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  • A Jornada da Mulher nas Energias Renováveis: Onde Estamos e Para Onde Vamos

    A transição energética representa uma das maiores oportunidades desta geração, não apenas para reduzir emissões e enfrentar a crise climática, mas também para redesenhar o mercado de trabalho, os ambientes de liderança e os modelos organizacionais. Nesse movimento global, a presença da mulher nas energias renováveis deixa de ser apenas uma pauta de justiça social e passa a ser um pilar estratégico para inovação, produtividade e resiliência empresarial. A Jornada da Mulher nas Energias Renováveis: Onde Estamos e Para Onde Vamos Embora o setor de renováveis apresente índices de participação feminina superiores aos de segmentos tradicionais de energia, como petróleo e gás, a equidade ainda está distante: estudos recentes mostram que mulheres ocupam cerca de um terço dos empregos no setor, e essa proporção diminui drasticamente à medida que avançamos para funções técnicas, de campo ou posições de alta liderança. Um panorama histórico que molda o presente Desde as primeiras décadas da eletrificação, passando pela industrialização e chegando à expansão das energias renováveis, o setor energético foi estruturado sobre bases masculinas: cursos de engenharia majoritariamente ocupados por homens, cadeias industriais rígidas e culturas corporativas pouco diversas. Nos últimos 15 anos, movimentos globais aceleraram mudanças importantes, programas de capacitação, redes de mentoria, políticas de diversidade e campanhas públicas passaram a iluminar as desigualdades e abrir espaço para transformações. Ainda assim, os dados revelam um cenário de avanços lentos: mulheres em cargos seniores representam menos de 20% em muitos mercados internacionais, segundo IRENA, IEA e REN21. A sub-representação feminina no setor não tem uma única causa; trata-se de uma teia de fatores históricos, culturais, estruturais e sociais: Vieses organizacionais: processos de recrutamento e promoção que valorizam trajetórias tradicionais, redes masculinas e experiências de campo pouco acessíveis às mulheres. Barreiras educacionais e técnicas: menor participação feminina em cursos de engenharia, eletrotécnica, manutenção e áreas essenciais para O&M, projetos e EHS. Ausência de role models: poucas líderes ocupando espaços públicos, recebendo prêmios ou sendo referências em eventos e publicações técnicas. Jornadas dupla: carga doméstica e responsabilidades familiares desproporcionalmente atribuídas às mulheres, dificultando turnos longos, viagens e flexibilidades exigidas pelo setor. Cultura operacional: ambientes de campo ainda pouco adaptados para diversidade, com pouca estrutura de apoio, flexibilidade e segurança. Esses elementos criam um efeito cascata: menos formação técnica → menos candidaturas → menos mulheres contratadas → menor retenção → pouca presença em liderança. Apesar dos desafios, não estamos diante de um cenário estático. Há uma transformação real em curso, impulsionada por políticas públicas, iniciativas privadas e movimentos internacionais: - C3E (Clean Energy Education & Empowerment) e Equal by 30 criam redes de mentorias, premiações, compromissos públicos e visibilidade para mulheres no setor energético. - Programas de capacitação em países da África, Ásia e América Latina formam mulheres em instalação, manutenção, empreendedorismo e operação de sistemas solares, com aumento comprovado de empregabilidade. - Instituições como IRENA, IEA e REN21 passaram a exigir dados desagregados por gênero e incorporar metas explícitas em relatórios e recomendações. - Empresas do setor adotam práticas transformadoras: metas de diversidade, programas de retorno pós-maternidade, políticas de flexibilidade, visibilidade interna e trilhas de carreira mais transparentes. Para transformar participação em poder, visibilidade e remuneração justa, é necessário agir: 1. Políticas públicas: Coleta obrigatória de dados de gênero em editais, leilões e financiamentos verdes. Incentivos fiscais e regulatórios para empresas que atingirem metas de diversidade. Programa de certificação técnica em massa para mulheres (NR-10, NR-35, SCADA, PVSyst, inspeção IR). 2. Empresas e ecossistema corporativo: Metas claras de diversidade com indicadores de desempenho. Flexibilização responsável: escalas rotativas, home office. Políticas de cuidado: auxílio-creche, creches locais, licença parental compartilhada. Programas robustos de mentoria. Parceria com universidades para formar mulheres em áreas críticas como O&M e engenharia. Visibilidade: prêmios internos, participação em painéis, publicações técnicas. 3. Carreira individual: estratégia e posicionamento. Capacitação contínua em áreas técnicas de alta demanda. Construção de marca pessoal: artigos, webinars, palestras, cases de campo. Participação ativa em redes como C3E, Women in Energy e grupos regionais. Documentação de resultados: KPIs entregues, melhorias implantadas, economia gerada. Negociação consciente: usar dados e resultados para argumentar salário e promoções. A presença das mulheres nas energias renováveis é significativa e crescente. A literatura técnica, a experiência das empresas e as pesquisas internacionais convergem em um ponto: equidade de gênero melhora desempenho, acelera inovação e fortalece resultados. Um marco fundamental na promoção da equidade de gênero e no reconhecimento do talento feminino no setor energético é o Congresso Brasileiro Mulheres da Energia (CBME). Em 2026, o evento celebrará sua 5ª edição, consolidando-se como o principal fórum de debate e networking  para profissionais femininas da área. O CBME atrai a participação de mais de 1000 mulheres, sendo 100 delas palestrantes líderes e empreendedoras que, em painéis com diversos temas, compartilham insights cruciais sobre o futuro das energias renováveis e a transição energética. Além de promover o diálogo técnico de alto nível, o congresso desempenha um papel vital no reconhecimento profissional, com a entrega de Prêmios (incluindo troféus), que celebram e valorizam a contribuição feminina em um mercado frequentemente dominado por homens. A relevância do evento é inegável, e tive a honra de ser agraciada com o Prêmio Excelência Técnica durante a 4ª edição, realizada em 2025. Este reconhecimento, concedido pela Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), reforça a importância de dar visibilidade às realizações das mulheres na vanguarda da inovação e da técnica no Brasil. O futuro das energias renováveis será liderado por quem souber integrar diversidade, conhecimento técnico e propósito.E as mulheres têm papel central nesta transformação. Fontes:  IEA, IRENA, REN21, C3E.org , UNDP.      Kátia Rezende Moreira Kátia Rezende Moreira – Analista de negócios O&M fotovoltaico, Gestora de parcerias estratégicas, Especialista B2B, Consultora comercial, Agente de soluções e oportunidades. Graduação em Comunicação social – Jornalismos e Gestão comercial (em andamento). Prêmio Excelência Técnica pelo Congresso Brasileiro mulheres da energia - ABGD 2025. Colunista do Portal Solar e  EnergyChannel. A Jornada da Mulher nas Energias Renováveis: Onde Estamos e Para Onde Vamos

