimentos e pedido inicial de 53 caminhões elétricos, reforçando a meta da FedEx de operar com emissão zero até 2040. Harbinger atrai US$ 160 milhões e fecha parceria com FedEx para eletrificar frotas de médio porte nos EUA A transição para o transporte comercial elétrico acaba de ganhar mais força nos Estados Unidos. A fabricante de caminhões elétricos Harbinger , com sede na Califórnia, anunciou o fechamento de uma rodada Série C de US$ 160 milhões , acompanhada de um contrato inicial com a FedEx para fornecimento de veículos de médio porte. O acordo, que também teve a FedEx como uma das co-líderes do investimento , representa um passo importante na estratégia da empresa de logística de eletrificar 100% de sua frota de coleta e entrega até 2040 . O pedido inicial inclui 53 veículos elétricos das classes 5 e 6 , com entregas previstas para 2025 . Uma nova geração de chassis elétricos Fundada em 2021, a Harbinger desenvolve plataformas elétricas modulares que servem de base para diferentes tipos de veículos comerciais, como vans, caminhões baú e RVs (veículos recreativos). O diferencial da empresa está no chassi proprietário , que concentra todos os principais sistemas do veículo motor, bateria, freios e controle eletrônico produzidos internamente nos Estados Unidos. De acordo com o CEO e cofundador John Harris , a proposta é oferecer desempenho e autonomia equivalentes aos modelos a diesel , mas com custos de aquisição e operação mais competitivos : “Estamos construindo uma nova geração de veículos elétricos de médio porte com foco em eficiência de frota e custo total de propriedade. O apoio de investidores estratégicos e o pedido da FedEx mostram que o mercado está pronto para essa mudança”, afirmou Harris. Expansão acelerada e confiança do mercado A nova rodada eleva para US$ 358 milhões o total captado pela Harbinger desde sua fundação. Além da FedEx, participaram da rodada a THOR Industries , líder global em veículos recreativos, e o Technology Impact Fund do Capricorn Investment Group , ambos investidores recorrentes da startup. Para o investidor Dipender Saluja , sócio-gerente do fundo da Capricorn, a entrada da FedEx é um sinal claro da maturidade do segmento de caminhões elétricos de médio porte : “Durante anos, esse setor operou apenas com pequenos projetos piloto. Agora, vemos uma transição real para adoção em larga escala e a Harbinger está na linha de frente dessa transformação”, destacou. Compromisso com sustentabilidade e desempenho A FedEx vem implementando um plano global de descarbonização com foco em eletrificação e eficiência logística. Segundo Paul Melander , vice-presidente sênior de segurança e transporte da companhia, o investimento na Harbinger reflete uma busca por soluções que conciliem sustentabilidade e produtividade : “Precisamos de veículos que resistam aos nossos testes de durabilidade, ofereçam segurança avançada e tenham um custo total competitivo. A parceria com a Harbinger atende exatamente a esses critérios”, disse Melander. Análise EnergyChannel: Com a entrada da FedEx no quadro de investidores e a crescente pressão por frotas de baixo carbono, a Harbinger se posiciona como um dos nomes mais promissores do mercado americano de veículos comerciais elétricos . A estratégia de manter produção local e integração vertical pode garantir à empresa uma vantagem de custo e escala num setor em rápida transformação onde eficiência operacional e sustentabilidade caminham lado a lado. Harbinger atrai US$ 160 milhões e fecha parceria com FedEx para eletrificar frotas de médio porte nos EUA
- Fotus antecipa Black Friday e anuncia condições especiais
