O Sol na Varanda
- Daniel Lima
- há 2 dias
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Por Daniel Lima – ECOnomista

Enquanto o Brasil (41 GW) lidera o mundo em geração solar sobre telhados, seguido pela Austrália (26 GW), a Alemanha se destaca por uma alternativa inusitada: a energia solar nas varandas. Sim, você leu certo — essa modalidade, chamada balkonkraftwerk (literalmente “usina de energia de varanda”), está ganhando força por lá. Já são mais de um milhão de sistemas instalados — o dobro em relação ao ano anterior.
Por que tanta popularidade? Aqui vão alguns motivos:
Funciona para quem mora em apartamento (mais da metade dos alemães);
Não exige ser proprietário do imóvel;
Pode ser levado na mudança, como um eletrodoméstico;
Basta ligar na tomada, sem precisar de eletricista;
É barato — custa apenas algumas centenas de euros.
A potência é modesta — geralmente abaixo de 1 kW — e não chega a abastecer uma casa inteira na Alemanha. Mas aqui no Brasil, esse sistema poderia zerar as contas de energia de residências de interesse social.
Mas o que motiva os alemães?
A ideia de produzir sua própria energia traz senso de autonomia.
É uma forma prática de agir contra as mudanças climáticas.
E tem sido educativo — as pessoas começam a refletir sobre eficiência energética, como o melhor horário para usar o ferro ou a máquina de lavar.
Mesmo sem representar uma fatia significativa da matriz elétrica, o solar de varanda tem outro papel: engajar as pessoas na transição energética. Se conseguir mudar mentalidades e hábitos de consumo — ajustando a demanda aos momentos em que há mais oferta — já é uma vitória e tanto.
O Sol na Varanda
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