  • Hopewind redefine padrão dos inversores string com modelo de 350 kW e avança performance em usinas solares

    Shenzhen, China  – A Hopewind acaba de conquistar o prêmio CPSS Science and Technology Award – Technical Innovation , um dos reconhecimentos mais relevantes da indústria elétrica chinesa. O motivo: o desenvolvimento de um inversor string de 350 kW  que rompe com o modelo tradicional do mercado e eleva a performance das usinas de grande porte a um novo patamar. Hopewind redefine padrão dos inversores string com modelo de 350 kW e avança performance em usinas solares Tecnologia para superar gargalos globais Nos últimos anos, o crescimento acelerado da energia solar, somado às incertezas da cadeia de suprimentos, pressionou o setor com falta de componentes, custos mais altos e longos prazos de entrega. Para driblar esse cenário, a Hopewind apostou em uma solução ousada: substituir módulos integrados por uma arquitetura baseada em dispositivos semicondutores discretos . A estratégia nasceu apoiada em mais de uma década de experiência da empresa nesse tipo de aplicação. O resultado foi decisivo: a Hopewind tornou-se a primeira fabricante a alcançar produção em massa  de um inversor dessa potência utilizando dispositivos discretos uma ruptura que elimina dependências críticas e reduz vulnerabilidades da cadeia de suprimentos. Hopewind redefine padrão dos inversores string com modelo de 350 kW e avança performance em usinas solares Eficiência térmica que garante mais potência A mudança para dispositivos discretos não trouxe apenas independência tecnológica, mas também um salto de desempenho. A distribuição mais uniforme de calor permitiu: redução de 10°C  na temperatura máxima dos componentes ganho de 10%  na eficiência do sistema de resfriamento Com essa vantagem térmica, o inversor de 350 kW entrega potência nominal total a 45°C  e alcança até 385 kW a 40°C cerca de 10% mais  do que soluções tradicionais do mercado. Isso garante maior geração, especialmente em regiões de clima extremo, como desertos e áreas semiáridas. Flexibilidade e robustez para qualquer usina O novo inversor chega ao mercado com um conjunto de funcionalidades que ampliam a confiabilidade dos projetos: 8 MPPTs independentes  com suporte a 32 strings , oferecendo maior liberdade no desenho elétrico e melhor adaptação a terrenos complexos Compatibilidade com módulos de alta potência Proteção IP66 , para operação em ambientes severos Proteções AC/DC integradas e resistência C5 anticorrosão A Hopewind também incorpora capacidades de grid-forming , reforçando a operação em redes fracas o inversor possui certificação para SCR 1.03 , garantindo estabilidade em sistemas remotos ou com baixa capacidade de curto-circuito. Tecnologia validada em larga escala Longe de ser apenas um avanço teórico, o inversor já está em produção massiva  e opera em diversos projetos internacionais, incluindo grandes usinas fotovoltaicas e instalações comerciais. Seu desempenho consistente reforça a confiabilidade da solução e sua bancabilidade para desenvolvedores e EPCs. Hopewind redefine padrão dos inversores string com modelo de 350 kW e avança performance em usinas solares Entre as aplicações em destaque, o modelo equipa projetos de grande escala, incluindo iniciativas que ultrapassam 2 GW de capacidade instalada  um marco para a indústria solar chinesa. Hopewind redefine padrão dos inversores string com modelo de 350 kW e avança performance em usinas solares Com o inversor string de 350 kW, a Hopewind demonstra que inovação estratégica é capaz de transformar desafios em vantagem competitiva , reforçando sua posição entre as fabricantes mais avançadas em energia solar, eólica e armazenamento.Uma evolução que aponta para a próxima geração de usinas solares de alta performance. Hopewind redefine padrão dos inversores string com modelo de 350 kW e avança performance em usinas solares

  • Encontro Anual do Mercado Livre de Energia 2025 destacará a experiência internacional e reunirá 400 executivos em Campinas 

    Evento ocorre nos dias 26 e 27 de novembro, promovido pela Informa Markets em coorganização da Associação Brasileira de Comercializadores de Energia - ABRACEEL, com foco no futuro do mercado brasileiro à luz de referências globais  Encontro Anual do Mercado Livre de Energia 2025 destacará a experiência internacional e reunirá 400 executivos em Campinas São Paulo, 19 de novembro de 2025 –  A Informa Markets realiza, em coorganização da Associação Brasileira de Comercializadores de Energia – ABRACEEL, o Encontro Anual do Mercado Livre de Energia (EAML) nos dias 26 e 27 de novembro de 2025, no Royal Palm Plaza Resort em Campinas (SP). Nesta edição, o evento terá como eixo central a experiência internacional aplicada ao futuro do mercado brasileiro de eletricidade, incorporando análises e comparações com mercados mais maduros para orientar decisões estratégicas do setor. O EAML 2025 reunirá aproximadamente 400 executivos de comercializadoras, geradores, consumidores livres, fornecedores de tecnologia e autoridades do setor. A edição celebra também os 25 anos da ABRACEEL e reforça a relevância do ambiente de contratação livre (ACL) como motor de competitividade, eficiência e inovação no país. A programação deste ano foi estruturada para refletir o tema central da edição. No primeiro dia, o evento abrirá com um talkshow internacional sobre modelos globais de mercados competitivos, seguido por um painel dedicado aos mercados livres ibero-americanos, que tratará de formação de preços, segurança de abastecimento e boas práticas de governança. A proposta é oferecer uma leitura clara e prática sobre experiências internacionais aplicáveis ao contexto brasileiro. No segundo dia, os debates avançam para temas como integração energética na América Latina, varejo e novas tecnologias, segurança e estruturas de mercado e mercados de flexibilidade, com destaque para armazenamento e resposta da demanda. A curadoria busca fortalecer o intercâmbio entre especialistas nacionais e internacionais, ampliando a visão estratégica dos participantes para 2026 e além. O evento reunirá lideranças do setor, executivos de comercialização, geradores, consultores, fornecedores de tecnologia e consumidores empresariais. O objetivo é fortalecer o diálogo, gerar oportunidades, antecipar tendências e apoiar decisões estratégicas em um momento de evolução regulatória e expansão do mercado livre de energia. Serviço Data:  26 e 27 de novembro de 2025 Local:  Royal Palm Plaza Resort – Campinas (SP) Realização:  Informa Markets Copromoção:  Associação Brasileira de Comercializadores de Energia – ABRACEEL Programação:  https://www.encontromercadolivre.com.br/pt/programacao.html Sobre a Informa Markets A Informa Markets conecta pessoas e mercados por meio de soluções digitais, conteúdo especializado, feiras de negócios, eventos híbridos e inteligência de mercado, construindo uma jornada de relacionamento e negócios entre empresas e mercados 365 dias por ano. Presente em mais de 30 países, atua há mais de 29 anos na América Latina e conta hoje com três unidades de negócios: Brasil, México e Latam Hub, responsáveis pela entrega de mais de 30 eventos híbridos, portais de notícia e plataformas digitais de conexão e negócios. Para saber mais, acesse:  www.informamarkets.com.br Encontro Anual do Mercado Livre de Energia 2025 destacará a experiência internacional e reunirá 400 executivos em Campinas