Campanha oferece descontos, condições diferenciadas e queima de estoque em produtos do portfólio da distribuidora por tempo limitado Fotus antecipa Black Friday e anuncia condições especiais A Fotus Distribuidora Solar deu início à sua Black Friday antecipada, campanha que marca o período de maiores descontos do ano. A iniciativa tem como objetivo facilitar o acesso de integradores a equipamentos de alta qualidade com preços mais competitivos, além de contribuir para o aquecimento das vendas no último trimestre de 2025, que é o período de maior incidência solar, por conta da chegada do verão. De acordo com a empresa, a ação envolve todo o portfólio de produtos da distribuidora, incluindo marcas reconhecidas no mercado como Clamper, GoodWe, Solplanet e TSUNess. Entre os destaques estão as string box Clamper, oferecidas a partir de R$ 299,90, voltadas à proteção de sistemas fotovoltaicos. A campanha também contempla inversores, microinversores, módulos e kits completos para diferentes perfis de projeto. Um dos diferenciais da iniciativa é o desconto adicional para pagamentos via PIX. A condição é cumulativa com outras ofertas e estará disponível até o encerramento da campanha, no dia 24 de novembro de 2025. A Black Friday antecipada inclui ainda uma queima de estoque com quantidades limitadas de produtos, oferecendo aos integradores a oportunidade de adquirir equipamentos a preços reduzidos antes da virada do ano. Segundo a Fotus, o objetivo é apoiar empresas a fecharem a venda de projetos com preços exclusivos. Com centros de distribuição em diferentes regiões do país e entrega em todos os estados brasileiros, a Fotus tem investido em uma estratégia de proximidade com os integradores, oferecendo atendimento consultivo de vendas e suporte técnico personalizado. A empresa reforça que os consultores estão disponíveis para orientar sobre o aproveitamento das condições vigentes e auxiliar na escolha dos produtos mais adequados para cada projeto. Nos últimos anos, o setor de energia solar tem registrado crescimento constante, impulsionado pela popularização dos sistemas fotovoltaicos e pela busca por soluções mais sustentáveis. Ações como a da Fotus reforçam o papel das distribuidoras na ampliação do acesso a tecnologias limpas e na redução de barreiras financeiras para novos integradores. Mais informações sobre as condições e produtos participantes estão disponíveis na página oficial da campanha: energia.fotus.com.br/blackfriday . Sobre a Fotus A Fotus é uma distribuidora nacional de produtos fotovoltaicos que acredita no protagonismo do integrador, oferecendo uma jornada completa da capacitação técnica ao suporte no pós-venda para garantir proximidade, parceria e presença em todo o Brasil. Nosso compromisso é estar ao seu lado, em cada passo, para que cada projeto alcance o máximo potencial. Com mais de 40 anos de experiência em importação e distribuição, atendemos integradores em 100% dos estados brasileiros, com 80 mil m² de estrutura, consultores dedicados a um atendimento personalizado, ágil e eficiente. Reconhecida como uma das melhores distribuidoras de energia solar do país, a Fotus une condições comerciais competitivas, produtos de alta qualidade e suporte técnico especializado para assegurar máxima performance e confiabilidade. Fotus antecipa Black Friday e anuncia condições especiais
- Profissionalização do O&M solar e a nova fronteira da segurança e eficiência nas usinas
Por EnergyChannel O setor solar brasileiro passa por uma transformação silenciosa mas decisiva rumo à maturidade operacional. À medida que o país ultrapassa a marca de dezenas de gigawatts instalados, cresce também a necessidade de profissionalizar a operação e manutenção (O&M) das usinas e garantir segurança física e técnica dos ativos. Profissionalização do O&M solar e a nova fronteira da segurança e eficiência nas usinas Quem acompanha essa evolução de perto é Paulo Cagnini , fundador da ILIOS , da Solar Safety e da SS Charger , três empresas que atuam em diferentes frentes do ecossistema energético do comissionamento e O&M à segurança e infraestrutura para veículos elétricos. “A gente percebe uma mudança clara: o O&M está se tornando cada vez mais técnico, estruturado e exigente. Isso é bom para todo o mercado, especialmente para os proprietários das usinas”, comenta Cagnini em entrevista ao EnergyChannel durante a feira 360 Solar. De projetos à excelência em O&M Com mais de 500 MW em projetos executivos e comissionados em quase todos os estados brasileiros, a ILIOS nasceu com foco em engenharia