  • Bila Solar Abre Fábrica em Indianápolis para Visitas e Destaca Vantagem Competitiva do Conteúdo Doméstico nos EUA

    Indústria solar norte-americana reforça transparência, empregos locais e benefícios fiscais com produção nacional durante evento especial nos dias 3 e 4 de dezembro Bila Solar Abre Fábrica em Indianápolis para Visitas e Destaca Vantagem Competitiva do Conteúdo Doméstico nos EUA A fabricante norte-americana Bila Solar  vai receber clientes, parceiros e profissionais do setor em um Open House exclusivo na fábrica de Indianápolis, nos dias 3 e 4 de dezembro , em um movimento que reforça a crescente relevância da produção de tecnologia solar dentro dos Estados Unidos. A iniciativa pretende mostrar de perto como funciona a linha de montagem dos módulos produzidos no país e como o conteúdo doméstico se converte em vantagem competitiva para desenvolvedores e integradores de projetos solares. A visita guiada permitirá acompanhar todo o fluxo de produção da chegada de componentes ao controle final de qualidade destacando a importância da manufatura local para a segurança do fornecimento e para a rastreabilidade dos equipamentos, pontos cada vez mais estratégicos no mercado solar dos EUA. Segundo Wei-Tai Kwok , Head de Operações da Bila Solar nos Estados Unidos, a abertura da fábrica ao público é também uma forma de fortalecer a confiança no setor. “Ver é acreditar. Queremos que o mercado conheça de perto a tecnologia, as pessoas e os processos que estão definindo o futuro da energia limpa fabricada em solo americano. Transparência e visibilidade são essenciais para construir confiança”,  afirmou. Mais competitividade com o bônus de 10% do IRA Além da experiência industrial, o evento também vai abordar como os módulos produzidos pela Bila Solar permitem que projetos solares acessem o bônus adicional de 10% no Investment Tax Credit (ITC) , previsto no Inflation Reduction Act (IRA) , ao utilizarem componentes fabricados nos Estados Unidos. Com isso, instaladores e desenvolvedores conseguem ampliar a rentabilidade dos projetos e reduzir custos, ao mesmo tempo em que fomentam empregos locais e a cadeia produtiva nacional. Especialistas da empresa estarão disponíveis para explicar como o conteúdo doméstico influencia diretamente o enquadramento fiscal dos projetos e como essa vantagem pode ser integrada ao planejamento técnico e financeiro de novas plantas solares. Visitas guiadas e interação com equipe de engenharia O Open House inclui: Tours completos pela fábrica , com demonstrações do processo de fabricação dos módulos; Conversas técnicas com engenheiros e equipe de operações ; Painel sobre conteúdo doméstico e benefícios do IRA ; Informações exclusivas sobre a nova linha de módulos dual-glass de 550W , produzidos nos EUA. Serviço – Open House Bila Solar Datas:  3 e 4 de dezembro Local:  Fábrica da Bila Solar – Indianápolis, Indiana Horários:  Visitas pela manhã e à tarde Convites:  Interessados podem solicitar participação pelo e-mail sales@bilasolar.com (vagas limitadas) Sobre a Bila Solar A Bila Solar  é uma empresa norte-americana focada em ampliar a produção de energia limpa por meio de inovação, transparência e manufatura local. Com sede e operações industriais em Indianápolis, a companhia oferece um portfólio de módulos de alto desempenho, incluindo a nova série de 550W com tecnologia dual-glass. O compromisso com a segurança da cadeia produtiva e o fortalecimento da indústria solar dos EUA tem colocado a empresa entre as referências do setor. Bila Solar Abre Fábrica em Indianápolis para Visitas e Destaca Vantagem Competitiva do Conteúdo Doméstico nos EUA

  • Belém e a Realidade que Incomoda

    Por Daniel Lima – ECOnomista Encruzilhada Belém, capital do Pará, está situada em uma das regiões mais pobres e desiguais do Brasil. Enfrenta desafios históricos de infraestrutura precária, saneamento básico limitado, desigualdade social e vulnerabilidade climática. Ao mesmo tempo, está inserida em um dos ecossistemas mais estratégicos do planeta: a Amazônia.  Belém e a Realidade que Incomoda Essa dualidade entre carência e potência torna Belém um símbolo poderoso da encruzilhada em que o mundo se encontra . A crise climática global não é apenas uma questão de carbono, mas de justiça. Tudo depende do olhar e das ações: ou continuamos ignorando os centros periféricos, ou os colocamos no centro da transformação. A Realidade que Incomoda A COP30 em Belém escancara os dilemas da justiça climática global e a urgência de uma resposta coordenada à crise planetária. A Conferência das Partes (COP30) representa um momento decisivo na luta contra a crise climática.  A escolha de Belém como sede não é apenas simbólica é estratégica.  Ao trazer os principais negociadores climáticos para o coração da Amazônia, o Brasil busca evidenciar os desafios e as soluções que emergem da maior floresta tropical do planeta, cuja preservação é vital para o equilíbrio ambiental global. Quando Mexe no Bolso o Bicho Pega Entre os temas mais sensíveis em debate está o financiamento climático para países pobres , especialmente no que diz respeito à transição energética e à saída dos combustíveis fósseis. Esse ponto trava negociações há anos, pois envolve não apenas recursos financeiros, mas também o reconhecimento do passivo histórico dos países ricos, que construíram sua prosperidade à custa de emissões descontroladas de gases de efeito estufa. O Placar: O Caos vence por 7 x 2  A ciência é clara: sete dos nove limites planetários já foram ultrapassados incluindo o clima, a biodiversidade, o uso de água doce, os ciclos de nitrogênio e fósforo, a degradação do solo, a poluição química e a acidificação dos oceanos. Isso configura uma crise planetária, em que o estresse ambiental ameaça a estabilidade dos sistemas que sustentam a vida humana. Apesar da gravidade, a janela de oportunidade ainda está aberta. O planeta demonstra resiliência e capacidade de recuperação, desde que haja ação coordenada, ambiciosa e justa. No entanto, a postura de países ricos continua sendo um obstáculo. Os Estados Unidos, sob o atual governo, negam a existência das mudanças climáticas, mesmo com décadas de pesquisa científica nacional sobre o tema. A Rússia evita compromissos mais profundos, enquanto a China faz o seu dever dentro de casa. A União Europeia, embora se posicione como líder climática, carrega um passivo histórico significativo. Boa parte de sua riqueza foi construída com base em práticas que aceleraram a degradação ambiental. No entanto, esse reconhecimento não tem se traduzido em ações proporcionais de reparação ou financiamento. Preconceito Climático O episódio envolvendo o chanceler da Alemanha, que fez declarações consideradas preconceituosas sobre Belém, expôs como visões imperialistas e mal-informadas ainda influenciam decisões estratégicas. A reação negativa foi imediata, prejudicando não apenas o ambiente político da conferência, mas também a imagem internacional da Alemanha, tradicionalmente vista como referência no debate climático e em energia verde. A COP30 é mais do que uma conferência é um teste de maturidade geopolítica e ambiental . O Brasil, ao sediar o evento na Amazônia, convida o mundo a enxergar de perto os impactos e as soluções que emergem da floresta. É uma oportunidade de reconectar decisões globais com realidades locais, e de exigir que os países historicamente responsáveis pela crise climática assumam seu papel na construção de um futuro sustentável. A justiça climática não é um favor é uma necessidade. E Belém, com todas as suas complexidades, é o palco ideal para esse chamado. Sobre o autor: Economista com MBA em Arquitetura, Construção e Gestão de Construções Sustentáveis, Daniel Lima construiu uma carreira plural e estratégica, atuando nos setores público, privado e terceiro setor. Com ampla experiência em projetos sustentáveis e captação de recursos nacionais e internacionais, Daniel se destacou como Coordenador Geral do PRODETUR Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste, onde liderou iniciativas de impacto regional. Atualmente, é especialista e consultor em energia solar e armazenamento de energia, Diretor da GVD Energia, CEO da Agrosolar Investimentos Sustentáveis, e Conselheiro da Energia Verde do Brasil EVBIO, contribuindo para a transição energética e o fortalecimento da economia verde no país. Seu trabalho une visão econômica, inovação tecnológica e compromisso ambiental pilares essenciais para um futuro mais justo e sustentável. Belém e a Realidade que Incomoda

  • Alerta Global: Aviação Enfrenta Déficit de 100 Milhões de Toneladas de SAF e a Tecnologia é o Novo Gargalo

    Por EnergyChannel Alerta Global: Aviação Enfrenta Déficit de 100 Milhões de Toneladas de SAF e a Tecnologia é o Novo Gargalo A jornada da aviação rumo ao Net Zero 2050 acaba de receber um balde de água fria. Uma nova e abrangente avaliação global sobre a matéria-prima para SAF (Combustível Sustentável de Aviação) revela que a indústria, apesar de todo o esforço, está a caminho de um déficit crítico de 100 milhões de toneladas na produção do combustível verde até a metade do século. O estudo, que funciona como um mapa de risco e oportunidade, aponta que o verdadeiro obstáculo não é a falta de recursos, mas sim a lentidão na implementação tecnológica . O relatório, uma colaboração entre a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) e a Worley Consulting, projeta que a produção global de SAF pode atingir cerca de 400 milhões de toneladas (Mt) em 2050. Este volume, embora represente um salto gigantesco em relação aos 2 Mt estimados para 2025, ainda está perigosamente abaixo da meta de 500 Mt necessária para a descarbonização da aviação global. O Paradoxo da Matéria-Prima: Abundância e Competição A análise desmistifica a ideia de que a escassez de biomassa é o principal problema. O potencial global de biomassa sustentável é vasto, superando 12.000 Mt até 2050. No entanto, a competição por esses recursos é feroz. "Embora o potencial global de biomassa sustentável seja estimado em mais de 12.000 Mt até 2050, menos de 35% desse montante está realisticamente disponível para bioenergia e biocombustíveis devido a usos concorrentes." Após considerar a demanda de outros setores (como energia e transporte terrestre), o estudo estima que apenas cerca de 1.580 Mt de biomassa estarão disponíveis para o SAF, o suficiente para gerar pouco mais de 300 Mt de bio-SAF . Para fechar a conta, o e-SAF (Power-to-Liquid - PtL) , que utiliza CO₂ biogênico, hidrogênio verde e eletricidade renovável, é a peça-chave. O relatório indica que 1.000 Mt de CO₂ biogênico poderiam suportar quase 200 Mt de e-SAF . No entanto, essa ambição esbarra em um desafio de infraestrutura: seria necessário **dobrar a capacidade global atual de energia renovável** para alimentar essa produção. O Gargalo da Inovação: A Velocidade da Pista O fator limitante, segundo a IATA e a Worley, é a velocidade de implementação das tecnologias . Com exceção do HEFA (Ésteres e Ácidos Graxos Hidroprocessados), a maioria das rotas de produção de SAF ainda não atingiu a maturidade comercial em larga escala. O desafio é acelerar o amadurecimento de tecnologias como PtL, EtJ (Etanol para Querosene) e MtJ (Metanol para Querosene) para que possam explorar o potencial de matéria-prima disponível. O ritmo lento de *rollout* tecnológico é o que, na prática, cria o déficit de 100 Mt. O Mapa da Liderança: Onde a Produção Vai Decolar Atingir a meta de 500 Mt exigirá uma ação coordenada e liderança regional. O estudo destaca que a maior parte da produção global virá de um punhado de áreas estratégicas. O Mapa da Liderança: Onde a Produção Vai Decolar A urgência do relatório é um chamado direto a governos e investidores. O futuro da aviação sustentável não é apenas uma questão de recursos, mas de vontade política e capacidade industrial de acelerar a inovação e a infraestrutura nas próximas duas décadas. Para o EnergyChannel, a mensagem é clara: o setor de energia precisa encarar a matéria-prima para SAF como um ativo estratégico e a tecnologia como o novo campo de batalha da descarbonização da aviação . Esta matéria é uma apuração original do EnergyChannel baseada no relatório "Global Feedstock Assessment for SAF Production Outlook to 2050" da IATA e Worley Consulting. Alerta Global: Aviação Enfrenta Déficit de 100 Milhões de Toneladas de SAF e a Tecnologia é o Novo Gargalo

  • Toyota amplia presença industrial nos EUA e inaugura megafábrica de baterias em meio à corrida global por eletrificação