e projetos fotovoltaicos, mas tem direcionado sua atuação para o O&M etapa crítica para o desempenho e a longevidade das usinas. “A maior parte do mercado começou com projetos e execução, mas hoje o diferencial está em garantir que as usinas continuem entregando energia com performance e segurança”, explica o executivo. O portfólio da empresa inclui projetos de destaque no Rio Grande do Norte , Bahia , Sudeste e até Manaus , sempre em usinas acima de 1 MW. Segurança e monitoramento: a nova camada de valor Além da ILIOS, Cagnini comanda a Solar Safety , empresa dedicada à proteção de ativos solares . O foco está em sistemas de CFTV inteligentes e monitoramento 24h das usinas — uma demanda que cresce à medida que o número de empreendimentos de geração distribuída se multiplica. “Segurança é um tema que o setor ainda subestima. Mas uma usina desprotegida pode ter perdas financeiras e operacionais severas. Cuidar da integridade física do ativo é parte do O&M moderno”, ressalta. Retrofit e requalificação: o barato que sai caro O empresário alerta para um problema recorrente: usinas mal construídas ou mal documentadas . Segundo ele, muitos investidores priorizaram o preço na fase inicial da energia solar no país, contratando integradores sem experiência em projetos de maior porte. O resultado? Estruturas mal fixadas, aterramentos incorretos, projetos incompletos e relatórios de comissionamento fraudulentos inclusive com fotos de outras usinas, como relatou Cagnini. “Já recusamos assumir o O&M de usinas com falhas estruturais graves. Há casos em que seria preciso refazer toda a base do projeto. O risco para nossos profissionais e para o ativo não compensa”, afirma. Ele cita como exemplo o trabalho com o grupo Multiplan , responsável por shoppings em todo o Brasil, que mantém 12 MW de potência solar instalada . Em algumas usinas, construídas em 2017, a substituição de módulos e inversores tem se mostrado economicamente viável, elevando a eficiência e o retorno do investimento. Documentação e transparência: pilares do desempenho Outro gargalo identificado por Cagnini é a falta de documentação técnica adequada . Projetos executivos que não refletem a realidade da instalação, relatórios incompletos e ausência de S-BIL (as-built) comprometem o controle e a segurança das operações. “Não adianta ter uma usina de pé se ela não foi construída do jeito certo. Projeto, documentação e comissionamento precisam conversar entre si. É o que garante segurança e performance desde o primeiro dia de operação”, conclui. Novas frentes: carregadores elétricos e integração energética A terceira empresa do grupo, a SS Charger , amplia a atuação para o setor de mobilidade elétrica , com estações de recarga já instaladas em São Paulo e no Rio de Janeiro . A iniciativa reforça a convergência entre geração solar e transporte sustentável uma tendência global que começa a ganhar força no Brasil. Um mercado mais maduro e conectado Com a entrada de empresas qualificadas e o fortalecimento de eventos que reúnem os principais players do setor, como a 360 Solar , o mercado caminha para uma nova fase de profissionalização, integração e responsabilidade técnica . “A concorrência está crescendo, mas de forma saudável. A troca de conhecimento eleva o padrão do mercado. No fim, quem ganha é o investidor e o setor como um todo”, resume Cagnini. Profissionalização do O&M solar e a nova fronteira da segurança e eficiência nas usinas
- PLV 10: Nova medida acende alerta no setor elétrico e pode elevar custos para consumidores e investidores