    Por EnergyChannel Toyota amplia presença industrial nos EUA e inaugura megafábrica de baterias em meio à corrida global por eletrificação Em um movimento que redesenha sua estratégia para o mercado norte-americano, a Toyota colocou oficialmente em operação sua nova fábrica de baterias em Liberty, no estado da Carolina do Norte um complexo industrial avaliado em US$ 13,9 bilhões  e considerado o maior investimento da montadora japonesa nos Estados Unidos até agora. Além da inauguração, a empresa confirmou que expandirá seus aportes no país em mais US$ 10 bilhões ao longo dos próximos cinco anos , sinalizando que a transição energética mesmo diante de incertezas no mercado global de veículos elétricos continua no centro das decisões estratégicas da companhia. Nova fábrica marca virada estratégica da Toyota na cadeia de eletrificação A planta da Carolina do Norte é a primeira instalação da Toyota dedicada exclusivamente à produção de baterias fora do Japão. O projeto começou ainda em 2021, em meio à pressão crescente para que fabricantes internalizassem etapas críticas da cadeia de suprimentos de veículos híbridos e elétricos. Executivos classificam a inauguração como um divisor de águas. Tetsuo Ogawa, CEO da Toyota Motor North America, afirmou que o novo complexo simboliza “um novo capítulo industrial” para a empresa no país. Mercado muda, Toyota avança Enquanto parte do setor automotivo enfrenta revisões de planos por causa da desaceleração nas vendas de veículos 100% elétricos, a Toyota se beneficia de uma tendência contrária: a explosão da demanda por modelos híbridos . Segundo dados do Motor Intelligence, a montadora sustenta mais de 51% do mercado de híbridos nos EUA , uma liderança que se fortalece à medida que consumidores buscam alternativas mais acessíveis na transição energética. Esse contexto favorece diretamente a nova planta, que terá como foco justamente abastecer a crescente linha de híbridos da marca no mercado norte-americano. Cenário regulatório e disputas comerciais não impedem expansão A expansão anunciada ocorre em meio a um ambiente regulatório volátil. O setor automotivo nos EUA vive readequações impulsionadas por mudanças em políticas de incentivo aos elétricos e por discussões sobre tarifas de importação de veículos e componentes. Mesmo assim, a Toyota mantém ritmo de crescimento no país: as vendas acumuladas até o terceiro trimestre registraram alta de 9,9%, ultrapassando 1,3 milhão de unidades . O que esperar para os próximos anos Com o aporte extra de US$ 10 bilhões, a montadora passa a sinalizar que pretende acelerar sua capacidade produtiva local, reforçar a cadeia de baterias e preservar sua hegemonia no segmento híbrido um mercado que, ao menos no curto prazo, parece mais sólido que o de elétricos puros. Para o setor de energia, mobilidade e inovação, o movimento revela uma tendência clara: a eletrificação não é linear, e montadoras que apostam em múltiplas rotas tecnológicas como híbridos, híbridos plug-in e elétricos despontam como as mais resilientes no atual cenário global. Toyota amplia presença industrial nos EUA e inaugura megafábrica de baterias em meio à corrida global por eletrificação

  • Inteligência ambiental e o novo diferencial competitivo da indústria brasileira

    Por Gino Paulucci Jr é engenheiro mecânico, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ O conceito de inteligência ambiental vem ganhando espaço nas discussões empresariais e políticas, e não por acaso. Mais do que um termo técnico, ele traduz a capacidade das empresas de usar dados, tecnologia e inovação para reduzir impactos ambientais e aumentar eficiência produtiva. Inteligência ambiental e o novo diferencial competitivo da indústria brasileira Trata-se de um movimento global, mas com implicações diretas para a indústria brasileira. Hoje, grandes players do setor produtivo estão redefinindo sua relação entre sustentabilidade e competitividade. A ArcelorMittal Brasil, por exemplo, trabalha para alcançar a neutralidade de carbono até 2050, priorizando a redução de emissões em toda a sua cadeia. A Electrolux investe R$700 milhões em uma planta industrial 100% sustentável no Paraná. Já a Suzano valoriza fornecedores com alta performance em sustentabilidade, e a Tetra Pak Brasil é reconhecida como modelo global de reciclagem e economia circular.   Essas iniciativas demonstram que a sustentabilidade deixou de ser uma pauta de responsabilidade social e passou a integrar o centro das decisões estratégicas de negócio. O investimento em práticas ambientais, sociais e de governança fortalece a marca, reduz custos operacionais e aumenta o acesso a financiamentos. Cada vez mais, as empresas que não incorporarem a inteligência ambiental estarão em desvantagem competitiva, tanto em relação a mercados internacionais quanto na disputa por consumidores e talentos mais conscientes.   Mas a inteligência ambiental não é um privilégio das grandes corporações. Pequenas e médias indústrias também podem se beneficiar com uso racional de recursos, monitoramento energético, automação e gestão inteligente de resíduos. Práticas que aumentam a competitividade e abrem portas para novos mercados e cadeias produtivas.   Em um cenário de margens apertadas, transformar eficiência em estratégia é um diferencial que define quem se mantém relevante.   Para que esse movimento avance, políticas públicas e instrumentos de financiamento devem acompanhar o ritmo da inovação. Linhas verdes do BNDES, incentivos à descarbonização, programas de fomento à inovação e mecanismos de crédito voltados à economia circular precisam ser fortalecidos. A competitividade da indústria brasileira dependerá, cada vez mais, da capacidade de alinhar produtividade, tecnologia e responsabilidade ambiental.   Ao olhar para frente, é impossível dissociar o futuro da indústria da agenda climática global. Eventos como a COP30, que será sediada no Brasil, trazem uma oportunidade para o país se consolidar como protagonista nessa transição. Temos um parque industrial diversificado, uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e uma base tecnológica que precisa ser valorizada. O desafio está em transformar esses ativos em resultados concretos, com foco em descarbonização, eficiência e reindustrialização sustentável.   A ABIMAQ tem acompanhado de perto essa transformação. O setor de máquinas e equipamentos é um dos principais viabilizadores da transição sustentável, oferecendo soluções tecnológicas que permitem às demais cadeias produtivas serem mais limpas, precisas e eficientes. Inovações em automação, sensoriamento, conectividade e manufatura avançada estão no centro dessa revolução verde, impulsionando o que podemos chamar de uma nova era da indústria inteligente.   Essa mudança não se resume à adoção de novas tecnologias, mas a uma mudança de mentalidade empresarial. Ser sustentável é ser competitivo. E a inteligência ambiental é o elo que conecta inovação, rentabilidade e responsabilidade.   Para isso, é essencial que empresas, governo e sociedade atuem de forma integrada, com visão de longo prazo e compromisso com o desenvolvimento sustentável. Inteligência ambiental e o novo diferencial competitivo da indústria brasileira

  • Caminhões a diesel da Zona Franca de Manaus concentram quase metade das emissões de transporte no Norte