Especialista explica por que o Projeto de Lei de Conversão nº 10, apresentado como uma “reforma do setor elétrico”, é visto por parte do mercado como uma medida arrecadatória que ameaça o avanço das energias renováveis no Brasil. PLV 10: Nova medida acende alerta no setor elétrico e pode elevar custos para consumidores e investidores O debate sobre o PLV nº 10/2025 , apresentado pelo governo federal como uma reforma do setor elétrico, tem provocado preocupação entre especialistas e investidores do setor de energia. Para Artur Oliveira , colunista do EnergyChannel e analista do mercado livre de energia, o projeto “muda o rótulo, mas mantém a velha receita”: mais encargos e menos liberdade para o consumidor e para os geradores. Em entrevista exclusiva ao EnergyChannel , Oliveira classificou a proposta como uma “reforma arrecadatória”, que transfere novos custos para o mercado e limita a autonomia dos agentes. Segundo ele, o texto traz medidas que impactam diretamente tanto o consumidor livre aquele que pode escolher seu fornecedor de energia quanto o consumidor cativo , que permanece vinculado à distribuidora local. “Foi criado um novo conjunto de encargos dentro do sistema, especialmente o chamado ERCAP elástico , que embute custos com resposta de demanda e usinas reversíveis. São instrumentos válidos, mas quem vai pagar essa conta, mais uma vez, é o consumidor”, explicou Oliveira. Curtailment e novos encargos: custo bilionário à vista Outro ponto sensível apontado pelo especialista é o tratamento do curtailment os cortes de geração de energia renovável por limitações do sistema. Pelo PLV 10, esses cortes serão compensados às usinas por meio dos Encargos de Serviços do Sistema (ESS) , com correção pelo IPCA. Na prática, isso significa que consumidores livres e cativos pagarão indenizações retroativas referentes a 2023 e 2024 , o que pode gerar aumento expressivo nas tarifas. “Essa decisão cria um ônus coletivo para cobrir perdas que poderiam ser tratadas de forma muito mais inteligente. O deputado Arnaldo Jardim chegou a propor uma alternativa: prolongar as outorgas das usinas afetadas por um curto período, sem mexer no bolso de ninguém. Mas a sugestão foi ignorada”, criticou Oliveira. Baterias e renováveis perdem atratividade Além dos encargos, o PLV 10 também é visto como um retrocesso para investimentos em armazenamento e geração renovável . O texto cria obstáculos para quem deseja investir em baterias e projetos de autoprodução , obrigando a submissão a processos de licitação e ampliando o controle estatal sobre o uso de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN). “Estamos vendo uma espécie de estatização disfarçada. O governo passa a controlar mais etapas do setor e desestimula quem quer investir em soluções descentralizadas”, avaliou o colunista. Autoprodução por locação: alternativa para escapar dos novos custos Como caminho para se proteger das mudanças, Oliveira recomenda a autoprodução por locação de ativos , modalidade que permite a empresas gerar sua própria energia a partir de usinas alugadas. Segundo ele, esse modelo tem sido adotado por grandes redes de varejo e indústrias, principalmente por causa dos benefícios fiscais, como a isenção de ICMS . A economia pode chegar a 60% na conta de energia ao longo dos primeiros anos. “O preço do megawatt-hora no Brasil não é o vilão. O problema são os encargos e impostos, que pesam mais do que a própria energia. Por isso, a autoprodução é hoje a maneira mais eficiente de garantir previsibilidade e competitividade”, destacou. Falta de informação ameaça abertura do mercado O PLV 10 também estabelece prazos curtos para a migração de consumidores de baixa tensão ao mercado livre de energia 24 meses para unidades menores e 36 meses para médias empresas. Para Oliveira, o cronograma é inviável sem uma política de comunicação e educação energética. “A maior parte dos consumidores não sabe o que realmente paga na conta de energia. Faltam informações claras sobre encargos, tarifas e oportunidades do mercado livre. Sem educação, a abertura pode virar uma armadilha”, alertou. O futuro incerto da transição energética Para o colunista do EnergyChannel , o Brasil corre o risco de frear o avanço da transição energética em nome de uma arrecadação de curto prazo. “O país tem clima, território e capacidade técnica para liderar a geração limpa. Mas enquanto o foco for arrecadar e centralizar o controle, estaremos andando para trás”, concluiu. O EnergyChannel continuará acompanhando as discussões sobre o PLV 10 e seus desdobramentos no setor elétrico. Deixe seu comentário e participe do debate a energia do futuro depende de um mercado mais transparente e informado. PLV 10: Nova medida acende alerta no setor elétrico e pode elevar custos para consumidores e investidores
- ANEEL conclui 2025 com 100% das renovações de concessões de distribuição aprovadas e enviadas ao MME
Agência finaliza o ano com 11 processos de renovação recomendados ao Ministério de Minas e Energia; duas distribuidoras já assinaram os novos contratos ANEEL conclui 2025 com 100% das renovações de concessões de distribuição aprovadas e enviadas ao MME A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) encerrou o ciclo de 2025 com um marco relevante para o setor elétrico brasileiro: todas as concessões de distribuição analisadas ao longo do ano receberam parecer favorável para renovação. No total, 11 distribuidoras tiveram seus contratos revisados e encaminhados ao Ministério de Minas e Energia (MME) , responsável pela homologação e assinatura dos novos termos. De acordo com informações oficiais, duas empresas já formalizaram a assinatura dos contratos de prorrogação , assegurando continuidade na prestação dos serviços por mais 30 anos. As demais seguem em processo de finalização junto ao MME, com expectativa de assinatura ainda no primeiro trimestre de 2026. A aprovação integral reflete a consolidação do modelo regulatório e o amadurecimento das práticas de governança e desempenho das concessionárias. Nos pareceres técnicos, a ANEEL avaliou indicadores de qualidade, eficiência operacional e sustentabilidade financeira das distribuidoras, pontos considerados essenciais para a manutenção das concessões. Segundo fontes ligadas ao setor, a renovação traz maior previsibilidade para investimentos e planejamento de longo prazo , além de garantir estabilidade tarifária e continuidade no fornecimento de energia. “Esse movimento reforça a segurança jurídica do setor elétrico e incentiva novos aportes em inovação, digitalização e redes inteligentes”, comenta um especialista ouvido pelo EnergyChannel . Com o ciclo de renovações de 2025 concluído, a ANEEL deve concentrar esforços no aprimoramento das metas de qualidade e na revisão de parâmetros de eficiência para o próximo ciclo tarifário, alinhando o setor à transição energética e às novas demandas do consumo elétrico no país. ANEEL conclui 2025 com 100% das renovações de concessões de distribuição aprovadas e enviadas ao MME
- COP30: painel do JAQ Hidrogênio debate estratégias de transição energética para o setor naval
Realizado no auditório do JAQ H1, primeiro barco-escola a hidrogênio, e mediado por Cila Schulman, o painel reuniu Alexandre Leite (Itaipu Parquetec), Monica Saraiva Panik (SAE Brasil) e João P. Santana (Porto de Paranaguá) para falar sobre corredores verdes entre portos, estratégia multicombustível de baixo carbono, escala para baratear o H₂ e logística multimodal. A rota Roterdã-Gênova foi citada como referência e o JAQ Hidrogênio como prova de viabilidade para a transição energética no setor. Créditos: GWM/Alan Johnes Belém/PA - No painel “Combustíveis alternativos na indústria naval”, realizado nesta quarta-feira (12) no auditório do JAQ H1, primeiro barco-escola do mundo movido a hidrogênio verde, atracado na Estação das Docas, em Belém, durante a COP30, a pauta central foi como acelerar a descarbonização da navegação com corredores verdes, escala para reduzir custos do H₂ e logística multimodal que integre produção, armazenagem e abastecimento a bordo. Mediado por Cila Schulman, CEO do JAQ Hidrogênio, o debate reuniu Alexandre Leite, diretor de Tecnologia do Itaipu Parquetec, Monica Saraiva Panik, mentora de Mobilidade a Hidrogênio da SAE Brasil, e João P. Santana, diretor de Meio Ambiente do Porto de Paranaguá. Alexandre Leite abordou sobre a coerência climática, quando comentou que “não faz sentido falar em exportar hidrogênio verde usando navios movidos a combustíveis fósseis”. Ele ressaltou que o mercado náutico tem potencial para puxar essa virada, do lazer ao transporte marítimo, desde que haja investimento continuado, lembrando que o Itaipu Parquetec produz H₂V há mais de 12 anos e que