    Novo estudo da Rede de Trabalhos Amazônicos (GTA) revela como o diesel afeta comunidades e territórios da região e aponta a eletrificação como caminho para mitigar danos Caminhões a diesel da Zona Franca de Manaus concentram quase metade das emissões de transporte no Norte A Rede de Trabalho Amazônico (GTA), membro da rede da Gigantes Elétricos (coalizão que reúne organizações da sociedade civil para acelerar a eletrificação do transporte pesado no Brasil), lançou hoje (18/11), durante a COP30, o relatório “ Caminhões a Diesel na Zona Franca de Manaus: Impactos e Alternativas Sustentáveis para a Logística Amazônica ”.  Segundo o estudo, caminhões a diesel que abastecem a Zona Franca de Manaus são responsáveis por quase metade de todas as emissões do transporte na região Norte do Brasil com graves impactos sociais, climáticos e à saúde. Com 12 estações de recarga rápida, a região poderia operar 300 caminhões elétricos, reduzindo o tempo de viagem em 15% e economizando 5,4 milhões de litros de diesel por ano. para aprofundar sobre as descobertas do relatório.  O estudo argumenta que o abismo entre as promessas globais e a falta de ação local expõe um grande risco de credibilidade para a indústria, especialmente à medida que a COP30 acontece em Belém principalmente porque, apesar das metas públicas de emissão zero, a Volvo e a Daimler, que dominam a frota regional, ainda não venderam um único caminhão elétrico na Amazônia. Entre 2014 e 2022, as internações por doenças respiratórias em municípios amazônicos aumentaram 50%, gerando um custo anual de R$55 milhões ao sistema público de saúde do Brasil. O estudo também chama atenção para as consequências sociais e territoriais das grandes rodovias amazônicas como a BR-319, BR-163 e a Transamazônica. Essas rotas têm acelerado o desmatamento, a grilagem de terras, atividades ilegais como garimpo e tráfico, e a pressão sobre territórios indígenas e comunidades tradicionais muitas vezes sem consulta prévia, em violação à Convenção 169 da OIT. A eletrificação das frotas ao longo desses corredores sensíveis traria benefícios diretos como: Redução de ruído e preservação das paisagens sonoras naturais; Eliminação das emissões tóxicas locais (NOₓ e PM2.5); Menor risco de contaminação da água; Criação de corredores de baixas emissões com monitoramento ambiental permanente. Para garantir uma transição justa e sustentável, o relatório recomenda assegurar o Consentimento Livre, Prévio e Informado dos povos afetados, respeitar os protocolos comunitários de tráfego, implementar medidas de compensação ambiental e tecnológica como energia solar e conectividade indígena e garantir que a infraestrutura de recarga seja abastecida por fontes renováveis. Sobre a Rede de Trabalho Amazônico (GTA) A Rede de Trabalho Amazônico (GTA) é um movimento social de base fundado em 1992, na região amazônica brasileira, que atualmente integra dezesseis coletivos regionais em nove estados da Amazônia. Composta por mais de 400 entidades de base, a Rede GTA representa pescadores artesanais, seringueiros, agricultores familiares, povos indígenas, quebradeiras de coco babaçu, ribeirinhos, quilombolas, castanheiros, extrativistas, ambientalistas, pesquisadores, coletivo de mulheres, coletivo de juventudes, rádios comunitárias e organizações ambientalistas, de assessoria técnica e de direitos humanos, sendo 60% dessas entidades lideradas por mulheres. Sobre a Gigantes Elétricos A Gigantes Elétricos é uma iniciativa internacional que busca engajar os principais fabricantes de caminhões pesados em um compromisso concreto com uma transição justa para o transporte de carga elétrico. Faz parte de uma rede global dedicada a acelerar a transição para frotas de caminhões elétricos promovendo inovação, competitividade e benefícios sociais e ambientais no Brasil e no mundo. Caminhões a diesel da Zona Franca de Manaus concentram quase metade das emissões de transporte no Norte

  • Brasil aposta em frota de embarcações solares para transformar logística e desenvolvimento na Amazônia

    EnergyChannel — Reportagem Especial Uma nova geração de embarcações elétricas movidas a energia solar está ganhando forma no Brasil e promete revolucionar a mobilidade, o transporte de cargas e o abastecimento energético de comunidades ribeirinhas. Brasil aposta em frota de embarcações solares para transformar logística e desenvolvimento na Amazônia Trata-se da Família Apollo , um conjunto de barcos fotovoltaicos com baterias e tecnologia insubmergível desenvolvida para enfrentar os desafios da navegação fluvial na Amazônia. Brasil aposta em frota de embarcações solares para transformar logística e desenvolvimento na Amazônia A inovação se apoia no sucesso do FMCI embarcação flutuante criada para manutenção e combate a incêndios em usinas solares flutuantes e agora evolui para uma linha completa de modelos destinados a diferentes usos: transporte de pessoas, cargas, turismo, pesquisa científica e apoio a comunidades isoladas. Energia e desenvolvimento para comunidades ribeirinhas Os modelos compactos, com cerca de 28 m² e estrutura tipo catamarã, são projetados para atender um dos maiores gargalos da região: falta de energia e transporte para produção local . Brasil aposta em frota de embarcações solares para transformar logística e desenvolvimento na Amazônia Essas embarcações funcionam como pequenas usinas solares navegáveis, capazes de fornecer energia trifásica para unidades de beneficiamento de produtos da floresta como açaí, castanha, pescado e cupuaçu. Após o processamento, todo o volume produzido pode seguir diretamente para centros urbanos como Manaus, Santarém ou Belém. Segundo os desenvolvedores, o impacto socioeconômico é imediato: "Quando a energia e a logística chegam juntas, a riqueza deixa de sair da comunidade e passa a circular nela." Além disso, os barcos podem integrar programas de eletromobilidade fluvial , um tema que vem ganhando espaço na política energética voltada à Amazônia. Modelos médios para transporte diário e operação sustentável A linha intermediária, que varia de 30 a 300 m², foi projetada para transporte de passageiros e cargas em rotas regulares entre comunidades e cidades maiores. Durante o dia, a navegação ocorre exclusivamente com energia solar; à noite, as baterias assumem o cruzeiro econômico. Velocidade de operação:  10 a 15 nós Velocidade emergencial:  até 30 nós Autonomia:  recarga diária pelo sistema fotovoltaico Essa característica torna o modelo um dos mais eficientes do país em termos de operação contínua e redução de emissões. Estruturas ampliadas para pesquisa, expedições e suporte ambiental Para aplicações científicas e de longa permanência, a linha entre 300 e 1.000 m² pode incluir laboratórios, áreas de pesquisa, sistemas de tratamento de água, processamento de efluentes e alojamentos completos para tripulação e equipes técnicas. Essas embarcações são pensadas para expedições prolongadas, inclusive em áreas remotas, com independência total de infraestrutura portuária. Sistemas como Starlink  e equipamentos marítimos GMDSS garantem comunicação permanente. Barcos de grande porte para saúde, educação e fronteira As versões entre 1.000 e 1.500 m² ampliam ainda mais o escopo: podem operar como unidades de saúde fluvial (UBS), escolas móveis e bases de vigilância de fronteiras. Quando ancoradas, tornam-se centros de distribuição de energia e água potável para instalações em terra. Um diferencial de toda a linha é o uso de flutuadores insubmergíveis , tecnologia que garante maior segurança em rios de grande porte — característica essencial para operações com passageiros, cargas ou serviços públicos. Classe Tucuruí: megabarcações solares para cargas e turismo A maior categoria da família leva o nome de Classe Tucuruí , em referência às dimensões permitidas pela eclusa da UHE Tucuruí. Essa classe pode chegar a 32 metros de largura e até 250 metros de comprimento, com múltiplos pavimentos. As aplicações possíveis incluem: Transporte de cargas conteinerizadas Granel sólido e líquido Pecuária viva Cruzeiros de turismo amazônico e pantaneiro Hotéis flutuantes com piscinas, restaurantes e infraestrutura completa Os navios dessa classe são projetados para viagens de três a sete dias, oferecendo experiências de imersão na Amazônia com impacto ambiental reduzido e navegação silenciosa. Sustentabilidade, segurança e futuro da mobilidade fluvial Brasil aposta em frota de embarcações solares para transformar logística e desenvolvimento na Amazônia Toda a Família Apollo segue as normas da Marinha do Brasil para navegação fluvial e integra sistemas elétricos que oferecem operação silenciosa, estável e livre de emissões locais. Com o avanço das políticas de descarbonização e a pressão global por modais de transporte mais limpos, especialistas acreditam que embarcações solares poderão se tornar um dos pilares da logística sustentável na Amazônia. A tecnologia nacional posiciona o Brasil como referência em soluções de transporte fluvial movido a energia renovável , abrindo caminho para uma cadeia de valor que combina inovação, inclusão social e proteção ambiental. Brasil aposta em frota de embarcações solares para transformar logística e desenvolvimento na Amazônia

  • Com contribuição de Yuri Schmitke, presidente da ABREN, Relatório Global sobre o Metano é lançado durante a COP30

    O documento, divulgado nesta segunda-feira (17), contou com a revisão de Yuri Schmitke, presidente da Associação Brasileira de Energia de Resíduos (ABREN) e vice-presidente LATAM do Global Waste-to-Energy Research and Technology Council (WtERT); Com contribuição de Yuri Schmitke, presidente da ABREN, Relatório Global sobre o Metano é lançado durante a COP30 O relatório, produzido pelo PNUMA e pela CCAC, oferece uma avaliação abrangente dos progressos e das lacunas restantes nos esforços para reduzir o metano, gás de efeito estufa responsável por quase um terço do aquecimento global atual; O documento destaca que, embora avanços significativos tenham sido alcançados desde o lançamento do Global Methane Pledge, são necessários esforços adicionais para alinhar o nível de ambição e ação às metas do respectivo compromisso. Belém (PA), 17 de novembro de 2025 –  Foi lançado, nesta segunda-feira (17), durante a COP30, realizada em Belém (PA), o Relatório   Global sobre o Metano , documento produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP)  e pela Coalizão Clima e Ar Limpo (CCAC)  e que contou com a revisão de Yuri Schmitke , presidente da Associação Brasileira de Energia de Resíduos ( ABREN ) e vice-presidente LATAM do Global Waste-to-Energy Research and Technology Council ( WtERT ). O relatório traz uma avaliação abrangente dos progressos e das lacunas restantes nos esforços para reduzir o metano, um potente gás de efeito estufa responsável por quase um terço do aquecimento global atual. O documento destaca que, embora avanços consideráveis tenham sido alcançados desde o lançamento do Global Methane Pledge  em 2021, ainda é necessário ampliar os esforços para alinhar o nível de ambição e ação às metas do compromisso. O relatório mostra que, embora as emissões de metano ainda estejam aumentando, as projeções para 2030 sob a legislação atual já são mais baixas do que previsões anteriores, devido a uma combinação de políticas nacionais, regulamentações setoriais e mudanças de mercado. No entanto, o documento alerta que somente a implementação em larga escala das medidas de controle comprovadas e disponíveis será capaz de fechar a lacuna para alcançar a meta do Global Methane Pledge: reduzir as emissões em 30% abaixo dos níveis de 2020 até 2030 . De acordo com Schmitke, “ como revisor do relatório, vejo com clareza que o mundo está finalmente reconhecendo aquilo que defendemos há muitos anos: precisamos aumentar os esforços para reduzir a emisão de metano, e o setor de resíduos é um dos segmentos mais críticos mas também um dos mais fáceis e viáveis de se enfrentar. Para países como o Brasil, isso significa realizar a gestão do lixo urbano a partir da recuperação energética e da biodigestão anaeróbica, utilizando uma infraestrutura moderna que gera energia limpa, reduz emissões e protege vidas, além de ambientalmente mais adequada. Não há mais espaço para adiar, é preciso agir com rapidez ”. Adalberto Maluf , Secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental , participou do painel de lançamento do relatório e reforçou a necessidade de o Brasil reduzir as emissões de metano, bem como as iniciativas já adotadas com essa finalidade. “ O Brasil aderiu ao movimento Methane Pledge na COP28 para estabelecer a meta de reduzir 30% das emissões de metano. E, para viabilizar essa contribuição, estamos executando muitas iniciativas e diferentes planos apoiados pela CCAC — a Coalizão Clima e Ar Limpo — que o Brasil e o Reino Unido têm o privilégio de co-presidir. Estamos vendo esses planos avançarem com ações concretas. No ano passado, por exemplo, lançamos o nosso programa nacional de descarbonização para produtores e importadores de gás natural”. O relatório destaca, ainda, que as soluções estão prontas e são economicamente viáveis. De acordo com o texto, medidas comprovadas em todos os setores emissores devem ser ampliadas como programas de detecção e reparo de vazamentos, tamponamento de poços abandonados no setor de óleo e gás, melhorias na gestão hídrica em plantações de arroz, e separação e tratamento de resíduos orgânicos nos setores agrícola e de resíduos.  Entre os principais resultados, o estudo mostra que a implementação dos atuais compromissos de Nationally Determined Contributions (NDC) e Methane Action Plans (MAP) poderia resultar em: 8% de redução nas emissões antropogênicas de ch₄  até 2030 em relação a 2020 A maior e mais sustentada redução projetada nas emissões de metano  já registrada na história Além disso, o aumento da ambição, com implementação completa das reduções tecnicamente viáveis existentes, poderia resultar em: 32% de redução nas emissões antropogênicas  de ch₄ até 2030 em relação a 2020 0,2 °c de aquecimento evitado  até 2050 180.000 mortes prematuras evitadas anualmente  até 2030 19 milhões de toneladas de perdas de safras evitadas  anualmente até 2030 US$ 330 bilhões em benefícios  anuais até 2030 Mais de 80% das reduções  com baixo custo anual “ Vale destacar que o relatório mostra que as emissões globais de metano continuam subindo e que os maiores aumentos projetados até 2030 ocorrem exatamente nos setores de agricultura e resíduos , impulsionados pelo crescimento populacional e econômico. Por outro lado, o texto evidencia que políticas recentes em países desenvolvidos especialmente Europa e América do Norte já estão reduzindo projeções futuras de emissões no setor de resíduos, graças a regulamentações atualizadas de resíduos sólidos. Esses são bons exemplos que o Brasil pode seguir ”, acrescenta Schmitke. O documento destaca, ainda, que as escolhas feitas nos próximos cinco anos determinarão se o mundo vai aproveitar essa oportunidade, abrindo caminho para um ar mais limpo, economias mais fortes e um clima mais seguro para as próximas gerações.  Para acessar o Relatório Global sobre o Metano , clique aqui . Sobre a ABREN: A Associação Brasileira de Energia de Resíduos (ABREN) é uma entidade nacional, sem fins lucrativos, que tem como missão promover a interlocução entre a iniciativa privada e as instituições públicas, nas esferas nacional e internacional, e em todos os níveis governamentais. A ABREN representa empresas, consultores e fabricantes de equipamentos de recuperação energética, reciclagem e logística reversa de resíduos sólidos, com o objetivo de promover estudos, pesquisas, eventos e buscar por soluções legais e regulatórias para o desenvolvimento de uma indústria sustentável e integrada de tratamento de resíduos sólidos no Brasil.  A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and Technology Council (Global WtERT), instituição de tecnologia e pesquisa proeminente que atua em diversos países, com sede na cidade de Nova York, Estados Unidos, tendo por objetivo promover as melhores práticas de gestão de resíduos por meio da recuperação energética e da reciclagem. O Presidente Executivo da ABREN, Yuri Schmitke, é o atual Vice-Presidente LATAM do Global WtERT e Presidente do WtERT – Brasil. Conheça mais detalhes sobre a ABREN acessando o site , Linkedin , Facebook , Instagram  e YouTube  da associação. Com contribuição de Yuri Schmitke, presidente da ABREN, Relatório Global sobre o Metano é lançado durante a COP30