a binacional “absorve 36 vezes mais carbono do que emite”. Na sequência, Monica Saraiva Panik defendeu a criação de corredores verdes marítimos, com portos preparados para abastecer combustíveis de baixa emissão de carbono (H₂ e derivados, e-fuels, biocombustíveis avançados). O gargalo, disse, é a escala. “O custo segue alto porque a produção e a frota ainda são insuficientes”. Para romper o ciclo, listou projetos-âncora e lembrou que o transporte de hidrogênio é multimodal dutos, ferrovia, rodovia e navios — e as embarcações que transportam energia limpa precisam também usá-la. Como referência internacional, citou o Porto de Roterdã e a rota para Gênova. Pelo lado da operação, João P. Santana, diretor de Meio Ambiente do Porto de Paranaguá, defendeu que a transição energética marítima precisa ter uma estratégia multicombustível, combinando diversos combustíveis não fósseis de baixo carbono, e citou o JAQ como prova de viabilidade. “Se é possível fazer num barco deste porte, é possível escalar para navios”, afirmou. Para ele, o movimento inaugurado pelo projeto tem caráter pioneiro. “O Ernani está desbravando um território que ninguém conhece; depois a grande massa vai atrás, isso é futuro”. Para finalizar, o anfitrião Ernani Paciornik, idealizador do JAQ Hidrogênio, destacou o caráter prático e inaugural da iniciativa. “É o início e não tem outra história. Chega de teoria. É hora de praticar. Vamos instalar uma usina menor no JAQ 2, operar e mostrar o caminho. Se conseguimos aqui, com apoio da GWM e de parceiros como o Itaipu Parquetec, por que grandes armadores não conseguiriam? O JAQ prova que a transição na navegação é viável e escalável. Vamos acelerar a descarbonização com tecnologia feita no Brasil”.O JAQ H1 é uma embarcação-escola, com 36 metros de comprimento. Na fase inicial, apresentada na COP30, toda a hotelaria (iluminação, climatização, cozinha e auditório) está preparada para operar com H₂V. Na próxima fase, será instalado um motor bicombustível que, com 20% de hidrogênio, vai reduzir em até 80% as emissões de carbono. A terceira fase está prevista para 2027: o JAQ H2, uma embarcação de 50 metros de comprimento que dessalinizará a água do mar para gerar o próprio hidrogênio a bordo, rumo à autossuficiência.Confira a programação de amanhã. Interessados podem se inscrever neste link https://sigevent.pro/boatshow/visitantes/?id_edicao=5800&linguagem=portugues Quinta-feira , 13 de novembro — Hydrogen Day Experience @ COP30 8h–9h | Evento KPMG 14h–15h | Painel 1 — CiênciaAbertura: Ministro Alexandre Silveira — Minas e Energia (TBC)Professor Julio — Diretor-Geral, RCGI-USPGabriel Figueiredo — Gerente de Internacionalização, IPT 14h30–15h30 | Painel 2 — IndústriaDaniel Lopes — Hytron NeaTatsumi Igarashi — Head de Hidrogênio, NEO Energia 15h–16h | Painel 3 — Ação ClimáticaMarisa Bastos — Subsecretária de Energia do Estado de São PauloCarina Dolabella — Assessora de Mudanças Climáticas do Estado de São Paulo Sobre o Grupo Náutica Com mais de 40 anos de mercado, o Grupo Náutica traz soluções em inovação, sustentabilidade, infraestrutura, eventos e comunicação na área náutica. É formado pela Revista Náutica ( www.nautica.com.br ), pioneira e líder no setor; o Boat Show, mais importante salão náutico da América Latina com as edições de São Paulo, Itajaí, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Foz do Iguaçu; a Metalu, maior fabricante de píeres e passarelas em alumínio do mundo; a SF Marina, especialista global em docas flutuantes de concreto e quebra-mares para marinas, portos e orlas marítimas; e o JAQ Hidrogênio, com projetos inovadores focados em pesquisas e sustentabilidade. O grupo também se preocupa com as questões sociais e é detentora das ações “Só Jogue na Água o que Peixe pode Comer”, assinada pelo cartunista Ziraldo, e “Por Uma Cidade Navegável”, que busca a navegação em lugares inimagináveis, assim como desenvolve os principais Guias de Turismo Náutico do país. https://gruponautica.com.br/ COP30: painel do JAQ Hidrogênio debate estratégias de transição energética para o setor naval