  • Fotus amplia presença nacional com novos Centros de Distribuição em São Paulo e na Bahia 

    Expansão logística reforça proximidade com integradores e garante mais agilidade, disponibilidade e suporte em todo o Brasil  Fotus amplia presença nacional com novos Centros de Distribuição em São Paulo e na Bahia A Fotus Distribuidora Solar segue acelerando sua expansão pelo país e anuncia a operação de dois novos Centros de Distribuição (CDs): um em Itupeva (SP), já 100% funcional desde o início de agosto, e outro em Feira de Santana (BA), que passou a operar plenamente no início de novembro. As novas unidades fazem parte do plano estratégico da empresa para encurtar prazos de entrega, ampliar a disponibilidade de produtos e fortalecer o relacionamento com integradores.  O CD de Itupeva está localizado em um condomínio Triple A, a apenas 73 km da capital paulista e próximo às rodovias Bandeirantes e Anhanguera. Com 3.000 m², 600 posições de pallet e capacidade para armazenar até 25 megas, o espaço conta com seis docas e equipe treinada para garantir agilidade e precisão no atendimento. Já o novo Centro de Distribuição de Feira de Santana, sétimo da Fotus, amplia a cobertura da marca no Nordeste. Instalado em um condomínio Triple A com portaria 24h, o espaço tem estrutura verticalizada, 3.000 m² de área, 600 posições pallet e localização estratégica na BR-324, a 100 km de Salvador, com acesso rápido às BRs 101 e 116. O CD foi planejado para reduzir o prazo de entrega, agilizar o pós-venda e oferecer opção de retirada rápida (FOB Retira Rápido), além de permitir visitas técnicas e importação mais ágil, com liberação portuária acelerada.  “Com as novas unidades, fortalecemos nossa estrutura logística e garantimos ainda mais proximidade e suporte técnico aos integradores. Em São Paulo e na Bahia, escolhemos localizações que reduzem significativamente o tempo de trânsito e aumentam nossa eficiência operacional”, explica Thiago Candeia, gerente de Logística da Fotus.  Na prática, as novas operações permitem entregas entre 4 e 6 dias úteis em São Paulo após faturamento e em até 4 dias úteis na Região Metropolitana de Salvador, chegando a 8 dias nas demais localidades da Bahia. “Mais do que ampliar nossa capacidade logística, queremos estar ao lado do integrador em cada entrega, oferecendo agilidade, segurança e a confiabilidade que são marcas da Fotus”, complementa Candeia.  Com sete CDs em operação, em Santa Catarina, Espírito Santo, Goiás, Pernambuco, Paraná, São Paulo e agora Bahia, a Fotus reforça sua atuação em todo o território nacional. A expansão consolida a empresa como uma das principais distribuidoras do setor solar brasileiro, comprometida em oferecer soluções rápidas, seguras e competitivas, com atendimento próximo e suporte técnico especializado.  A estratégia logística faz parte do plano de crescimento da companhia, que prioriza qualidade, eficiência e sustentabilidade em todas as etapas da operação. “Essas aberturas fazem parte do nosso plano de expansão nacional e solidificam a logística como um pilar essencial do nosso negócio, permitindo que o integrador tenha mais autonomia, competitividade e previsibilidade em seus projetos”, finaliza Candeia.  Sobre a Fotus  A Fotus é uma distribuidora nacional de produtos fotovoltaicos que acredita no protagonismo do integrador, oferecendo uma jornada completa da capacitação técnica ao suporte no pós-venda para garantir proximidade, parceria e presença em todo o Brasil. Nosso compromisso é estar ao seu lado, em cada passo, para que cada projeto alcance o máximo potencial.  Com mais de 40 anos de experiência em importação e distribuição, atendemos integradores em 100% dos estados brasileiros, com 80 mil m² de estrutura, consultores dedicados a um atendimento personalizado, ágil e eficiente. Reconhecida como uma das melhores distribuidoras de energia solar do país, a Fotus une condições comerciais competitivas, produtos de alta qualidade e suporte técnico especializado para assegurar máxima performance e confiabilidade.  Fotus amplia presença nacional com novos Centros de Distribuição em São Paulo e na Bahia

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